Por Você, Vale a Pena!
No intervalo, os três estavam juntos novamente. E por puro azar, foram recebidos por aquele garoto terrível novamente. Pela risada provocativa e o olhar para os amigos, sabiam que ele ia fazer algo.
— Procurem uma buceta! — grita e os amigos riem.
Felix se prepara para fazer algo de novo, mas Min-ho solta a mão de Ji-sung, o que ele estranha, ser deixado sozinho num momento como esses, até o mesmo passar Felix para trás e ir com tudo para cima do garoto, acertando um soco em seu rosto.
Por mais que o bully achasse que seus amigos o defenderiam, ao verem a determinação do garoto, apenas se afastaram dele, enquanto Min-ho subia em cima do mesmo e socava o rosto dele, enquanto os olhos de Ji-sung se enchiam d'água e Felix o protegia, o abraçando.
Então, os amigos do garoto separaram a briga quando viram a supervisora se aproximando. Então, Ji-sung correu até Min-ho, checando se ele estava bem.
— Amor... — o chama, com os olhinhos lubrificados de lágrimas. Nada mais podia partir o coração de Min-ho do que vê-lo chorar.
— E-eu... sinto muito... — diz, tocando alguns machucados que se fizeram em sua mão.
— Não sinta! — Felix interrompe. — Você fez muito bem em defender o relacionamento de vocês daquele babaca! — Cruza os braços, olhando feio para o garoto que saiu com o rosto todo machucado.
— Lee Min-ho, compareça na diretoria imediatamente! — a supervisora avisa, fazendo a escola toda, que tinha se juntado ali em volta, o olhar.
— Eu... posso encontrar vocês na saída? — pergunta, já se afastando de ambos.
— Claro! — Felix responde pelo amigo, o abraçando de lado, enquanto ele estava abalado demais e lacrimejando sem conseguir parar. — Eu cuido dele pra você. — Pisca para ele e sorri fraco, tirando-o de lá.
Então, Min-ho vai para a diretoria, enquanto Felix não sai do lado de Ji-sung.
...
Hyun-jin bate na porta de Seung-min, se odiando por fazer isso depois de todas as coisas que ele lhe dissera da última vez em que ele esteve ali. Ele abre a porta e tenta sorrir para ele, que apenas passa pelo mesmo e se senta no sofá, cruzando os braços e lhe dizendo com o olhar que queria uma explicação.
— Hyun-jin... — Suspira e ajeita o óculos em seu rosto.
— É bom você me convencer a ficar com você. — Balança o pé impacientemente.
— Eu... estive pensando esses dias... — Se ajoelha na frente dele, conseguindo que o olhasse nos olhos e tivesse toda sua atenção. — E eu decidi que te amo. Te amo demais para fingir que não te amo. — Segura sua mão, fazendo os olhos do mesmo se lubrificarem. — E toda essa questão com meu filho, me fez pensar em nós... e... — Respira por um minuto. — Você quer ser meu namorado, Hyun-jin? De verdade, dessa vez... — pede, olhando em seus olhos, que não conseguiram conter o choro.
— Claro que eu te aceito! — O abraça forte, aproveitando para desabafar em choro. — Eu te amo, Seung-min! — disse entre soluços.
— Eu também te amo, Hyun-jin... — Sorri leve, acariciando os cabelos loiros do homem em contato com seu ombro, em meio à lágrimas.
O silêncio se faz presente entre eles, enquanto Hyun-jin se recupera e para de chorar.
— Você... — Levanta a cabeça e olha em seus olhos. — deveria falar isso pro seu filho. — diz, acariciando seu rosto.
— Eu... sei. — Sorri fraco em resposta.
...
Chegou a hora da saída e Min-ho estava o esperando do lado de fora desde o intervalo. Ao vê-lo, Ji-sung abandona Felix e corre até seus braços.
— E-eu fiquei tão preocupado com você... — O abraça bem forte.
— Eu também não parei de pensar em você, pequeno... — Sorri fraco e retribui o abraço.
— Também tava preocupado. — Felix revira os olhos ao ser deixado sozinho novamente. — Então, o que houve lá?
— Peguei o resto da semana de suspensão. — Ri sem jeito.
— Ah, meu Deus... — Ji-sung suspira tristemente, se soltando dele. — M-mas você tá machucado? — Pega a mão dele. — O que falaram sobre a gente? Vão fazer a gente se separar? — pergunta tudo de uma vez, deixando sair tudo que acumulou durante as horas de ansiedade na sala de aula, longe do Lee.
— Não, eles permitiram nosso relacionamento, desde que não nos beijemos dentro da escola e eu não brigue. — Ri. — E, sobre os machucados, eles enfaixaram para mim! — Sorri e beija sua bochecha para que não se preocupasse. — Eu... como vou ficar uma semana na casa dos seus pais sem ir à escola? — Suspira, preocupado.
— Não se preocupe com isso, quando souberem o motivo, vão entender! — Sorri otimista. — Você brigou por mim!
— Foi a primeira vez que briguei com alguém, e fico feliz de ter sido pelo amor da minha vida. — O beija e ele retribui.
— Foi a primeira vez? — Se separa do com os olhos brilhando e ele assente. — Primeiro, eu fiquei com raiva por ter batido nele, mas fiquei feliz, no final, por ter me defendido daquele jeito! — Sorri e fica na ponta dos pés para lhe dar um selinho em agradecimento, mas ele o puxa pela cintura para um beijo mais longo.
Então, o celular de Min-ho apita, interrompendo-os. Ele o pega e olha a tela. Era seu pai! Min-ho franze o cenho e olha para Ji-sung, que vê a mesma coisa que ele.
— Não vai atender? — pergunta, soltando um leve suspiro.
— Eu... não sei... — Continua olhando a tela, incerto do que fazer. — Da última vez... — Suspira.
— Ele é seu pai, amor. — Segura sua mão em cima do celular e abre um sorriso. Só isso, já é motivo suficiente para encorajar o garoto. Ele desliza para cima e atende.
— Pai? — pergunta ao atendê-lo.
— Filho... — o chama pelo outro lado da linha, parecendo com seu tom mais calmo do que sempre. — Posso falar com você?
— É sério dessa vez? — pergunta, soltando um suspiro.
— Eu prometo. Pode levar seu namorado, se quiser. — diz simplesmente e desliga, o deixando um louco em choque.
Min-ho segura o celular, recém desligado, e olha para o garoto parado em sua frente, enquanto Felix os esperava, encostado em uma parede, mexendo o celular.
— E então? — pergunta, curioso.
— Meu pai... quer falar com a gente... — diz, olhando o celular, ainda com receio.
— É sério? — Abre um sorriso genuíno e inocente. Era isso que deixava Ji-sung ainda mais lindo na visão de Min-ho, seu sorriso e sua inocência.
— Sim... — Sorri por um minuto. — Mas você acha uma boa ideia? — pergunta, guardando seu celular e segurando as duas mãos do loiro.
— Por que não seria? — Deu de ombros. Nem assim, ele pensou que poderia ser algo ruim disfarçado de algo bom.
— Ele pode... falar coisas ruins para você... — Suspira, tentando não olhar em seus olhos para não os ver perder o brilho da esperança linda que morava em Han.
— Eu quero dar uma chance para ele! — Aperta sua mão segurando a dele. — Eu não quero ter uma relação ruim com seu pai, e se ele quer uma chance de se desculpar, eu quero ir! — insiste.
— Mas e se ele disser algo que te machuque? — pergunta com um pouco de desespero, soltando finalmente o que estava se passando em sua cabeça a respeito daquela ligação. — E-eu não posso ver alguém te fazendo mal, Ji-sung... e-eu posso... — se descontrola e Han percebe as mãos do mesmo soarem frio.
— Ei... — Coloca a mão em seu rosto, o fazendo se acalmar. — Vai ficar tudo bem, ok? — Acaricia o local, sorrindo gentilmente.
— Tudo bem... — Suspira e deixa um beijo na sua mão. — Eu te amo.
— Também te amo, amor. — Sorri maior ainda. — Lix, — Se vira para o loiro. — Vamos para a casa do pai do Min-ho, tudo bem?
— Sério? Vão se resolver? — Segura as alças de sua mochila em seus ombros, enquanto o vento leve bagunça seu cabelo e ele sorri.
— Esperamos que sim. — responde e acaricia a mão do namorado para que não ficasse nervoso novamente. Afinal, ele estava se colocando no meio para que Min-ho ficasse bem.
— Ok, vejo vocês amanhã? — Sorri, se afastando de ambos.
— Claro, Lixie! — Sorri de volta e acena para ele, que sai correndo que nem uma criança.
Ji-sung ri de seu comportamento infantil e seus olhos voltam para os do mais alto, que o olhava com um sorriso apenas de enxergar o seu.
— Vamos? — pergunta, despertando-o dos pensamentos sobre o quanto o amava e quanto faria tudo para vê-lo feliz.
— Vamos. — Solta um suspiro e assente.
Então, eles vão em direção à casa de Seung-min.
...
Chegando lá, eles batem na porta e são recebidos pelo mesmo, que dá um abraço forte em Min-ho. A primeira impressão que Ji-sung teve do homem, era alguém frio e calmo, mas agora ele parecia outra pessoa. Até seu próprio filho se assustou um pouco, mas acabou por retribuir.
— Pai, o que aconteceu? — pergunta confuso.
— Vamos, entrem. — diz e cumprimenta Han com a cabeça, fechando a porta após ambos passarem.
— Hyun-jin? — Min-ho pergunta, vendo o homem sentado no sofá desde a conversa sincera que tivera com o mesmo. — O que está fazendo aqui? — Seung-min vai até ele e se senta ao lado do namorado, pegando sua mão para que tivesse mais coragem para dizer aquilo.
— Filho... Eu nem sei por onde começar... — Suspira e encara o chão, antes de voltar à olhá-lo nos olhos. Han sabia que aquele seria um momento difícil, portanto, segurava a mão do namorado bem forte, para que não se esquecesse que ele estava ali, como Hyun-jin fazia com o mais velho. — Primeiramente, me desculpe. — começa. — Eu não tinha o direito de agir assim com você. As coisas que eu disse foram terríveis. E ter trazido aquela garota aqui para casa foi a pior coisa que eu poderia ter feito... — diz e o aperto na mão dele se torna mais forte, quando Han se sente apreensivo.
— Eu não me importo com o que você fez comigo. — responde. — A única coisa que me importa agora, pai, é o Ji-sung. — fala com sinceridade e olha brevemente para o namorado, que sorri fraco e acena com a cabeça, para que ele continuasse.
— Eu sei disso, e também devo muitas desculpas para você, garoto. — Olha para ele.
— Está tudo bem, senhor Lee. — Sorri para ele, mostrando a pureza que havia dentro de si.
— Obrigado por isso. Pode me chamar de Seung-min. — diz e Min-ho sente que o clima havia ficado mais leve por essa frase. — Eu só queria que... me perdoassem por tentar "curar" vocês e interromper o amor de vocês quando ele é mais claro do que tudo. — diz do fundo de seu coração. — Eu me desculpei com o Hyun-jin mais cedo e oficializei-o como meu namorado. — Acaricia a mão do mesmo e sorri levemente, orgulhoso.
— Oh, fico muito feliz por você, pai! — Sorri para ele e para o novo padrasto.
— Obrigado, obrigado! Bem, eu só queria pedir para que me perdoassem, de verdade. E também dizer que você pode voltar para casa, caso me desculpe. E também agradeço à você, Ji-sung, por me perdoar e acolher o Min-ho em sua casa. Isso foi a maior prova de amor que você poderia me dar. — diz e Ji-sung não pode evitar de abrir um sorriso enorme, enquanto seus olhos brilham. Vendo isso, Min-ho já nem mesmo tinha escolha!
— Claro que eu te perdôo, pai! — Se levanta e o abraça. Ele faz o mesmo e Ji-sung e Hyun-jin sorriem orgulhosos, e Hyun-jin até chega a bater palmas, brincando.
Logo, Hyun-jin volta para os braços do mais velho e Min-ho segura a mão de Han novamente.
— Eu volto para casa, sim. — Sorri.
— Ótimo! — Seu pai sorri ao perceber que realmente estava tudo bem entre eles.
— Agora, quem tem que se desculpar é você, seu coração de pedra! — Hyun-jin sussurra para ele, brincando.
— Esperem, tive uma ideia! — Ji-sung diz, dando um passo a frente e conseguindo a atenção de todos os três. Min-ho adorava admirar cada coisa que se namorado fazia, pois conseguia achar cada coisa adorável, quando vinha do mesmo. — Vocês não aceitariam almoçar na minha casa? Para nossas famílias se conhecerem... — oferece, meio incerto do que estava oferecendo até Min-ho o abraçar de lado e sorrir como incentivo.
— Seria ótimo, mas... Seus pais não vão se importar? — Seung pergunta.
— Não, minha mãe não liga de eu levar visitas para o almoço, ainda mais quando se trata de duas pessoas tão importantes para o Min-ho! — Sorri de uma maneira adorável.
— Certo, mas me refiro à... — Aponta para Hyun-jin e ele.
— Ah, não! Meus pais aceitaram meu namoro com o Min-ho, com certeza, vão gostar de vocês também! Vamos, hoje meu pai vai estar em casa! — Ji-sung caminha até a porta, na pontinha dos pés. Ele costumava fazer isso quando estava animado com algo e Min-ho percebeu isso, achando adorável cada vez que ele fazia isso e se controlando para não beijá-lo até ele reclamar. Que, cá entre nós, iria demorar um bocado...
Seung-min dá de ombros e Hyun-jin ri, o acompanhando até o lado de fora. Então, todos entram no carro de Seung-min e vão em direção à casa de Ji-sung, com base no que o mesmo disse, que não era muito longe dali.
Chegando lá, abriu a porta e olhou em direção à cozinha, vendo sua mãe colocar à mesa e seu pai já sentado.
— Oi, querido. Por que demorou? Estava com o Min-ho? — sua mãe pergunta e seu pai apenas acena com a mão.
— Estava! — Sorri. — Mãe, teria problema se eu trouxesse três pessoas a mais pra almoçar com a gente? — pergunta, mordendo o lábio esquerdo com um sorrisinho sapeca.
— Claro que não, mas quem são? — pergunta, confusa. Ji-sung sinaliza para que entrassem.
— Pai, mãe, esses são o pai e o padrasto do Min-ho! — Aponta para eles, que sorriem.
— Ah, meu Deus, é um prazer! — Seu pai se levanta para cumprimentá-los de maneira adequada.
— Sim, com certeza! — A mesma sorri e segue os passos do marido. — Mas você devia ter me avisado, garoto! — Dá um tapa no braço do filho, brincando. — Eu estou horrível! — Se refere ao avental.
— Que nada, você está linda, senhora! — Hyun-jin diz de forma simpática, sorrindo para ela.
— Oh, obrigada, querido! Mas pode me chamar de Ji-soo e esse é o Ho-seok! — Aponta para o marido.
— É um prazer conhecer vocês! Eu sou o Seung-min e esse é o Hyun-jin. — diz e eles sorriem.
— O prazer é nosso, Seung-min! Seu filho é um amor de pessoa! — Acaricia o rosto do garoto, que estava quase explodindo de felicidade, tanto quanto o namorado.
— Ele também fala muito bem de vocês. — Ri fraco.
— Ah, obrigada, querido! — Sorri para o garoto. — Vem, vamos comer! — diz, convidando-os para se sentarem para almoçar.
Ji-sung e Min-ho demoram um pouco porque ambos estavam tão felizes que mal conseguiam se expressar, apenas seguravam a mão do outro e seus corações batiam em sincronia. Talvez fosse a batida da felicidade. Não poderia haver momento melhor do que duas pessoas que se amam vendo suas famílias, as pessoas que você também ama, se conhecendo e se gostando! Agora, não havia nada que os impedissem de sempre correr um em direção ao outro, felizes para sempre, como qualquer história de romance, a diferença é que eles estavam sentindo isso na pele, então, sabiam que não era mentira, era real!
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