Apaixonada por Ela?
Assim que chegou na casa de Roseanne, Pranpriya bateu algumas vezes na porta e logo foi atendida pela mesma. Rosé indicou que ela entrasse, enquanto sua mãe preparava o almoço na cozinha.
— Mãe, eu e a Priya vamos estudar no quarto enquanto o almoço fica pronto, ok? — diz, puxando a garota pela mão em dreção ao quarto. Ela se assusta um pouco com o toque, mas aceita.
— Tudo bem, meninas. — diz lá de baixo.
Então, Roseanne fecha a porta, enquanto Pranpriya se senta timidamente na cama. Rosé se senta ao lado dela e pega o livro, com suas mãos meio trêmulas.
— Rosé... tá tudo bem? — Pranpriya pergunta, ao notar isso.
— Tá sim, não se preocupa. — Forçou um sorriso. — Podemos começar por aqui? — Aponta em uma página qualquer do livro.
— Claro, vamos lá! — Pega o livro delicadamente e o coloca em seu colo, começando a explicar, enquanto se lembrava de cada passo que Jung-kook fazia com ela. Aquela memória lhe deixava melhor, mesmo que estivesse preocupada com ele.
...
— Meninas, o almoço está pronto! — sua mãe diz lá de baixo.
— Você é uma ótima professora, Priya. Mas... — volta com aquele nervosismo que Pranpriya tinha começado a achar que era coisa de sua cabeça. — ainda não estou pronta, podemos continuar depois do almoço? — pergunta, com a mão trêmula como antes.
— Claro, Rosie, estou aqui para te ajudar. — Colocou a mão sobre a dela e sorriu.
Logo depois, se levantou, enquanto Roseanne ficou parada por alguns segundos depois de seu toque de conforto. Então, elas desceram e foram almoçar. Pranpriya estranhou quando Rosé puxou a cadeira para ela, mas aceitou e almoçou com ela e sua mãe, Yoo-bin.
...
Depois do almoço, elas estavam voltando para o quarto.
— Gostou da comida, Pranpriya? — Yoo-bin perguntou para a amiga de sua filha.
— Amei, tia! Estava uma delícia! — Sorri gentilmente para a mulher.
— Pode vir almoçar aqui quando quiser, vai ser um prazer. — Ela sorri de volta, indo para a cozinha lavar a louça suja do almoço.
— Quer ajuda com a louça, tia? — Pranpryia pergunta por educação, se levantando.
— Claro que não, querida. Você é visita e jovem demais pra isso. Vai estudar com a Roseanne que eu cuido das coisas por aqui. — disse, indo até a pia e começando o serviço.
— Certo, tia. Até depois! — Acenou e foi lá para cima com a garota.
Novamente, Rosé fechou a porta do quarto e se sentou ao lado de Pranpriya, mais nervosa do que nunca.
— Pranpriya... — disse, aflita.
— Rosé, tem certeza de que está bem? — Segurou sua mão.
— Tenho, eu só... — Suspirou. — Priya, eu não te trouxe aqui para estudar, era só uma desculpa para falar com você... — desabafou.
— Conversar comigo? — Franziu o cenho.
— Sim, desde aquele dia, eu percebi que não era por Jung-kook que eu estava apaixonada, era por você! — diz, levando sua outra mão ao coração, como se o abrisse para ela.
— E-eu... não sei o que dizer... — Tira a mão de cima da sua, desviando o olhar.
— Eu sei que é impossível ficarmos juntas quando você gosta dele, eu só... queria dizer isso... — Suspira tristemente.
— Eu sinto muito por não ser recíproco, Rosie. — Coloca a mão em seu ombro, demonstrando empatia. — Se precisar conversar ou de ajudar realmente, eu vou te ajudar, ok? Mas tenta não pensar em mim dessa forma. — diz, se levantando.
— Me desculpa... de novo... — diz em tom de choro, enquanto Pranpriya estava com a mão na maçaneta.
Pranpriya a olha com um pesar, mas vai embora. Ela desce as escadas.
— Tchau, senhora Park. — diz, abrindo a porta principal.
— Já vai, querida?
— Desculpa... — Sorri e ambas acenam uma para a outra.
Quando estava se virando para fechar a porta e ir, definitivamente, embora, vê Roseanne parada na ponta da escada. Ela sorri tristemente, enquanto vê uma lágrima caindo pelo rosto da mesma.
...
Ao chegar em casa, Pranpriya inicia uma chama com Seul-gi.
— Seul, você não vai acreditar...
— A Joo-hyun acabou de pedir um tempo, então, qualquer notícia ruim é boa. — disse, parecendo mal na cama.
— Poxa, sinto muito...
— Ela volta, eu sei que sim. Todo mês ela inventa algo assim. Esqueceu que mês passado a gente terminou?
— É, ela é assim...
— Mas me conta. — Vira de lado para a ouvir.
— Rosé se declarou pra mim. — revela, ainda um pouco em choque.
— Oi?! — mas nem tanto como a melhor amiga, que até se sentou para "ouvir melhor".
— Sim, ela disse que se enganou quando disse que gostava de Jung-kook, e que gostava, na verdade, era de mim. — conta.
— Cara, que garota maluca! — diz, sem empatia alguma.
— Eu tenho um pouco de pena dela... Sério, ela chorou... — disse, com um pesar por ter a deixado assim, mas sabia que não podia ajudá-la mais.
— Quem deve estar chorando agora é o seu namorado que foi largado, coitado! Ai, ai, Pranpriya... Trocando homem por mulher, quem diria, hum? — brinca.
— Isso é hora pra brincar, Seul-gi?! — pergunta, brava.
— Não, mas nós duas estamos na merda. Se você fosse um pouquinho melhor, eu te chamava pra beber, mas nem vou insistir com a "filhinha de papai"!
— Engraçadinha! Você quer dizer "pior", só se for! — bufa.
— Argh, Pranpriya, se resolve sozinha hoje. Não tenho mais paciência! — ela desliga, estressada.
— É pra isso que as melhores amigas servem... — Pranpriya diz para si mesma, encarando o teto, já que era o que fazia quando ficava sem opções.
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