𝟬.𝟬𝟯 𔗂 ◞ ━━━━━ O ESPADACHIM DO BAR.
𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲. 𓂄 ⁽ é bom conhecer novas pessoas no caminho, eles nos fazem descobrir coisas, sentimentos. ⁾
𓂅 ┈┈┈ 𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗱𝗮𝗰𝗵𝗶𝗺 𝗱𝗼 𝗯𝗮𝗿 ₎₎
𝖘𝖎𝖓𝖘 𝖔𝖋 𝖋𝖎𝖗𝖊. 𔘓^ ˓
UM LONGO TEMPO DEPOIS. A gente, vulgo somente o Koby, achou uma rota para uma base da Marinha que ficava próxima da gente, e aqui estamos nós, na cidade das conchas, onde fica a 153ª divisão da Marinha. Só espero que pelo menos tenha um mapa para Grand Line aqui. Mas antes que a gente pudesse fazer um plano para entrar na base e sair daqui o mais rápido possível sem arrumar confusão. Luffy decidiu que queria fazer uma coisa, exatamente o que você está pensando. Ele decidiu olhar os cartazes de procurados.
—— Caraca, que piratalhada!
—— E tem piratas piores na Grand Line. É terrível.
—— É, é, eu sei, tá? —— Já estou até vendo. —— Cadê a minha cara?
Ele se virou para mim apontando para os cartazes, dei de ombros.
—— Você não fez nada complemetedor para ter seu nome em um cartaz ainda.
—— A gente tem que dar um jeito nisso! —— Ele apontou todo animado. —— Bom, só tem um jeito de entrar naquela base. E eu sei que não é com meu bucho vazio.
Pois é, né. Também tô morrendo de fome.
—— Simbora comer, criançada! —— Fui na frente para comandar a tropa. Já que sou a mais velha aqui e tenho a obrigação de cuidar deles.
Luffy e Koby vieram me seguindo sem contestar, e eu fui procurando um restaurante pelas ruas até finalmente achar um, chamando os dois com a mão eu fui a primeira a entrar, mesmo que esteja de dia o local estava um pouco escuro, haviam pessoas ali, mas tinha mais marinheiros do que qualquer outro. Rezei as divindades para que Luffy não fizesse nada que colocasse nossa liberdade em jogo, pelo menos por enquanto, depois que a gente entrar na base da Marinha não vai ter como mesmo.
Fui liderando o caminho até uma mesa e me sentei nela juntamente com Luffy e Koby, coloquei a mochila e a espada de lado e verifiquei se não tinha nenhum marinheiro me olhando, mas não tinha, eles estavam ocupados demais bebendo e comendo. Luffy começou a bater na mesa pedindo comida, para que ele não chamasse tanta atenção, eu fiz questão de dar um belo tapa na nuca dele pra ver se ele parava de graça. Funcionou.
—— O que vão querer? —— Uma moça muito gentil veio até nossa mesa nos atender.
—— Pode trazer de tudo! —— Arregalei os olhos. Não mesmo, eu é que vou pagar e isso com toda certeza vai pesar no meu bolso.
—— Vamos querer seis porções. —— Ela acenou. —— E algo para beber.
A moça foi para a cozinha a dentro e eu fiz questão de fuzilar Luffy com o olhar.
—— “Pode trazer de tudo”. Por acaso é você quem vai pagar?
—— Qual é, Liah. Pendura na conta do meu tesouro.
—— O tesouro que você nem tem? —— Ele fez uma cara triste. —— Nem vem. Você vai se contentar com três porções! Se não nosso dinheiro não vai dar nem por uma semana.
—— Nem uma a mais? —— Neguei. —— Cruel.
—— Sou. —— Joguei um beijo no ar. Luffy começou a chacoalhar a mão de um lado para o outro como se estivesse espantando o meu beijo.
—— Vocês são engraçados. —— Koby falou. Sorri pequeno com isso.
—— É uma coisa nossa.
Depois de algum tempo, a moça trouxe nossa comida e todos nós focamos em apenas terminar a refeição. Eu e Koby terminamos rápido, mas Luffy por estar comendo três porções, até agora está enrolando para terminar, e eu sei muito bem o motivo pra isso. Ele pensa que pode me manipular. Quando uma outra mulher veio até nossa mesa com alguns bolinhos, eu já soube que Luffy iria querer.
—— A gente já foi servido. —— Koby quem falou.
—— Ah. Ô, quanto mais, melhor. Pode mandar mais. —— Fiz uma careta por ele estar lambendo o prato. Cadê os modos? —— Saco vazio não para em pé.
Luffy foi o primeiro a pegar os bolinhos, obviamente eu fui a segunda.
—— Tudo bem, deixa eu ver... Eu não posso entrar na base pelo portão, mas talvez, talvez, talvez... se eu entrar lá voando? Agarrar num pássaro, ou sei lá.
—— Essa ideia é ridícula. —— Koby disse o que eu tinha em mente. —— E fala mais baixo.
—— É, escandaloso. Desse jeito você tá praticamente quase nos entregando aqui. —— Falei olhando ao redor. Os marinheiros estavam todos a nossa volta. —— Podemos pensar nisso depois, okay? O mais certo no momento é bolar um plano bom que faça que a gente não seja pego, e principalmente, que não nos coloque em problemas!
Desviei minha atenção para o lado, quando um barulho alto de algo caindo no chão me assustou. A visão que tive foi de uma garota parecendo com medo, um prato com alguma coisa caído no chão e um marinheiro com um cabelo ridículo na sua frente.
—— Sua garota estúpida, sua animal! —— Quando ele pisou em cima da comida no chão eu fechei a cara. Ninguém mexe com criança na minha frente não. —— Olha por onde anda! Tá cega?
—— Filha, pede desculpas pro cliente.
Quem deveria pedir desculpas é ele. Marinheiro imbecil.
—— Desculpa, eu sinto muito. —— Tadinha. Será que eu vou presa se bater nele?
—— “Eu... eu sinto muito...” Eu não vou ser tão legal na próxima.
Eu não consigo ver uma criança sendo tratada mal na minha frente e ficar parada olhando, por isso fiz questão de me levantar. Mesmo que eu for presa, eu vou dar um soco nesse idiota.
—— Você derrubou a minha comida. —— Ouvi alguém falar.
Tive que ir pouco pro lado para ver quem era, na verdade era um homem, mas eu só reparei no cabelo verde legal dele.
Observei ele se abaixar no chão, pegar a comida que o marinheiro imbecil pisou em cima e levar até a boca. Fiz uma careta de desgosto, tudo bem pegar comida que caiu no chão, afinal, existe a regra dos cinco segundos. Mas pegar comida que alguém pisou em cima? Nunca, nunquinha mesmo.
—— Hum... Delicioso. —— Ele então pegou o outro bolinho que eu deduzi ser oniguiri, colocou no prato e deixou em cima do balcão. —— Agora você come um. —— O marinheiro começou a dar risada. —— E pede desculpas pra menina.
—— Você sabe quem eu sou? —— O homem de cabelo verde olhou para ele de cima a baixo.
—— Um marinheiro imbecil com um cabelo ridículo. —— Soltei uma risada. O tal marinheiro sacou a espada da bainha, preparado para uma luta. —— Eu não faria isso.
—— Ah, vamos lá, seu durão. Três espadas? —— Ele riu debochado. —— Só preciso de uma.
—— Ah, é? Mas isso tem um preço.
Os movimentos a seguir foram tão rápidos que eu mal consegui acompanhá-los, o marinheiro foi com tudo para cima do outro. Esse que nem precisou tirar uma de suas espadas da bainha para defender o golpe, com um movimento rápido o marinheiro já estava no chão. Ao meu lado, Koby caiu da cadeira e se escondeu em baixo da mesa, e Luffy permaneceu sentado sem mexer um múscul, já eu fiquei observando a luta em minha frente. O de cabelos verdes se encostou no balcão, enquanto mais marinheiros iam em sua direção para tentar detê-lo, foi em vão, chutando um dos banquinhos dali no outro marinheiro, ele já caiu no chão. Enquanto o outro que tentou atacá-lo, foi desarmado e acabou levando um golpe batendo a cabeça no balcão, caindo assim, desmaiado.
O homem deu um gole em sua bebida e assim que terminou, seu copo foi usado para deter um outro marinheiro, que caiu no chão por ter sido acertado em cheio e com força na barriga. O marinheiro que havia zombado da menina foi para cima do outro homem com tudo, sua espada pronta para acertá-lo, mas quando o outro desviou o golpe, a espada foi em direção a uma pessoa, quer dizer, na garota que estava escondida ali. Esse foi meu momento para intervir, fui correndo até a garota, desviando da briga que acontecia atrás de mim, assim que a espada estava a centímetros de tocar na garota, eu segurei ela. Segurei que nem gente normal faria? Claro que não, para deter que não cortasse ela, tive que segurar na parte com corte da espada e isso acabou cortando minha mão, e eu só percebi isso quando o sangue pingou no chão e minha mão começou a latejar.
Ignorando isso, eu segurei a espada com mais força e depois no ombro do marinheiro, ele me olhou e eu só joguei ele para o outro lado. Com resultado disso, sua espada se prendeu no balcão. Me virei para a garota e vi que ela parecia assustada, já que eu sentia a briga se aproximando de nós duas, eu puxei ela até um canto afastado e me ajoelhei em sua frente até ficar na sua altura.
—— Você está bem? —— Questionei preocupada.
—— Eu... estou. —— Seu medo foi diminuindo. —— A sua mão... ela...
—— Tá tudo bem, foi só um corte. —— Não tá nada bem, acho que o corte foi fundo demais e tá doendo pra cacete. —— Qual é o seu nome?
—— Rika.
—— É um nome lindo, Rika. Meu nome é Merliah, que tal a gente ficar aqui até isso acabar? —— Ela concordou.
Soltei um suspiro e me levantei, fiquei atrás de Rika e a puxei até ficar próxima de mim. Segurei em seu ombro para que ela não se afaste de mim e voltei minha atenção para a briga. O marinheiro conseguiu soltar sua espada e foi em direção ao homem, assim como outro marinheiro, quando um deles ergueu a espada para atingir o outro, o de cabelos verdes nem tirou a espada de sua bainha de novo, apenas pegou no punho do outro marinheiro e o obrigou a levantar a espada que estava em sua mão defendendo o golpe do outro. Logo em seguida, ele deu chutes nos dois marinheiros, um caiu, o outro que era o que havia zombado da menina permaneceu em pé, por isso, o homem de cabelos verdes girou segurando o punho dele fazendo a espada cair no chão e logo em seguida ele deu um chute em sua barriga fazendo ele ir para trás, bater no balcão e cair no chão.
Mais dois marinheiros tentaram atacar ele. Se afastando e desviando de seus golpes, ele subiu em cima de uma mesa que tinha ali, os dois marinheiros foi até ele e tentou acertá-lo com as suas espadas, foi inútil, apenas tirando um pouco da espada da bainha ele defendeu seus golpes e os dois caíram no chão. Quando mais um foi em sua direção, ele pulou e deu um mortal por cima do marinheiro caindo no chão, segurando por trás de seu uniforme, ele levantou o marinheiro no ar e o jogou por cima do balcão. Abri a boca em choque pela tamanha força dele, e assim, a luta foi terminada. Ele, então, se aproximou de onde eu e Rika estávamos e pegou o marinheiro de cabelo ridículo pelo colarinho, encostando ele no balcão.
—— Não saque a sua espada a menos que esteja pronto pra usar. —— Estou em choque.
—— Não me mata, por favor.
Mata sim!
—— O meu pápi pode te dar qualquer coisa que quiser.
—— Quem é seu pai?
—— O Capitão Morgan. Ele é o responsável por essa base da Marinha.
—— Ele me deve uma grana. —— O homem então puxou o marinheiro e jogou ele para obrigá-lo a andar. Eu achei que ele ia sair assim, mas não foi isso que aconteceu. —— Vocês estão bem?
Fiquei confusa com a pergunta. Afinal, há quem ele está se referindo? Entretanto, essa minha pergunta foi respondida quando ele olhou na nossa direção.
—— Vocês estão bem? —— Ele repetiu. Pisquei e então decidi responder.
—— Estamos.
—— Bom. —— Ele desamarrou algo que estava no seu braço e jogou para mim. Para acabar não acertando minha cara, eu agarrei no ar, vendo que era um pano, melhor, uma bandana. Fiz uma careta confusa olhando para ele. —— Amarre isso na sua mão.
—— Como você... ah, deixa pra lá.
—— Agora, você. —— Ele apontou para o marinheiro. Esse que tremeu, provavelmente com medo. —— Peça desculpas a elas.
—— O que?!
—— Vou ter que repetir?
—— N-não. —— O marinheiro se virou para nós. É agora que eu soco a cara dele? —— Me desculpe.
—— Eu não ouvi direito. —— Reprimi um sorriso ao escutá-lo dizer isso.
—— M-me de-desculpem. —— Mesmo gaguejando, ele falou mais alto dessa vez.
—— Tá tudo bem. —— Olhei para baixo e pude ver Rika sorrindo. O marinheiro olhou em minha direção.
—— Não. —— Falei simplesmente vendo ele arregalar os olhos. —— Você tratou uma criança mal, zombou dela, quase atungiu ela com uma espada que poderia ter a matado e ainda por cima cortou minha mão. Então, eu não te desculpo.
—— Sua...
Dei de ombros não dando a mínima para a ofensa que ele iria falar para mim.
—— E você. —— Apontei para o outro sem olhá-lo. —— Dá próxima vez que for brigar, faça isso longe de crianças. Sua ação foi nobre, mas por causa disso ela quase foi atingida e morta.
—— Não fui eu que... —— Bastou um olhar pra ele se calar. —— Que mulher esquisita.
Pegando um saco que estava em um banco perto do balcão ele foi em direção ao marinheiro, puxando ele até a saída.
—— Homens. —— Revirei os olhos, enquanto amarrava o pano em minha mão. Senti uma leve dor, mas seria melhor do que deixar a ferida a mostra até ela ser tratada.
Quando os dois saíram pela porta, fiz questão de olhar a situação em meu redor. Tinha marinheiro caído por todo canto. Pois é, tem gente que realmente é bom de briga.
—— Rika! —— Vi uma mulher chamando a garotinha que estava em minha frente.
—— Mãe. —— As duas se abraçaram e eu sorri pequeno.
—— Obrigada, obrigada por ter defendido minha filha. —— Acenenei.
—— Você deveria agradecer a aquele homem, eu não fiz nada. —— Não vou ficar me gabando. Eu praticamente fiz nada.
—— É mãe, aquele moço brigou por minha causa. E se ele for preso por causa do que ele fez? —— Não duvido que não vá ser. —— Vai ser minha culpa, mamãe!
—— Está tudo bem Rika, ele vai ficar bem. —— Olhei em volta. Luffy estava um pouco afastado e me olhava sem entender.
—— Não se preocupe, garota. —— Rika me olhou confusa. —— Acho que ele pode ser capaz de lidar com tudo.
—— Se você... se você se encontrar com ele, será que poderia dizer para ele um obrigado? —— Sorri gentilmente com isso.
—— É claro.
—— Você é a melhor. —— Fiquei surpresa quando seus braços rodearam minha cintura e me apertaram. Lentamente fiz um carinho em seus cabelos. —— Obrigada, Merliah!
—— Não há de que, garota. —— Quando ela se afastou, tive o vislumbre de seus olhos brilhando.
Se despedindo e acenando para mim, vi ela juntamente com sua mãe sumir por uma porta. Suspirando fundo eu encarei a bagunça ao nosso redor, olhei para as duas garrafas de cerveja sobre o balcão e percebi que era daquele homem que eu não havia descoberto o nome. Tirei as notas de berries do meu bolso e fui até o balcão onde uma moça estava, sei que é o suficiente para pagar a refeição que eu, Luffy e Koby fizemos e também para pagar a bebida que ele havia pegado e metade do estrago que ele havia feito.
—— Aqui está. —— A moça me olhou sem entender, provavelmente por ter mais do que esperado. —— É pelas bebidas daquele homem e também para o concerto de algumas coisas.
—— Obrigada.
Acenei e me virei na direção que os outros dois estavam. Koby ainda permanecia debaixo da mesa e Luffy estava de pé, encarando tudo com um sorriso no rosto, e eu já estou até imaginando o que ele vai falar. Peguei minha bolsa e joguei ela sobre os ombros, assim como também peguei a espada que permaneceu ali. Pelo menos ninguém roubou.
—— Eu quero ele pro nosso bando! —— Luffy falou sonhador, sei até de quem ele está se referindo.
—— Se a gente encontrar com ele novamente, você pode tentar chamá-lo. —— Não garanto que vá conseguir. Aquele homem não me pareceu do tipo que se juntaria com a gente.
—— É isso aí!
—— Agora vamos. —— Tirei Koby debaixo da mesa. —— Já vai anoitecer. Vamos até o barco, ainda precisamos pensar em um plano para amanhã e tentar descansar. Se ficarmos aqui, tenho certeza que vamos arrumar mais problemas pra gente.
—— Nem mais um rango antes? —— Neguei, ele ergueu as mãos no ar. —— Pelo menos eu tentei.
Junto com os outros dois eu sai pelo restaurante a fora, como o previsto, o ar da tarde já preenchia toda a cidade e a vasta cor alaranjada tomava conta do céu. Vai demorar cerca de uma hora para anoitecer, e a única coisa que eu quero agora é poder dormir. Sei que amanhã será um dia agitado, afinal, iremos roubar a Marinha.
𓇿 ꗃ 𓈒 ━━━━ Olá caros leitores!
E finalmente veio aí o encontro das lendas, amo a Merliah lidando com crianças e o Zoro muito prestativo com a Merliah, um querido. Espero que tenham gostado, não se esqueçam de votar e comentar e até sábado!
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