Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

I

Terça-feira, 8 de maio de 1945.

__________(✪)__________

Já havia cinquenta minutos que Freya estava no banho, e se não fosse o sistema de calefação excelente de Howard, a água da banheira já estaria fria àquela altura, mas, dado o estado que Freya Julia Amelia Lacroix Barnes estava, ela duvidava absurdamente que iria se importar. A maquiagem estava borrada por baixo das pálpebras inchadas e roxas pelas olheiras e falta de sono, sombra e delineado se desmanchando, e o batom claro estava borrado na palma da mão e em seu rosto. O cabelo estava oleoso, e sua raiz parecia esbranquiçada, embora ela pensasse que pudesse ser sujeira, ela acreditava que era a dura realidade que não queria engolir. Seu corpo nu estava com as costelas aparecendo, magro e pálido demais, mesmo para seus padrões, que sempre foram de pele clara demais para ser bonita, pelo menos em seus olhos. Os ombros ainda ardiam de sol que ela havia pegado desde que caminhara do restaurante L&L Automat, onde havia almoçado e tentado ser simpática com uma garçonete preocupada com sua aparência medíocre, provavelmente pensando que ela não teria dinheiro para a gorjeta, o que foi provado contrário, visto que a gorjeta que deu foi muito mais gorda do que tudo que ela deveria ter recebido naquele mês.

Bucky estava morto.

Steve estava morto.

Mortos.

Estavam mortos.

As lágrimas pingavam na água da banheira delicadamente, causando turbulências na água que no início, estava cheia de bolhas, embora agora estivesse apenas oleosa por cremes e óleos aromáticos. Ela havia conhecido aqueles rapazes por vinte anos, as duas décadas mais cruciais de sua vida, sua infância, adolescência e o início de sua vida adulta. Ela tinha vinte e seis anos, os conhecia desde seus seis anos de idade, desde sua infância. Talvez conhecesse até desde antes, mas não eram próximos, mas Deus, desde seus sete, não houve uma foto, um aniversário, uma brincadeira, em que não estivessem juntos. Sua mente divagava, e ela até mesmo se lembrava das datas.

__________(✪)__________

1 de janeiro de 1926.

__________(✪)__________

Absolutamente todos que moravam fora dos Estados Unidos da América sonhavam com a imagem que era vendida do Natal em Nova Iorque, com a árvore de Natal em casa, os presentes e a neve branca, junto com alguma música da época no rádio, porém, os nova-iorquinos sabiam perfeitamente que a neve ficava bonita apenas nas primeiras horas, até deixar de ser branca e se tornar acinzentada, e o frio ficar insuportável, principalmente para as classes mais humildes, os fazendo se empacotar de vestimentas mesmo dentro de suas casas e ainda assim serem capazes de ver a própria respiração dentro dos apartamentos e mansardas. Porém, para duas crianças no dia de seu aniversário – pelo menos o de uma delas, já que o da anterior havia sido no dia anterior – aquilo era maravilhoso. Haviam se mudado havia menos de uma semana, para um apartamento tantas vezes melhor que o antigo que nem mesmo conseguiam contar. Seu antigo apartamento era ridículo, apertado e frio, e com muito esforço, haviam se mudado para lá. Ainda era um gueto, de longe a pior parte do Brooklyn, mas Deus... aquele era um lar digno de se viver.

As garotas estavam brincando na neve, embora empacotadas com diversos casacos antigos, a maioria com remendos e sem via de dúvida, desbotados, com cores escuras para que durassem e esquentassem mais. Uma delas, brincava com uma boneca de pano, certamente nada comprado em uma loja de brinquedos, visto que não tinham dinheiro para aquilo. A outra garota, com cabelos cortados curtos para sua irritação e constrangimento, visto que infelizmente havia conseguido pegar piolhos de alguém, brincava com uma espada de chumbo, e vestida com tantos casacos longos, aquilo apenas acentuava uma aparência tipicamente masculina no corpo franzino de criança.

Não muito longe dali o primeiro dia do novo ano de outra família estava sendo bem, bem diferente.

A família Barnes era uma família de tamanho médio, composta quase unicamente de garotas, com apenas dois garotos no total da conta. A família era composta pelo casal Barnes, George, um homem que era Gerente de Alistamento do exército americano, e que com o dinheiro que lhe sobrava, fazia alguns investimentos na bolsa de valores, o que lhe gerava uma quantidade muito boa de ganhos por ano, apesar de não serem ricos, eram muito bem de vida, sim é obrigada. O Sr. Barnes era casado com a Sra. Winnifred Barnes, uma senhora muito bonita de aparência, ainda jovem, embora já possuísse algumas linhas nas laterais de seus olhos. O casal tinha três filhas, a mais velha em sua alta adolescência, com seus quinze anos de idade, e a filhinha caçula com três, parecendo ainda mais gordinha pelas roupas de frio somadas as gordurinhas não perdidas da infância. O único garoto tinha quase oito anos e se chamava James Buchanan Barnes, Bucky, para os íntimos, estava se sentindo feio no momento com uma janela na boca, um dos últimos dentes de leite, com a glória do Senhor.

Bucky Barnes havia há cerca de dois anos incluído outra pessoa naquela família já grande, um garotinho chamado Steven Rogers, que ele ajudou em uma vez que o mesmo foi assaltado defronte ao prédio deles, xingando e até batendo em um dos agressores e o convidando para subir e ficar para o lanche, até que seu pai pudesse leva-lo para a casa dele. Naquele momento, a amizade com Steve Rogers se consolidou de forma impressionante, e agora os dois não faziam absolutamente nada separados, como era o caso, onde, no pátio do prédio de Steve, com os varais sem nenhuma peça de roupa ali, no inverno rigoroso, Buck brincava de bola com Steve, embora o mesmo não tivesse a menor noção de como não quebrar vidraças enquanto chutava a bola para Bucky.

— Eu sou horrível! Desisto, Bucky! — Ele chutou a bola longe, fazendo com a mesma acertasse duas crianças brincando a uma distância considerável deles, fazendo com que uma delas começasse, para a surpresa de Steve, xingar como se fosse uma criança de rua, diversos palavrões escorrendo dos lábios do menino, enquanto a menina ao lado dele revirava os olhos. Bucky acenou, encarando as crianças com um mínimo interesse.

— Parabéns, Steve. HEY, CHUTA DE VOLTA, POR FAVOR! — Ele gritou, enquanto o menino colocava a bola no chão, observando a mesma por uns três segundos antes de chutar de fato, com muita, muita força. Forte o bastante para atingir Bucky no peito e o fazer cair, fazendo com que a garota caísse na gargalhada e Bucky ficasse suficientemente indignado para se levantar e ir até o menino. — Está maluco?

Steve observou o menino e a menina enquanto se aproximavam. Obviamente eram gêmeos, com feições parecidíssimas, os mesmos rostos magros e bochechas coradas e cabelos castanhos, embora o corte de cabelo do garoto fosse evidentemente feito às pressas. As roupas dos dois eram bem parecidas, casacos longos e escuros, cerzidos em vários pontos, iguais ao de Steve e diferentemente do de Bucky, que era novo, bem feito e de cor alegre. Foi Steve quem percebeu algo primeiro, que aparentemente, acabou ofendendo a criança.

— É "está maluca", seu imbecil. Caramba, é tão cego que não consegue ver que sou uma garota? — Bucky corou assim como Steve, pois não, nenhum dos dois havia notado que a criança segurando uma espada de brinquedo e com cabelos quase raspados era uma garota, mas agora que reparavam, dava para notar que sim, os traços eram definitivamente femininos.

— Des-desculpe... — Steve gaguejou, absurdamente constrangido, enquanto Bucky ainda parecia meio ofendido pela bolada, antes de Steve ter uma ideia brilhante de como consertar as coisas. — Ei, quais seus nomes? Querem brincar com a gente? — Os olhos de James Barnes se arregalaram, como que sem acreditar no abuso de Steve de convidar sem perguntar, afinal, a bola com a qual estavam brincando era dele. Bucky fez menção de que ia desconvidar, antes de Steve lhe dar um olhar de quem afirmava que seria muita falta de educação fazer aquilo.

Steve era um daqueles nomes que sua mãe daria uma coça se ele falasse.

A garotinha se levantou, segurando a boneca com a mão esquerda enquanto estendia a direita, sorrindo de orelha a orelha, com duas covinhas nas bochechas e os olhos castanhos brilhando. Seus cabelos não estavam presos nos penteados convencionais, nem nas chuquinhas que sua mãe prendia nas irmãs, e sim soltos e escorridos pelas costas. Enquanto uma sorria, a outra fazia bicos, como se estivesse achando tudo e todos horrível.

— Sou Freya, Freya Lacroix, e essa é minha irmãzinha, Grace Beatrice! — A outra garota revirou os olhos com força, parecendo fazer esforço para achar tudo ruim, pois por um segundo apenas a parte branca do olho ficou aparente.

— É Lacroix para você. E somos gêmeas, portanto eu não sou "irmãzinha" coisa nenhuma! — A outra a encarou, ignorando os dois garotos.

— Irmãzinha sim, eu sou a mais velha! Do que vocês estão brincando? — Bucky respondeu, educado, pois ela não tinha feito nenhuma grosseria com ele, ao contrário da outra.

— Estamos jogando bola. — Ou seja, provavelmente vocês não vão querer brincar, ele completou mentalmente. Para a surpresa, a outra sorriu, quase convencida, soltando a boneca no chão.

— Eu e Grace somos um time, vocês dois são outro. Aliás, desculpa, não perguntei seus nomes! — Ela deu uma risadinha no final da frase, antes de Bucky se apresentar, sorrindo.

— Eu sou Bucky, e ele é o Steve. Bem... se você quer jogar, pode jogar! Só aviso que sou bom! — Ele riu, mal reparando no sorriso sarcástico da outra garota, a de cabelos curtos.

— Tranquilo..., mas eu sou melhor.

De fato, as garotas sabiam jogar bola, e de fato, ambos erraram pensando que era como jogar bola com Rebecca e Maggie. Já estavam sentados no chão, com os lábios tremendo e roxos e as bochechas coradas, rindo. Grace havia ralado os joelhos umas três vezes, e as meias de Bucky haviam rasgado, mas naquele momento, não estavam ligando. Eram crianças comendo um chocolate que Bucky tinha, o que fez com que Freya e Grace se lambuzassem, já que o doce era caro, não sendo uma comida necessária para o consumo da casa.

A neve caia pesada, se acumulando nos cabelos longos de Freya e nos gorros que todos usavam. Já haviam acabado a barrinha de chocolate quando Freya notou algo, saindo correndo para o meio do pátio, encarando o lugar até encontrar o que procurava, soltando um resmungo quando achou o que caçava com o olhar, correndo para buscar a boneca, que já era surrada antes, e agora estava quase destruída. Bucky notou que ela parecia querer chorar, mas não o fez, mantendo os lábios unidos em uma linha fina, antes de pegar a boneca no colo, deixando-a a seu lado. Bucky observou, notando que ela parecia chateada. Estavam tão entretidos no chocolate que chegaram a se assustar com uma mulher de cor que apareceu na janela, gritando.

— Frey, Gracie! Venham, vão pegar um resfriado! — elas se viraram para os garotos, antes de dizerem, Freya forçando uma risadinha.

— Bem, foi bom brincar com vocês, meninos! — Bucky sorriu para ela, assim como Steve, acenando.

— Bem... até que não foi tão ruim. — Grace murmurou, dando um aceno enquanto subiam as escadas de incêndio com cuidado, pois estavam escorregadias pela neve e gelo. Bucky acenou junto de Steve, notando o apartamento. 5F.

Não demorou para que o Sr. Barnes passasse para buscar Bucky, enquanto Rebecca sentava ao lado dele no banco do carro, dormindo encostada na janela, com uma boneca de porcelana no braço. Era uma boneca tradicional e provavelmente cara, com as bochechas tingidas de vermelho e os cabelos em cachos, os olhos pintados com pestanas falsas, vestida com um vestido de algum retalho dos vestidos de sua mãe.

Rebecca tinha pelo menos cinco daquelas.

Já havia se passado uma semana desde o ano novo, e ainda estava muito frio, mais frio inclusive do que no ano novo, portanto, nem Grace, nem Freya, nem Elijah, podiam sair de casa, o que estava colocando já as crianças e o adolescente em crise nervosa. Grace faltava estar subindo nas paredes, e Elijah já estava desesperado para ir a qualquer lugar, que fosse a padaria, apenas para "ver gente". Freya estava bem, procurando decifrar o enigma das palavras do jornal da semana passada. Era semialfabetizada, ainda esperando completar sete anos para começar a ir a escola, mas já era suficientemente avançada. Pensava que poderia, quem sabe, pular um ano no primário. Era difícil pronunciar algumas palavras, e os buracos na boca pelos dentes de leite em processo de queda não ajudavam.

Ela se assustou com o barulho da campainha, e tinha certeza que todos em casa também. Se precipitou a abrir a porta, esperando ser novamente algum vizinho pedindo por uma colcha que eles não tinham para dar, mas que sua mãe se virava para achar, mesmo que fosse apenas um lençol fino, ou uma garrafa de leite ou xícara de pó de café. Não havia ninguém na porta, e por um segundo, ela se perguntou quem era o idiota que saía de casa naquele frio para perturbar os vizinhos. Olhou para os dois lados, esperando ver alguma criança rindo, mas não achou nada. Olhou para o chão, talvez a procura de pegadas, antes de notar o brinquedo.

Era uma daquelas bonecas de loja, daquelas que nunca poderiam comprar por ser muito cara. Os cabelos eram escuros, e os olhos azuis, com cílios delicadamente pintados na pele clara da boneca. Vestia algum tipo de veludo, algo caro demais para que sequer pensassem em comprar. Ela passou a mão nos cabelos do brinquedo, encabulada demais até para responder a mãe, que perguntava quem era na porta. Ela deu um gritinho de pura empolgação, entrando para dentro de casa.

Freya nunca achou o cartão, pois o vento o havia levado em direção as escadas, depois até a rua. Seria impossível ler o que estava escrito nele, depois da neve e de ser pisoteado por sapatos apressados.

"Sinto muito pela sua boneca. Não é nova, mas considere um presente. De seu amigo, se posso me chamar assim, Bucky Barnes."

Mas no fundo, Freya sabia quem havia dado. Sempre saberia.

__________(✪)__________

FICOU UM COCÔ MAS BELEZA. Tomei a decisão de reescrever pois tinha muita coisa que eu não estava gostando, pessoal. Vou atualizar novamente muito em breve.

Comentem por favor! Gosto muito dos comentários de vocês, de ler e responder!

AMO VOCÊS 3000! Está sem revisão até eu tirar um tempinho!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro