Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝐗𝐈𝐈. | 𝒮 onhos?...

𝐗𝐈𝐈. | 𝒮 onhos?...
{⚔} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ ❛...❜

✧⊹─┈✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧─┈⊹✧

𝔇𝑬𝑰𝑿𝑨𝑹𝑨 𝑨 terceira peça escorregar por seus ombros e braços, entrelaçando-a em seus quadris por um nó firme e ágil assim como seus cabelos estavam presos em um coque alto, as poucas mechas mais curtas insistiam em cair por sua feição.

As nuvens ainda tempestuosas dançavam aos céus acompanhadas pela melodia dos trovões selvagens quase como se o clima correspondesse a confusão violenta que nublava seus pensamentos, nunca cessando ao espaço que ocupavam sobre a barreira reluzente em dourado sobre suas cabeças, impossibilitava a admiração do céu noturno que tanto adorava e sentira familiaridade, a escassez de tal sensação fazia-se ardentemente presente como nunca antes, persistindo na fixa lembrança que rodeava sua cabeça nas últimas horas inspirou de maneira profunda, piscando seus olhos azulados quando sentiu a leve brisa noturna atingir seu rosto descoberto pelo capuz escuro que antes utilizava ao seus passos incertos a guiarem até ali.

Retornara a sacada do pequeno Loft de Mal após o incidente com a pirata, observando perdidamente a tudo aquilo que já vira mas insistia em encarar por mais algum tempo enquanto usufruia de mais momentos de sua solitude plena, as poucas luzes artificiais existentes as ruas reluziam, aguardando talvez pelo pouco restar de sua paciência e racionalidade esgotarem e a fazerem agir novamente com apenas suas emoções afloradas, suas mãos aquecidas envolviam uma a outra em um aperto firme e reconfortante que lhe fazia falta, contrastando ao frio gélido do metal vindo dos adornos prateados em suas mãos e o colar colocado entre suas palmas, levou seus dedos esguios outra vez ao pescoço, folgando as amarras de couro anexadas ao corselet preto que marcava sua cintura através dos trajes lindamente feitos às mãos de Evie, mas que lhe aparentavam ser levemente sufocantes no momento ou ao menos traziam a piora da terrível sensação que ainda sentia acometê-la. Um estranho estado de alerta. Já houvera amarrado sua jaqueta em seus quadris pelo mesmo motivo.

A leve dor em suas têmporas voltara a pulsar um pouco mais intensa, reagindo de maneira incomoda ao mínimo som pouco mais alto do que o normal. Não compreendera certamente ao motivo, já que antes o sentira pelo constante alerta, já agora, não havia mais algo a acontecer.

Havia...?

Nem mesmo o ruído dos saltos contra o piso amadeirado atrás de si atou sua atenção a algo físico e palpável como a realidade, seus olhos distraidos permaneciam fixados na imensidão das cores não vibrantes cujas a maioria das casas compostas por retângulos desiguais de madeira e outros materiais desconhecidos eram tingidas, não fora difícil perceber quem parou de andar ao seu lado; as luvas enfeitadas por elementos em preto e prata com leves requintes de azul, portando leves toques em branco que poderia vislumbrar em suas roupas com seu olhar apurado, ou melhor, visão periférica lhe entregavam perfeitamente a identidade reconhecível de Fayrie, poderia percebê-la em silêncio, pensativa.

Ambas pensativas, ponderando sobre seus próprios modos de agir.

A morena refletiu sua postura; braços apoiados e corpo debruçado sobre o corrimão, a encarando enquanto Mal apenas fingia não perceber sua presença deixando seus olhos transitarem pela direção oposta a dela, não estava ignorando-a por pura e genuína falta de modos, apenas conhecia a amiga o suficiente para saber que queria lhe dizer algo que odiaria escutar naquele momento, ouviu-a suspirar profundamente, seus olhos verdes claros observando as mesmas casas que vira por repetidas vezes enquanto percorria aqueles telhados em corridas acirradas que sempre se encerravam em trapaças e vitórias pouco justas, sorriu com o aquecer das lembranças em seu coração.

̶ Obrigada. ̶ A que já estava ali antes a olhou confusa e surpreendida, o olhar de Fayrie continuara perdido mesmo com sua voz direcionando palavras amorosas para a vilã, mas sabia que o sorriso terno em seus lábios era pertencente a si. ̶ Pela jaqueta. Eu adorei.

Mal não pode evitar achar graça na atitude dela, acompanhada por uma risada leve assim que a percebeu esgueirar seu olhar breve para si, realmente não esperava por um agradecimento vindo da fada naquele momento, mas deveria ter desconfiado. Fayrie sempre fora o típico tipo de pessoa grata a tudo e todos a sua volta, acreditando que deveria agradecê-los pela mínima coisa que fariam por ela. Era a única que conhecera que agia daquela maneira.

    ̶ De nada.    ̶ Retribuiu, abaixara seu rosto escondendo o sorriso que sumira gradativamente, seu indicador percorria círculos sobre o apoio ao qual seus braços encontravam-se, formulando sua pergunta de acordo com a forma que desejava se expressar.    ̶ F-Fayrie...ele me contou sobre a questão da magia, quero dizer, da proibição da magia...

Percebeu-a baixar seu olhar perdido aos céus, torcendo seu nariz em uma nova feição que não soubera decifrar por nunca tê-la visto nela, mas definivamente não significava algo parecido com agrado. Por outro lado, Faye sabia exatamente qual seria o próximo questionamento a ser proferido pelos lábios de Mal.

   ̶ Eu não quis atrapalhar...vocês estavam tão felizes.    ̶ Por um momento hesitou em continuar, seus olhos azuis pesarosos se direcionando a citada e logo corrigindo o erro de sua fala em um sussurro baixo.    ̶ Quer dizer, ao menos era o que me parecia, depois de tudo, pareciam finalmente ter encontrado aquilo que desejavam e eu não...    ̶ Pausou sua fala, procurando pelas palavras certas.   
    ̶ Quis colocar sobre vocês o peso dos meus problemas, as consequências das minhas atitudes. Isso nunca fez sentido.   ̶ Justificou, entrando em um leve transe em seus pensamentos.    ̶ Acho que por isso ele se comportou daquela forma com você, eu me afastei por certa...culpa da magia ele teve medo que tudo se repetisse novamente..

   ̶ Fayrie se podemos viver tudo o que vivemos hoje, foi por sua causa! Você foi a primeira a dar uma chance pra gente.   ̶ Escutou-a, encarando a feição levemente indignada da garota preferida de seu melhor amigo, a alusão a fez sorrir com a intensa sensação de acolhimento que sentiu alastrar-se por seu peito, embora percebesse que Mal apenas ignorava parte do que dissera.    ̶ Você teve evidências bem claras de que estávamos fazendo algo errado e ainda sim preferiu conversar e entender o que tava acontecendo.

Viu as feições de Fayrie mudarem, a seriedade desvanecendo e seu lugar ser tomado por uma concentração profunda e logo por uma alegria genuína, uma leve risada baixa foi escutada e então voltou a encará-la.

   ̶ Se está se referindo ao cookie enfeitiçado, tem uma pequena coisinha que nunca te contei.    ̶ Iniciou, observando avidamente a expressão curiosa da de olhos verdes, cujos estavam fixados em si, duvidosos, era visível o quanto segurara suas risadas através de seus lábios crispados enquanto expunha o pequeno segredo.    ̶ Eu meio que induzi o Ben propositalmente a ir ao lago encantado para quebrar o feitiço, na verdade, quando descobri passei praticamente a noite em claro pensando sobre como quebrá-lo sem que você percebesse.    ̶ Pausou sua fala, a observando sorrir comedida e levemente incrédula após o choque.

   ̶ Então...você o pediu para fingir estar enfeitiçado? Quando conseguiu.

Percebeu a feição de Fayrie mudar tornando-se tão compassiva quanto quando a vira conversar por diversas vezes consigo e seus amigos, um sorriso largo e genuíno que sempre vira em seus lábios quando conversavam retornando a suas feições, vendo-a como a garota abençoada com a luz curativa que sempre lhe pareceu destoante de si. Sua voz soando confortante e terna após as palavras saírem de seus lábios com convicção;    ̶ Ele nunca fingiu.

Afirmou certeira, por um momento a arroxeada desejou não ter escutado aquilo pelos lábios daquela que o conhecera desde suas primeiras memórias, percebendo seu coração ondular em emoções contrastantes entre si; felicidade e tristeza, "Ele sempre te amou, desde o momento em que os olhos dele cruzaram com os seus, dentro dos sonhos que sempre teve com você." era o que a Fada desejava lhe revelar, não era como se não soubesse sobre aquela pequena percepção mas talvez precisara relembrar o quão verídica era, a felicidade aquecia suas lembranças que propositalmente congelou em seu próprio coração por acreditar que seu amor por Benjamim não era válido o suficiente visto os desafios que regiam a realeza, notoriamente a tristeza vinha com tais lembranças, a última feição que viu ao rosto do garoto bonito que tanto lutara para amar; decepção, relutância em desistir dela por mais que suas palavras machucasse profundamente a ambos.

Percebeu os olhos verdes da garota ao seu lado piscarem-se para, mesmo que em uma tentativa falha, afugentar a sensação de desconforto e realização, Ben a amava e ela se recusou a recebê-lo por se sentir indigna do amor, nunca sentiu falta do lugar que agora encarava, sentia falta de liberdade. Liberdade.

Agora entendia o que a Fada tentara lhe alertar quando dialogou consigo por diversas vezes.

O silêncio denso envolveu-as, apenas os pequenos ruídos provindos do ambiente externo da pequena habitação passaram a ser escutados.

   ̶ And you can find me in the space between...

Escutou a voz doce e afinada de Faye cantarolar como nunca houvera visto-a fazer, sua voz era intensa ao mesmo passo em que delicada, envolvendo-a com mais do que poderia descrever em meras palavras, as mãos da citada tocando as suas assim como quando chegara ao quarto de Carlos, poderia-se dizer, fugindo de tudo o que lhe afligia, Fayrie sempre esteve lá quando o fizera, disposta a fazer mais por si.    ̶ Where two wolds come to meet, I'll never be out of reach...

    ̶ 'Cause you're a part of me so you can find me in the space between.

As vozes de ambas sumiram lentamente ao ambiente, restando apenas suas risadas. Finalmente Mal vira o quão incrível ela era, e o quão sortuda era por tê-la por perto sendo uma de suas amigas, sequer percebeu quando Evie uniu ambas ao enlace de seu abraço, como se ali estivesse desde o iniciar da conversa.

Fayrie era a salvação, e sempre seria. Para muitas pessoas à sua volta.

✧⊹─┈✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧─┈⊹✧

𝔖𝑶𝑵𝑯𝑶𝑺 são mais do que um simples navegar em suas fantasias profundas e desejar ao âmago de seu coração que elas se concretizem ou apenas adormecer após um dia exaustivo e adentrar em um ciclo aparentemente interminável de pesadelos, imagens difusas que sequer recordaremos quando despertarmos em meio a infame realidade, percebendo então que assim que seus olhos estiverem abertos, revelando suas belas íris de tons variáveis e vermos apenas os primeiros raios luminosos da aurora a pairar com graciosidade através das janelas, nos alertando sobre a possível presença ilustre de um novo dia ensolarado, tendo a percepção de que tudo aquilo que presenciamos era nada mais do que uma mera forma frágil de ilusionismo para de alguma forma, nos iludibriar com algo que talvez esteja fortemente enraizado ao núcleo de nossa mente. Em muitas histórias e culturas distintas, sonhos são como premonições, alertas desperados de um possível futuro; lidos como a página de um livro prescrito a décadas, uma profecia entalhada e destinada a acontecer.

Sonhos obtinham incontáveis significados. Inclusive para Fayrie.

Nos últimos tempos, o intenso ciclo de projeções repentinas e repetitivas invadira seus sonhos mais profundos durante o auge do anoitecer; sem que pudesse impedir ou permitir ou controlar, um instinto natural, impulsivo, algo não muito novo a considerar que desde quando criança vislumbrou e admirou o interior da cúpula reluzente a qual sempre esteve intensamente atrelada, talvez pelos lugares - e o pequeno animal esbranquiçado - aos quais sempre escolheu seguir, lugares que sempre a levaram até ali como se tais caminhos estivessem encrustados em sua história, andara mais do que imaginava por aqueles caminhos tortuosos e confusos, um tanto sombrios ao breu da noite e a pouca disposição da luz provida pelos astros além da névoa densa que encontrava-se sobre o chão, a vagar sem rumo pelo local que um dia selou uma promessa inquebrável às estrelas que iria mudar, desde sendo uma garotinha de cinco anos extremamente enérgica e questionadora com seu núcleo mágico de nascimento pouco controlado.

Tornaram-se aos poucos, velhas conhecidas em suas lembranças mais infantis, pequenas partes que aos poucos aparentavam estarem intrinsecamente ligadas segundo seu reconhecer, assim que seus pés finalmente - fora de sua consciência - pisaram sobre o solo terroso que a compunha e seus olhos vibrantes apreciaram a arquitetura grosseira improvisada por através da névoa densa que embarçara grande parte de sua visão, mas que ainda sim atraia seu olhar deslumbrado, aturdido com a beleza escassa talvez derivada da estranheza, que ainda sim conseguia encontrar em meio a aquela localidade entristecida, composta por tons mórbidos e acinzentados que proviam ênfase ao ar de desgraça ao qual houveram sido abandonados pelo peso do legado em seu sangue.

A magia fluindo para guiá-la. A pura luz límpida que percorria suas veias, originada de sua linhagem.

O primeiro indício de que, talvez, quem sabe, não estava em um sonho reconfortante, mas sim em uma projeção desordenada era a simples necessidade abrupta que sentira de abrir seus olhos azuis, seguida de uma inspiração profunda e duradoura para acalmar seu coração angustiado de ritmo pouco mais acelerado para o normal, embora não o sentisse completamente em seu peito - uma sensação deveras peculiar. - encarando avidamente a seus arredores novos ao olhar, era possível vislumbrar o céu para além da neblina assim que pôde ver corretamente, piscando seus cílios para clarear sua visão, o fraco brilho das estrelas a cintilar e a luminosidade amarelada escassa da lua banhando o convés do navio envelhecido, além de luz própria que sequer percebera emanar.

O segundo a vir a si, era a aura branca que rodeava seu corpo, clareando ao piso de madeira abaixo de seus pés assim que pôde perceber suas mãos, magia e luz entrelaçadas, puras e límpidas como se originada das estrelas, abençoada por elas para portar um pequeno resquício seu brilho reconfortante por onde caminhasse.

O terceiro, e talvez o indício mais esclarecido sobre seu paradeiro era o leve balançar do barco perante as ondas do mar, os ventos sussurantes que não atingiam seu corpo, lhe revelavam desejos ou sequer faziam encolher-se em resposta a menor temperatura, apenas seguiam seu fluxo natural como se apenas não estivesse presente ali, era possível notar o limite da barreira um tanto distante dali, a fronteira que dividia as águas turvas e meramente poluídas da ilha e as águas cristalinas e puras do exterior. Seus olhos extremamente claros refletiam o que poderia ver, o horizonte portava a majestosa Auradon; seu lar, sua casa, aparentando estar distante de seu alcance, iluminada apesar da distância.

Seus olhos se arregalaram e sentiu sua mandíbula afrouxar em resposta ao susto e incredulidade que a dominaram, sua respiração levemente acelerada para corresponder ao aumento de seu pulso, questionando-se como sua consciência a ligou até ali assim que cedeu ao cansaço, uma habilidade pouco controlada, quase como fora de seu alcance, aquele local era novo as suas percepções, mas a contar pelo histórico de suas projeções e a tudo que descobrira com a mãe...estava ali por seus sentimentos ligados a confusão que os rondava. Além do que poderia vislumbrar como o piso amadeirado abaixo de seu pés, então estaria no barco de...

   ̶ Fadinha?

A voz masculina a fez sentir parte de seu corpo gelar com o susto, correspondendo ao leve deslize das batidas de seu coração, era reconhecível e extremamente confortável a seus ouvidos. Benjamim.

Se virou lentamente, os questionamentos antigos deixando o lugar em sua mente como areia sendo levada pelos ventos cálidos do deserto, mas novos ressurgindo assim que seus olhos desconfiados fixaram-se nele, primeiro o avaliou avidamente dos pés a cabeça apenas para certificar se tudo estaria bem, talvez para convencer sua mente de que aquilo seria uma mera miragem de seus sonhos perturbados por suas preocupações, sua cabeça movendo-se em negação de maneira inconsciente, seus olhos azuis cintilavam intensamente em correspondência ao uso de sua magia, pequenos resquícios azulados ondulavam em suas íris brilhantes pelo surgimento de pequenas lágrimas que se recusavam a cair, lágrimas de alívio, sequer notou o sutil reaparecimento de suas asas e menos ao aumento de brilho das mesmas, deixando com que o calor de seus bons sentimentos - e a magia recém-descoberta - a levassem em seus primeiros passos, curtos e temerosos em sua direção, então correndo para ser prontamente envolvida nos braços de Ben enquanto ambos sorriam.

Por algum motivo, a diferença de altura não lhe parecera tão gritante naquele momento - os saltos altos da bota azul-escura talvez auxiliavam nessa pequena questão. - Afinal de mesma maneira, a garota havia praticamente pulado sobre si pelo torpor trazido por sua gentil empolgação, segurava-a fortemente contra seu corpo para que não caísse junto a ela com o colidir de seus corpos, os braços envoltos em sua cintura e quase era impossibilitado de repirar pelo forte aperto no abraço, sua irmã.

Céus, o quão sentira muito por tê-la desobedecido. Enquanto a mesma tagarelava desesperamente sobre o quão estava feliz por não estar machucado.

A sentira afrouxar o aperto como um indicativo de separação após alguns instantes, somente naquele momento pôde se questionar de forma clara sobre o porquê ela estava ali e sobre como estava solto se segundo o que poderia procurar em sua mente, sua última lembrança antes da confortável escuridão era estar amarrado em um mastro, um dos capangas de Uma havia feito a mais genuína das questões de se certificar desse serviço. A expressão preocupada no rosto da fada demonstrava que de alguma forma, conseguia ver sua própria confusão.

   ̶ Como você...

   ̶ Bem...    ̶ Iniciou, sorrindo vergonhosamente, ainda que a felicidade se fizesse presente e com toda certeza radiante, já que o brilho cristalino de suas asas era quase cegante a olho nu.    ̶ Lembra que eu te falei sobre o uso inconsciente da minha magia, é basicamente isso daqui.   ̶ Ao ver a feição de seu amigo transbordante em confusão e levemente assustada, tentou formular uma explicação pouco mais detalhada e completa.    ̶ O que você está vendo não sou eu, é a minha consciência, assim como você, ambos somos consciência e nossos corpos físicos continuam lá. Então você continua preso e eu estou junto com as meninas no esconderijo, se bem que você é meio que o pinóquio e eu a minha mãe, na verdade. Olha, é um assunto bastante complexo e difícil de se explicar, então, por favor, me pergunte depois.

Embora genuinamente não soubera de maneira exata sobre como puxara Ben para dentro da projeção, provavelmente por seus pensamentos estarem voltados para a ameaça de Uma, era como sua mãe com pinóquio quando o precisara ajudar.. A grande diferença era que Faye não tinha total consciência do que havia feito. A conclusão a fez soltar um leve risinho comedido, talvez inclinado ao desespero.

    ̶ Que bom que você está bem.    ̶ Replicou após suspirar, um sorriso replicou-se em seus lábios como minutos atrás, suas mãos tocando os ombros do melhor amigo.    ̶ A Uma disse que iria te machucar...

   ̶ Ela não fez.    ̶ Havia algo novo na voz de Benjamim, não soubera identificar ao certo mas atraiu seu olhar piedoso instigando-o a continuar, era uma peculiar mistura de desgosto e decepção vislumbrada em seus olhos esverdeados.   ̶ Fayrie, eu nunca esperei que tudo fosse assim...que as coisas fossem tão graves aqui. Meu pai nunca...

   ̶ Ben, nem mesmo eu já tendo visto as coisas aqui dentro pensava que eram assim, não era muito melhor mas consegue ser bem pior do que eu acreditava.    ̶ Interrompeu-o sem permitir com que se afogasse ao peso da culpa que nem sequer lhe pertencia, embora também sentisse tal peso sobre seus ombros, sua mãe havia sido parte daquilo e mesmo sabendo que ela não aprovara tal decisão, era ainda difícil não associá-la a ela.    ̶ Fomos inocentes talvez mas eu realmente acreditava que eles tinham o mínimo, antes de conhecê-los. Não se culpe por isso.

Sorriu timidamente, Fayrie sempre soubera o que dizer no momento certo. Por isso era sua irmã de consideração.

Mas ainda sim era estranho vê-la em sua forma não-humana, quase completamente fada. E ainda manusear magia dentro de uma cúpula que deveria apenas a repelir.

Por assim dizer, era no mínimo algo de extrema curiosidade.

   ̶ Como você não consegue mentir mas ainda sim guarda tantos segredos, dona Faye?    ̶ O escutou perguntar claramente em uma comedida afronta que a fez erguer seu queixo murmurando algo que não compreendeu, o olhou com certa superioridade transmitida em seus olhos estranhamente reluzentes e sua postura falsamente polida, em seus cabelos bicolores às numerosas mechas azuladas eram destacadas pelo brilho emanado por si própria, parte presos ao alto de sua cabeça, parte caindo por seus ombros e costas.

   ̶ Não poder ou querer mentir não tem nada haver, eu sou um livro aberto com quem confio, basta fazer as perguntas corretas...Bennyboo.    ̶ Afirmou, sorrindo ladino ao encará-lo, escutou uma risadinha baixa e calma escapar pelos lábios de Ben pela pequena provocação. Palavras na ponta da língua, como sempre.    ̶ Lembrando, eu te avisei duas vezes para não sair de perto de mim, DUAS VEZES! Fui te procurar e dei de cara com o outro cachorrinho da Uma...Duas vezes.

   ̶ Ah...Desculpe?...    ̶ Aquele pedido soara muito mais como uma pergunta, sua feição duvidosa sobre o humor vindo da garota a sua frente não agregara a mínima veracidade a ele, a verdade é que não soubera ao certo se as palavras dela eram uma espécie de bronca ou apenas uma cruel brincadeira de sua parte. Levara poucas em sua vida e as tremulações no rosto sério a sua frente não eram notadas.    ̶ Cachorrinho da Uma?

   ̶ Harry Hook. O filho do gancho, aquele que nós vimos nos registros da ilha.    ̶ Ben parecia imerso em seus pensamentos, Fayrie se perguntou se estava buscando-o em suas lembranças, unindo suas sobrancelha em dúvida.
   ̶ Quer dizer, apenas o nome e a paternidade...

   ̶ Por isso me perguntaram de você.

Fayrie arregalou seus olhos claros com a afirmação solta no ar, incrédulos e aparemente ofendidos embora soubera que era apenas uma curiosidade ingênua. Uma pergunta escapando sem desejar por seus lábios.

   ̶ De mim? Quem perguntou de mim?

   ̶ A Uma e os lacaios dela. Devem ter contado que você também veio, queriam saber se você era importante.    ̶ O viu franzir o nariz enquanto explicava, o peso de seu corpo sendo transferido de uma perna para outra ao cruzar os braços sobre o peito, demonstrando pouco conforto ao relatar a situação, Faye obtinha sua feição neutra aos poucos mudando enquanto sua mente processara as informações.    ̶ Ela perguntou por "uma garota irritantemente calma, bonitinha de olhos bem azuis e bem língua solta para o meu gosto."    ̶ A percebeu curiosa sobre sua descrição, não poderia mentir; era bem precisa e isso a fez torcer o nariz em reprimenda a si própria e logo cerrar seus olhos, quase em desafio, ao perceber que havia mais algo a falar.    ̶ Acho que é uma descrição bastante precisa sobre você.

É, realmente.

Fayrie desviou seus olhos para as águas às suas costas por instantes, inebriada e envolvida pelo leve som relaxante vindo da quebra das ondas constantes contra o barco, o ruído era pouco escutado, certamente necessitava de pleno silêncio e atenção para realmente lhe aparentarem ser relaxantes como afirmavam, para assim quem sabe, conseguir acalmar-se em sua tempestade interna.

   ̶ Bom, não sei o que fariam se soubessem que sou justamente a filha de uma das fadas que criaram esse lugar...    ̶ Comentou baixo voltando a encarar Benjamim, um sorriso contido em seu rosto e uma expressão de tranquilidade e ternura visíveis e predominantes, contrastando com suas palavras, já em sua voz, aquilo ressoava como uma brincadeira amarga.    ̶ Eu desconfio que algo não muito...agradável.   ̶ Concluiu, voltando seu olhar para os mares, profundamente atraída pela pouca visão de Auradon que obtinha dali, era possível notar a pequena preocupação ao fundo de suas íris escondida pelas oscilações provindas da magia, o que via era lindamente refletido aos seus olhos claros, um suspiro profundo saiu por seus lábios ao concentrar-se na paisagem.   ̶ Com toda certeza, não.

Balançou a cabeça, retomando o foco de sua visão para o que desejara ver, despertou de seu ciclo de pensamentos pouco controlados, notando que Ben também encarava ao seu lar mas diferentemente de si, havia outros sentimentos vislumbrados em seus olhos pouco mais obscuros comparados ao seu comum, bastante conflitantes em relação aos seus. Diria opostos, talvez pela quebra de expectativa de parte do que um dia acreditou fielmente.

Isso lhe deu um certo dejavú sobre si mesma, uma nostálgica sensação estranha de pouco tempo atrás, mas era algo comum afinal, ambos haviam aproximado-se um do outro justamente pelas semelhanças em sua formas mais infantis de pensar, tal semelhança os seguia até o presente momento, evoluindo e se moldando com o crescimento e amadurecimento. Continuando parecidas e de acordo com o que cada um dos dois seguia em seus caminhos.

Sentia o tempo se esgotar, o oscilar de sua própria magia aumentar conforme o tempo lhe parecia ainda mais próximo de acabar, logo voltaria a si e provavelmente retornar seria inviável em dado momento. Teria de ser rápida.

   ̶ Nós vamos tirar você daqui, vamos voltar para Auradon o quanto antes, eu prometo. E sabe que cumpro minhas promessas.

✧⊹─┈✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧─┈⊹✧

{⚔} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ 🇳 🇴 🇹 🇦 🇸  🇩 🇦 
🇦 🇺 🇹 🇴 🇷 🇦 

Boaaaaaa noite/madrugada! - lê-se qualquer horário ao qual esteja lendo esse capítulo de interações e contextualização. Escrito por essa humilde autora a beira do surto graças a um comum efeito que acomete a todos aqueles que se veêm sendo "obrigados" a realizar uma prova de 90 questões com uma redação de trinta linhas (para quem está acostumada a escrever 4464 palavras!) - Sei que ando sumida, gostaria de dizer que retornarei totalmente, postando capítulos semanalmente, mas, infelizmente, a vida impõe a sua incrível capacidade de ser atarefada e completamente coberta por confusões, então não posso afirmar nada. Apenas podem ficar tranquilos, uma hora ou outra eu posto e apareço aqui com mais do "Fayrietale" para vocês! Tenho planos imensamente intensos para o decorrer da história, já pensei em tanta coisa que meu Deus! Sério, escrever cada fic mental minha me daria com toda certeza, um acervo inteiro de interações e momentos fofos/difíceis/tristes/felizes. Enfim...

Que vocês meus leitores, não estejam cansados de escutar isso, mas; amo vocês meus queridos! Muito, muito mesmo! 💙 vão dormir.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro