𝐗. | 𝒪 𝒫 erdão ℛeconstrói...ﻬ
ᶜᵃᵖⁱᵗᵘˡᵒ ⁱⁿᵗᵉⁱʳᵃᵐᵉⁿᵗᵉ ⁱⁿˢᵖⁱʳᵃᵈᵒ ⁿᵃˢ ᵐᵘˢⁱᶜᵃˢ
'ᵘⁿˢᵗᵒᵖᵖᵃᵇˡᵉ' ᵉ 'ᵇⁱʳᵈ ˢᵉᵗ ᶠʳᵉᵉ' ᵈᵃ ˢⁱᵃ
𝐗. | 𝒪 𝒫 erdão ℛeconstrói...ﻬ
{📖} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧─┈⊹ ℬ𝒖𝒕 𝒕𝒉𝒆 𝒃𝒂𝒕𝒕𝒍𝒆 𝒊𝒔 𝒍𝒐𝒔𝒕...'𝒄𝒂𝒖𝒔𝒆 𝒊𝒎 𝒔𝒕𝒊𝒍𝒍 𝒉𝒆𝒓𝒆.
⊹┈─⊹✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧⊹─┈⊹
𝒜𝑺 incontáveis folhas das árvores impediam a total entrada direta de luz sobre o solo e sobre ela, apenas com pequenos pontos da mesma entre os pequenos espaços os quais não ocupavam, o entardecer se iniciava com os tons quentes originados do amarelo e alaranjado colorindo o céu com rapidez, o sol baixando-se para dar espaço a lua, e ao início de uma noite costumeiramente linda em Auradon.
Os saltos pendendo em suas mãos para facilitar seu andar, não que soubesse para onde estava se direcionado, Fayrie ainda tinha os olhos lacrimejantes ao tentar compreender tudo o que se passara, andava cegamente através da floresta, ela precisava ficar sozinha, sentir a liberdade que somente a solidão poderia lhe trazer, por um momento pensou em Ben e nos Vk's se perguntado se eles sabiam da história real da barreira, mas assim que sentiu a dor lhe acometer novamente, partindo-lhe o peito, apertou suas unhas nas palmas das mãos a ponto de que as marcas poderiam ser vistas, ela desviou seu foco para qualquer outra coisa, esta que com toda certeza não a faria lembrar da traição e menos ainda da asquerosa e dolorosa sensação de ser traída.
̶ Clipped wings, a broken thing... ̶ sua voz embargada e fraca poderia ser ouvida apenas de muito perto, logo fechando seus olhos ao sentir o vento beijar seu rosto. ̶ Had a voice
But I could not sing...
You would wind me down
I struggled on the ground, oh...
So lost, the line had been crossed...
Com seus olhos parcialmente embarçados pelas lágrimas refletiram a floresta e parte do céu, o azul deles misturando-se com facilidade aos tons que observava, fixou-os para cima, avaliando com calma o ambiente a sua volta, suas mãos foram ao braço oposto, segurando-o ao fazê-lo, logo cruzou-os a frente de seu corpo, deixando com que um soluço escapasse, sem tentativas de controle. Ali ao menos poderia chorar sozinha, sem uma plateia a observando sofrer.
⊹┈─⊹✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧⊹─┈⊹
Had a voice,
But I could not talk
You held me down
I struggle to fly now...
𝒬𝑼𝑨𝑵𝑫𝑶 𝑺𝑼𝑨 mãe a levara até ali, a pequena pensava que ao menos poderia acompanhá-la, que em sua visão infantil era estar a todo tempo andando atrás da mãe sem se desvencilhar por um segundo da mesma, mas aparentemente o assunto tratado era maduro demais para uma garotinha de seis anos de idade, ou melhor, para uma fadinha de seis anos de idade.
And there's a scream inside
That we all try to hide
Holding on so tight
Com as bochechas levemente infladas e os braços cruzados, ela percorria os longos corredores do castelo, que sinceramente mais pareciam labirintos sem saída, a garotinha estava um pouco irritada, Fayrie poderia ter ficado com seu pai se soubesse que teria que ficar sozinha andando - Quando deveria estar quietinha - era uma das primeiras vezes que vinha até ali, não era corriqueiro ao menos não durante sua infância, portanto, ela não se sentia no direito de estar sentindo-se confortável, era estranho estar sozinha em um Palácio, por isso, imaginava como alguém viveria ali naquele lugar enorme de decoração extravagante que apesar de possuir um tamanho consideravelmente maior que sua casa, estava vazio, apenas alguns empregados circulando pelos corredores e estes com a postura incrivelmente ereta e imponente, sem proferirem uma palavra sequer.
Seus olhos azuis percorriam os arredores analisando detalhes, quadros, objetos de decoração, armaduras, espadas e sentindo sua visão levemente ofuscada por conta do excesso de dourado, amarelo e azul detalhando cada uma daquelas paredes, os detalhes em dourado - remetendo intensamente a ouro puro - pareciam perfeitamente desenhados a mão por alguém hábil naquilo que fazia, detalhados e repetindo um constante padrão, as cortinas - azuis e amarelas, como todo o resto dos cômodos - que não incobriam totalmente as janelas permitiam a entrada de luz solar, a mesma inundando em pequenas porções os corredores escuros, o vermelho ocupava a paleta de cores geral em pequena quantidade, somente algumas pequenas coisas, detalhes praticamente imperceptíveis a olhos de outras pessoas, mas não para uma criança observadora e curiosa como Faye.
Seus passos pararam em frente a uma das janelas, aproximando-se, subindo sobre o baú de madeira colocado ali, a pequena garotinha praticamente colou seu rosto ao vidro da janela, seu nariz levemente arrebitado sendo amassado contra a superfície e suas mãos situando-se sobre a mesma enquanto ela observava a ilha de longe.
But we cannot deny
Oh Eats us alive
And, there's a scream inside...
Seus olhos passearam pelos mares de Auradon, águas tão puras e cristalinas que obtinham uma cor aproximada do tom azul cristalino de suas íris, chegando até o ponto central: A ilha dos perdidos, a barreira quase invisível que os separava dos cruéis e brutais vilões, dali era possível se ver a diferença aparente entre a arquitetura e as características gerais de cada local, cerrou seus olhos na tentativa de observar algo além dali, a mesma se mostrando falha já que ainda vira o mesmo que via quando estava perto de sua casa.
A garotinha soltou ar pela boca, frustrada, vendo o vidro embarçado pelo contato de sua respiração quente á superfície fria, logo afastando seu rosto de traços incrivelmente bonitos e fofos dali, seus cabelos acastanhados caindo em ondas assemelhadas a cachos sobre seus ombros e costas obtinham um tamanho que poderia ser considerado pouco proporcional à sua altura, amarrados em uma trança que formava algum tipo de coroa sobre sua cabeça, delicadamente duas mechas pequenas caindo sobre sua feição, alguns pequenos grampos de pérolas enfeitando e dando-lhe pequenos pontos de brilho, o vestido simples - e por nenhuma surpresa, azul - indo até seus joelhos, aparentemente ombro a ombro com alcinhas finas para torná-lo mais confortável para ser usado e detalhado com apenas alguns pequenos brilhos que apareciam conforme a disposição de luz sobre si, suas sandálias de amarrações também simples e encaixada a paleta de cores monocromática que a garotinha adorava.
That we all try to hide
Holding on so tight
But I don't wanna die, no
I don't wanna die no...
Ela desceu rapidamente do baú, logo se virando para trás, os olhos infantis reluzindo ao ver o pequeno inseto voar através do corredor atrás de si, deixando seus rastros brilhantes por onde passava, suas mãos se colocaram uma sobre a outra, aproximando-se lentamente da mesma, a borboleta passeara pelo decorrer dos caminhos semelhantes a labirintos confusos.
̶ Você aqui?! ̶Perguntou a si mesma, logo sua feição demonstrou estranhamento, olhando para os dois lados do corredor, desconfiada, ela franziu o cenho. ̶ Ok, isso é bizarro.
Em um movimento aparentemente brusco de tocá-la, fez com que ela se afastasse, a garota ainda processando a situação.
̶ Ei! Espera! ̶ A voz infantil ecoou nos corredores, logo olhando para os arredores a procurar, a mesma, avistando-a no corredor atrás de si.
I'm unstoppable
I'm a Porsche with no brakes
I'm invincible
I win every single game
I'm so powerful
I don't need batteries to play
I'm so confident
I'm unstoppable today
Correu pela extensão de onde vira, parando somente ao perceber-se em meio ao mesmo caminho que vinhera, coincidentemente a frente do escritório real, ela havia a levado até ali e sumido misteriosamente, a pequena estava um pouco assustada, portanto quando se virou para a mesma, encarava a porta pensando em abri-lá e finalmente poder ver sua mãe, poder abraça-lá a toda força que conseguia e voltar para casa, quando suas mãos estavam prestes a alçar a maçaneta, escutou outra voz perguntar algo, tomada pelo susto que lhe acometeu, praticamente pulou para longe da entrada, pela falta de controle de sua magia, as asas reluzentes da pequena fadinha delinearam-se atrás de si.
Unstoppable today
Unstoppable today
Unstoppable today
I'm unstoppable today...
̶ Quem é você?
Observou o garotinho pouco mais alto do que si, aparentemente de mesma idade, seus cabelos também castanhos, mas pouco puxados para um loiro, com certeza ao sol acabavam evidenciando tal tom, os olhos de mesma cor estranhamente reconfortantes, o garoto mesmo ainda pequeno em trajes reais habituais, ainda nos mesmos tons que ocupavam todo o espaço que sua visão poderia alçar, a garotinha recuou alguns passos para trás, sem tirar seus olhos azulados levemente arregalados pelo susto do menino, ainda parecia assustada, o silêncio em suas palavras escondia uma timidez intensa em conhecer pessoas novas.
Mas, havia algo estranho, ela sentia uma intensa confiança nele, esta que não sabia de onde viera.
̶ Ah, eu te assustei, desculpe. ̶ Observou a mão dele em direção a si, estendida em um cumprimento completamente fora do habitual para uma criança tão nova. ̶ Eu sou Ben, e você é...?
Now I fly, hit the high notes
I have a voice, (have a voice)
Hear me roar tonight
You held me down
But I fought back loud...
̶ Fayrie. ̶ Sua voz mal saiu, temerosa, sua mão apertou a dele, ainda estranhando completamente a forma como Ben fizera aquilo, suspirou nervosa, voltando a se apresentar de uma forma mais adequada. ̶ Eu sou a Fayrie.
̶ Tipo, Fada? ̶ Um leve sorriso finalmente delineou os lábios dela, olhando fixamente para o garoto a sua frente, ela respondeu.
̶ Sim, tipo Fada.
⊹┈─⊹✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧⊹─┈⊹
...Oh, And there's a scream inside that we all try to hide
Holding on so tight, but we cannot deny
Oh it eats us alive
Oh, and there's a scream inside that we all try to hide
Holding on so tight, but I don't wanna die, no
I don't wanna die no, Yeah, (And I don't care if I sing off key)
̶ 𝒪𝑯 𝑪𝑳𝑨𝑹𝑶, isso é muito hipócrita vindo de você Adam. ̶ A fada azul argumentou, amarga, seu corpo inclinado em direção ao Rei, os olhos azuis vibrantes por si só demonstrando intensa raiva. ̶ Imagine se Bela não optasse por lhe estender a mão, lhe dar uma chance de redenção, mesmo convivendo a força naquele castelo, onde você estaria agora? ̶ Disse com a voz baixa, percebendo o homem fechar sua expressão, engolindo em seco cerrou seus pulsos cheios de ira, ele parecia prestes a se transformar novamente em uma fera raivosa. ̶ Você sequer chegaria a esse trono! Você não teria sequer a sua vida! Se ela estivesse fugido na primeira oportunidade-
I'm unstoppable, (I find myself in my melodies)
I'm a Porsche with no brakes, (I sing for love, I sing for me)
I'm invincible, (I shout it out like a bird set free)
I win every single game, (No I don't care if I sing off key)
I'm so powerful, (I find myself in my melodies)
I don't need batteries to play, (I sing for love, I sing for me)
I'm so confident, (I'll shout it out like a bird set free)
I'm unstoppable today
̶ CHEGA! ̶Bradou o rei levantando abruptamente de sua cadeira, a fada sequer se abalou, seu cenho não obtinha nenhuma expressão, mas sua respiração acelerada juntamente a seu coração diziam o contrário. ̶Você não tem esse direito de vir aqui e me ofender desta forma! O que fez foi escolha sua! Somente sua! ̶ Ao ouvir aquilo, a mulher sentiu seus olhos lacrimejarem, o azul deles se tornando mais brilhante, ele estava certo, havia sido uma escolha sua, a que mais se arrependera em sua vida, ela engoliu em seco, encarando com o rosto erguido o homem.
̶ Realmente. ̶Respondeu seca, sua garganta ardia com o peso da culpa juntamente ao choro constante entalado, ela sentia mais do que um incômodo. Dor. ̶ E eu me arrependo amargamente de ter o feito, é claro que não se arrepende, não é Rei Adam? ̶ Perguntou de forma retórica, o encarando com desdém. ̶ As consequências não vieram para você, elas vieram para mim, sacrifiquei-me por isso enquanto você está sentado nesse trono, tendo Auradon em suas mãos, perdi minha magia, perdi minha varinha, e me sinto profundamente culpada. ̶ A expressão do homem suavizou, a olhando com estranhamento. ̶ O que o torna melhor que eles? Está prendendo crianças Adam, como é olhar para o seu filho, para os olhos dele e saber que há crianças presas naquele lugar imundo que você desejou por vingança para eles? Ou vai me dizer que esqueceu que o que fiz foi apenas usando um desejo para você? Eu lembro claramente, um lugar podre, onde mal se pode viver, onde eles sofreriam pela eternidade. ̶ Em um fio de voz, ela suspirou, tomando a coragem necessária para se reerguer. Logo declarou. ̶ Pense Adam, imagine, se fosse o seu filho naquele meio, convivendo naquele lugar asqueroso.
̶ Está nos colocando como os vilões que não somos, argumentando como se os atos deles fossem de nossa responsabilidade! ̶ Sua voz aumentava gradativamente, logo se tornando alta o suficiente para ser ouvida do corredor, as duas crianças pequenas que conversavam se assustaram, Fayrie assustou-se mais do que Ben, acabando por sentir sua mão ser segurada pelo garotinho com força, logo Bela direcionou a duas crianças para o jardim, onde poderiam brincar sem que ouvissem a briga acalorada no interior do escritório, relutando-se em olhar para trás. ̶ Não fomos nós que fizemos mal a eles primeiro.
A fada azul, incrédula, soltou uma risada sarcástica.
̶ Não há palavras para descrever o quão infantil está sendo...e você ressuscitou vilões somente para vê-los sofrer lá. ̶ Afirmou certeira. ̶ Só para ter o prazer de vê-los sofrer, somente você não percebe Adam, está refletindo nessas crianças essa culpa que eles não tem, está os obrigando a viver em um local onde mal se há comida, se isso não é sentir prazer e satisfação por saber que eles estão sucumbindo, o que é? Se tornou tão podre quanto eles a partir do momento em que eu concordei em realizar seu desejo, a partir do momento em que os ressuscitou para os ver definhar, a partir do momento em que quis que eles sofressem pela eternidade, assim como eles queriam nos ver...e agora Adam? Qual é a sua revolta?
I put my armour on
Show you how strong I am
I put my armour on
Show you that I am...
E então se virou, saindo e deixando com que algumas lágrimas escorresem por seu rosto e um soluço saísse de sua garganta.
O arrependimento não mata, mas ele te corrói lentamente, causando dor pelo resto de sua miserável vida.
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ℰ𝑹𝑮𝑼𝑬𝑼-𝑺𝑬 bruscamente, assustada, seu pingente através da coberta que cobria seu corpo brilhou, a luz ultrapassando com força o tecido por mais que fosse grosso, seus olhos reluzentes arregalados passavam desesperadamente pelo arredores do quarto, respiração acelerada e batimentos desordenados dos quais poderia se ouvir se estivesse apenas próximo a Fayrie, a garota notou suas mãos trêmulas, encolheu-se sobre a cama, trazendo suas pernas para si ao fechar os olhos com força, gritando desesperadamente pela mãe.
A mulher apareceu rapidamente, envolvendo a menina em seus braços, Octavian se posicionara atrás da mulher, vendo tanto ela, quanto a filha assustada agarrada uma a outra com força, a fada azul de olhos fechados enquanto beijava o topo de sua cabeça, procurando acalmar a menina, após sentir-se segura aos braços da mãe, algumas coisas que flutuavam nos ares envolvida pela energia oscilante entre branco e azul a sua volta caíram no chão, causando ruídos relativamente altos, mas no momento, a única coisa que ela se importava era em cessar todo o medo que se instalara em seu coração, Faye olhou para o pai atrás da mãe por um momento, em um pedido silencioso para que ele se aproximasse de si também, seus olhos entristecidos brilhavam em lágrimas, ela estava impedindo com toda força que conseguia que elas caíssem.
A fada azul apertou-a mais em seus braços, com ainda mais força.
̶ Está tudo bem, meu amor...nada vai acontecer, tá bom? Você está segura. ̶ Acariciou os cabelos acastanhados da filha, semelhantes aos seus, logo sentindo o perfume doce que sua menina sempre usava. Seus olhos foram a janela que distribuía a luz provida pela lua e as estrelas para dentro dos aposentos da filha, observando a situada ali estrela brilhar de firma sutil, assim, desviando seu olhar para o marido atrás de si.
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I'm a Porsche with no brakes
I'm invincible
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I'm so confident
Yeah, I'm unstoppable today, (And I don't care if I sing off key)
𝒜 𝑩𝑬𝑰𝑹𝑨 𝑫𝑶 𝑷𝑬𝑵𝑯𝑨𝑺𝑪𝑶, lá estava ela, sentada enquanto observava o mar, ouvia com facilidade as ondas vindas dos mares se chocarem com intensa força contra as pedras, causando um ruído que era confortável de se ouvir, além de sua voz vindo de volta para si em forma de eco, a afinação quase impecável e doce aos seus ouvidos, suas notas altas finalmente soavam como suas, vindas de não só suas cordas vocais como de seu mais profundo âmago, seu vestido azulado esvoaçava ao seu redor, talvez pela composição de tule ao seu redor, a saia ainda não estava suja o suficiente para que se sentisse mais triste do que já estava, a brisa leve passava pelo seu rosto, beijando-lhe a face e seus cabelos com delicadeza, ao menos seu rosto já não estava completamente molhado pelas lágrimas, algumas ainda rolavam por seu rosto, mas parte de seu choro já havia cessado.
Limpou novamente o rosto com as mãos, voltando a encarar a barreira, de longe, questionando tantas coisas e ao mesmo tempo nada.
O céu acima de si já havia dado lugar a escuridão, obscurecido, apenas pequenos pontos de brilho chamados estrelas brilhando acima de si, a luz límpida da lua refletida através das águas e a única a ser fixa, o brilho das estrelas oscilava constantemente, logo voltando após pequenos espaços de tempo, apoiou o rosto sobre as mãos, respirando profundamente antes de descolar seus lábios afim de olhar para cima, olhando fixamente para uma em específico, ela era maior e mais reluzente do que as restantes, imediatamente se lembrou da alusão a elas em seu conto de origem, sorrindo fraco com a constatação.
Repentinamente suas lembranças trouxeram a feição da mãe a sua mente, agora com clareza, Fayrie conseguia ler em seus o que sempre a via ocultar através de seus olhos semelhantes; arrependimento, mágoa, dor...culpa.
Apesar de tudo, ela era uma pessoa ao final das contas.
Sempre que citava a barreira a via fraquejar por alguns instantes, imaginava como aquilo estava a corroendo por dentro, todos esses anos, escondendo, mentindo...algo que sempre repudiou com todas as forças. Chegando a conclusão: Ela precisava a escutar, precisava saber como ela se sentia perante a isso, mesmo estando intensamente machucada pela mentira, a fada não conseguia mensurar o tamanho da dor que sua mãe sentia.
Muito menos imaginá-la aguentando-a. Ela era tão forte, e sua visão sobre ela não havia mudado nesse campo.
Unstoppable today, (I find myself in my melodies)
Unstoppable today, (I sing for love, I sing for me)
Unstoppable today, (I shout it out like a bird set free)
I'm unstoppable today, (no I don't care if I sing off key)
Unstoppable today, (I find myself in my melodies)
Unstoppable today, (I sing for love, I sing for me)
Unstoppable today, (I'll shout it out like a bird set free)
Finalmente, se ergueu, observando uma última vez a ilha, as estrelas e os mares, selando aquela imagem a sua mente juntamente a uma promessa, prometendo a si mesma e as estrelas que a escutavam que um dia, aquilo viria ao chão, somente desejando internamente que seu pedido fosse atendido.
Então descolou seus lábios novamente, sua voz mais baixa sendo usada para cantar assim que observara a ilha, então tomando um olhar previamente determinado.
̶ I'm unstoppable today.
⊹┈─⊹✧ ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧⊹─┈⊹
𝒜 𝑮𝑨𝑹𝑶𝑻𝑨 𝑨𝑵𝑫𝑨𝑽𝑨 apressadamente até a entrada de seu dormitório, no caminho até encontrava algumas pessoas a olhando com estranhamento, dúvida, e até mesmo pena, elas a encaravam e algumas chegavam a demonstrar culpa, ela somente ignorava, seguindo de cabeça erguida através do corredores, ela já havia a deixado baixa pelos últimos anos e só recebera mais e mais dores, portanto, por agora não.
Ao abrir a porta, encarou a mãe, sentada sobre sua cama, ambas se encararam novamente antes de se ver envolvida nos braços da mulher, ela estava confusa sobre como reagir no início não retribuindo, mas assim que viu a mãe desvencilhar-se de si, falando o quão estava preocupada consigo e seu sumiço, ela a puxou novamente para abraçá-la, aninhando sua cabeça nos ombros da mulher, logo fechando seus olhos e a percebendo voltar a soluçar.
̶ Está tudo bem mãe...Eu te perdôo por... isso tudo. ̶ Ao ouvir aquilo, teve a sensação de que estava livre novamente, de que poderia finalmente conviver em harmonia com seus erros, se libertar como um pássaro livre. ̶ A senhora errou como uma pessoa normal, o que importa é que eu vejo como se arrependeu e não persistiu no erro, eu sempre vi mesmo que inconscientemente, o quão tem sido difícil para você aguentar tudo isso, mesmo assim, se manteve radiante e me apoiando em todas as minhas decisões, Eu te amo com todas as forças existentes no meu ser, e sempre vou te amar, saiba disso.
A Fada Azul, sorriu ao senti-la afastar-se minimamente, as mãos de ambas recusando-se a se abandonarem.
̶ Todos sempre acharam que a minha melhor criação foi o pinóquio... ̶ Iniciou, apertando ainda mais as mãos da menina a sua frente entre as suas, sua mão livre acariciava os cabelos castanhos da filha com cuidado e delicadeza, retirando algumas mechas soltas desordenadas que estavam sobre a feição dela, logo colocando as mesmas atrás da orelha de Fayrie, segurou com os dedos o queixo da filha para que ela olhasse para si. ̶ Mas a minha melhor criação sempre foi você meu amor, e sempre será.
Faye sentiu seus olhos lacrimejarem, dessa vez em lágrimas de alegria e alívio intenso, abraçando a mãe novamente, mal percebeu quando os colares idênticos carregados por cada uma das duas brilharam em sincronia, a luz azulada emanando com força e iluminando os arredores de ambas, as fazendo abrir seus olhos quase iguais, todo o brilho foi refletido por eles, alarmadas e ao mesmo tempo surpresas, logo as asas de sua mãe, que em todos seus anos de vida nunca vira reaparecendo, sendo resconstruidas com resquícios de magia límpida que realmente não sabiam de onde surgiram, diferentemente das suas, nas da Fada Azul haviam reflexos de diferentes cores além de branco, era uma mistura opalescente de azul, branco, rosa, verde, amarelo claro...A depender local de onde ela estava, seus reflexos eram lindamente variáveis a depender da iluminação.
Sentiu seu queixo cair, enquanto tentara compreender a situação, logo encarando a feição pensativa da mulher a sua frente.
̶ M-mas o quê...? Calma! ̶Colocou a mãos a altura do rosto, confusa. ̶ Mas como elas surgiram agora?
̶Eu não sei. Bom...eu acho que foi você. ̶ Percebeu-a desviar o olhar do seu, mergulhada em seus pensamentos por alguns minutos, suspirando de forma cansada. ̶ Elas não apareciam desde...o fechamento da barreira, eu acabei mentindo e traindo a mim mesma, ao que eu acreditava, e então, elas sumiram. Foi consequência dos meus atos. Eu só não sei o porquê elas surgiram...mas tenho certeza de que você é a responsável por isso.
̶ Eu não fiz nada! ̶Sentiu um incômodo agitar-se em si, mentira, mas dessa vez não sabia em qual ponto. ̶ Quer dizer, eu não sei o quê eu poderia ter feito!
̶ Acho que terá que descobrir isso sozinha, meu amor, por hora, vamos descansar. Hum?
Encarou a feição estranhamente tranquila e sorridente da mãe, esperando conseguir arquivar aquele assunto em sua mente, haviam coisas mais especiais e urgentes a se fazer, foi relativamente fácil, já que, pouco tempo depois, sua mente a fizera esquecer de tudo, ao aguardar um novo dia.
Isso era história para outra hora.
{📬} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ 🇳 🇴 🇹 🇦 🇸 🇩 🇦
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Bom dia meus amores! Mais um capítulo postado e cada vez mais estamos nos aproximando do final do ato um, logo chegaremos ao ato dois! Faltam apenas 1/2 capítulos acredito eu, ainda não tenho plena certeza pois sou genuinamente indecisa, portanto, me perdoem kakakakakaakak.
Além disso: Fairytale tá de capa nova! Essa capa é inspirada em "Descendentes 2" portanto, ela é representante do ato dois da fanfic, justamente por isso, eu quis que ela fosse mais "sombria" afinal, a ilha dos perdidos não é lá muito parecida com Auradon, certo? Akakakakakak spoilerzinho.
Esse capítulo é bastante focado no passado e temos mais alguns segredinhos neles, isso vai ajudar bastante no futuro, acreditem em mim.
E isso, espero que tenham gostado, no próximo capítulo já será provavelmente, a coroação do Bennyboo! Kakakakaakakakaka.
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