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𝐗. | ℰis 𝒜 𝒬uestão...

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{⚔} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ ❝𝑪𝒐𝒖𝒓𝒂𝒈𝒆 𝒕𝒐 𝒄𝒉𝒂𝒏𝒈𝒆 𝒕𝒐𝒅𝒂𝒚.❞

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𝔄 𝑭𝑨𝑴𝑰𝑮𝑬𝑹𝑨𝑫𝑨 "teoria do caos", oh, ou "efeito borboleta" que grande coisa interessante para se refletir, o bater de asas de uma borboleta em um local pode ser capaz de ocasionar um furacão em outro, como o ato tão simples de um animal tão pequeno e insignificante a visão de muitas pessoas, poderia lhe trazer consequências tão destrutivas? É uma bela metáfora para aqueles que ousam a entender, diz o quão uma pequena coisa pode ter sido crucial para uma completa e desenfreada destruição, assim como o renascimento pode vir de uma pequena e quem sabe, ao ponto de vista de muitos, apenas insignificante ação, é como se mudar um objeto de posição pudesse modificar o futuro inteiro, trazendo-lhe uma nova versão, novas possibilidades, ou únicas já que, nunca será possível descobrir...O que aconteceria se...algo pudesse ser mudado?

A menção as borboletas eram interessantes encaixada ao contexto de sua história, se perguntara se um dia não tivesse seguido aquela pequena criaturinha brilhante até a visão da ilha...algo seria diferente...eis a questão.

Fayrie tinha certa consciência de todo o efeito que havia acontecido para estar ali agora, mas ainda sim a ansiedade violenta dominava seus pensamentos, tornando-os desenfreados enquanto tentara encontrar um único resquício de silêncio dentro de sua mente para obter claridade o suficiente para enfim pensar com calma e esclarecimento, o que era deveras necessário com a alarmante preocupação que sentira, a golpeando sem trégua alguma.

E não seria algo bom.

Seria ela capaz de mudar este evento supostamente predestinado?

Suas costas "relaxaram" a parede de pedras a qual apoiara seu corpo, mesmo que seus ombros permanecessem tensos e doloridos por um motivo que não soubera explicar, talvez pela tensão que circulava o ambiente, os braços cruzados sobre o peito ao direcionar seu olhar vibrante ao chão enquanto seus pés moviam-se nervosamente em direção a ele em um ruído irritante pelo chocar dos saltos das botas contra o solo terroso, aguardando por alguma resposta, Evie caminhava de um lado para o outro, envolvendo suas próprias mãos enquanto parecia não conseguir se manter positiva como de costume e os outros dois Vk's parados quase como refletindo o ato da fada, cada um dos citados mergulhados em sua própria mente que não os permitia sequer pronunciar-se sobre algo, navegando dentre seus próprios pensamentos como uma escapatória frágil a estranha situação e a preocupação que rondava sorrateira entre eles, a qual o silêncio entre eles mesmo acidentalmente evidenciara.

"E se...ela não quisesse voltar?..."

O sussurrar daquele questionamento a fez assustar-se com a possibilidade, repentinamente, o que lhe parecia distante e nunca cogitado se mostrou certamente intrigante ao mesmo passo em que altamente provável.

E se Mal não quisesse voltar?

Era uma possibilidade, um pássaro não deseja voltar para gaiola quando experimenta a liberdade e ela não estava errada.

Sentiu novamente uma pequena dor se espalhar traiçoeira em suas têmporas, trazendo o foco de sua visão novamente ao mundo real, seus dedos voltando o massageá-las após grunhir em resposta a sensação enquanto reconhecia uma pequena parte dos lugares ao qual já houvera passado quando em suas projeções; o Loft, a presença das vidraças multicoloridas lhe atraíram sua atenção, lhe trazendo lembranças claras de poucos dias atrás, as cores distintas tão vívidas quanto vira dentro de sua consciência, ainda era um lugar novo e certamente interessante, seu corpo se deslocou, deixando de apoiar-se a parede para apenas contemplar o que via, virando de frente para a estrutura, caminhando de costas para todo o resto que rodeava e antes encarava com pouca atenção, seus olhos azuis-mar interessados em capturar pequenos detalhes, ansiando por encontrar algo que certamente desconhecia a importância, verdadeiramente, sendo apenas um sinal de sua curiosidade constante sobre tudo aquilo que vivera em apenas um período de tempo curto, que envolvera apenas dias ou talvez a notável euforia que aos poucos afastava as sombras que insistiam em acobertar seus bons pensamentos.

Era bonito, de uma maneira diferente claro, Fayrie portava o hábito de enxergar beleza em tudo o que era visto por seus olhos bonitos, não era um dos majestosos castelos, palácios ou jardins das grandes províncias auradonianas, mas havia algum tipo de assinatura própria de identidade dos vilões que admirava mutuamente por vários motivos, algo cuja poderiam intitular por uma peculiar "autenticidade" que por algum motivo, a atraía, pelo que vira em seu interior todas as paredes pichadas mesmo que com esboços simples e inacabados, ainda traziam algum significado especial para os quatro, e era algum tipo de lugar particular da filha de Malévola e seus amigos que, mesmo vivendo naquele local deplorável, eles conseguiram sobreviver por anos a algo que os mocinhos mal conseguiriam suportar em um dia.

   ̶ Esse lugar é bonito.    ̶ Comentou assim que conseguiu parar o andar descontrolado e ansioso da amiga quando a impediu de continuar a remoer seus pesares, o capuz recolocado sobre sua cabeça escorregando sobre seus cabelos enquanto avaliava o local, o queixo erguido e um sorriso leve em seus lábios, suas mãos segurando o braço de Evie ao aproximá-la de si.    ̶ Vai dar tudo certo, eu espero que dê.    ̶ Sussurou a última parte em voz baixa, mesmo sabendo que a azulada a escutaria.

Olhou para a amiga, seus olhos azuis vibrantes cintilando em carinho, com aquele clássico fundo terno de bondade que sempre recaia sobre suas preocupações, cobrindo-as como um véu fino de mentira e ocultação, Evie assentiu com a cabeça de maneira simples, os braços da fada a envolvendo em um abraço de lado enquanto deitara sobre seu ombro, a ouvindo suspirar aparentemente cansada.

   ̶ Não pensei que voltaria aqui tão cedo.   ̶ A escutou falar espontaneamente, a voz aveludada portando um resquício claro de tristeza, talvez pelas pequenas falhas a cada palavra pronunciada por seus lábios, Fayrie a encarou afim de apenas compreender e escutar a amiga.    ̶ É difícil...e estranho, minha vida em Auradon parece tão distante daqui...    ̶ Desabafou, apenas sentindo o aperto da fada aumentar minimamente, como uma forma de demonstrar o que desejava sem pronunciar sequer uma palavra, seu toque era mágico, literalmente, mas não mais do que o apoio que seu olhar profundo transparecia.    ̶ Obrigada por ter vindo, eu não sei como seria sem você.

   ̶ Não precisa me agradecer.    ̶ A fada respondeu, o brilho em seus olhos era reconfortante, mas sumira no minuto seguinte ao qual surgira, a citada passou a encarar a construção a sua frente, seu olhar entristecido por um instante.

   ̶ Deu tudo certo, quero dizer, a conversa com o Ben?   ̶ Evie questionou, seus olhos mel encarando a amiga enquanto sua feição permanecia séria.

Um sorriso leve tomou seus lábios, agradecendo intensamente por ter a azulada como sua amiga, ela era incrível, seus lábios delicados de abriram prestes a explicar tudo o que ocorrera mas, ecutaram o ruído, ou melhor o ranger vindo da parte interna do esconderijo, os quatro juntaram-se, observando Benjamim descer as escadas de madeira de impressão pouco confiáveis com pressa, os olhos azuis claros da fada reconheciam a expressão evidente ao rosto do monarca; decepção, raiva e muito provavelmente, culpa, lidas tão rapidamente que mal pôde reagir.

   ̶ Ela não vai voltar.

Estava prestes a ir atrás de Benjamim, mas por um momento, ponderou que talvez a melhor decisão fosse deixá-lo sozinho.

Assim como no segundo seguinte, sentiu que se arrependeria profundamente de sua decisão. Assim que o citado se tornou apenas uma sombra a seu ponto de vista.

Passara por si sem sequer falar novamente consigo ou com qualquer um dos três, provavelmente preso em um clássico peso de culpa e estresse que reconhecia com facilidade, que habitava o coração de Benjamim a algum tempo conforme seus sentimentos lhe eram esclarecidos e lidos por si como simples páginas de um livro daqueles que vislumbrava em questão de minutos tediosos, o pressentimento ruim voltou a se contorcer em seu peito com intensidade, a confusão nublou sua mente como uma perigosa distração, não se atentando as tentativas de conversa dos três com a amiga, prendeu sua respiração sem que pudesse perceber levando suas mãos de maneira automática ao pingente de cristal liso, começando a caminhar, sem atentar-se quando comecara a o fazer de maneira apressada, ignorando quaisquer conselho dado a si para não se afastar dos amigos.

Droga. Droga. Droga...era tarde. Tarde demais.

A questão nova a se ponderar em sua mente seria; Tarde demais para quê?

Seu corpo foi parado por seus reflexos pelo descobrir de uma nova presença surgindo em meio a escuridão do túnel enevoado pelo qual haviam passado, a sombra mais alta emergindo lentamente a fez recuar alguns de seus passos, seu queixo erguido observando avidamente a expressão "levemente" louca que tomava o rosto daquele que desconhecia conforme a luminosidade atingia suas feições, seus olhos vibrantes atentos a cada movimentação, a pouca luz irradiante da lua cuja criava uma perfeita e obscura sombra abaixo do capuz azulado sobre suas feições, e em contraste, clareando e evidenciado sua visão sobre os traços do jovem de rosto descoberto.

   ̶ Ora ora ora, o que temos aqui?    ̶ A voz grave, de teor levemente rouco foi o que restou em seus ouvidos, a fazendo inspirar trêmula, seu ritmo cardíaco aumentado.    ̶ Pelo visto há outra princesinha para ser pega.

A voz do desconhecido foi escutada atentamente pela Fada, seguida de uma risada tão estranha - forçadamente sádica. - quanto a figura a sua frente, ergueu sua cabeça unicamente para encarar os olhos também claros, iluminados e quase tão cintilantes quanto os seus em contato a luminosidade esbranquiçada, portava um tom sarcástico aparentemente rotineiro e a acidez transbordante de suas palavras lhe era visível, portando também um leve sotaque que não pôde identificar ao mesmo passo que aparentava um fundo de interesse, cerrou levemente seus olhos ao encará-lo com suas íris azuis claras não ousando se desviarem por mais que desejasse ardentemente ter concretizado tal ato, mantendo-se fixas aos olhos também azuis do citado, somente mais sombrios e tempestuosos que os seus, obscurecidos, talvez pela sombra escura que os circulava ou pelo sorriso louco que tomava seus lábios finos, denotando poucas, mas relevantes características que compunham sua face.

O estranho deu um passo a frente, mesmo que o corpo de Faye continuasse a permanecer distante, em uma aproximação perigosa e sorrateira, esperando que ela recuasse ou ao menos pudesse vislumbrar uma tentativa falha de fuga por parte da garota, mas ela não o fez, não que não aparentasse se alarmar, seus punhos levemente fechados evidenciavam o quão tenso seu corpo encontrava-se, além de seus ombros erguidos, em alerta, sua respiração parecera ser meramente controlada por si e seus olhos...aqueles olhos azuis intensos ainda o encaravam sem ousar se moverem, obviamente com o queixo erguido, pela diferença notável entre a altura de ambos.

O frio originado de algum metal que com toda certeza, não era originado de seu colar era sentido pouco abaixo de seu queixo, roçando em seu pescoço e consequentemente obrigando-a a engolir em seco com o leve susto que lhe acometeu, encarando-o ao fundo de seu olhar, um objeto que desconhecia a origem.

"Aja como uma vilã." O conselho de Evie ecoava em sua mente, demonstrando desconforto pela espontaneidade em suas expressões rotineiras.

   ̶ Sugiro que tire suas mãos de mim antes que tenha um real motivo para usar esse gancho.    ̶ Sussurou cada palavra com clareza, sua voz de entonaçao estranhamente forte.

Era parte de quem ela era.

Havia escutado pela primeira vez, sua voz ressoar como algo intensamente pior do que realmente já fez, como uma ameaça de sabor amargo em seus lábios pela relutância de sua mente em aceitar que aquelas palavras haviam saído dos mesmos com tamanha aversão e falta de vontade, mas ainda sim, de maneira minimamente convincente a seus ouvidos. Era mentir, ela não arrancaria a mão dele, mas não poderia garantir que seu pai não faria isso se descobrisse que se encontrava naquela situação. E por um minuto desejou que estivesse.

Afastou-se minimamente ao escutar seu nome ser chamado, a arrancando de forma brutal de sua inércia momentânea, empurrou o corpo do pirata para longe do seu afim de se livrar de sua presença, assustando-se ao ser sentida brutalmente afastada para trás, Evie a abraçava enquanto Carlos e Jay a sua frente, o filho de Jafar parecia a um passo de atacar o outro garoto, mas era impedido pelo mais novo, somente conseguia ver a expressão estranhamente sorridente do fiel lacaio de Uma, sorriso esse alimentado pelo pequeno caos que ocasionara ali.

Poderia estar atenta a confusão que rondava seus arredores, se sua mente não sussurasse apenas uma única coisa.

Era isso que seus sentidos a alertaram.

E definitivamente, deveria ter impedido.

A constatação a fez suspirar desordenadamente, negando com sua cabeça para apenas enganar-se com a possibilidade de que nada houvesse acontecido.

   ̶ Harry?!

   ̶ O que você fez com o Ben?!    ̶ Jay questionou a ele, o via agir como um louco, sorrindo largo com a violência evidenciada no tom do Vk.

   ̶ Ah, nós pegamos ele, é! E se quiserem ver ele de novo, a Mal tem que vir a lanchonete, hoje a noite, sozinha...A Uma quer uma visita particular.

O filho de Jafar permaneceu calmo, até ser provocado novamente.

   ̶ Onw Jay, parece que você perdeu o jeito.

Evie o segurou, obrigando-o a não reagir a provocação da forma a qual o pirata desejava, sem perceber que o olhar dele se predera a si em uma tentativa falha de enxergar claramente algo além do capuz escuro sobre sua cabeça, somente quando seus olhos azuis se desprenderam do chão por milésimos de segundo o percebeu, seus ombros estavam abaixados, punhos cerrados em raiva mesmo com suas unhas perfurando sua cerne, jurou que se ele ousasse encostar em si novamente, ela o socaria sem hesitar ou arrepender-se.

Graças aos céus que não o fez.

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𝔐𝑬𝑵𝑻𝑰𝑹𝑰𝑨 𝑺𝑬 𝑫𝑰𝑺𝑬𝑺𝑺𝑬 que estaria tudo bem consigo, e ninguém a perguntara, talvez o fato de suas mãos inquietas insistirem em tocar o próprio rosto, ou melhor, esfregarem suas têmporas enquanto se perguntara onde havia errado, com seus dedos adentrando seus fios escuros por diversas vezes ao observar perdidamente o piso acinzentado não ocultasse de maneira mínima sua preocupação, seu silêncio era apenas uma maneira de prender o choro aonde ele deveria estar por aquele momento, mesmo que a ardência incomoda em sua garganta seca se fizesse presente, assim como sua respiração pesada causava um ruído mínimo, mas anormal, seus braços estavam apoiados em seus joelhos enquanto sentada sobre o sofá vermelho, um dos poucos móveis ali, evitando ao máximo se atentar as palavras de Mal.

Obviamente ninguém prestara atenção, talvez ocupados demais ao tentar um diálogo amigável com a garota de cabelos novamente arroxeados; dessa vez de algum tom de fundo um pouco mais rosado, algo que se atentara em meio a seu estado péssimo de autopiedade, suas mãos entrelaçadas se juntaram em frente ao rosto, apoiando-o.

   ̶ Se não tivessem trazido ele até aqui, nada disso teria acontecido, tavam querendo o quê?  

Fayrie finalmente ergueu seus olhos azuis vibrantes na direção dos quatro, cansados e pouco focados aos arredores, Evie parecia não ter a capacidade de contradizer a amiga, enquanto os meninos nada disseram, o breve silêncio foi interrompido por sua própria voz.

Sabe que ele teria vindo, independente ou não se teríamos vindo com ele, ele te procuraria em qualquer lugar, Mal.

Evitou a olhar nos olhos enquanto as palavras fugiam de seus lábios, ocupando-se em observar seus anéis prateados como as fivelas brilhantes de suas luvas pretas, além de suas unhas tingidas por um esmalte azul claro, a pequena pulseira pendendo ao seu pulso, ou ao colar herdado a partir de sua mãe...conhecia o quão o olhar da filha de Malévola quando com raiva era o pior possível para se encarar naquele momento, portanto o evitara ao máximo relaxando seu corpo sobre o sofá, cruzou os braços sobre o peito.

   ̶ A Faye tá certa, ele teria vindo sem nós, só queríamos proteger o Ben...    ̶ Evie se pronunciou, sendo interrompida por Carlos.

   ̶ É, e acabamos estragando tudo.

   ̶ Deveriam ter impedido ele, dito que não deveria, principalmente vocês.    ̶ Continuou a afirmar, sua opinião era firmada e aparentemente irredutível, não se surpreendeu quando a citada se virou em sua direção, apenas encarando-a verdadeiramente pela primeira vez naquela conversa, a princesa estava furiosa, e Fayrie internamente implorava para que o que ela tivesse a dizer não fosse tão feroz quanto sua expressão evidenciava, sentia-se a beira de se debulhar em lágrimas.    ̶ Principalmente você, é a melhor amiga dele, sei que se afastou mas-

   ̶ Sim Mal, a gente já entendeu que é nossa culpa o que aconteceu e o quão causamos perturbação, mas já aconteceu e não é porquê você se sente culpada que somos obrigados a escutar tudo isso.    ̶ Despejou as palavras sem perceber, apesar da raiva e decepção que lhe acometia, sua voz parecia tranquila e plena com apenas leves tremulações mas as lágrimas crescentes em seus olhos e sua expressão decepcionada contradiziam-na como ninguém sem necessitar de qualquer maldição sua em ser completamente verdadeira, suas últimas palavras transbordavam acidez, contrastando com seu tom antecedente.
   ̶ Primeiramente se você não tivesse vindo, nada disso teria acontecido.

   ̶ Está me culpando por isso?

Fayrie sorriu, não como normalmente, não aquele clássico sorriso reconfortante que sempre ocupara seus lábios delicados quando precisavam, mas um simples delinear que demonstrava algo que nunca viram em suas feições, que se desfizera no instante em que suas palavras foram evidenciadas.

   ̶ Não é exatamente isso que está fazendo com a gente? Culpar uns aos outros para sanar a culpa que você sente, mesmo não sendo sua?    ̶ A questionou baixo, a expressão incrédula e confusa que dominou o rosto de Mal surpreendeu aos outros três presentes no ambiente, conheciam-na a anos e nunca haviam a visto perder quase nenhuma vez, mas o silêncio que pairava ao ambiente mostrava que as palavras haviam fugido de seu domínio, atingida em cheio por alguma espécie de reflexão que somente a fada poderia lhe proporcionar, tão quanto com a audácia que Faye parecia guardar a sete chaves, envolta por toda bondade curativa que lhe fora dada ao nascer e gentileza transbordante que sempre demonstrara.    ̶ Não adianta Mal, isso não vai diminuir o peso que você sente, isso não adianta nada até porquê eu continuo me sentindo culpada o suficiente.

   ̶ Meninas...    ̶ Evie chamou por ambas, sem resposta de ambos os lados.

Jay quebrou o silêncio e os olhares trocados por Fayrie e Mal durante minutos como uma silenciosa conversa em que apenas as duas poderiam se entender foram desviados a ele, nada bons por sinal já que era visível que os temeu por um instante. Os tons vibrantes ressaltados nas íris de ambas talvez fossem meramente incomuns.

   ̶ Tá legal, e o que a gente faz?

   ̶ A gente não faz nada.    ̶ Mal afirmou decidida, retirando um discreto suspiro cansado por parte da fada que voltou a apoiar os braços nos joelhos, dessa vez com suas bochechas sendo amassadas por suas mãos, entrando em quase desistência ao convencer-se de que ela jamais daria o braço a torcer, sinalizou negativamente com a cabeça ao vislumbrar o quão longe ela iria com tudo.    ̶ Isso é entre mim e a Uma, ela é durona e agora vou ter que ir atrás dele.

   ̶ Isso não vai dar bom.    ̶ Comentou baixinho, Carlos que mal vira se jogar no sofá ao seu lado concordara com ela, através de seu olhar.    ̶ Não sei não, a Uma me parece ser uma pessoa meio...impulsiva.

"E você também é." Sua mente cantarolou ao completar a frase direcionada a Mal, mas não ousou pronunciar tais verdades sinceras. Não quando já conseguira a fazer se calar minutos antes.

   ̶ Ei! Ainda não contou como conhece a Uma.    ̶ O de cabelos esbranquiçados a questionou, alto demais já que praticamente fez com que todos os olhares fossem para ela, suspirou profundamente, agradecendo ao mais novo por tal dádiva ao sussurrar entredentes um "Obrigada Carlos". O citado apenas sorriu envergonhado começando a ter suas bochechas repletas de sardas tingidas pelo avermelhado.

   ̶ Você conhece a Uma?!

   ̶ Longa história. Mas basicamente, consigo projetar minha consciência para fora do meu corpo físico, já vi a ilha várias vezes somente com esse pequeno...dom, observei parte dela e bem, isso inclui a Uma.    ̶ Explicou simples começando a sentir uma pequena fagulha de empolgação surgir, nunca havia contado isso para alguém de maneira livre e completa, então apenas prosseguiu, mesmo que sem demonstrá-la.    ̶ É uma garota negra, olhos castanhos aparentemente um pouco surtada e raivosa, tem tranças longas anexadas ao cabelo natural em um tom turquesa, talvez azul-tiffany não tenho plena certeza...roupas de mesmas nuances de tonalidades e acessórios que lembram bastante ao mar como conchas e redes com pequenos detalhe em dourado, usa um chapéu de pirata também customizado, parecido a sua roupa e definitivamente odeia a Mal com todas as suas forças.   

Os quatro pareciam incrédulos, sua descrição era certeira e tão bem detalhada que mal poderiam acreditar se não soubessem que a menina não podia mentir, poderiam contradizê-la facilmente ou apenas se enganarem para afirmarem que era apenas coincidência;    ̶ Há! E usa um colar de concha dourado, provavelmente herdado de Úrsula, a dona do bar onde ela trabalha e mãe dela...Acertei?

   ̶ Wow...você conhece ela melhor do que a gente.

O garoto ao seu lado afirmou, seus braços atrás da cabeça em uma postura relaxada, apoiados sobre o estofado, Fayrie ocasionalmente assumira uma postura estranhamente formal, seus olhos azulados focados e atentos como nunca viram antes, estava obstinada em seu objetivo, preocupada e extasiada pela sensação terrível de impotência que apoderava-se de seu coração, mesmo que através de seus olhos estivesse um cansaço evidente não somente por toda a tempestade a qual tentava permanecer lúcida, mas também pelo aproximar da madrugada, neste horário muito provavelmente já estaria adormecida se estivesse onde deveria estar.

   ̶ Não é como se eu tivesse que a ter escutado dizer o quanto era incrível e o quão odiava a Mal por ter sido escolhida ao invés dela enquanto os dois pau-mandados só concordavam com ela. Inclusive, ela jogou comida na cara da Mal enquanto a via na televisão.

Ela encarou o rosto de Carlos o percebendo conter uma risada, dado ao fato de que Mal ainda não houvera partido rumo à salvar seu príncipe e assim como os outros dois Vk's estavam presentes e se encontravam atentos ao que a fada explicava, Faye poderia parecer não se importar mutuamente aos olhos da maioria, mas apenas sabia que a depender do Uma pediria em troca ao resgate de Benjamim, ela não poderia fazer muito mais do que estava fazendo, não conhecia a ilha como eles e menos ainda à seus oponentes, teria de comprimir sua ansiedade e agir não como  uma vilã, mas como uma pessoa calma e inteligente o suficiente para não ocasionar a piora daquela situação, Ben teria que esperar até que descobrisse em qual terreno estava pisando.

Já fizera isso uma vez. Pelos quatro jovens a sua frente, talvez poderia fazer o mesmo por outros dali.

Era o que seu coração pedia, mas novamente sua mente lhe dizia que estava sendo burra, escolheu não ouví-la uma vez, e optara a esta opção novamente. Talvez poderia arrepender-se amargamente de tal decisão, mas algo em seu âmago lhe sussurava que não.

   ̶ Você tá dizendo que esse tempo todo consegue ver pessoas da ilha e nunca contou isso pra ninguém?    ̶ Mal questionou atraindo sua atenção.

   ̶ É...sim! Mas tem um bom ponto ao qual preciso falar e não tem nada haver com isso.    ̶ Fayrie se levantou, caminhando em passos lentos enquanto montara seu raciocínio aos poucos, relembrando pequenos resquícios de sua memória mais recente, enquanto seus olhos estavam direcionados para através dos vitrais, observando atentamente às vielas obscuras da ilha. Estranho.    ̶ A exigência em troca do Ben, eles provavelmente irão exigir algo, segundo o que vi no bar o que ela mais deseja é a liberdade poder sair da ilha...fora a parte de se vingar, destruir os mocinhos e assim por diante, sendo assim o sequestro do Ben não poderia vir em melhor hora, ela sabe que Auradon dará qualquer coisa pelo seu Rei, inclusive a coisa mais valiosa que temos...

   ̶ E o que seria mais valioso do que o Rei para eles...    ̶Mal iniciou, completamentando a linha de pensamento vinda da fada, conclusão era clara ao menos para ela. Clara e límpida como as águas dos mares de Auradon as quais se assemelhavam ao tom de suas íris.

   ̶ Algo que os desse a liberdade permanente...

   ̶ Querem a varinha.

A arroxeada por fim concluiu, um sorriso leve pela realização por segundos passou por seus lábios, Faye conseguira perceber sua reação somente não retribuira a mesma já que no momento a fada apenas mantinha sua atenção atada ao exterior, estranhamente algo a puxava para aquela visão, notara um leve movimento entre a névoa densa que cobria o solo e parte de sua visão sobre aquele ponto, debruçou seu corpo a janela analisando curiosamente.

   ̶ Preciso ir.

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{⚔} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ 🇳 🇴 🇹 🇦 🇸  🇩 🇦 
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Quem é vivo sempre aparece? Sim akalaakakakak, oi meus amores, que saudade viu? :)♡

Enfim, daquele último capítulo para cá, devem ter no mínimo um mês, mas olha existe motivo viu; esse bimestre do colégio foi um caos! Juro! Não tinha tempo nem para respirar, ainda tive que terminar o bendito do meu curso e para completar; bloqueio, um forte bloqueio, a falta de tempo atrelada ao caos me fazia mal conseguir pensar em escrever e só de pensar me sentia cansada, foi uma correria absurda de doida, tive que equilibrar as coisas, esse capítulo tá iniciado desde ANTES de eu escrever o antecessor dele, mas infelizmente a continuidade virou um caos na minha cabeça. Tanto que esse capítulo não foi o melhor que já escrevi, mas gostei do que fiz depois tudo, acho que tenho que aprender a amar minha escrita por inteiro, sem ficar com a neura de que "não é boa o suficiente!", escrever sobre a Fayrie é uma das minhas mais fortes paixões, o plot complexo e ao mesmo tempo tão bonitinho conquista meu coração e ela é uma personagem linda, humana - ironicamente. - ela erra como qualquer pessoa, mas continua sendo linda. Minha protegida, minha protagonista altamente clichê, mas profunda e muito interessante de se explorar cada pedacinho da personalidade dela.

Boa noite meus amores!  Espero que estejam bem e caso não estejam, espero do fundo do meu coração que as coisas melhorem, tentem respirar um pouco em meio a seu caos, procurem algo que amam, algo ao qual vocês se expressam, descotem na escrita, na pintura, em um desenho tudo o que sentem, sem ligar para perfeição que ali deveria existir segundo seus pensamentos, eu garanto que é libertador! 💙

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