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𝐈𝐗. | 𝒜 ℐlha 𝒟os 𝒫erdidos.

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𝔄𝑺 𝑪𝑶𝑹𝑬𝑺 misturavam-se perfeitamente conforme as pinceladas leves, inundadas por tintas em tons de nuances frias tingiam o branco gelo que compunha a base, tonalidades de azul misturando-se, de tons mais claros aos tão escuros que assemelhavam-se a simples e gélida escuridão, formando aos poucos um degradê em busca de remeter a referência que utilizava; o céu noturno observado através da alta janela composta por vidro e madeira clara que trazia a luz em meio ao parcial falta da mesma que a rodeava, os pontos de luminosidade encontrados no cômodo eram providos pela lua além das estrelas que infestavam o céu limpo e pelas pequenas luzinhas moldadas a estrelas de cinco pontas envolvidas entre as cortinas finas que integravam o dossel de sua cama, forrada por lençóis brancos com notáveis partes em azul claro, detalhes prateados oscilantes aparentando terem sido feitos cuidadosamente à mão, assemelhando-se a fios de prata.

O pingente de cristal reluzia em azul a seu peito, sua arte alcancara o mais alto ponto daquela parede, beirando ao teto até o chão de madeira evernizada, alguns papéis espalhados à seu pés absorviam as gotas de tinta que acabavam por cair dos pincéis ou talvez de seus cotovelos quando escorriam por seus braços, sujando completamente seu próprio corpo, já que até mesmo suas bochechas foram acidentalmente sujas no processo, com alguns resquícios de tinta azul-escura ocupando parte da mesma.

Cantarolava baixinho enquanto se concentrava aos detalhes, os fones em volume alto contagiando seu corpo com o ritmo da música mesmo com o potencial de que sua audição ficasse comprometida, ao menos se divertia intensamente enquanto se encontrava suspensa através dos ares, as asas esbranquiçadas intensamente luminosas sendo utilizadas como poucas vezes em sua vida ocasionavam um ruído mínimo ao aproximarem-se uma a outra, em uma rapidez a qual faziam quase não serem percebidas a olho nu, suas pernas retraídas pela sensação de estranheza que lhe acometia por estar distante do solo firme, algo que poderia julgar sólido a partir de seu tato.

    ̶ 'Cause baby, I could build a castle
Out of all the bricks they threw at me
And every day is like a battle
But every night with us is like a dream.

Pousou lentamente seus pés descalços sobre o tapete de jornais abaixo de seus pés, sentindo a texturas dos papéis rígidos, um pincel completamente impregnado com tinta em uma de suas mãos enquanto a paleta de tintas completamente coberta por tons azuis na outra, apenas satisfeita com o que fizera.

Inclinou sua cabeça para o lado, contemplando sua própria obra, um sorriso surgira de forma genuína em seus lábios, aumentando gradativamente o sutil brilho de suas asas em uma resposta clara e rápida aos sentimentos aos quais era exposta; satisfação e orgulho, estas que eram maiores do que a de outras fadas, ultrapassando a altura de sua cabeça e chegando a pouco abaixo de seu quadril, diferentes até mesmo em relação as de sua mãe; eram de pontas um pouco mais afiadas, não tão baixas e de fracos, quase imperceptíveis reflexos opalescentes - coloridos e variáveis. -, leves contornos delineados em um tom prateado oscilante, pouco menos translúcido quanto as mesmas - de acordo com luminosidade à qual eram expostas. - , ainda sim sempre brilhantes em meio ao escuro. Lentamente sendo transformadas em nada mais do que lembranças, conforme se apagavam os contornos e logo sumiam das costas da fada, restando apenas resquícios de magia tão finos quanto a poeira que impregnava alguns móveis do espaço amplo e aconchegante; tão quanto as partículas que dançavam ao ar que respiravamos, mas somente lhe eram perceptíveis a luz direta do sol.

Assustou-se assim que, através da música alta, escutara uma voz chamar-lhe, distante e distorcida aos seus ouvidos, retirando os fones com certa falta de cuidado.

   ̶ Mãe?    ̶ Sua voz pareceu pouco mais alta do que deveria dado ao horário tardio ao qual encontrava-se desperta, arregalou levemente seus olhos sorrindo de forma vergonhosa ao encarar a mulher, sua mão sobre o peito ao expirar de forma exagerada.    ̶ Que susto!

   ̶ Você está acordada a essa hora, Fayrie?    ̶ A voz baixa, no entanto firme da mãe soou através do ambiente, com seu corpo apoiado ao batente da porta amadeirada já tingido pelas tintas de sua filha há belos anos, preenchido por pequenas e delicadas pinturas que mal se lembrava quando aparecera ali, cruzou seus braços sobre o peito, seu cenho franzido acompanhando-a com o olhar.    ̶ Acreditei que estivesse dormindo.

   ̶ Não tive sono.    ̶ A mais nova resmungou embora se assemelhasse mais a um sussuro baixo para si mesma, quase como uma tentativa de se convencer de sua fala, o aparelho eletrônico já desligado sendo colocado sobre a pequena cômoda juntamente aos fones de ouvido, com a luz branca do pequeno abajur elegante recém acendido por si iluminando-o.

A fada mais velha desviara seus olhos a janela entreaberta, uma expressão de preocupação evidenciada em seus traços irreais, o ar parcialmente gélido da noite espalhado pelo local a fazia arrepiar ao atingir seu corpo aquecido, enterrando-se com mais força dentre ao casaco de tricot azul-escuro que cobria-lhe os braços, suas mãos o puxando a frente de seu corpo aninhada e confortada ao calor provido pelo mesmo, seus passos a direcionavam através do ambiente em um andar lento e calmo, logo pausando-o a frente da pintura recém-feita, suas orbes claras fixadas sobre a mesma de maneira breve ao perceber sua filha se aproximar, colocando-se a pouco atrás de si, apoiada sobre a ponta de seus pés enquanto atentava-se a qualquer modificação na expressão da mãe, procurando por vestígios de qualquer opinião que poderia ser proferida pela mais velha, quase como ansiando por sua aprovação.

   ̶ Ficou maravilhoso, pequena.

Pode ouvir as comemorações breves da filha, sussuradas e inaudíveis aos seus ouvidos, sorrindo levemente com apenas seus lábios ao escutá-las, além de o queixo da mais nova se colocar delicadamente sobre seu ombro ambas de alturas muito assemelhadas embora Fayrie estivesse sido abençoada pela genética com alguns poucos centímetros a mais.

   ̶ Mas deveria estar dormindo.

A voz da mãe obtinha um fundo terno de preocupação por mais que quisesse soar de maneira repreensiva, somente sentia-a chegar a si como um abraço aconchegante de cuidado e proteção ou um acariciar lento em suas melhores emoções aflorando-se, era como se sentir abraçada e cuidada, e isso a fizera sorrir. Rodeou o espaço que a mãe ocupava, abaixando-se ao se sentar sobre o tapete branco que ocupava aquele espaço, sentindo a textura fofa do mesmo lhe parecer extremamente confortável.

   ̶ É...eu sei.

Faye respondeu, suspirando baixinho assim que o olhar da mais velha fixou-se em si e o sentiu a suas costas, os olhos azuis encarando-a mesmo que sequer seu olhar tão parecido entrasse em contato ao dela, suas mãos sendo colocadas sobre o colo assim que abaixou sua cabeça observando com um leve interesse o entrelaçar de seu dedos.

    ̶ Mãe...se é possível que a partir dos...ah...poderes...   ̶ Aquela nomeclatura resoou quase como um questionamento, estranha a seus ouvidos, contorcendo sua feição em um leve desagrado.    ̶ ...Que nós temos possamos aparecer em outros lugares...e para outras pessoas, nós também podemos "puxar" outras pessoas para as projeções?

Os olhos azuis vibrantes da mulher se arregalaram levemente, uma expressão surpresa surgindo em sua feição não assustada, apenas surpresa pelo questionamento, as nuances da magia que ambas portavam eram bastante complexas em relação a simplicidade que aparentavam ser; e realmente era desafiante formular uma explicação simples e de fácil entendimento ao mesmo passo de que era surpreendente o fato de que finalmente sua filha procurava entender aquilo, depois de algum tempo, talvez as questões que antecederam todo o transtorno causado pelos problemas recentes estivessem lhe dado um certo iniciar de um fraco interesse sobre tal coisa. A confirmação, mesmo que feita apenas por si mesma, lhe trouxe um sentimento pesaroso em relação ao assunto.

   ̶ Oh...sim, nesse caso, eu aparecia para o pinóquio como ele queria que eu aparecesse como lhe passava mais segurança.    ̶ A Fada Azul afirmou de forma baixa, posicionando-se ao lado da filha com suas pernas cruzadas uma sobre a outra, os olhos de ambas fixados ao que Faye pintara durante a noite, o cheiro de tinta fresca era evidente quase como misturado a brisa fria que circulava o quarto, o pingente gêmeo cintilando sobre seu peito assim como o da filha.    ̶ De certa forma, é assim que funciona, entende? De forma espontânea, verão quem precisam ou querem ver caso permitirmos isso, no contrário, poderemos apenas sermos nós mesmas, algo que sinceramente, sempre me pareceu melhor.

A mais nova apenas assentiu fracamente, como se alguns questionamentos pendentes aprisionados em sua cabeça recusassem-se a se pronunciar de qualquer maneira, como se presos em sua mente, sem uma maneira de libertar-se.

Seu olhar curioso avaliava a pintura de cima abaixo, observando os pequenos pontinhos brancos salpicados ao fundo azul; representando as numerosas estrelas presentes ao céu questionando-se se cada um daqueles haviam sido feitos à mão, a lua em seus tons acinzentados e esplendor ao alto; não alcançando o ponto mais alto da parede mas quase, movendo seu olhar um pouco mais para baixo era possível ver uma estrela em específico, maior e mais detalhada do que os simples respingos de tinta a representar as restantes, um sorriso leve fixou-se em seu rosto com seus olhos azuis cintilando em resposta ao aquecer de uma terna lembrança emergindo em seu coração, as mãos antes colocadas sobre as pernas tocando uma a outra, percebendo algo vir a si como um sussuro suave e reconfortante; Estava em casa.

Alarmou-se ao sentir o peso se fizera presente em seu ombro esquerdo, virando seu rosto de imediato ao vê-lá repolsada sobre o mesmo, procurando por aconchego, suas íris azuis ocultas por suas pálpebras e cílios longos enquanto de maneira suave um suspiro calmo saia entre seus lábios, permitindo com que seus ombros tensos relaxassem enquanto seus dedos brincavam com a barra do vestido curto que usava, apenas abandonou um beijo delicado sobre os cabelos de sua filha, apreciando o trabalho de sua pequena iluminado pela luz límpida da lua que atravessara a janela.

   ̶ Não está acordada até agora, para que quando dormir mais tarde não tenha projeções, certo?    ̶ Disse, sua voz terna e preocupada evidente, seu tom calmo menos presente naquele momento.

   ̶ Não...exatamente.    ̶ A filha respondeu vagamente, a viu pausar sua respiração, ponderando suas próximas palavras.    ̶ Não dessa vez. Não é nada, eu só tive essa ideia de pintura, e me deu um surto criativo, não consegui dormir enquanto não pintasse isso.

   ̶ Ah...sim

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𝔖𝑬𝑼𝑺 𝑶𝑳𝑯𝑶𝑺 passeavam pelo local escuro a procura de detalhes que - com certeza. - sequer reconheceria, apenas por uma crescente curiosidade tornando-se clara, a névoa densa e gélida infestava o solo alcançando uma altura pouco acima de seus calcanhares, impedindo parte de sua visão sobre o mesmo, os cinco procuravam alguma forma de ocultar a limosine a qual haviam se locomovido a ilha, jurou que Benjamim estava próximo a si quando afastou-se por segundos recuando seus passos para trás ao fixar suas orbes azuladas aos arredores, ainda percebia a dor fraca pulsar em suas têmporas a fazendo inspirar profundamente a cada poucos segundos impaciente e o incômodo em seu peito crescer aos poucos espalhando-se dentre seus devaneios e se tornando levemente sufocantes, mas assim que olhou a sua volta após algum tempo estranhou a falta da presença do garoto, só então percebendo que o mesmo se afastara por pura curiosidade, em um ato impensado ao encontrá-lo puxou-o com força pelo colarinho de sua jaqueta, fixando seus olhos azuis nas feição assustada do mais novo assim que os dele fixaram-se nas suas.

   ̶ Meu Deus Benjamim! O quê você tá fazendo?

Sussurou de forma contida mesmo com o requinte de exaltação presente em sua voz então sorrindo genuinamente pela reação do mesmo, assemelhando-se a uma criança sendo pega quando sabe que aprontou o que não deveria, a mesma feição a que obtinha quando era criança, puxando-o pelo braço e não contendo uma risada baixa assim que se recordou de quando eram crianças e Lumière fazia questão de arrastá-los pelo castelo quando os via fazer algo errado...

...Recordando-se perfeitamente de quando ambos conseguiram fugir do aperto do ex-candelabro e saíram correndo apressadamente em meio as numerosas roseiras plantadas ao extenso jardim por Bela, ambos esconderam-se tão bem que até mesmo Madame Samovar e alguns funcionários tiveram de os procurar dentre o castelo, obviamente interrompendo seus respectivos trabalhos para isso, ambos nunca riram tanto, mesmo que as consequências para a fada fosse um de seus vestidos azuis favoritos rasgado graças aos espinhos provenientes das plantas em floração, assim como alguns arranhões em sua pele alva enquanto se locomovia por várias vezes em busca de não serem encontrados, de mãos dadas ao jovem príncipe.

Duas crianças escondendo-se de numerosos empregados dentro de um jardim que acreditava ser mais amplo que sua própria casa.

   ̶ Pelo amor da Fada Madrinha Ben, não se afasta.    ̶ Pediu, os quatro juntaram-se a si acenando em um gesto de apoio ao aviso da fada, Ben até chegou a questionar o que havia para além do espaço ao qual enfiara-se sem um pingo de desconfiança, mas Jay apenas afirmou que não deveriam saber, algo que provocou uma leve curiosidade em si enquanto rapidamente navegava em suas memórias, procurando alguma projeção que poderia ter a levado ali.

Sem resultados.

   ̶ Ok pessoal, cabeça fria, tá bom? A gente não quer que nossos pais saibam que estamos aqui.

Suas mãos adentraram os bolsos forrados da jaqueta que trajava sentindo a brisa fria atingir seu rosto, arrepiando-se pelo contraste de temperaturas a sua pele aquecida, os fios de seu cabelo preso de maneira parcial por apenas duas pequenas tranças laterais sendo levados de acordo a ela, atingido-lhe o rosto em leves cócegas às suas bochechas, lentamente a irritação vinha a si talvez por já estar suficientemente alarmada e cheia de coisas a se preocupar - diria levemente paranoica talvez. - uma expressão de desagrado sendo evidenciada em seus traços assim que a dor se intensificou, uma pontada um pouco mais forte a fez suspirar de maneira pesada, piscando seus cílios por segundos a mais em resposta, resmungou algo de forma baixa que certamente não seria agradável de se ouvir nem mesmo para si, cuja as palavras saíram de seus próprios lábios.

Fayrie apenas assentiu a afirmação do garoto de cabelos esbranquiçados sem muito se preocupar ao que ele dissera, puxando novamente o tecido escuro em direção a seu rosto, não que de muito precisasse para não causar estranhamento, a distribuição de luz no local não era nada abundante, talvez pelo horário noturno ou pelas nuvens densas aparentemente tempestuosas que flutuavam acima da barreira, pelo contrário na verdade, apenas os estrondos dos trovões selvagens traziam luminosidade ao local em que haviam chegado.

Apenas caminhava conforme o trajeto era desbravado pelos Vk's, provavelmente conhecendo aquele caminho como nem mesmo ela poderia conhecer, seus pés apenas obedeciam aos instintos automáticos dado ao fato de que encontrava-se concentrada em nada a seu redor, apenas dentro de seus pensamentos, vagando perdidamente dentre sua própria bagunça interna, se pudesse detalhar a forma como sua mente funcionava em apenas poucas palavras seria; caótica e barulhenta, a ponto de que até mesmo ela já se perdera diversas vezes ali dentro como naquele exato momento, nada a sua volta lhe atraia a atenção, tudo o que via era apenas ignorado por si, toda aquela miséria a sua volta enquanto se perguntara como crianças viviam a aquele local, rebuscando a sua infância por segundos. Quando enquanto a mãe a deixara sentada sobre o balcão da cozinha ao realizar seus afazeres, a pequena a questionava sobre as crianças de sua idade neste local.

A ilha era um lugar certamente destoante de sua realidade, de uma forma extremamente negativa.

Era estranho pensar que, naquela época, entre os pequenos que ali residiam estavam justamente o quarteto de vilões que conhecera e ajudara, existia a garota de olhos cor-de-mel que tanto ama a companhia, sendo uma criança obviamente, ou o garoto de cabelos esbranquiçados e numerosas sardas salpicando seu rosto, assim como Jay e Mal, vivendo naquele local deplorável fruto de um desejo realizado por sua mãe enquanto a menina questionava a fada mais velha, selando a promessa que futuramente lutaria para cumprir sem imaginar que seus caminhos se ligariam a partir daquele momento. O destino em seu mais puro curso natural. Entrelaçando seus destinos como fios.

Sua visão, assim que os gritos de Evie lhe colocaram em alerta se direcionou a citada mesmo que já distante da amiga, por ter apenas prosseguido o caminho ditado por um dos becos escuros e estreitos pelo qual transitavam, arregalou seus olhos claros observando as duas crianças relutando-se em soltar a pequena bolsa que insistiam em tentar tomar das mãos da mais velha, mesmo que a garota de cabelos azulados claramente mais forte que eles não permitisse, encarando-a amedrontados assim que seus braços foram segurandos com força dentre os dedos esguios de Evie, as crianças estavam sujas, trajadas de roupas velhas e surradas muito provavelmente inadequadas a seus corpos infantis, ou talvez, grandes em relação ao peso e tamanho dos pequenos.

Eram apenas crianças.

Observou a amiga permití-los fugir ao perceber as expressões dos mais novos, o medo que as tomou sendo percebidos... seus olhos azuis vibrantes observando a situação através do capuz que sombreava sua feição angustiada, não surpresa, nunca foi uma surpresa e nada ali era...não para ela ao menos, sua mente sussurou procurando aquecer seu coração com uma pequena e finita chama de esperança de que não soubessem completamente daquela realidade tão paralela a qual viviam. Mentira. Sequer precisava de alguma habilidade especial para descobrir isto, era apenas pensar...logicamente.

Seus ombros baixaram-se com a negação insistente sumindo aos poucos como transformando-se em simples poeira levada pelo vento, punhos levemente fechados e respiração suave desativada, sendo substituída pelo exalar pesado. Não soube explicar o porquê de tamanha raiva que surgiu em si.

Apenas surgia. Junto a ela, o ódio.

A angústia que sentia era genuína e um tanto amarga, fazia seu coração bondoso apertar e seus olhos arderem; a fizera parar seus passos paralisada pela situação, revoltada pelo pouco poder que obtinha em mãos para mudá-la, cravando suas próprias unhas as palmas de sua delicadas mãos trêmulas, era mais do que apenas revolta, era a dor pela mais pura empatia que habitava sua ser atravessando seu coração como uma adaga afiada. Queimando de uma forma terrível e destrutiva sobre qualquer resquício de bondosos sentimentos, a crueldade trás a revolta. Sentira algo em si mudar de maneira lenta, um brilho mais intenso adornava suas íris já únicas a ponto de que sentia a transição de tons ocorrer quando atentou-se ao presente. Magia...justamente aquela que não deveria existir ao interior da cúpula dourada acima de si.

Era por isso que não sentira nenhuma mudança quando ultrapassou a barreira, não se sentira mais humana...

Porquê a magia nunca deixou de circular por suas veias.

Levantou repentinamente seu olhar que antes observava atentamente suas próprias mãos ao perceber um clarão límpido partir os céus para além da barreira, iluminando a ilha mas logo abandonando-os novamente a escuridão ainda mais profunda do que antes, o estrondoso som emitido pelo incomum princípio de ao que parecia uma tempestade violenta, dado ao fato de que aquilo chegara lhe sobresaltar obrigando suas mãos a protegerem sua audição colocadas sobre seus ouvidos, com apenas uma pequena visão do céu limpo para além das nuvens densas, um pequeno ponto de lucidez ao que via; esta que direcionava-se a estrela que tanto reconhecia, emanando o inigualável brilho forte, esbranquiçado e tão bem conhecido que saberia distinguí-lo em qualquer lugar, mesmo em meio a qualquer um dos milhares pontinhos brancos que habitavam os céus.

Sua mão envolveu o cristal entre seus dedos, nervosa por algum motivo.

   ̶ Fayrie?

A voz docemente reconhecida, apenas um pouco menos firme interrompeu o fluxo desordenado de pensamentos que a invadia, um efeito quase automático, despertando-a de um transe ao qual sequer percebera mergulhar, fixou sua atenção a garota que não pareceu perceber sua feição incrédula agradecendo intensamente ao tecido que a incobria, a mão de Evie afetuosamente sobre seu ombro enquanto voltara a engolir em seco suavizando suas reações, percebeu os três estranharem a mudança repentina que, naquele momento acontecia sobre suas cabeças, Carlos de'Vil próximo a Evie, praticamente se ponto atrás da amiga como se quisesse esconder-se, talvez com receio da mudança repentina.

   ̶ Isso não é comum...nunca aconteceu...não nessas proporções.    ̶ A amiga comentou na tentativa de acalmá-la por pensar que o motivo da mesma encarar o céu com atenção seria medo, procurando enxergar algo para além da escuridão ainda mais densa que havia acometido o espaço estreito ao qual estavam, voltando-se a encará-la.   ̶ Vamos! Temos que encontrar o Ben, paramos e não vimos para onde ele foi.

Apenas assentiu novamente, dessa vez ofertando um sorriso leve a azulada, os quatro procurando pelo garoto que havia feito exatamente o contrário do que a amiga havia pedido - ou melhor, implorado. -, afastado-se do grupo. E ainda conversava com um cara aparentemente pouco amigável, justamente...

Por um momento, poderia sentir-se como sua mãe a anos atrás; grudada a uma "criança" que insistia em fazer exatamente o contrário ao qual ela aconselhava-o, quase como uma vontade insistente de colocar seu pescoço em risco por mais que a mesma aconselhasse-o a fazer o contrário, isso a fez suspirar, mordendo seu lábio ínfero assim que percebeu que começaria a rir descontroladamente como de costume. De desespero na verdade. Dizem que quando chegamos a um nível extremo de estresse, podemos ter reações controversas a ele, ao invés de surtar, era muito melhor rir.

Se ela surtasse, não seria muito...agradável.

Depois de uma longa palestra - com direito a show ao vivo. - sobre como deveriam comportar-se em meio aos "vilões", fria como uma vilã, era maneira como deveria agir, ignorar toda a boa e positiva educação que sua mãe lhe dera naquele momento, deixá-la de lado não poderia ser tão difícil...tirando ao fato sua leve capacidade de não atentar-se a própria fala - uma tagarela nata. - continuaram a caminhar encontrando em seu caminho um garoto loiro, de imediato reconheceu-o de uma projeção em específico, forçando sua memória para lembrar-se mesmo que aquilo fizesse sua dor de cabeça de intensificar.

Harry...não, Gil! Ao menos era o que achava, era como a garota de tranças turquesa o chamava, ou melhor, o chamou enquanto apresentava uma performance digna de prêmio em um bar da ilha.

E sim, ela havia visto aquilo, indiretamente, mas ainda sim, o viu.

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   ̶ Vamos lá...já tô aqui mesmo sem querer...    ̶ Murmurou para si mesma, mesmo que gritasse em plenos pulmões ninguém seria capaz de escutá-la, portanto não faria mínima diferença, suspirou cansada sem realmente se importar.

Ainda portava a mesma roupa que trajava antes de adentrar sua própria consciência, seus pés pareceram trabalhar por si só quando atravessara as portas do local, tão quebradas quanto o resto, observou assustada por um momento parando abruptamente e quase pensando em recuar seus passos em busca de ao menos tentar voltar a sua normalidade, mas apenas encheu seus pulmões de ar numa tentativa de se abastecer com coragem mesmo que não necessitasse de respiração, aquele lugar era novo para si, ao menos era a primeira vez que o via dentro de suas visões, os tons de azul-turquesa, amarelo, rosa entre outros eram pouco presentes e a únicas cores ali que parecia ser levemente vívidas, ainda sim, não abandonando o ar sombrio que cercara a ilha dos perdidos ao se misturar aos tons mais escuros. Por algum motivo se sentiu estranhamente interessada, apesar de tudo, era um lugar novo, e dentro de tudo que nunca havia visto. Era visível o que todos ali eram; piratas, sejam pelas vestimentas, ou pelo estranho cheiro de peixe misturado as bebidas alcoólicas que emanava daquele local, retorceu o nariz pouco feliz com aquilo, se estivesse em seu corpo físico provavelmente colocaria tudo para fora assim que adentrasse aquele local.

A única coisa que remetia a Auradon era a voz irritante narrando os programas passados em seus canais livres, seguiu seu olhar até a televisão presente no alto de uma prateleira, observando avidamente cada movimento de um garoto ao ligá-la, exibindo a feição desconfortável de Mal, ainda naquele momento onde a garota se encontrava confusa e assustada com tantos repórteres e perguntas inconvenientes a sua volta, então, algo novo foi visto em seu campo de visão.

Uma jovem que aparentava portar a sua idade tinha uma feição de desinteresse atrelado a ira exposta no rosto, seu cabelo era composto por tranças feitas pela cor turquesa, agregadas ao seu cabelo natural, suas roupas claramente remetiam ao mar - a parte "sombria" deles. - seja pela paleta de cores ou pelos detalhes e acessórios que carregava na composição, a feição pouco feliz era estampada no rosto da mesma e intensamente aparente, largou a bandeja grosseiramente sobre a mesa a frente de um dos, ao menos acreditava que seria cliente daquele lugar, este que não se atentou as características físicas, logo se virando preguiçosamente para observar a feição da princesa no aparelho, Fayrie se assustou ao ouví-la gritar descontando sua ira, antes de atirar a comida colocada naquela bandeja sobre a tela, apoiando-se sobre a mesa, uma risada coletiva preencheu o espaço quase comedidos pelo surto raivoso da garota.

Fayrie recolheu suas mãos para si assim que o olhar da garota pareceu se fixar a ela, parada a poucos centímetros da mesma, exatamente à frente dela que era onde se encontrava. Ela não podia vê-la, mas ainda era estranho.

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Assim que notou a identidade do garoto, deu um passo brusco a frente, o capuz que sobrepunha seu rosto deslizando para seus ombros, evidenciando suas feições preocupadas, suas mãos seguraram o braço de Benjamim, o afastando mesmo que houvesse relutância, ato este que pareceu não entender.

   ̶ Uau...nossa.    ̶ Escutou-o dizer, direcionando seu olhar a ele já encarando-a, atento a seu rosto, não notado a falta do que deveria estar escondendo-a.    ̶ Você é muito bonita, tipo muito, muito mesmo...mas eu nunca te vi aqui...

Piscou algumas vezes inclinando sua cabeça levemente para o lado, na tentativa de retornar seu raciocínio, ele havia a elogiado?

Justamente, ela era péssima em receber elogios. Como naquele momento, queria sorrir, demonstrar que se importava mesmo não podendo, ainda sim, um sorriso leve surgira sem seu consentimento.

   ̶ An...ob - ̶ Antes que palvra aparentemente proibida ali saísse de seus lábios, Ben livrou sua mão do aperto dela colocando-a a força sobre seus lábios, mesmo a vendo de contorcer em busca de se livrar, algo que a fez querer agradecê-lo a mesma medida em que queria socar discretamente a costela do garoto com seu cotovelo. Logo o loiro se afastou, o filho de Gaston.

Tinham que a encontrar, urgentemente.

   ̶ Tem que me agradecer.

O monarca comentou, apenas sorrindo comedido para rosto emburrado da garota a seu lado, ainda prendendo-a em seu aperto, arfando ao sentir a mesma fazer aquilo que desejara antes, não com grande força, mas o suficiente para livrá-la, deveria lembrar-se que Octavian havia a treinado quando criança.

   ̶ Ah para, nem doeu.   ̶ Afirmou ao vê-lo com a mão sobre local, tornando a seguir os Vk's, talvez com um leve arrependimento pelo que fez, mesmo sabendo que o citado havia puxado ao lado dramático de Adam, virou o rosto para ocultar um sorriso observando avidamente o lugar a sua volta.   ̶ Deveria me agradecer, te livrei de um dos capangas da Uma.

   ̶ Como sabe que eles são amigos da Uma?

Faye suspirou ao escutar a pergunta de Carlos, amaldiçoando-se, voltou a olhar para o mais novo, suas íris azuis pareciam obscurecidas por algum motivo.

   ̶ Não vai entender, uma hora em que não tivermos atrás da Mal, eu explico tudo, espero que não demore.    ̶ Murmurou apenas para si mesma.

   ̶ Chegamos.

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{⚔} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪✧─┈⊹ 🇳 🇴 🇹 🇦 🇸  🇩 🇦 
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O caos começou! Finalmente.

Apenas isso.

Boa noite/dia/tarde/madrugada :)💙 - mesmo que você, leitor, devesse estar em sua caminha, sem o celular e dormindo para não acordar amanhã reclamando de sono! - aproveitando meus últimos dias de liberdade para publicar, logo terei que me direcionar a Ilha dos Perdi- quer dizer, minha escola, que é muito parecida inclusive, a mesma vibe caótica.

Até aqui, temos dois poderes da Fayrie se desenvolvendo; projeção astral e...empatia, sim, existe este poder, e foi por isso que ela sentiu tanta raiva, ela se conectou as pessoas da ilha verdadeiramente e sentiu a raiva de todos em si. Existem outros, existe inclusive uma coisa, não um poder - mesmo que o poder também seja. - , que será importante no próximo ato - que vai judiar horrores da coitada. -...o que acham?

Enfim, sabiam que "Faye" significa "fé" ou "esperança", combina com a nossa fadinha, outro fato; a faceclaim da Fayrie não existe, sim, ela só não existe mesmo, é feita com um aplicativo, nunca encontrei uma face que combinasse com a personagem que eu queria fazer, então eu a criei. Beijos meus amores, a autora ama muito vocês! ♡

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