❛𝒪 que quero dizer é que, a sua Bela não será decidida por um mero livro assinado, Bell...

ℰla será decidida a partir daqui, de seu coração. Talvez a maldição não seja exatamente o que você imagina...(a narradora sente muito!) ❜

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ℳaldições providas do antigo sempre foram um grande impecilho perante a prosperidade daqueles cujas histórias eram orquestradas por meras páginas envelhecidas de um conto arrebatador, as letras pequenas e amarronzadas cravadas sob o papel eram um falho registro de suas trajetórias, seus nomes em ouro líquido resplandecente, tingidos ao dourado em uma quase menção irônica a suas coroas e berços de origem, entalhados sobre capas grossas de couro nobre serviam-lhes uma pequena prévia daquilo que seus caminhos seguiriam conforme seu andar pelas nuances mais obscuras por culpa de outrem, na infinidade das circunstâncias do destino traçado, Bell Ambrose fora dominado em tais caminhos desde talvez, um tempo demasiadamente adiantado, uma maldição intrínseca em seu sangue fora lançada quando seus olhos escuros ainda emanavam a amabilidade e inocência de uma pequena criança; resultando em uma marca extensa e ardente, como os ferimentos de espinhos provenientes de roseiras nela retratada, sob a pele pálida de um simples menino que desejava desfrutar daquilo que o mundo poderia o oferecer, os adorados livros herdados da mãe como companhia.

𝒪 ciclo interminável de erros e sofrimento de sua linhagem parecia permanecer perante ao passar de suas gerações, enquanto Bellamy, primeira nomeclatura que pouco adorava, esperava por agarrar-se a uma única luminosidade da glória dourada para realizar a quebra das sufocantes correntes que o prendiam ao desperadamente que não desejava para si, esperava por um nascer do sol após os gélidos anos de obscuridade a atingir suas íris âmbar. De tal forma que seu pai esperou por Bella, aquela que o amaria apesar de sua violenta ferocidade, esperou por aquela que o poderia salvar com a dádiva de seu amor e tocar seu coração inundado pela ira.

ℬellamy Ambrose esperava por algo que o trouxesse a vida corriqueira que nunca pôde desfrutar, esperava por uma mágica resolução, preparando-se para seu destino traçado como um Royal, não por escolha.

ℰm um dia roubado, mais um daqueles que o aproximavam do ápice de seu abismo pessoal, após a rebelião ocasionada por Raven Queen, justamente ao momento no qual seus dedos delicados agarriam a pena que selaria seu destino, lhe proveria poderes e a traria a desgraça - aquela que realizaria o desejo de uma loira prepotente com um resquício amargo de arrogância apesar de sua origem considerada doce; como uma vistosa maçã de aparência delicada, lisa e cor avermelhada brilhante, cujo brilho comparava-se ao de uma falsa pedra preciosa, convidativa mas de interior pútrido pela pressão exercida sobre a herdeira dos White, corroendo-a como uma praga através de seu ego - através do duro ofício de sacrificar-se. Bell apreciava ao profundo e melancólico silêncio que somente a natureza em sua harmonia perfeita poderia lhe prover, redescobrindo o âmago de suas memórias ocultadas em um doloroso vislumbre das palavras que selaram seus mais profundos traumas. E segredos impessoais que nunca deveria ter vislumbrado.

𝒞erise Wood tentara passar despercebida perante as circunstâncias de seu nascimento afinal, a união de seus pais obtinha a capacidade de impactar muitos, escondendo seu mais profundo segredo por através da capa vermelha pertencente a seu caminho predestinado, mas após a semente do caos e rebelião plantados sob o solo da hierarquia que a eras perdurava na instituição, novas espécies pareciam florescer diante de seus olhos acinzentados, a chance de poderem livremente, seguir seus caminhos delineados a suas vontades e sonhos antes enterrados pela obrigação; os Rebels, Cerise se sentira acolhida - com a pertencente sensação de acolhimento assemelhada ao que os pais sempre desejaram. - e perante as claras rivalidades entre ambos, através do ar voraz e atmosfera hostil, notara um garoto de vestes formais, cabelos longos acastanhados que pareciam ter sido tingidos à medida do tom portado por suas íris, feição neutra e olhar caído que, mesmo após todo o ambiente do refeitório ter transmutando-se em um campo de guerra diante de sua visão, permanecia em sua pacificidade, apenas esquivando-se e ofertando proteção a seu livro de pontas gastas em mãos, seus dedos presos ao mover de suas páginas chamuscadas pelo tempo. Seus lábios finos periodicamente formando um sorriso leve, mas transbordante em ironia a cada vez que algum dos Royals era acertado, os gritos desesperados e dramáticos ecoando ao espaço em um absurdo caos.

ℰmbora apenas um vislumbre lhe atraira a atenção, portando ainda mais intensidade do que a tardia visão do jovem em meio a floresta profunda que envolvia aos arredores da Ever After High, a luz diurna e aquecida escapando por pequenas frestas entre as numerosas folhas e galhos das altas árvores verdejantes ali presentes. Por uma vez, a Hood vira alguém estar ali ao ambiente de maneira tão sublime, após algum tempo a visitando, sua mente recordara-se de tal momento eras depois, do livro voador que atingira Kitty Cheshire, após sua desprezível tentativa falha em revelar seu segredo perante a parte dos alunos da instituição e fizera a adoradora ao caos verdeiramente aparentar estar enfurecida com tal violação, enquanto ao voltar a seu ser não corrompido pelo sangue de um lobo feroz provindo de sua paternidade, um sorriso simples formou-se em seus lábios avermelhados pela reclamação indigna. E quando uma pequena rosa avermelhada escarlate, tonalidade assemelhada a de sua longa capa, fez-se presente a maçaneta de seu dormitório, a lembrança que lhe veio a mente fora clara com as águas do lago cristalino cuja floresta obtinha fora de seu conto. Bellamy Ambrose, filho da Bela e a Fera.

𝒜final, um conto narrado poderia ter diferentes versões de acordo com aquele cuja voz detalharia as nuances sob a história, mas nessa em específico, entre duas feras por família, qual dos dois seria a Bela que salvaria e auxiliaria o outro a vislumbrar a liberdade? Oh, eu já citei isso! Perdão!

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