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( 🎩 ) 𝒫rólogo.

🩰' 𝒲elcome to 𝒕𝒉𝒆 𝑝𝑟𝑜𝑙𝑜𝑔𝑢𝑒.
ℰ𝐒𝐓𝐀́ 𝐏𝐑𝐎𝐍𝐓𝐎?
𝒞omeçará em
três,
dois,
um!

🎩

⠀⠀⠀𝒟𝐀𝐍𝐂̧𝐀𝐑. Esse era o sonho da pequena Véronique Varenne. Dançar até não poder mais. Fazia parte dela, do seu cerne, era sua alma. Véronique tinha certeza que era isso que desejava fazer para o resto da vida, ser uma bailarina e encantar o mundo com sua graciosidade e beleza em formato de dança.


⠀⠀⠀Porém a vida nem sempre é como desejamos e contratempos acontecem para poder destruir o nosso destino - ou pelo menos é isso que pensamos, talvez esse contratempos surjam para moldar a nossa vida para algo muito melhor que nós espera.

⠀⠀⠀Mas Véronique não pensava assim, ela havia de fato batalhado muito para chegar onde estava e não ia aceitar que lhe tirassem o que mais desejava. Desde criança, vislumbrava as graciosas bailarinas do circo que frequentemente visitava Colmar, e almejava um dia ser como elas. Demonstrar tanta graça e encantar a plateia com simples movimentos tomados de leveza e alma.

⠀⠀⠀Cresceu numa família estrondosamente rígida e antiquada, que acreditava que o papel das mulheres na sociedade era garantir um casamento e ser uma mãe e dona de casa feliz. Esse era o destino imposto para Véronique por sua família. Diziam que os sonhos eram para a hora de dormir e nada mais. Mas ela almejava mais, desejava desfrutar do mais que a vida lhe poderia oferecer e principalmente, realizar o seu sonho.

⠀⠀⠀Parece clichê, não é? Mas foi isso que moveu a garota a se aventurar e chegar ao topo do mundo, onde poderia ter tudo. Quando tinha apenas onze anos, fugiu de casa e talvez seus pais não tenham se dado conta até hoje. Ela era de uma família grande, com cinco irmãos e quatro irmãs, muito dificilmente iriam perceber a falta de um dos filhos nem quando eles estavam lá percebiam sua presença.

⠀⠀⠀Era uma família da alta sociedade, que nunca iria perceber um filho a mais ou a menos, geralmente eram as criadas que cuidavam das crianças e mal percebiam a presença de filhos. O único objetivo de seus pais era de casar todos os seus filhos com pessoas ricas e manter a linhagem de duques e duquesas da família.

⠀⠀⠀Mas não era isso que Véronique queria e portanto fugiu. Numa noite fria de inverno, ela juntou alguns de seus pertences mais importantes em uma pequena bolsa e saiu às escondidas pelos fundos e não olhou para trás. Dentre os itens presentes na bolsa estava uma caixinha de música do balé do Quebra Nozes, que era seu maior tesouro. Ela havia encontrado esta peça jogada aos destroços e a tomou para si, consertando o objeto que agora era muito importante para a menina. Lhe lembrava que sempre poderei alcançar tudo o que quisesse e sonhar era o primeiro passo.

⠀⠀⠀E Véronique fugiu de Colmar, embarcando escondida num navio deixando tudo para trás e em busca de seu sonho. Não fazia ideia para onde ir,só sabia que não voltaria para trás. Ela chegou em uma cidade estranha a seu conhecimento, a única coisa que lhe parecia familiar era uma cúpula de vidro na qual estavam diversas lojas, sendo três delas as maiores lojas de chocolate do mundo.

⠀⠀⠀Era uma criança, então possuía a inocência e desembarcou naquele local. Perambulou perdida pelas ruas da cidade, quase considerando a possibilidade de dormir em um dos bancos da praça quando se deparou com uma antiga construção. Um prédio belo e de arquitetura majestosa. O teatro da cidade. Colunas sustinham o peso de tamanha obra e um belo arco estava disposto na fachada do lugar. O mármore adorava as paredes de uma forma transcendental e a luz do luar refletia nele transmitindo uma aura encantada. E mais acima, uma cúpula coroava o edifício, dando um toque elegante ao prédio.

⠀⠀⠀Véronique suspirou encantada com tamanha beleza e o vapor saindo de sua boca devido a noite fria. Ela adentrou os portões majestosos de carvalho e ao passar pelo saguão, adornado com pinturas e fotografias na parades, que contavam antigas histórias e apresentavam grandes estrelas que por aquele lugar passaram, e uma luz dourada menandro de algum lugar desconhecido, ela adentrou o salão de espetáculos.

⠀⠀⠀Outro suspiro maravilhado da garota proveio de seus lábios rosados. Era tudo tão lindo e encantador, aquilo atraia, tal como como uma força magnética. Passeou por entre as poltronas, admirando as galerias, tudo adornado por entalhes dourados e brancos, contrastando com o escuro. E no centro, havia o palco, lugar onde foram apresentadas tantas histórias mágicas que proporcionaram aos espectadores diversos sentimentos. Desde apresentações de atuação e música até a tão adorada pela garota francesa, a dança. Era como se fosse magia.

⠀⠀⠀Estava tão imersa num mundo próprio de sentimentos e emoções que não notou o homem que a observava. Pele morena e olhos escuros e profundos, que já haviam testemunhado diversos apreciadores do teatro, mas que não carregavam em seu olhar a mesma força e paixão aquela jovem alma possuía. E naquele momento pôde perceber que estava testemunhando o primeiro lampejo de uma estrela que nasceria.

⠀⠀⠀O homem era George Stanford, um antigo crítico que agora cuidava desse edifício e ele havia percebido que nem mesmo a própria menina havia notado - que o que havia em Véronique era raro, fruto de verdadeiros sonhos e ele iria fazer ela perceber isso.

⠀⠀⠀O homem chamou a garota, que despertou de seus devaneios e assustada olhou para a figura atrás de si. E então ali surgiu o princípio de uma conexão, como pai e filha. Ele perguntou o que ela estava fazendo tão tarde no local e Véronique, incentivada por alguma força inconsciente, sentiu que podia confiar nele e lhe contou sua história e de como havia chegado até ali. George compreendeu as confidências da menina e ofereceu a ela o pouco que podia dar: um lugar no teatro. Verifique o ajudar a cuidar daquele a cuidar do edifício em tarefas simples e ela poderia morar ali, em um dos quartinhos. Teria comida e claro, aprenderia sobre o universo do teatro e especialmente da dança e do balé.

⠀⠀⠀Ela aceitou e bom, sabemos o que aconteceu, não? Ela observou tudo o que podia, fazendo parte dos bastidores daquele universo encantado. Testemunhou diversas apresentações épicas e aprendeu tudo o que podia. Porém além das técnicas, ela tinha o encanto e o amor por tal arte da dança, o que a diferenciou das demais candidatas quando aos dezoito anos, prestou exame para a Academia Real de Dança, localizada em Paris a tornando aceita na instituição.

⠀⠀⠀George estava orgulhoso do talento que havia ajudado a florescer e da não tão pequena mais, Véronique. Assim como ele, muitas pessoas do teatro tinham criado um carinho enorme pela garota e estavam num misto de orgulho e tristeza ao vê-la partir rumo a um futuro magnífico. Ela definitivamente iria fazer falta.

⠀⠀⠀A francesa também iria sentir muita falta de todos, mas ela tinha um sonho e iria realizá-lo e ninguém mais poderia fazer isso por ela além de si mesma. E assim, a garota partiu para Paris, onde se tornou um destaque e mais tarde uma grande estrela do balé clássico.

⠀⠀⠀Véronique parecia ter sido feita para ser uma bailarina, o que de fato era. Possuía uma graciosidade e um encanto pouco presente em diversas bailarinas, era como se fosse magia. Ela entregava toda a sua alma e o seu ser na dança prendendo a atenção de quem quer fosse o público, quer tivesse oito ou oitenta. A garota estava no topo do mundo, o havia conquistado.

⠀⠀⠀Muitos críticos ficaram extremamente surpresos com tamanho talento em tão tenra idade. Véronique com apenas dezenove anos, já era uma grande estrela e conhecida por todos os cantos da terra. Seu papel mais conhecido de maior sucesso foi como a Fada Açucarada no Quebra Nozes, de Tchaikovsky, a maneira como o executou encantou quem assistia tamanha graciosidade.

⠀⠀⠀Véronique às vezes voltava ao teatro para visitar seus amigos e contava das maravilhas que havia presenciado, porém, após um tempo, ela nunca mais voltou e seu passado havia ficado no fundo de sua mente, esquecendo-o mesmo que não intencionalmente - de onde sua história havia surgido, naquela cidade na Inglaterra. Ela estava vivendo seu sonho.

⠀⠀⠀Mas como disse, a vida não é um mar de rosas.

⠀⠀⠀Numa fatídica noite, durante o verão em Paris, haveria uma apresentação do Lago dos Cisnes, onde a garota interpreta o Cisne Branco. E estava tudo indo a mil maravilhas, a plateia hipnotizada com os movimentos de Véronique, no entanto de repente, uma das lâmpadas que clareiam o palco, caiu próxima das cortinas, soltando faíscas e colocando fogo no tecido que se alastrou rapidamente, impossível de se conter.

⠀⠀⠀A confusão havia se instalado e todos entraram em desespero enquanto o fogo se alastrava cada vez mais. Muitos conseguiram escapar, porém nem todos tiveram essa sorte. No meio de todos, com seu vestido de penugem, Véronique estava perdida em meio ao alvoroço, com sua roupa chegando a ser atingida pelo fogo em algumas partes, a gerando fechaduras.

⠀⠀⠀Estava completamente desnorteada e desesperada, o pânico iminente estampado em seu rosto e seus olhos. Ela corria tentando escapar com vida, sendo um das últimas a conseguir sair do teatro, com lágrimas nos olhos e completamente abalada. Ao sair para fora do teatro, percebeu que nem todos estavam ali fora e seu coração quase parou quando constatou que ainda havia amigos e colegas presos dentro do edifício.

⠀⠀⠀O teatro parisiense pegava fogo, as chamas saindo das janelas e fumaça emanando em direção ao céu estrelado. Era uma bela noite, mas oh! Para Véronique era uma noite terrível. Ela estava lá, machucada tanto fisicamente quanto psicologicamente. Ela estava ali, sem poder fazer nada para ajudar aqueles que ainda estavam lá ́ dentro, como se estivesse fincada no chão, enquanto seus contemplavam a terrível visão à sua frente.

⠀⠀⠀E após esse episódio, ela nunca mais foi a mesma. Três meses se passaram após o acontecimento, ela não havia conseguido dançar novamente após isso. Toda vez que tentava, fantasmas do ocorrido infestavam sua mente e durante a noite assombravam seu sono. Ela vira seu castelo de sonhos desmoronar na sua frente e não pode fazer nada para intervir. Para ela estava acabado, talvez seus pais estivessem certo se ela havia sido uma tola. Sonhos eram apenas para a hora de dormir. Nunca devia ter ido atrás dos seus.

⠀⠀⠀Então Véronique tomou uma decisão firme e determinada, nunca mais voltaria a correr atrás de seus sonhos e encerraria esta busca imbecil por uma felicidade e realização que aparentemente não existiam. Deu por fim a sua carreira como bailarina, ainda tão precocemente. Ninguém nunca soube o motivo para tão decisão, apenas rumores e boatos que rondavam a sociedade, aqueles artistas eram mesmo excêntricos e estranhos.

⠀⠀⠀E então, no fundo de uma gaveta de sua mente, se lembrou de onde tudo havia começado. Naquele teatro, e sabia que deveria voltar para lá, seria seu refúgio. Ela voltou, mais uma vez, descendo no cais daquela cidade, como havia feito há doze anos atrás. Muita coisa havia mudado, porém algumas coisas permaneciam, como a Galeria Gourmet que abrigava tantas lojas de comida e principalmente as de chocolate, estavam no mesmo lugar da mesma forma, como se houvesse partido ontem.

⠀⠀⠀Contudo, quando foi procurar pelo teatro, encontrou no lugar dele apenas um edifício de ruínas, completamente abandonado. Sua mente se encheu de confusão e ao buscar informações, descobriu que o local possui muitas dívidas e caso não pagassem, tomariam o lugar. E o senhor que cuidava do local sem saber o que fazer, pois não havia escapatória, foi embora e ninguém nunca mais o viu. O teatro foi tomado, quem trabalhava lá, perdeu seus empregos e o possuía o local porém o largaram. Aquilo não havia muito tempo, apenas alguns meses. Não sobrava mais nada, apenas a doce lembrança de um dia, fora o lar de encanto e magia.

⠀⠀⠀Aquela foi a última pá de terra em seus sonhos, enterrados para todo o sempre. Se arrependeu amargamente de não ter voltado lá, aquilo poderia ter sido evitado, mas agora, o que poderia ser feito? Portanto, sem uma luz para guiá-la, Véronique ficou às próprias custas sem saber para onde ir. Conhecia a cidade, pois vivera ali por muito tempo, mas naquele estado, não saberia talvez nem seu próprio nome.

⠀⠀⠀Ela se dirigiu a uma parte mais periférica da cidade, onde encontrou uma pousada e havia se recordado que precisava de um lugar para passar a noite. Era um tanto estranha, porém ela estava tão confusa e transtornada que apenas aceitou o destino e após reservar o quarto, se jogou na cama e nos lençóis, se debulhando em lágrimas que segurava havia o dia todo e adormeceu naquela profundo e tristonho estado de espírito.

⠀⠀⠀No outro dia, lhe fora informado que devia mais do que o acordado, mais precisamente uma quantia de quinze mil sobreanos. Véronique estava um pouco melhor e apesar do desamparo, ainda sabia o que havia feito e o que não havia. Porém ao ler o contrato que a mulher e o homem lhe mostraram, ela viu que era mesmo verdade e sem nenhuma força e resistência, se entregou ao amargo destino.

⠀⠀⠀Afinal, o que poderia se fazer? Para pagar as dívidas, começou a trabalhar na lavanderia do local e mais tarde descobriu que outros também haviam caído naquela armadilha. A Véronique seguiu depois disso foi uma mulher austera e fria, que conviveu com aquelas pessoas e apesar de ser gentil, não havia qualquer esboço de alegria e emoção em suas ações ou falsas. Desenvolveu uma espécie de amizade com os outros trabalhadores, especialmente com uma menina, chamada de Noodle. Era uma garota esperta e uma leitora ávida, características que agradam Véronique.

⠀⠀⠀Todos ali compartilhavam suas histórias, porém Véronique falava pouco sobre seu passado, contava apenas superficial, do acidente e da volta para cidade, nada mais. Nem mesmo para Noodle, e apesar de alguns a conhecerem como uma bailarina - devido a jornais e rádio, provavelmente ninguém sabia mais sobre nada sobre sua história e reconheciam que ela não queria falar sobre isso. Os fantasmas ainda a assombravam e as cicatrizes permaneciam.

⠀⠀⠀O mundo de Véronique agora era preto e branco, como se uma nuvem de tempestade estivesse pousada sobre sua cabeça e nada seria capaz de dissipar esse clima sombrio. Ou pelo menos era o que ela pensava, até um certo rapaz sonhador e um pouquinho excêntrico, uma espécie de mágico e chocolateiro descer pelo tubo da lavanderia e mudar sua vida para sempre.

⠀⠀⠀Talvez ainda houvesse um fiapo de luz em meia tanta escuridão.

──── 𝒪iê, sweeties. Nunca imaginei que seria tão rápida em publicar um capítulo KKKKKKK. Esse é apenas o prólogo da história e me perdoem se houver alguns erros, estava ansiosa para postá-lo, espero que gostem e desfrutem desse chá e chocolates que os espera! A data, para vocês se orientarem melhor, se trata da metade do século 20.

Comentem bastante e votem nos capítulos se gostarem, eu amo interagir com vocês e isso me incentiva a continuar. Até o próximo capítulo!

━━ sem revisão. ▌🍭

𝐒weetie 𝐊isses, 𝒞𝒍𝒂𝒓𝒚.

© WRITERDREAMXS, 2023.
a doce bailarina.
❛❛ 𝐂OME 𝐖ITH 𝐌E
𝐀ND 𝐘OU 𝐖ILL
𝐁E 𝐈N 𝐀 𝐖ORLD
𝐎F 𝐏URE 𝐈MAGINATION. ❜❜

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