⠀⠀━ 𝐂𝐀𝐏. 2 ❜ a good chocolate.
🩰' 𝒲elcome to 𝒕𝒉𝒆 𝑐𝑎𝑝. 𝒯𝐰𝐨.
ℰ𝐒𝐓𝐀́ 𝐏𝐑𝐎𝐍𝐓𝐎?
𝒞omeçará em
três,
dois,
um!
ℳ𝐄𝐓𝐀 para o próximo capítulo : 60 comentários.
⠀⠀⠀𝒪 𝐃𝐈𝐀 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 se findando na lavanderia Alva & Escovão, e todos estavam fazendo seu trabalho mais lentamente por já estar no fim do expediente. Véronique terminava de pendurar algumas roupas enquanto conversava com Piper e o Sr. Crunch sobre coisas casuais do dia a dia. Haviam lhe perguntado algumas vezes sobre o Sr. Wonka, pois ela havia comentado que o havia visto, enquanto realizava as entregas com Noodle. Ela respondeu vagamente, pois não sabia muita coisa.
⠀⠀⠀— Apenas posso dizer que ele parece deveras misterioso, mas também… não sei, parece ser uma pessoa gentil e… enfim! — ela dizia enquanto dobrava e empilhava as roupas passadas, após terminar de pendurar as outras no varal. — Deve ser muito bom para cair nas armadilhas de dona Alva.
⠀⠀⠀Véronique disse enquanto caminhava com uma cesta vazia até onde as roupas sujas eram jogadas, para apanhar mais algumas e colocá-las para lavar. Ia pegá-las, porém subitamente, ouviu-se um grito distante que foi ficando mais perto e algo - ou alguém - desceu pelo tubo por onde eram jogadas as roupas caindo em cima das mesmas.
⠀⠀⠀A francesa soltou um pequeno grito de surpresa e então a figura se levantou rapidamente e com uma expressão confusa. A loira reconheceu quem era, ao encarar os olhos verdes esmeraldas que estampam confusão e ela abriu um pequeno sorriso.
⠀⠀⠀— Oh, deve ser o sr. Wonka! — ela disse casualmente se afastando do cesto para que ele pudesse olhar o lugar.
⠀⠀⠀— E você? — ele perguntou confuso, a reconhecendo da praça.
⠀⠀⠀— Sou Véronique. Véronique Varenne. — A mulher respondeu colocando o cesto no chão e passando as mãos sobre o avental.
⠀⠀⠀— E eu sou Ábaco Crunch! — o sr. Crunch se apresentou, se levantando da mesa em que estava sentado. — Revisor oficial de contas. Bem, pelo menos era, agora…
⠀⠀⠀— Ele gerencia o lugar! — Piper completou, jogando um pano por cima do ombro e se aproximando de Wonka, que ainda estava no cesto. — É melhor fazer o que ele diz ou vai se ver comigo! — ela estendeu a mão a Wonka, que a segurou e ela o puxou para fora do cesto. — Piper Benz, encanadora.
⠀⠀⠀O olhar do homem percorria o local, surpreso com tudo o que acontecia debaixo dos panos daquela pousada. Ele deveria ter lido as letras miúdas, quer dizer, se soubesse ler. Véronique observava o desenrolar da cena, encostada em uma das pilares e com os braços cruzados, durante um breve momento, os olhares dela e do chocolateiro se encontraram, porém logo foram desviados por ambos.
⠀⠀⠀— Srta. Lottie Bell! — o sr. Crunch indicou a mulher a sua esquerda, que acenou timidamente sem dizer uma única palavra.
⠀⠀⠀— Ela não é de falar muito. — Véronique informou, se aproximando também de Piper e Wonka. — E tem o… — ela ia apresentar o último funcionário quando ele mesmo a interrompeu para se apresentar.
⠀⠀⠀— Laaaaaarry Risadinha! — ele disse alegremente fazendo sua gravata borboleta girar. — Comediante!
⠀⠀⠀O olhar do senhor Wonka se dirigia a cada funcionário quando apresentados, sua mente trabalhando sobre cada um deles.
⠀⠀⠀— Eles pegaram todos vocês também? — o moreno perguntou, - ao que todos assentiram - olhando para o pequeno grupo de azarados que caiu nas armadilhas de dona Alva e Escovão.
⠀⠀⠀— Infelizmente. — o sr. Crunch deu de ombros saindo de trás de sua mesa para se juntar ao grupo.
⠀⠀⠀— Todos nós precisávamos de um lugar barato para ficar e, infortunadamente, não lemos as letras miúdas. — Véronique explicou seu olhar vagando enquanto se lembrava deste momento de tolice.
⠀⠀⠀— Um momento de estupidez seguido por um… eterno arrependimento. — Piper completou, levantando os ombros ao balançar a cabeça.
⠀⠀⠀— Parece até o meu terceiro casamento! — Larry zombou da situação, como péssimo comediante que era, o que resultou em um revirar de olhos de Véronique. Porém ao ver a expressão desamparada do senhor Wonka o comediante se corrigiu arrependido imediatamente. — Desculpa, eu faço isso direto.
⠀⠀⠀— Faz mesmo. — Véronique respondeu franzindo os lábios, seu olhar se abaixando e levantando.
⠀⠀⠀— E muito! — Piper balançou a cabeça em sinal de aquiescência.
⠀⠀⠀O senhor Wonka vasculhou o local com o olhar, aparentemente procurando um jeito de escapar daquela prisão.
⠀⠀⠀— Tem que ter algum jeito de sair. — ele afirmou subindo as escadas, mas parando após ouvir o latido do cachorro.
⠀⠀⠀— Acha que não tentamos? — Piper perguntou.
⠀⠀⠀— Há grades na janela e o cachorro na porta! — o senhor Crunch completou.
⠀⠀⠀— E mesmo que você consiga sair, o contrato é bem detalhado. — a loira informou expressivamente, gesticulando com os dedos. — Se não estiver aqui para responder a chamada, a dona Alva chama a polícia que te trazem de volta e te cobram mais mil soberanos pelo… inconveniente!
⠀⠀⠀— Ah! — Wonka se assustou com o latido do cachorro e soltou um pequeno grito.
⠀⠀⠀Ele desceu as escadas e se juntou novamente ao pequeno grupo, que já retornavam aos seus trabalhos normais após darem as “boas-vindas” ao novo colega de trabalho.
⠀⠀⠀— Muito bem pessoal, de volta ao trabalho! — o senhor Crunch ordenou e todos se voltavam para seus opostos, bom exceto Véronique que ainda observava o homem que descer pelo tubo de roupa suja. — E senhor Wonka, o senhor vem comigo.
⠀⠀⠀E então Véronique já presumiu o que viria e soltou um suspiro pesado, olhando para senhor Crunch enquanto ele empurrava um carrinho de roupa suja.
⠀⠀⠀— Ah não! — Véronique choramingou. — Eu adoro vocês mas não façam isso de novo! — ela colocou as mãos sobre o rosto aborrecida.
⠀⠀⠀— O que, exatamente? — o senhor Wonka se dirigiu até ela, um pouco preocupado com a reação dela sobre a próxima ação de seus novos colegas de trabalho.
⠀⠀⠀— Cantar! — ela respondeu reiterando as mãos do rosto e observando o senhor Wonka ao lado dela com o olhar confuso sobre a resposta da loira e ela deu um pequeno sorriso. — Boa sorte! Vai precisar. — ela arqueou as sobrancelhas misteriosamente e voltou para seu lugar.
⠀⠀⠀— Espera, eu… — Willy tentou chamá-la mas ela não ouviu.
⠀⠀⠀O olhar de Wonka acompanhou Véronique, perdendo-se por um momento em pensamentos enquanto ela voltava ao trabalho. Ele estava curioso, intrigado por algo em seus olhos. Havia algo nela que ia além da situação em que todos se encontravam. Como se ela tivesse um brilho especial que a diferenciava de tudo, ou melhor, não era um brilho, mas a falta dele. Como se ela estivesse apagada e uma nuvem de tempestade sobre a sua cabeça. Era… intrigante.
⠀⠀⠀Ele havia observado isso desde que a tinha visto pela primeira vez na praça, tinha ficado curioso sobre ela e seu olhar desvanecido. E não apenas isso, mas tudo nela lhe passava curiosidade: suas vestes simples mas elegantes, - tal como como o vestido azul que estava vestindo sob o avental - seus cabelos loiros e ondulados, como pequenos fios de ouro, a pele pálida e a expressão melancólica. Então, o senhor Crunch, o despertou de seus pensamentos, ao chamá-lo novamente para apresentar sua função na linha de produção da lavanderia. E é claro, com uma canção!
⠀⠀⠀— O senhor vai ficar na lavagem! — ele explicou entrando em uma sala onde ficavam caldeirões enormes com água, nos quais ele jogou as roupas que se encontravam no carrinho.
⠀⠀⠀— Oh, meu Deus! — o senhor Wonka soltou uma exclamação baixinha ao se deparar com o que ele aguardava.
⠀⠀⠀Então o senhor Crunch começou uma canção sobre o trabalho deles na lavanderia. Véronique suspirou e continuou seu trabalho normalmente observando eles cantando e até assustando um pouco o senhor Wonka. Ele aprendeu o que faria rápido e continuaram com aquela cantoria até a noite.
⠀⠀⠀Véronique não viu Willy novamente, pois ele ficava num setor diferente do dela e a mulher não precisou ir até lá durante esse período de tempo, só voltando a reencontrá-lo quando o expediente se findou e todos se encaminharam em fila para a chamada, após o apito de Escovão soar os chamando.
⠀⠀⠀Ela percebeu que em seu semblante estava estampada a tristeza e seu olhar demonstrava isso grandemente. Olhares podem dizer muitas coisas, através deles podemos enxergar a alma das pessoas. Véronique se compadeceu dele, era o mesmo olhar que estava em seu rosto há alguns anos, quando ela viu seu castelo de sonhos desmoronar a sua frente.
⠀⠀⠀Após a checagem dos empregados por dona Alva e Escovão, todos se dirigiram até a ala dos funcionários, onde foram para os seus quartos e os “chefes” fecharam a grade que separava essa área do restante do local. Haviam dois corredores destinados, um para as funcionárias femininas e outro para os masculinos, os quais abrigavam suas humildes celas - quartos.
⠀⠀⠀Quase ninguém se falava depois de entrarem, pois estavam muito cansados e só pensavam em descansar para enfrentar o dia seguinte e não era diferente com Véronique como já sabemos. Ela retirou o avental que usava e o pendurou em um gancho na parede, logo se jogando na cama e soltando um longo e cansado suspiro.
⠀⠀⠀Permitiu que seus olhos se fecharem por um breve instante, desfrutando da escuridão que cobriu sua visão ao realizar tal ato. Poderia dormir naquele instante, mas ainda tinha que jantar aquela gosma que Noodle trazia, por ordem de dona Alva. Ela não havia comido nada desde aquela noite, em que havia deixado de jantar. Fazia muito tempo, é verdade, mas durante sua carreira como bailarina ela já havia enfrentado situações piores.
⠀⠀⠀A falta de alimentação não lhe afetava, apesar do aspecto frágil de seu corpo, aprendera isso no mundo do balé, pois é, nem tudo são flores, na teoria é algo, mas na prática é outra e Véronique aprendeu isso da pior maneira possível. Para manter a forma, os produtores dos balés obrigavam os bailarinos a ficar dias sem comer ou apenas comendo coisas leves como folhas e tomando água. Então ela acabou criando um tipo de “resistência” contra isso. Um pouco - ou muito - traumático, não?
⠀⠀⠀Seus pensamentos foram interrompidos quando dirigiu seu olhar para a mesa num canto do quarto e avistou sobre ela uma carta. Se levantou imediatamente, pois não se lembrava de ter recebido alguma coisa no dia e com certeza ela não havia deixado uma carta ali. Nunca havia recebido cartas desde que chegara a lavanderia, dona Alva não deixava seus funcionários ter qualquer contato com alguém, pois poderiam estar mandando dinheiro ou coisa parecida e ela perderia seus empregados.
⠀⠀⠀Então isso provavelmente foi obra de Noodle, a garota deve ter recebido as cartas no dia e encontrado a carta para Véronique, possivelmente surrupiando a carta para poder entregar a amiga, mas como não a encontrou no quarto deixando a carta sobre a mesa.
⠀⠀⠀Porém ainda era um mistério quem havia mandado a carta, era pouco provável que sua família estivesse enviado algo ou que alguém da sua época de bailarina havia a procurado. Além do mais, como a haviam encontrado? Principalmente por estar “escondida” na lavanderia e quem quer que tivesse enviado a carta teria que ter procurado seu endereço. Era estranho.
⠀⠀⠀Véronique se levantou da cama e foi até a apanhando a carta com curiosidade e examinou o envelope em busca de pistas sobre a identidade do remetente. O papel tinha uma textura comum, nada extravagante, mas nas letras, estava o nome dela escrito com elegância. Até que bem pequenininho, ela encontrou na parte inferior do envelope, escrito em letras miúdas: Frederick Stanford.
⠀⠀⠀— Stanford? — ela se perguntou examinando o envelope o virando em suas mãos. — Mas… esse nome não é me é estranho…
⠀⠀⠀Subitamente uma pequena figura irrompeu pela porta de Véronique a assustando e deixando a carta cair no chão. Felizmente era apenas Noodle, que possuía um sorriso largo no rosto e um brilho nos olhos. Como um raio de esperança.
⠀⠀⠀— Noodle? Que bom que você chegou. Você sabe sobre essa carta- — a loira perguntou a menina, porém foi interrompida pela mesma que tinha a voz animada.
⠀⠀⠀— Véronique! Você precisa vir comigo. Talvez contos de fadas realmente existam. — a garota disse sorrindo e intrigando Véronique cada vez mais enquanto puxava a mais velha pela mão para fora do quarto.
⠀⠀⠀— Você tem certeza que está em plena sanidade, Noodle? Acho que a comida da Alva está afetando suas capacidades mentais. — Véronique brincou um pouco com a amiga. — Do que está falando?
⠀⠀⠀— Dele. — Noodle e Véronique chegaram a porta de um quarto do outro corredor e ao olhar para dentro a francesa se deparou com a silhueta de um homem alto, pele pálida como a sua, cabelos cacheados negros e… olhos esmeraldas lampejantes.
⠀⠀⠀O senhor Wonka.
⠀⠀⠀Ao ver Véronique, ele abriu um pequeno sorriso, fazendo seus olhos se enrugarem levemente e duas pequenas covinhas surgirem em suas bochechas. Uma visão iluminadora na penumbra do quarto, que estava em situação tão decadente quanto o de Véronique.
⠀⠀⠀— Ela pode transformar o Escovão num aristocrata! — Noodle disse para Wonka, arrastando Véronique para dentro do aposento.
⠀⠀⠀— Não estou entendendo, Noodle. Por que transformar o Escovão em um aristocrata? — a loira perguntou confusa, franzindo as sobrancelhas em sinal de desentendimento.
⠀⠀⠀— Bom, é que eu e o senhor Wonka temos um plano! E precisamos de você. — ela gesticulou com as mãos para ela e Wonka e em seguida para Véronique.
⠀⠀⠀Véronique piscou, surpresa com o que estava acontecendo e sem entender muita coisa, porém tentou manter a calma e pediu para Noodle lhe explicar lenta e claramente o que estava acontecendo.
⠀⠀⠀E então a menina explicou o que ela e o misterioso senhor Wonka estavam planejando. Assim que terminou de ouvir, Véronique admitiu estar um tanto surpresa com o que pensaram e por mais que não dissesse nada, para não magoar Noodle, ela achava que aquilo tinha grandíssimas chances de dar errado e entrarem em uma situação pior do que já estavam.
⠀⠀⠀— Bom, eu… — Véronique oscilou sobre os olhares de Noodle e do Sr. Wonka, sentindo mal se recusasse a ajuda. Mas ela não gostava de se iludir, nem se manter com sonhos de algo que poderia ou não acontecer. Porém, apesar de tudo, ela detestaria magoar Noodle, aquela menina era muito importante para ela. Odiaria fazer algo que a pudesse deixar triste.
⠀⠀⠀— Eu aceito! — ela disse por fim, com um sorriso franzido.
⠀⠀⠀Noodle bateu palminhas de empolgação enquanto Willy olhou para Véronique com um sorriso de agradecimento. A loira se sentiu bem por estar ajudando eles, mas não tinha esperança alguma de que aquilo daria certo.
⠀⠀⠀— Bom, então se vamos fazer isso precisamos pensar. — ela se sentou na cadeira que havia ali e colocou as mãos no colo. — Há muita coisa que envolve fazer alguém como o Escovão parecer um aristocrata. Tem que haver uma história, como iremos abordar isso para a dona Dalva, entre outras coisas.
⠀⠀⠀Enquanto falava, Véronique gesticulava, uma das coisas que ela gostava era de estar no controle da situação e administrar e organizar tudo minuciosamente. Ela sentia que apenas desta forma tudo poderia sair como planejado, se fosse avaliado nos mínimos detalhes. Willy olhava para ela fascinado com sua determinação.
⠀⠀⠀— E a sorte é que não durmo com facilidade, então terei bastante tempo para pensar.
⠀⠀⠀Noodle soltou um breve bocejo e se levantou de onde estava, se esticando.
⠀⠀⠀— Já está ficando tarde, acho que vou para a cama. Nos falamos amanhã de manhã. Boa noite, sr. Wonka. Boa noite, Véro! — a garota deu um abraço na mais velha que retribuiu e acenou para Willy, logo após saindo do quarto.
⠀⠀⠀Véronique soltou um suspiro, quase se esquecendo que o sr. Wonka também estava no quarto, ou melhor, que o quarto era dele.
⠀⠀⠀— No que está pensando, srta. Varenne? — ele perguntou gentilmente, puxando um assento para se sentar mais próximo a loira.
⠀⠀⠀— Sinceramente, sr. Wonka, — Véronique proferiu, olhando para o homem ao seu lado, que possuía um olhar brilhante. — acha mesmo que esse “plano” vai funcionar? As chances são quase nulas. Eu estava pensando nisso, mas não queria acabar com as esperanças de Noodle.
⠀⠀⠀— Bom, primeiramente, pode me chamar de Willy, por favor, e segundo: se vai funcionar ou não? A vida é feita de riscos, mas temos que manter as esperanças, certo? Afinal, é para isso que existem os sonhos. — Willy ponderou, com um sorriso suave, seu olhar fixo nos olhos escuros de Véronique.
⠀⠀⠀— Sinto muito mas terei que discordar… Willy. A propósito, pode chamar de Véronique, ou Véro, como a Noodle costuma me chamar. — Véronique deu um sorriso, estava se divertindo em conversar com o tão enigmático senhor Wonka, que parecia estar conhecendo cada vez mais. — Sonhos são para a hora de dormir, quando nos arriscamos nesse mundo… estamos sujeitos a nos machucar e aprendemos da pior maneira que em um mudo como o que vivemos, é impossível manter os sonhos vivos.
⠀⠀⠀Willy estava fascinado pela mulher a sua frente, da maneira como ela falava, parecia que ela em algum momento havia sido contagiada pela magia dos sonhos. Alguma nuvem de tempestade tampou esse sol que aparece em sua vida, restando apenas raios e relâmpagos, como num dia seco e nublado.
⠀⠀⠀— Minha mãe costumava dizer que todas as coisas boas desse mundo começaram com um sonho, então por isso não deveria desistir do meu. — seu olhar se desviou de Véronique e fitou a mala à sua frente. — E é por causa dela que estou aqui. Através do meu chocolate, eu espero transformar nem que seja um pouquinho o mundo, para algo melhor. É um sonho.
⠀⠀⠀Véronique pôde enxergar um pouco mais dele, Willy com certeza era uma pessoa cheia de mistérios mas conseguiu enxergar nele algo em que podia compreender e até mesmo uma luz que mesmo que ela ainda não sabia, mas iria iluminar a escuridão que estava presente em si. Meus queridos leitores, Noodle não estava tão errada quanto ao príncipe que viria, Véronique atenas não havia percebido isso, - e muito menos o esperava - pois ele havia vindo de navio e não num cavalo branco, estava envolto num sobretudo vinho, no lugar da armadura, e sua cabeça abrigava uma cartola, ao invés de uma coroa. E por fim, em vez de carregar um escudo e uma espada, ele carregava uma bengala e uma mala para fabricar chocolates.
⠀⠀⠀Particularmente, eu acredito ser bem melhor do que um príncipe.
⠀⠀⠀— Eu sinto muito por sua mãe, Willy. — Véronique disse lentamente, escolhendo bem suas palavras e oferecendo um sorriso compreensivo. — Mas não entendo como fabricar chocolates pode mudar o mundo.
⠀⠀⠀Willy abriu um sorriso, se divertia com Véronique e sua sinceridade.
⠀⠀⠀— Obrigado Véronique, é graças a ela que sou o que sou. — ele tinha uma expressão melancólica porém foi logo recoberta por um sorriso desafiador. — Mas não faço apenas chocolates, senhorita. Sou um mágico, um fabricante de sonhos. — ele afirmou, um toque de drama em sua voz que fez Véronique dar um sorriso. — Deveria experimentar meus chocolates e ver por si só como eles podem mudar o mundo. Noodle os adorou, e vai ter um suprimento vitalício deles como parte do acordo, também posso lhe ofertar um, caso goste.
⠀⠀⠀— Oh! — Véronique deu uma leve risada, algo raro, que apenas quem convive com ela sabe o quanto é difícil que ela ria e por todos os chocolates do mundo! Aquele era o som mais lindo que Willy já havia ouvido, tão melódico quanto o chilrear dos pássaros pela manhã. — Sinto muito, mas terei que recusar sua oferta, Willy. Eu não como chocolate.
⠀⠀⠀— O quê? — Wonka exclamou indignadíssimo, como alguém poderia se submeter a tão tamanha tortura? Até entendia nunca ter provado dessa maravilha, mas escolher não comer. — Isso é um ultraje! Por que você tomou essa terrível decisão?
⠀⠀⠀— Digamos que tem a ver com a minha terrível relação com o mundo dos sonhos. — Véronique respondeu mantendo um ar de mistério.
⠀⠀⠀A ex-bailarina havia parado de comer chocolates também devido a circunstâncias de sua carreira, os bailarinos não podiam comer muitas guloseimas também, principalmente chocolate. Já que o mesmo aumentava a gordura do corpo, o que não deveria de modo algum acontecer e fazia mal a pele, afetando a estética dos bailarinos da companhia. Assim, com o passar dos anos, ela perdeu o gosto por comer tal doce e o eliminou de sua vida. Véronique intrigava Willy, como as páginas de um livro antigo, cheio de segredos e mistérios.
⠀⠀⠀— Parece que não teve um experiência muito boa com esse fantástico mundo. — Willy respondeu franzindo um pouco as sobrancelhas, um pouco curioso pra saber oq eu havia ocorrido com Véronique, mas percebeu que ela não queria falar e não iria fazê-la contar, se ela quisesse talvez alguma hora lhe contaria.
⠀⠀⠀— Podemos dizer que não é tão fantástico quando a realidade cruel destrói o castelo encantado de sonhos que possuía. Costumo dizer como li num livro certa vez, que minha vida é um perfeito cemitério de esperanças enterradas. — a loira disse, também acrescentando um pouco de drama em sua fala. — Talvez algum dia eu lhe conte esta assustadora e deprimente história. — ela deu um sorriso misterioso em direção aos moreno a sua frente.
⠀⠀⠀— E eu estarei esperando, Véronique. — o chocolatier retribuiu o sorriso. — Mas creio que eu possa ter algo que irá trazer um pouco de luz a esse cemitério. Se me permitir, é claro.
⠀⠀⠀— Bom, — Véronique ficou pensativa, ponderando sobre o que iria fazer. Talvez sair um pouco de sua rotina não iria fazer tão mal assim. — suponho que um pequeno desvio do meu padrão não será tão prejudicial assim. — ela deu um pequeno sorriso a Willy que sorriu também, animado com o que poderia criar para Véronique Varenne.
⠀⠀⠀Ela era tão misteriosa, o que se passaria por sua mente e coração? O que ela precisa de fato? Ele poderia apenas supor, porém de alguma forma, ele sente ao que sabia exatamente que ela necessitava. Lembra o que eu disse a respeito das almas? Pois então, queridos leitores, aí está.
⠀⠀⠀Willy apanhou alguns ingredientes na mala - também conhecida como fábrica de chocolate para viagem - e se pôs a falar animado, nada lhe deixava mais feliz do que preparar chocolate, ainda mais para alguém tão especial quanto aquela francesa. Apesar dela não ter falado sobre sua terra natal, ele já esteve por lá algumas vezes e pode perceber pelo inglês de Véronique, alguns vestígios do sotaque francês.
⠀⠀⠀— O que será que a senhorita precisaria? Que tal alguns raios de sol da aurora, para iluminar sua vida e como são do amanhecer podem significar novos começos e… esperanças! — ele deu um sorriso travesso, piscando para Véronique que revirou os olhos de brincadeira. Havia uma conexão entre eles, algo intangível que apenas os olhos mais atento poderiam captar, era… encantador. — Acho que também algumas gotas de um arco-íris irlandês lhe fariam bem, além de uma pitada de estrelas da abóbada celeste para trazer um pouco de magia para sua vida.
⠀⠀⠀Ele colocava os ingredientes em um pequeno espiral e tudo corria de forma tão mágica e encantadora que é quase impossível explicar esse processo. Véronique observava admirada a forma como ele administrava os ingredientes e em como a fábrica trabalhava. Eram ingredientes um pouco… peculiares! E como ele os encontrou? Era como se fosse magia, e Véronique não duvidava tanto quanto antes de que houvesse mesmo um punhado de mágica no meio disso tudo.
⠀⠀⠀Seus olhos percorreram a fábrica até que apareceram em uma pequena barra de chocolate, estava em um caixa fechada, com um aspecto antigo e estava escrito Wonka em uma letra elegante e floreada.
⠀⠀⠀— Foi você que fez? — ela indicou a barra, perguntando a Willy e capturando a atenção do mesmo, enquanto o chocolate de Véronique estava sendo preparado.
⠀⠀⠀— Não, foi minha mãe. Ela era uma cozinheira. — ele abriu um sorriso com um sentimento nostálgico em seu olhar e começou a contar para Véronique. — Nós morávamos em um rio, apenas eu e ela. E me lembro que eu costumava fazer várias coisas para impressioná-la, na época eu queria ser um mágico. — ele soltou um leve riso. — Eu fazia de tudo para impressionar ela. Não tínhamos muito dinheiro, mas toda semana ela trazia um cacau para casa para que no meu aniversário ela tivesse o suficiente para fazer uma única barra de chocolate. E aquele era o melhor chocolate do mundo, ela disse que tinha um segredo, mas infelizmente eu nunca descobri. — seu olhar assumiu um tom triste e de alguma forma isso cortou o coração de Véronique, querendo poder tomá-lo e colocá-lo em um pote, para impedir de que toda a maldade do mundo viesse até ele.
⠀⠀⠀— Algum tempo ela ficou muito doente e tudo o que me restou foi apenas a barra de chocolate dela. — Willy soltou um longo suspiro. — Por isso que estou aqui, para voltar a me sentir como naquela época novamente, comendo chocolate com ela. — E uma pequena janela, num dos cantos da mini-fábrica que contava a história de Willy com imagens, se fechou. — Ela prometeu que quando eu mostrasse meu chocolate para o mundo ela estaria ao meu lado e eu sei que pode ser loucura mas, eu sempre esperei que ela cumprisse essa promessa e talvez, até me contar seu segredo.
⠀⠀⠀Véronique enviou um pequeno sorriso reconfortante a ele, que ele retribuiu.
⠀⠀⠀— Eu acredito que ela estaria orgulhosa de você, WIlly. Olha só, está fazendo uma pessoa cética que não comia chocolate provar o seu e até mesmo acreditar um pouco na magia. — a loira disse, não fazia ideia de onde havia tirado aquelas palavras, mas com ele, parecia tão natural e… fácil de ser dito.
⠀⠀⠀Willy sorriu com as palavras da francesa e sentiu seu coração aquecer com a gentileza dela, sempre confiou na bondade de estranhos e isso o havia levado a essa situação na lavandeira, porém, era tão fácil confiar em Véronique, sentia que apesar de tudo, ela podia compreendê-lo assim que ele podia entendê-la. Mágico.
⠀⠀⠀Um apito soou na pequena fábrica e Willy puxou uma alavanca que logo após revelou um pequeno chocolate em formato de sol, com um brilho dourado. Ele estendeu a mão e o pegou oferecendo a Véronique.
⠀⠀⠀— Vamos, prove! — ele a encorajou com um sorriso ansioso, esperando pela reação de Véronique.
⠀⠀⠀Ela pegou o chocolate, seus dedos se roçando levemente no ato, enviando uma pequena e estranha corrente elétrica a ambos. Véronique encarou o pequeno doce em sua mão, era tão bonito que até dava receio de o comer, por estragar tão bela obra de arte. O aroma era tentador e pungente. Ela levou aos lábios e deu uma pequena mordida, um turbilhão de sabores invadiu-a, assim como sentimentos, seus olhos chegaram até a se iluminar, algo que muito tempo não acontecia.
⠀⠀⠀— Isso é… mágico! Uma mistura de sabores que se encaixam perfeitamente. Baunilha, um toque de coco e… isso são raspas de limão? — ela estava encantada, como um chocolate poderia proporcionar tantos sentimentos? Willy certamente seria um dos maiores fabricantes de chocolate de todos os tempos, senão o maior. E naquele momento, todas as chances de que o plano desse errado eram quase nulas na mente de Véronique, pois ela havia sido invadida por algo muito maior: a esperança.
⠀⠀⠀Um sorriso largo tomou conta do rosto de Willy ao ver a aprovação de Véronique, e a forma como ela falou era tão linda e… céus! O que era isso que ele estava sentindo?
⠀⠀⠀— Eu te disse. — ele finalizou com um falso ar arrogante para Véronique e ela revirou os olhos com uma risada. Que som lindo, Willy pensou fechando os olhos saboreando a música que era a risada de Véronique.
⠀⠀⠀Ela terminou de comer o chocolate e seus ainda tinham o brilho que ele havia trazido. Um sorriso estampava seus lábios e ele podia iluminar toda aquela sala.
⠀⠀⠀— Você é definitivamente um mágico, Willy Wonka. Eu tenho certeza que sua mãe estaria muito orgulhosa de você. — ela sorriu, seu cabelo ondulado solto e emoldurando seu rosto, a luz amarela da lamparina iluminando-a e seus olhos escuros e profundos. Ainda uma beleza que transmitia melancolia, mas agora, havia alguns vestígios de luz e esperança em seu olhar. Aquela era uma visão tão bela que Willy queria tirar uma foto para guardar para sempre. — Me desculpe por te manter acordado até essa hora, a insônia sempre me deixa acordada até altas horas da madrugada. E ainda nem falamos do plano!
⠀⠀⠀— Não se preocupe! — ele deu uma pequena risada. — Também costumo ficar acordado até tarde, toda noite eu deito na cama, porém um milhão de sonhos me mantém acordado. Eu penso no que o mundo poderia ser. Um que eu poderia fazer.
⠀⠀⠀— Digamos que um milhão de pesadelos me mantém acordada. — ela deu um sorriso franzido suspirando, o brilho desaparecendo um pouco de seu olhar, mas nunca invisível. — Gostaria de pensar como você, mas a lei do mais forte permanece.
⠀⠀⠀— E não gostaria de mudar isso? — Willy perguntou replicando-a. — Viver em um mundo em que nós projetamos?
⠀⠀⠀— Isso é impossível, Willy. — Véronique disse sendo realista, apesar do chocolate mágico, ela ainda guardava as mágoas do passado.
⠀⠀⠀— É para isso que existem os sonhos, apesar de tudo. — o moreno finalizou olhando para Véronique.
⠀⠀⠀Ambos se olharam por alguns segundos, um silêncio pode revelar, mesmo que por alguns segundos, uma conexão mútua que mesmo que não percebessem havia entre eles. Porém o olhar foi quebrado e os dois desviaram seu olhar para outra coisa.
⠀⠀⠀— Eh… deveríamos falar sobre… o plano! — Véronique sugeriu, estranhamente interessada em seus sapatos.
⠀⠀⠀— Eh… concordo. — Willy assentiu, arrumando os ingredientes.
⠀⠀⠀Começaram então a discutir sobre o que fariam e pela manhã informaram Noodle, Também falaram um pouco sobre como chegaram até a encurralada de Alva e Escovão. Willy chegou até mesmo a falar que não sabia ler, por isso não prestou atenção às letras miúdas do contrato e isso comoveu Véronique. Percebeu a dedicação dele em aprender sobre o chocolate e por isso era tão bom, melhor que os chocolates da Galeria Gourmet que possuíam apenas status. Ela até mesmo falou um pouco sobre seu passado, mas apenas vagamente, ainda não estava pronta para falar abertamente sobre isso. Também falaram sobre o que aconteceu na praça mais cedo, com os aerochocs e tudo mais.
⠀⠀⠀Decidiram como tudo ocorreria e Véronique riu de algumas partes do plano, seria um show de comédia, melhor que o de Larry, é claro! É incrível que em apenas algumas horas com alguém, havia sido criada uma conexão tão incrível, porém e se essa ela já houvesse antes mesmo de se conhecerem? O que algumas pessoas chamam de acaso, eu chamo de destino. Almas que estavam predestinadas a se encontrarem desde o nascimento. E não necessariamente num quesito romântico, o conceito de almas gêmeas vai muito além disso. São pessoas com as quais você sente que pode falar sobre qualquer coisa. Pode ser qualquer um, mas irá surgir subitamente e marcará a sua vida para sempre.
⠀⠀⠀Após algum tempo, já estava tudo pronto e já iam se despedir. Mesmo que inconscientemente, ambos não queriam que aquela noite acabasse, mas algumas coisas são muito maiores que sua consciência e Véronique já havia se levantado para ir para seu quarto. Willy se levantou junto com ela e deu um sorriso sincero.
⠀⠀⠀— Foi um prazer te conhecer, Véronique. — o moreno pegou a mão de Véronique e a levou até os lábios, deixando um breve beijo no nó de seus dedos. — A senhorita é uma peça peculiar e misteriosa, apesar do realismo. — ele deu um sorriso travesso soltando a mão da loira e Véronique ficou sem palavras, mais um evento raro, porém essa noite já haviam ocorrido muitas coisas incomuns.
⠀⠀⠀— Digo o mesmo de você, Willy. — apesar da repentina falta de palavras, ela já havia se recuperado e devolveu o sorriso ao chocolatier. — Boa noite!
⠀⠀⠀— Boa noite, Véronique… bons sonhos! — Willy se despediu não conseguindo evitar a piada, o que fez Véronique revirar os olhos, mas ela tinha um sorriso em seu rosto.
⠀⠀⠀Véronique saiu para fora do quarto e o moreno a observou sair, as mãos nos bolsos e após ela desaparecer da vida, ele se virou e ainda tinha um sorriso no rosto. Encantou as sombras dançantes na parede e mesmo com uma cama quebrada, ele sabia que teria uma bela noite de sono. O som da risada de Véronique ainda ecoava em seus ouvidos, e a visão dela ao provar seu chocolate era algo que nunca esqueceria. Céus, seja lá o que estivesse acontecendo com ele, era mágico e até peculiar, mas felizmente eram duas coisas que ele já estava acostumado.
⠀⠀⠀Já a francesa, ainda possuía um pouco de luz em seu olhar e um leve rubor em suas bochechas ao caminhar para seu quarto no corredor ao lado, ela passou pelo quarto de Noodle e espiou a menina pela fresta da porta. Ela dormia tranquilamente e havia uma sombra de um sorriso em seu rosto, algo que fez os lábios de Véronique se curvarem levemente e seu coração se aquecer, como aquela criança era importante para ela.
⠀⠀⠀Ao entrar no seu quarto novamente, fechou a porta e nem reparou na carta que havia recebido mais cedo, só havia uma coisa em sua memória: o chocolate de Willy e todos os momentos que havia passado anteriormente. Estranho, mas ela escolheu ignorar isso e tomou por ser apenas consequência de ter gostado bastante do chocolate de Wonka.
⠀⠀⠀"Que chocolate bom!" Véronique pensou, após se trocar. Não comeu aquela gororoba, o chocolate já havia a satisfeito bastante e a carta, bom, havia sido jogada para o fundo de sua memória assim como estava jogada ao pé da mesa. Ao se deitar na cama, os olhos de Véronique ainda carregavam a luz do dia que ele havia trazido e bem, queridos leitores, talvez eu não esteja falando do chocolate.
⠀⠀⠀Naquela noite, - ou o que restava dela - depois de muito tempo, Véronique havia dormido tranquilamente e os fantasmas não a haviam assombrado.
──── 𝒪lá, meus sweeties. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Bom, já chegou o capítulo dois! Aqui eu mostro que leitor meu não vive de migalhas!! Amei as interações do Willy e da Véronique, eles são tão- 🥹🤏
Também deixei algumas referências no decorrer do capítulo, de duas músicas e um livro. Espero que tenham gostado e comentem e votem bastante, eu adoro responder os comentários de vocês. 🫶 Um feliz ano novo pra vocês, que ele seja muito feliz e cheio de vitórias, sem traumas e sem se iludir por perosnagem fictício (vamo fingir que eu não esqueci de desejar 🤡
Tenho novidade!! Quando chegarmos a 5k, vou postar uma pack de memes da fanfic. Então marquem muita gente para poder chegar a meta! Bom, é isso e se deliciem com música clássica, chocolate e balé. Até a próxima!
🍫' interação: vocês encontraram as referências? qual a casa de hogwarts de vocês?
━━ sem revisão. ▌🍭
𝐒weetie 𝐊isses, 𝒞𝒍𝒂𝒓𝒚.
© WRITERDREAMXS, 2023.
a doce bailarina.
❛❛ 𝒞OME 𝐖ITH 𝐌E
𝐀ND 𝐘OU 𝐖ILL
𝐁E 𝐈N 𝐀 𝐖ORLD
𝐎F 𝐏URE 𝐈MAGINATION. ❜❜
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