NuVeNs ☁
NARRADOR: LOUIS TOMLINSON
Depois da tão trágica noite de ontem, acordo meio desajeitado, com uma dor no pescoço.
Tiro o fino lençol de cima de mim, revelando o meu corpo coberto com a mesma roupa do dia anterior. Então, num ápice, levanto-me e caminho até ao banheiro, abro logo a torneira do duche e entro rapidamente.
Logo após isso, tento arrumar-me o mais depressa possível e opto por tomar o pequeno-almoço (café da manhã) numa pastelaria.
Do bolso da minha jaqueta tiro o meu iPhone, procuro os contatos recentes e telefono ao Harry.
Pi... Pi... Pi... Este número não tem o voicemail ativo. Tente mais tarde ou deixe uma mensagem.
— Merda, Harold... - murmuro e, enquanto isso, estendo o meu braço, fazendo sinal ao taxista. — Centro de NY city, por favor.
(...)
Chamo um elevador e subo até ao meu apartamento.
Ao chegar em frente à porta do nosso quarto, rodo a maçaneta e adentro, vendo Harry embrulhado nos lençóis rendados da nossa cama.
— Hum, Louis? - ouço os seus murmúrios. — Que horas são?
— Quase nove da manhã.
— O que estás aqui a fazer? - observo-o a esfregar os seus olhos verdes, acabados de acordar.
— Vim buscar-te! - delicadamente, aproximo-me dele, estendendo-lhe uma rosa vermelha.
— Louis? - Harry levanta-se. — Como assim vens "buscar-me"?
— Temos um vôo em duas horas, amor. - mesmo sem querer dar o braço a torcer, eu consigo perceber um ligeiro sorriso nos seus lábios.
— O que queres dizer com isso?!
— Que... Uhm... Tens que te vestir, arrumar uma mala e não te podes esquecer do mais importante... - agarro as suas mãos. — Eu amo-te.
— É... - o seu olhar desvia-se do meu, indo até ao chão e logo do mesmo até aos meus olhos. Ele sorri. — Eu também, Lou... Mas...
Eu sei o que ele diria mas, por isso mesmo, interrompo-o, beijando-o.
— Não vamos perder este vôo, não é mesmo? - ele diz e corre para o closet.
(...)
No avião privado
O meu marido ainda não faz ideia de qual seja o destino para o qual iremos passar mais de uma semana e, desde que estamos nos céus azuis, ele ainda não parou de tentar adivinhar o país ou, até mesmo a cidade para a qual nos dirigimos.
— Já sei! Espanha! Eu amo Espanha!
— Não é, Harry! - gargalho. — Boa tentativa, mas estás longe...
Um homem fardado de preto passa por nós e ao nosso lado, fala:
— Mr. e Mr. Stylinson, desejam alguma bebida ou uma refeição?
— Sim, Mr. Dallas! Pode trazer para entradas dois pratos de saganaki e uma taça de tzatziki, por favor! - rio-me, pois vejo um olhar confuso vindo de Harry.
— Tzat quê?! - ele pergunta-me.
— Tzatziki! É um creme típico do país para onde vamos!
— Já sei, Lou! Vamos para a Turquia!
— Longe disso, amor! - por cima da mesa, brinco com os seus dedos. — Quando lá chegarmos verás!
Entretanto, ao fundo, vejo Dallas a aproximar-se de nós, com um tabuleiro pousado equilibradamente na sua mão e, no ombro, uma toalha branca que faz contraste com o seu terno preto.
Ele pousa cada peça de loiça na mesa e, logo após, serve uma taça de champanhe a cada um de nós.
— Obrigado! - sorrio agradavelmente.
— Para prato principal o que será?
— Moussaka. - dito isto, o homem gira em torno dos seus calcanhares e volta aos seus aposentos.
— Uau... - o cacheado puxa o seu telemóvel do bolso.
— Harreh! - digo, histericamente, roubando o aparelho das suas mãos. — Isso é batota!
— Pronto, pronto! - ele brinca, colocando os seus braços no alto, em sinal de rendição.
Após o momento de gargalhada e alguma descontração, o ambiente torna-se silencioso.
— Amor? - chamo-o e recebo, logo de seguida, o seu olhar. — Desculpa por tudo, desculpa pelos meus erros, todo o stress, tudo... Eu sei que não tenho sido o melhor marido do mundo, mas eu juro que vou tentar ser melhor... Não por mim... Por nós.
Por incrível que pareça, ele esboça um sorriso:
— Eu não posso dizer que esteja tudo bem, agora, entre nós, mas desde que aquilo aconteceu eu não parei de te amar e, eu espero, tu não paraste, também, de me amar. - a minha mão é agarrada, com força, pela sua. Sinto os seus anéis, a textura macia da sua pele. Ele leva o seu indicador até às âncora, a tatuagem no seu pulso. — Isto é o nosso amor e ele está gravado nas nossas peles.
No momento em que eu estou quase a derramar a primeira lágrima que está pendurada na linha D'Água do meu olho, Dallas aparece.
— As suas refeições, senhores! - pousando-as, ele sorri e desaparece.
Sem mais nem menos, pegamos nos talheres e, com o delicioso cheiro a entranhar-se nos nossos narizes, começamos a comer a deliciosa lasanha de carne e vegetais.
— Hum, isto é realmente bom! - com a boca cheia, Stylinson tenta falar.
— Pois é! - limpo a minha boca e levanto a taça de champanhe. — Ao nosso amor.
Ele, após engolir a comida, faz o mesmo. — Ao nosso amor! - afirma e, em conjunto, bebemos um gole da bebida.
(···)
Já a pouca distância do chão, as nuvens deixam de ser uma barreira e é-nos possível avistar das janelinhas do avião pequenos pontos brancos e azuis, outros coloridos e um extenso mar claro acompanhado de uma costa rochosa.
— Lindíssimo, amor! - antes à minha frente, ele levanta-se e senta-se no meu colo, olhando para o exterior. — É Santorini!
— SIM! - beijo os seus cachos, a sua orelha, a sua bochecha, o seu maxilar e, por fim, os seus lábios. O beijo é correspondido e, nesse momento, sinto o avião a roçar o chão.
Continua...
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