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74-The Climb- Miley Cyrus.

A voz de Burke não recuperou totalmente, mas a sua amizade com Érica cresceu de forma exponencial, o que me surpreendeu bastante. Ela ajudava-o com a questão da voz e do casamento.

Hoje seria mais um dia em que ia chegar mais tarde a casa, pois tinha dois corpos na morgue para examinar para a pesquisa de desenvolvimento de um novo órgão artificial.

Marie, veio ter comigo até ao laboratório construído para esse fim, e liga o microfone.

— Olá mãe, podemos falar? — perguntou ela, e eu acabei por tirar a bata que estava a usar e pedir à residente para continuar a fazer os testes.

— O que veio aqui fazer? — perguntei enquanto desinfetava as mãos.

— Vim ver-te e queria saber como está a correr a pesquisa? Estou muito entusiasmada, ainda por cima é o nosso segredo... — disse Marie, sorrindo.

— Devagarinho quase parando! — olhei para ela meio desanimada.

— O que é isso, mãe? Que desânimo é esse? — perguntou Marie, preocupada.

— Apenas cansaço, é muita coisa... Deixa, você ainda é nova! — disse eu, enquanto a pequena revirava os olhos.

— Mas mãe, nós já conversamos sobre isso. Você não precisa fazer tudo sozinha, podemos dividir as tarefas. Eu posso ajudar com a pesquisa também! — disse Marie, com determinação. — Mãe?! — ela fez uma cara de quem vai lançar bomba.

— O que se passa, Marie? — perguntei preocupada.

— Bem, eu acho que você vai perder o tio Burke, você passa muito pouco tempo a tomar conta dele e da festa do seu casamento. Érica tem ido lá a casa todos os dias para ajudá-lo. — disse Marie, com um olhar preocupado.

— Qual o seu medo, Marie? — perguntei, olhando nos olhos dela.

— Tenho medo de que você fique tão absorvida com a pesquisa que acabe negligenciando outras coisas importantes em sua vida, como a saúde do tio Burke e seu próprio casamento. — respondeu Marie com um tom de preocupação.

Marie está mais entusiasmada com o casamento do que eu, que preferia ficar no hospital do que ir para casa.

— Marie, se perder o tio Burke não será a primeira vez que o perco, eu não tenho medo de perder namorados ou casamentos, não é algo que me defina como pessoa. — disse eu, enquanto ajeitava o cabelo dela. — Se ele e a Érica estão se dando bem, bom para eles! Eu estou a dar-me bem com os meus corações.

— Mãe, você ainda ama o tio Burke? — perguntou ela diretamente, deixando-me sem resposta.

— Marie, eu sempre vou amar o tio Burke, mas isso não significa que temos que ficar juntos para sempre. As pessoas mudam, as circunstâncias mudam e nem sempre podemos controlar essas mudanças. O importante é que tenhamos amor e respeito uns pelos outros, mesmo que as coisas não saiam como planeado. — respondi, tentando transmitir tranquilidade.

— Volto a perguntar, mãe, você ama o tio Burke? Quem ama preocupa-se quando há a possibilidade de ser traída. — disse Marie, preocupada.

— Não estou preocupada com a possibilidade de ser traída. — sorri. Realmente eu não estava, para mim até era bom, mas não queria entrar em detalhes com Marie.

— É por causa do Raymond Reddington, não é? — perguntou Marie.

— Que pergunta foi essa? — perguntei levantando-me do banco em que estávamos sentadas.

— Só fiz uma pergunta, porque tanto incômodo?!

— Não é um incômodo, Marie. É só que não tem nada a ver com o Reddington. Eu simplesmente não me sinto pronta para organizar festas de casamento, eu amo o Burke...

Pelo menos era o que achava.

— Mas talvez as coisas tenham mudado. — respondi, sentando-me novamente.

Marie olhou para mim com um olhar desconfiado.

— Mãe, eu te conheço. Sei que alguma coisa está acontecendo e você não está me contando tudo. Por que não confia em mim?

— Tu tens 9 anos, não tens idade para meteres-te na minha vida.

Marie cruzou os braços e não respondeu mais, mostrando que estava chateada comigo.

— Você vai acabar sendo traída pelo seu noivo.

— Não digas isso, Marie. Eu confio no Burke. — respondi, tentando acalmar a situação.

— Mas eu não confio em ti! — disse ela, tapando a boca logo em seguida, arrependida por ter sido impulsiva. — Desculpa, mãe. Eu não queria ter falado assim.

— Mas falaste, e eu não entendo o motivo dessa fala. Mas talvez prefira não entender. No entanto, vou ser muito direta, mesmo que tenhas apenas 9 anos. — Olhei diretamente nos olhos dela. — Cada um faz a sua escolha, e cada um tem de arcar com as consequências dos seus atos.

— Eu entendo, mãe. — disse ela olhando.

— Vou contar-te uma coisa! — resolvi ser honesta com a Marie. — Se não tivesse sido traída no meu primeiro casamento, aquele homem que esteve na nossa casa e andou à luta com o tio Burke? Lembras-te?

Marie assentiu com a cabeça.

— Se não tivesse passado por isso, talvez não tivesse dois hospitais e talvez tu nem existisses. — Marie olhou para mim com surpresa e curiosidade.

— Como assim, mãe? — perguntou ela, querendo saber mais sobre a história.

— Bem, depois de ter sido traída, resolvi focar na minha carreira e trabalhar muito para conseguir o que queria. Importante não é a relação entre um homem e uma mulher, importante é o que te faz sentir viva. E para mim, sempre foi a medicina! Desde que peguei num bisturi, os homens não fazem falta.

Marie sorriu e abraçou-me.

— És incrível, mãe. Admiro-te muito.

Nós regressámos a casa . Não estava feliz e não era apenas o facto de não estar emocionada com a situação entre Burke e Érica, mas sim um sentimento de desapego em relação ao casamento em geral. Eu simplesmente não sentia que era algo para mim.

Depois de deixar Marie a tomar banho, decidi ter uma conversa séria com Burke sobre as minhas preocupações. Eu queria ter a certeza de que ele entendia.

Senti-me obrigada a fazer uma cena fingida de ciúmes.

Mas havia mais na minha hesitação em relação ao casamento. Eu não conseguia deixar de pensar em Reddington e em como ele sempre tinha sido uma presença constante na minha vida, mesmo que estivéssemos separados por longos períodos de tempo. Eu sabia que havia um sentimento forte, mas não queria admitir isso para mim mesma. Afinal, como é que eu poderia amar alguém assim como ele?

— Burke ? — chamo atenção dele enquanto lê o jornal. — Marie disse que Érica esteve na minha casa novamente?

— Sim, ela passou por aqui ontem à noite. Precisava de ajuda com um pesquisa de trabalho e disse que não queria te incomodar e depois tivemos a ver as coisas para o nosso casamento, escolhi um bolo com pelo menos três camadas, cada uma delas decorada com pequenos detalhes em glacê, como flores de açúcar e ornamentos em forma de coração. O que você acha ? — ele acaba fechando o jornal

— Eu não me importo com o bolo, Burke. Eu quero falar sobre Érica estar na minha casa novamente sem a minha permissão. Isso não é aceitável.

Burke suspira e olha para mim.

— Cristina, você está exagerando. Érica salvou-me a vida você se lembra ? Nós até já esquecemos as brigas idiotas do passado.

— Eu entendo que Érica tenha te salvado, Burke, mas isso não significa que ela possa simplesmente aparecer na minha casa sem a minha permissão. Isso é invasão de privacidade e falta de respeito. Ate a Marie notou a vossa aproximação

Burke balança a cabeça e suspira novamente

— a Érica está só a tornar uma boa amiga

— Não estou confortável com ela sendo uma "boa amiga" tão próxima, Burke. Não se trata apenas da invasão de privacidade, mas também da sua aproximação repentina com ela. É como se você estivesse me traindo emocionalmente.

Burke levanta as mãos em sinal de rendição.

— A minha noiva está com ciúmes? — ele levanta-se e beija-me.

— Talvez...

Quem estava com ciúmes era a Marie, mas eu tinha que manter a noiva ciumenta.

Burke sorri e abraça-me.

— Não precisas ter ciúmes, Cristina. Eu só tenho olhos para ti.

Eu retribuo o abraço. Era difícil manter a farsa, mas eu sabia que tinha que fazê-lo e evitar mais conflitos.

— Eu confio em ti, Burke. Mas acho que precisamos ter limites claros em relação à Érica. Aquela loira burra não gosta de mim, então não tem que vir a minha casa.

Burke começa a beijar o meu pescoço e pergunta-me:

— Já arranjaste o teu vestido? Estamos perto do dia.

Eu afasto suavemente a cabeça e respondo:

— Ainda não, mas pretendo ir às compras em breve. Quero que tudo esteja perfeito para o nosso grande dia.

Burke sorri e diz:

— Ótimo, então vamos fazer isso juntos. Quero ter a certeza de que terás o vestido mais bonito da cidade.

Eu sorrio de volta.

— Dá azar o noivo ver o vestido.

Burke ri e beija a minha mão.

— Eu não me importo com essas superstições, minha querida. Quero estar presente em cada momento importante da nossa vida juntos, inclusive na escolha do teu vestido de noiva.

Eu suspiro e aconchego-me no abraço dele.

Marie já tinha completado 10 anos, o prazo que Burke tinha dado para o nosso casamento estava se aproximando rapidamente. Eu ainda não estava totalmente segura se era a decisão certa, mas não queria causar conflitos desnecessários ou prejudicar a felicidade de Marie. Por isso, estava disposta a fazer o que fosse preciso para protegê-la.

Por outro lado, Reddington estava desaparecido há meses e isso me incomodava muito. Odiava quando ele sumia sem dar nenhuma explicação.

Entrei no instituto e fui direto para o laboratório, mas percebi que estava sendo seguida por Shane, que notou minha expressão cansada e sem energia.

— Cristina Yang, não devias estar feliz? Estás a apenas três semanas de te tornares Cristina Burke.

Eu o olhei e forcei um sorriso.

— Estou feliz, Shane. Só que tenho trabalhado muito e estou um pouco cansada.

— Não estás feliz, o que se passa?! — perguntou ele, curioso.

Suspirei e decidi ser sincera com ele.

— A verdade é que ainda tenho dúvidas. Não me sinto bem em casar, sabes? Gosto da minha vida tranquila, sem dar satisfações a ninguém.

Shane parecia surpreso, mas ao mesmo tempo compreensivo.

— Entendo. O casamento pode ser assustador, especialmente se tiveres dúvidas. Mas sabes que podes confiar em mim, certo?

Assenti.

— Sei, Shane. Mas não quero arriscar nada. Não quero fazer uma escolha que possa me arrepender mais tarde.

Shane colocou a mão no meu ombro.

— Entendo perfeitamente. Mas tens que fazer o que é certo para ti. Se não estás pronta para casar, então não te cases. A felicidade é uma coisa pessoal e não deve ser sacrificada por ninguém.

— Achas? E o que digo a Marie? Esquece, é melhor casar-me. — disse enquanto ligava o computador.

Shane olhou para mim com preocupação.

— Cristina, não deixes a pressão das outras pessoas influenciar a tua decisão. Nunca precisaste da opinião alheia para chegar onde chegaste.

Ele tinha razão. Sempre fui independente e sempre fiz minhas próprias escolhas. Não seria diferente agora. Concentrei-me no trabalho, tentando afastar esses pensamentos confusos da minha cabeça.

Percebendo que eu precisava de espaço, Shane saiu do laboratório, mas antes de ir, lançou-me um último olhar encorajador.

— A decisão é tua, Cristina. Mas lembra-te, a felicidade vem de dentro. Não deixes ninguém tirar isso de ti.

Agradeci, mas meus olhos ficaram carregados de lágrimas. Não estava conseguindo controlar as emoções. Shane percebeu e voltou para o laboratório.

— Cristina, o que se passa? Estás bem? — perguntou ele, preocupado.

Continua…

"Não é fácil ter coragem para ficar solteira em um mundo que te diz que você precisa de um parceiro para se sentir completo, mas a solidão vale a pena se você estiver esperando pelo companheiro certo."
- Mandy Hale

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