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69- Earned It - The Weeknd


Eu pensei que era um sonho louco, mas quando acordei, o anel ainda estava no meu dedo. E agora, de repente, a minha vida de divorciada está prestes a acabar. É irónico, não é? Depois de tudo o que passei, ainda me vejo envolvida nisto.

Sei que a maioria das pessoas sonha em casar, em ter aquela cerimónia perfeita, as fotos, a festa... mas para mim, sempre foi um pouco assustador. Casei-me uma vez e não deu certo. E depois do divórcio, prometi a mim mesma que nunca mais passaria por isto novamente.

Não sei se seria melhor para mim casar-me, mas todos à minha volta parecem felizes com a ideia, e eu não estou feliz?

A verdade é que não quero casar apenas para seguir um padrão social.
Tenho medo de cometer os mesmos erros novamente. De me envolver em um relacionamento que não é saudável, ou de ceder às pressões sociais. Quero tomar a decisão certa, mas não sei qual é.

Mas agora, o que mais me assusta é a possibilidade de estar cometendo um erro novamente. E ainda mais com as dúvidas que o Reddington tem colocado na minha mente. Será que estou a enlouquecer? Será que estou a ver coisas onde não existem?

Como é possível estar a considerar a possibilidade de gostar dele? O que se passa comigo?

— Dra. Yang, antes de mais, quero felicitá-la pelo seu noivado! — disse Francesca, entrando no meu escritório após bater. — O senhor inconveniente está lá fora a querer falar consigo.

— Que senhor? — perguntei.

— Acho que é Reddington, mas não voltei a perguntar o nome.

— Obrigada, Francesca — agradeci, levantando-me da minha cadeira.

Não fiquei surpreendida ao ouvir que era Reddington. Parecia ter uma forma de aparecer nos momentos mais inoportunos.

— Olá, Reddington. O que o traz por aqui? — perguntei, tentando manter um tom profissional.

Ele entrou no meu escritório com o seu ar confiante e sentou-se na cadeira em frente à minha mesa.

— Parabéns pelo noivado, Cristina. Não sabia que tinha encontrado alguém tão especial. — disse, com um sorriso sarcástico.
Ele pegou na minha mão direita e deu-me um beijo. — Este anel é demasiado simplório. Essa joia pode ser bonita, mas é como uma flor de plástico num jardim. É produzida em massa, sem a delicadeza e a singularidade de uma joia feita à mão. É como se fosse uma cópia barata de algo que deveria ser especial e único. Ainda para mais, acho que você merece requinte.

— Eu não ligo a isso…

Ele parecia ignorar a minha resposta e continuou a falar sobre o anel.

— Mas, Cristina, você merece melhor. Eu sempre a imaginei usando algo mais glamoroso e impressionante. — disse, com um sorriso malicioso.

— Como o quê? — perguntei, entrando no jogo dele. — O que impressiona você?

— Ah, você sabe, algo mais raro e valioso. Não algo que qualquer um possa comprar numa loja. Algo que tenha uma história, um significado profundo. — respondeu, com um olhar intenso.

— Bom, nem todo mundo tem o orçamento de um criminoso para gastar em joias extravagantes, Reddington. Mas, ainda assim, agradeço pelo elogio. — respondi, com um sorriso.

— Claro, claro, eu entendo. Mas você merece o melhor, Cristina. — disse, levantando-se da cadeira, trancando a porta e aproximando-se de mim.

— Mereço o melhor? E qual seria esse melhor? Bajulação barata agora ? — Dou uma pequena gargalhada por ele estar impressionado com o anilha que o Burke me deu.

Levantei-me da minha cadeira, tentando manter a distância entre nós, mas Reddington aproximou-se ainda mais.

— O melhor seria eu que podia lhe dar, é claro. — disse, com um sorriso malicioso.

Recuei um pouco, sentindo-me incomodada com a sua aproximação.

— Desculpe-me, Reddington, mas esta conversa está a ficar um pouco inapropriada. Não quero que você se aproxime assim de mim. — disse, tentando manter a minha compostura. — Ainda para mais, estou noiva.

— Eu só vim cá falar da nossa filha, mas encontrei você com essa aliança no dedo. — sorriu e eu consegui sentir a sua respiração. — Gosto da sua postura profissional.

— Por favor, Reddington, mantenha uma distância adequada. E sobre a nossa filha, não há nada a ser tratado. — digo, tentando manter a minha calma.

- Claro, que há. — ele diz, dando um passo para trás. — E quanto ao bullying que a Marie tem sofrido? Você resolveu?

— Sim, falei com a direção. Está tudo resolvido. — respondo, sentindo um alívio.

Reddington parece satisfeito com a minha resposta e se prepara para sair.

— Vai embora assim? — pergunto, me sentindo um pouco desconfortável.

— Assim como? — ele questiona, confuso.

— Sem se despedir de forma adequada. — digo, tentando ser educada.

Ele sorri maliciosamente e se aproxima novamente, fazendo-me recuar um pouco.

— Você quer que eu me despeça de forma adequada? — ele provoca.

Eu engulo em seco e balanço a cabeça.

— Eu só acho que as pessoas devem ser educadas e dizer adeus quando vão embora.

— Entendi. Adeus! Está melhor assim? — ele se afasta um pouco da porta  e vem para junto de mim e dá um beijo no rosto.

Eu me sinto constrangida com a atitude de Reddington e dou um passo para trás, encostando-me à parede.

— Acho que não era exatamente isso que eu tinha em mente. — digo, tentando ser firme.

Ele concorda com a cabeça e me dá mais um beijo no rosto. Acabo virando um pouco e ele acaba por tocar nos meus lábios, mas imediatamente me afasto, percebendo o que estava acontecendo.

— Desculpe, Reddington.

Ele se aproxima novamente, colocando a mão no meu rosto.

— Cristina… — Eu olho para ele, sentindo uma mistura de medo e atração. Ele acaba por me beijar novamente e eu cedo, incapaz de resistir à sua presença e aos seus avanços. — Juro que só vim falar da menina, não estava à espera de ser recebido assim! E ainda por cima por alguém que vai casar em breve… — afasto-me um pouco, olhando para ele com uma mistura de desejo e reprovação.

— Foi sem querer, desculpa. — Minha libido estava nas alturas e começo a tirar o seu casaco enquanto o empurro até a minha escrivaninha, atirando alguns materiais para o chão.— Não faças isso, Reddington. Não é certo, vou me casar. Não podemos fazer isso. — Ele continua a beijar meu pescoço enquanto respondo.

— És tu que estás a fazer isto, Cristina, estás toda assanhada. — Ele diz enquanto continua a beijar-me. — Que saudades! — Minha excitação era notória e não valia a pena fazer-me de difícil. — Não seja fingida, eu estava a ir embora.

- Talvez, desisto! Por que fazes isto comigo? - envio uma pergunta para o ar. Cada toque, cada carícia, parecia aumentar ainda mais a minha excitação, fazendo-me sentir completamente entregue a este momento. E quando finalmente os nossos corpos se uniram num beijo apaixonado, senti o desejo explodir dentro de mim, deixando-me completamente molhada e extasiada. Era como se estivéssemos num mundo só nosso, onde o amor e a paixão eram as únicas coisas que importavam.

- Desiste? Desiste do quê? - diz ele enquanto me levanta a blusa e abocanha o meu seio enquanto a outra mão brinca com o outro .

- Desisto de resistir a ti, Reddington. É como se o meu corpo tivesse uma mente própria - a sua língua no meu peito fazia soltar pequenos gemidos. - Quando tiveres algo a dizer-me, liga-me, apenas porque isto não é vida.

- E se eu não quiser ligar? - ele coloca a mão dentro da minha calça, fazendo-me morder o lábio.

- Então, não sei onde isto vai levar. - sussurro, sentindo-me completamente entregue a ele. - Porque, Reddington, és como uma droga para mim.

Ele brinca dentro da minha cueca com o seu dedo, afinal, eu não tinha um problema de libido, tinha era a pessoa errada na cama.

- Sou uma droga? Conta-me mais. - diz ele enquanto eu tento concentrar-me para não me deixar levar pelo prazer.

- Sim, uma droga super viciante. E não sei se quero libertar-me deste vício. - Ele tira-me as calças para ter mais acesso a mim, brincando com cada parte da minha zona íntima.

- Sabes o que mais é viciante, Cristina? - ele murmura, com os lábios agora na minha orelha. - É o sentimento de estar com alguém que te faz sentir viva, que faz o teu coração bater mais forte e te faz esquecer de tudo ao teu redor. Eu não necessito de penetrar em ti para gostar de estar contigo, sentir-te remexer por mim assim já me dá prazer. É isso que me faz voltar sempre para ti, Cristina. Tu és o meu vício mais doce e eu não quero libertar-me dele nunca mais.

- Vai ser sempre assim? - Um orgasmo toma conta de mim, fazendo-me jogar a cabeça para trás e soltar um grito silenciado pela boca de Reddington.

- Eu espero que sim. - ele volta a beijar-me e a brincar enquanto faz barulhos para eu ficar em silêncio. - Não queres que seja?

Encaro-o.

- Não sei o que quero. — murmuro, enquanto ele sorri e me puxa pelo pescoço, beijando-me com mais intensidade.

- Sabes muito bem o que queres, minha querida! — ele murmura, e eu mordo o lábio, sentindo o desejo crescer ainda mais. Mas, de repente, alguém bate à porta.

- Interrompidos novamente. — resmunga ele, irritado, enquanto eu me afasto dele, tentando arrumar minha roupa.

- Dra. Yang, estão a chamar para o bloco operatório. Biparam várias vezes, mas a dra. não ouviu. — diz Francesca, do outro lado da porta.

- Ok, eu já vou. — digo, dando um sorriso discreto. — Desculpa, mas tenho que ir.

- Tudo bem, eu entendo. — diz ele, com uma expressão um pouco decepcionada. — Eu também não posso demorar, tenho muitas coisas para tratar. A vida profissional não espera. — conclui, tentando manter a expressão neutra.

Nem sabia como havia de despedir-me então numa atitude idiota e infantil eu fujo a correr enquanto visto a bata branca e ponho o estetoscópio ao pescoço.

Reddington fica arranjar se e despede se com um sorriso da Francesca coloca o chapéu e sai…

Francesca enquanto escreve no computador pensa alto. — aqui há coisa, eu se fosse ao Dr Burke .. nem digo nada.. — ela dá um sorriso safado

Reddington ia se embora da Suiça mas resolveu ir ver com os próprios olhos como estava a Marie.

»»——⍟——escola da Marie——⍟——««»»—

Não sei como ele entrou mas a verdade é que conseguiu falando com os auxiliares talvez pagando, ele encontra Marie sentada num banco a ler .

— Não vai brincar? — pergunta ele ao ver a menina agarrada ao livro e ao estojo fazendo algum dever da escola.

— Brincar é uma perda de tempo, eu venho para escola não é para brincar é para estudar, tenho tempo em casa para brincar!  — Diz ela tirando os olhos do livro.

Continua...

"O amor é uma droga, e muitas vezes acaba sendo uma droga ruim"
- Matty Healy

Notas da autora :

espero que gostem,  meninas vocês tenham calma com a história, não se enervem porque isso pode ser uma volta muito grande ou então não ...  O que vocês acham que isso vai desenrolar?

Miminho para Redtina, você nem imaginam eu gostava de partilhar fotos dos dois mas não há 😂  conseguem imaginar os dois aos beijos ?

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