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61- Don't Stop Believing- Journey,

Visto o meu pijama com o ursinho, sinto-me um pouco ridícula com essa roupa infantil, mas não consigo pensar em mais nada além dele. Mexo-me de um lado para o outro, tentando encontrar a posição perfeita para dormir, mas nada funciona. A almofada em cima da cabeça ajuda a abafar o barulho do silêncio, mas não afasta os pensamentos que invadem a minha mente.

Fecho os olhos, tentando escapar da realidade, mas tudo o que vejo são flashes do seu sorriso com dentes de ouro e os seus olhos brilhantes que me prendem numa hipnose. É como se a minha mente estivesse presa num ciclo infinito de lembranças, e não há maneira de escapar.

Levanto-me para ir à casa de banho e beber água, vou pé ante pé para não fazer barulho.

— Ainda acordada? — pergunta Reddington, que está a ler um livro no sofá.

— Insónia! — digo, sentando-me na mesa em frente ao cadeirão em que ele está sentado. — Tu também não dormes? Estás a ler o quê?

— Estou a ler alguns poemas de Emily Dickinson. Ela escreveu uma vez: "A noite estava tão quieta que podíamos ouvir a cor da escuridão." É uma imagem muito poderosa, não achas?

Ele olha para mim com um sorriso gentil, como se estivesse a tentar acalmar-me.

— Nunca li nada dela, aliás nunca li poemas, só mesmo na escola.

— Ah, devias tentar. A poesia pode ser uma ótima maneira de escapar da realidade e encontrar um pouco de paz. — Ele fecha o livro e levanta-se, sentando-se ao meu lado na mesa. — Mas, por enquanto, talvez seja melhor tentares relaxar e dormir um pouco. Precisas descansar.

Ele dá-me um leve sorriso e coloca a mão na minha.

— Obrigada. Acho que vou tentar novamente. — Levanto-me para ir embora. — Tu não vais dormir?

— Vou ficar mais um pouco acordado, ainda não estou com sono. Mas, se precisares de alguma coisa, é só me chamares.

— Ok. — Vou até ao quarto e antes de fechar a porta, fico a pensar que é parvo ele dormir num sofá desconfortável. Gaguejando, falo — Tu podes vir dormir para aqui, não faz sentido dormir no sofá, a cama é grande!

Volto para o quarto e deito-me na cama, observando o teto por um tempo. Finalmente, fecho os olhos e tento relaxar. Ouço o som da porta a abrir lentamente e, em seguida, vejo Reddington a entrar no quarto. Ele tira as roupas e deita-se ao meu lado, ficando em silêncio por um tempo.

— Obrigado por me convidares para dormir aqui. É muito gentil da tua parte.

— Não faz sentido tu dormires no sofá, além disso, a cama é grande o suficiente para nós dois. — Respondo com um sorriso tímido.

— Eu não quero invadir o teu espaço pessoal. — diz ele.

— Já o fizeste há muito tempo, Reddington. — brinco, tentando quebrar o clima tenso que se formou entre nós. — acho que estás a ser melodramático, a cama é grande, já nos envolvemos, qual o problema de dormir aqui?

Reddington ri e vira-se para mim.

— Ok, ok, venceste. Mas só prometes acordar-me se eu começar a ressonar.

— Prometo. — respondo, rindo também. Viro-me de costas para ele e tento dormir, em vão.

— Sabes que ele está morto, certo? Os dois já trataram do cadaver, já podes ir para casa, o corpo já está a caminho da Rússia para ser entregue à família. — diz Reddington, percebendo a minha inquietação. Ele puxa-me e obriga-me a virar-me para deitar a minha cabeça no peito dele.

— Eu sei. — suspiro, sentindo o conforto do peito dele contra o meu rosto. — Porque enviaste o corpo para a Rússia? E como?

— Ele tem mãe e eu acho muito triste o sofrimento de uma mãe. Então, quando posso e sei, faço isso.

— Fico chocada com a tua conversa, mas obrigada...

— Não há nada chocante em querer aliviar a dor de alguém, principalmente quando se trata de uma mãe a perder um filho. É um gesto humano, que infelizmente nem todos têm. — diz Reddington, acariciando o meu cabelo.

— Neste caso, não foste tu a matar, mas matas muitas vezes e envias para a mãe, parece aquele momento em que o vencedor levanta a taça, não vejo isso como humano. — digo-lhe.

— É verdade, eu faço isso. Mas na minha profissão, algumas vezes é necessário. E acredita em mim, não é uma taça que eu levanto quando faço isso. É um peso que eu carrego para toda a minha vida.

— Quantos já mataste? — pergunto meio a medo.
Reddington fica em silêncio por alguns segundos antes de responder.

— Perdi a conta há muito tempo. Mas cada um deles fica gravado na minha memória. Cada vida que tirei assombra-me, mesmo que eu saiba que foi necessário.

Sinto-me triste ao ouvir isso. Não é fácil imaginar a quantidade de vidas que ele tirou e o peso que ele carrega.

— Não sei como lidas com isso. — digo. Dou um beijo no peito dele.

Estou interessada num homem que pode ser a minha ruína.

— Ironias da vida, eu mato e tu salvas, Dra. Cristina Yang, não é? — ele pergunta. — Uma boa equipa.

— É engraçado como as coisas funcionam, não é? — respondo, tentando não pensar no peso daquelas palavras. — Mas nós não somos uma boa equipa, Reddington. Eu não quero fazer parte do teu mundo.

— Mas você faz, minha querida, você é mãe da minha filha Marie. Está deitada sobre o meu peito, e já me deu dois beijos involuntários no peito. Pediu-me para vir dormir consigo. — ele respira fundo. — Você entrou no meu mundo e eu no seu... Não entendo porque não assume logo isso.

Sinto-me como se estivesse navegando num mar turbulento, sem leme, à mercê das ondas e das correntes. A forma como Reddington fala faz-me sentir ainda mais perdida neste mar desconhecido... Tento mudar a direção da conversa.

— Engraçado, não sei nada do teu passado, apenas aquilo que os jornais dizem...

— Não há muito para saber, Cristina. — ele muda o tom de voz. — É como uma folha de papel em branco manchada com tinta. Tenho muitas histórias, mas nenhuma delas é completa, nenhuma delas é a verdadeira história. É apenas um borrão, uma parte da história.

Eu sabia que não adiantaria insistir, já que Reddington era um homem misterioso. Ele interrompeu meus pensamentos com um beijo suave, doce, intenso, que me deixou sem fôlego.

— Entendi que você não quer falar sobre isso. — ele acariciou meu cabelo com carinho.

— Esqueça isso. Vamos dormir, você estar enroscada em mim não está me ajudando muito. — Ele disse, mas parecia que a proximidade também o afetava.

Eu me afastei um pouco dele, para evitar momentos de fraqueza, já que não queria ter um momento de intimidade com ele.

— Desculpe se fui rude, Cristina. Eu não quero afastá-la, mas às vezes é difícil falar sobre certas coisas. — Ele segurou minha mão. — Eu gosto de você, você sabe disso, mas precisa entender que nem tudo pode ser compartilhado.

— Eu entendo. Acho melhor colocarmos uma almofada no meio para dormir. — Eu fechei os olhos, tentando não pensar mais naquele assunto.

Ele dá uma gargalhada e vai buscar uma almofada comprida.

— Pronto, Dona Cristina, a muralha está montada e agora podemos dormir. — diz Reddington, rindo novamente.

Eu me viro para o lado e encontro Reddington dormindo profundamente. Sinto o calor do seu corpo próximo ao meu e, involuntariamente, me aproximo ainda mais. Sinto a suavidade da sua pele. Os braços dele envolvem meu corpo, segurando-me com força e ternura. Sinto-me segura em seus braços, como se nada pudesse me machucar.  Eu sabia que precisava lidar de forma madura com meus sentimentos e atrações, mas estava completamente perdida, sem saber como agir. A situação tinha se tornado ainda mais complicada, e eu me sentia confusa e sem rumo. Minha consciência me pedia para parar, mas meu subconsciente ansiava por ele dentro de mim.

De repente, percebo que fui eu quem me aconcheguei em seus braços e me afasto rapidamente, completamente atordoada com a situação. Sinto minha cueca úmida, e percebo que estava roçando minha intimidade em sua coxa. Reddington acorda e me olha com expressão surpresa, e eu me sinto completamente envergonhada.

— O que houve? — ele pergunta, ainda sonolento.

— Desculpe, eu... eu não sei o que aconteceu. Acho que me aconcheguei sem querer. — respondo, envergonhada.

Reddington sorri levemente e me puxa de volta para seus braços.

— Não precisa se desculpar, Cristina. Você pode se aconchegar aqui sempre que quiser. — ele diz, beijando minha testa.

Eu dou um sorriso tímido e beijo seu peito suavemente.

— Cristina, tem certeza de que não quer fazer nada? Essa forma de dormir está um pouco invasiva e estranha. — Ele me questiona com um olhar sugestivo.

Eu olho para ele com uma expressão séria.

— Tenho certeza de que não quero fazer nada além disso. Estou confortável assim, não precisa se preocupar. — Respondo.—
Mas você quer fazer ?

Reddington suspira e acaricia meu cabelo.

— Eu só queria ter certeza de que você estava bem e que não esta desconfortável. Mas se você está confortável assim, está tudo bem. Não quero forçar nada que você não queira. — Ele responde com sinceridade.

Eu sorrio e me aconchego mais em seus braços.

— Obrigada por se preocupar comigo. Mas não precisa se preocupar tanto, eu estou bem. — Digo, fechando os olhos.

Reddington é acordado por Dona Dalhila, que entra assustada no quarto sem bater.

— Red? — Ela fala, sacudindo-o enquanto eu continuo dormindo ao lado. — Estás bem?

— Claro que estou! Que disparate, Dal! — Ele cobre-me melhor com o lençol. — Fala baixo, ela precisa descansar.

— São 10h20 da manhã. A estas horas já estás de pé há algum tempo — Ela diz.

Ele levanta-se e vai tomar banho, enquanto ela sai do quarto.

Ele sai do banho chateado e vai acabar de se vestir na sala, onde Dalhila ajuda-o a colocar a gravata e a vestir o colete.

— Tu não podes invadir a minha privacidade assim, Dal, que indelicadeza. — diz Red chateado.

— Vocês também não estavam a fazer nada. — ela resmunga. — Além do mais, estava preocupada, tu não dormes até tarde... Alhamdulillah! (Louvado seja o senhor)

— Dramática demais, Dalhila. Eu não sou mais um jovem que precisa de cuidados o tempo todo. — Reddington responde, um pouco mais calmo agora. — Mas obrigado pela preocupação, estou bem, só estava com sono…

— Às vezes parece que não. — diz ela de forma direta.

— O que queres dizer com isso, Dalhila? — Pergunta Reddington, franzindo a testa.

— Se seus inimigos vêem você dormir assim, nem quero pensar… que Alá te proteja!— diz ela com uma expressão preocupada no rosto.

— Esquece, tu não vais entender... — ela dá de ombros.

— vou entender sim, você está enamorado homem, homens enamorados se tornam parvos e você está parvo Raymond Reddington. — ela volta a rir as gargalhadas.
— O que a princesa quer para o pequeno-almoço?

Reddington olha de lado para ela mas não lhe responde, Dalhila tinha o poder de deixar ele sem jeito, o respeito que ele tinha por ela era grande. revira os olhos e pede :

— Primeiro, prepare um banho de rosas para acalmar a Cristina, e faça algo doce, ela está amarga. Ela é uma boa menina, Dal, mas só desgraças acontecem na vida dela.

Ao ouvir o pedido de Reddington para preparar um banho de rosas, Dalhila solta uma risada incrédula.

— Banho de rosas? Eu, na minha idade, nunca pensei em fazer tal coisa! — Ela diz, ainda rindo. — Mas se é isso que deseja, eu farei o impossível para realizar o seu desejo vou preparar o banho da sua princesa. Só espero que não acabe picado pelos espinhos.... Onde arranjo rosas?

Reddington sorri com o comentário de Dalhila e responde:

— Tenho certeza de que você encontrará uma maneira de conseguir as rosas. — põe o chapéu para sair. —  Vou comprar algo para o almoço. — ele sai deixando dalhila a pensar nas rosas.

»»——⍟——««»»——⍟——««»»—

Acordo e não vejo Reddington. Levanto-me e reparo que estou com um pijama ridículo.

— Reddington? — chamo por ele devido ao silêncio da casa. — Fui abandonada aqui?!

Penso alto e caminhei até a sala, chamando por ele já desesperada.

— princesa, Reddington foi comprar coisas para o almoço... — Dalhila puxa a cadeira para eu sentar... — Coma enquanto eu vou preparar o seu banho.

— Não há necessidade disso, eu sei preparar o meu banho.

— Mas Reddington pediu especificamente um banho de rosas para acalmá-la, princesa. — Dalhila responde, insistindo. — Deixe-me cuidar de você como se fosse minha própria filha.

— Rosas, princesa? — encaro a velhota. — Estamos em que tempo? Isso já não se usa. — falo pegando num pão.

Ao ouvir minha resposta, Dalhila coloca as mãos na cintura e olha para mim com um ar de reprovação.

— Ah, minha querida, as rosas nunca saem de moda! — ela diz, balançando a cabeça. — Você precisa se atualizar mais, minha princesa.

O pão ainda estava quente, com manteiga derretida, e o sumo de laranja era fresco e acabado de espremer. Enquanto comia, pude sentir o aroma das rosas que Dalhila colocou no banho invadindo a cozinha e preenchendo o ar.

— O banho está pronto, princesa — diz ela ao entrar na cozinha.

— Não me chame de princesa... Meu nome é Cristina... — respondo, encarando-a.

Ela sorri.

— Eu vi vocês dormindo e achei que fosse a princesa do Reddington, então...

— Então? — pergunto, olhando para ela.

— Então acho que falei demais... Mas mesmo assim vou ajudá-la a tomar banho — diz ela e começa a puxar-me pela mão, como se eu fosse uma criança relutante em tomar banho.

Isso tudo estava confuso para mim. Eu estava a ser obrigada a tomar um banho de rosas que achava um pouco idiota.

Prendo o meu cabelo para que não fique molhado. Quando já estou despida, a velha entra pela casa de banho adentro e vê-me nua.

— Estão aqui umas toalhas macias para se secar quando acabar. — Diz ela sorrindo.

— Senhora, você não pode entrar assim! Eu estou desprotegida! — Falo entrando no banho e tentando tapar-me.

— Você não tem nada que eu não tenha… sou mais velha, mas tenho igual.

As pétalas de rosa flutuavam na superfície da água, deixando um aroma agradável no ar. Dalhila, a velha, entregou-me uma esponja macia e começou a lavar minhas costas e braços delicadamente. Confesso que me senti um pouco constrangida, mas aos poucos fui-me acostumando com a ideia. O calor e a fragrância da água de rosas eram tão relaxantes que acabei por me deixar levar.

— Você deve estar habituada a dar banho às "mulheres" do Reddington, mas eu não sou nada dele. — Digo-lhe enquanto ela passa a esponja no meu pescoço e justificando para que não houvesse dúvidas.

— És a primeira mulher, que dou banho, a mando dele. Eu nem sabia como fazer um banho de rosas, tive que pedir ajuda à minha nora quando soube o que te aconteceu... Mas agora está tudo bem, esse maldito não te fará mais mal. — diz Dalhila, ela justifica entendendo que tenho um.a ideia errada dele. — Você deve ser muito importante para ele...

— Desculpa se fui rude, Dalhila. É que tudo isto é novo para mim, não estou habituada a ser tratada como uma princesa e a receber este tipo de cuidado. — respondo, um pouco constrangida.

Termino de me secar com a toalha e Dalhila observa o meu corpo com um olhar crítico.

— Você tem curvas! — exclama Dalhila sem rodeios. — Mas, diferente do meu marido, Reddington não é um homem que salta de parceira em parceira. Ele é um homem que sabe cuidar de si mesmo e dos outros. Ele é um homem diferente, um homem nobre.

Cristina olha para Dalhila, surpreendida com as suas palavras.

— O que você quer dizer com isso? — pergunta Cristina, curiosa.

— Eu quero dizer que Reddington não pensa só com a cabeça de baixo, queria que você entendesse isso, mas não diga a ele o que disse.

— Eu ainda não entendo o que ele vê em mim. Eu sou uma médica comum, sem nada de especial — respondo.

— Normalidade, você é normal. Mas é justamente isso que a torna especial, Cristina. — ela vai até ao armário para ver se encontra algum creme hidratante. — Aquele desgraçado quer que eu trate de você e não traz cremes...

— Isso chega, eu preciso falar com a minha filha Marie! — Acabo de me vestir e pego no telemóvel, mas ele estava sem rede. Dalhila olha para mim e diz:

— O meu também está sem rede... Normalmente é sempre assim, quando Red chegar, ele irá por você falar com a menina.

Vou para a sala a espera dele, queria falar com Marie e com o Shane.

Estava preocupada como Shane estava, ele não deveria estar nada bem, eu nunca devia prender ele ao pé de mim, ele acabou por arruinar a própria vida, e ainda tinha que lidar com a Marie na casa dele enquanto eu estava ser tratada com todo o cuidado. Não era justo, reddington entra com um saco de ingredientes para o almoço e entrega a Dalhila.

— como está ? — pergunta me.

— eu quero falar com Shane e Marie mas não tem rede aqui.

—depois do almoço fazemos uma caminhada e você fala, e amanhã partimos.— diz ele e dá-me um selinho.

continua…

"A vida não é sobre esperar a tempestade passar, é sobre aprender a dançar na chuva." - Vivian Greene

❁notas da autora: não foi revisado, estou um pouco desmotivada para escrever, mesmo assim espero que gostem, até a próxima...

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