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59-Dangerous Woman- Ariana Grande:

⚠️este capítulo contém ⚠️
Conteúdo que fala em homicídios.
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— Tu salvaste-me a vida, Shane. — limpo o meu rosto. — Tu salvaste-me a vida.

Shane segura as minhas mãos com carinho e diz:

— Eu faria qualquer coisa por ti, Cristina. Eu nunca deixarei que algo assim aconteça contigo novamente.

Eu olho para ele e percebo o amor e a determinação em seus olhos. Não podia permitir que arruinasse a sua vida. Ele tinha um filho e uma esposa, o que seria deles se ele fosse preso? Mesmo em legítima defesa, acabaria por ser preso.

— Eu não vou deixar-te ser preso.

— Cristina, eu preciso fazer a coisa certa. Eu tirei a vida de um homem e isso tem consequências. Não posso simplesmente ignorar isso. — Shane responde com seriedade.

Eu sei que ele tem razão, mas, ao mesmo tempo, não posso deixá-lo sozinho nisto. Abraço-o com força e digo:

— Estarei contigo em todos os momentos. Mas não te deixarei ser preso. Precisamos elaborar um plano.

Shane olha para mim desconfiado.

— Como é que tens esta arma? — pergunto-lhe.

— Foi aquela arma que me pediste para me livrar. Achei-a bonita e nunca confiei naquele Red. Caso fosse necessário, matá-lo-ia.

Franzo a testa, sem saber como reagir ao ouvir aquilo. Por um lado, fico aliviada por ele ter se protegido, mas, por outro, não posso deixar de sentir uma ponta de preocupação com a sua impulsividade.

— Ainda mais esta, amanhã ele viria para resolver a situação, e agora a situação está morta. — volto a chorar.

Não era hora de chorar. Eu não podia desabar, mesmo que sentisse a tristeza. Não podia cair. Limpei as lágrimas nas costas das minhas mãos e agachei-me ao lado do corpo. Como poderia livrar-me dele sem comprometer o Shane?

— Fala comigo, Cristina. O que estás a pensar? —Perguntou Shane, com a voz trémula, sentado no sofá.

Olhei diretamente nos seus olhos e respirei fundo antes de responder:

—Shane, eu não sei o que fazer. Não posso simplesmente deixar o corpo aqui e ir embora, mas ao mesmo tempo, não quero que te metas em problemas por causa disso.—Dei pontapés no corpo para ter a certeza de que ele estava morto. —E se nos livrarmos dele?

Shane olhou-me desesperado, sabendo que estávamos numa situação complicada e arriscada. Coçou a cabeça e suspirou antes de me responder:

—Cristina, não sei se devemos envolver-nos em algo assim.

—Talvez jogá-lo ao rio? Mas ele é tão grande!— Fiz cara de desespero. —O que se passa comigo?

— Mas Cristina, não podemos simplesmente ignorar o que aconteceu. Temos que lidar com isso de alguma forma. Entregar-me à polícia pode ser a coisa certa a fazer. — disse Shane, tentando argumentar comigo.

Sentia meu coração acelerar. Não podia permitir que Shane se entregasse à polícia. Isso arruinaria nossas vidas.

As horas foram passando e nenhuma solução aparecia. O dia já estava amanhecendo e o sol brilhava sobre os Alpes quando olhei para o corpo novamente.

— Desmembrar? Talvez seja mais fácil, ele é um homem grande e os vizinhos vão perceber a presença dele aqui.

— O quê? Cristina, isso é uma loucura! — exclamou Shane, chocado com a minha sugestão.

Senti um nó na garganta. Não sabia mais o que fazer. Precisávamos nos livrar do corpo, mas não tínhamos ideia de como fazer isso sem nos incriminar.

— É a nossa melhor hipótese para nos livrarmos dele. — fui até a cozinha procurar a melhor faca e fui ao meu armário buscar material cirúrgico.

— Não, Cristina. Eu não posso fazer isso. Não podemos desmembrar um corpo e nos livrar dele dessa forma. Isso é errado. — disse Shane, com a voz firme.

Sabia que ele estava certo, mas a ideia de ter um corpo na minha casa era assustadora demais.

— Ele quase me estuprou, se você não tivesse me defendido, eu estaria morta. Como vou provar uma possível violação? Só tenho essa maldita mordida no ombro e um homem morto. Você não entende que mesmo que você apanhe uma pena leve por me defender, ainda assim você será preso? — comecei a chorar.

— Não importa, eu não quero ter que lidar com pedaços humanos e passear por Zurique com sacos. — disse Shane, parecendo o mais sensato entre nós.

— Liga para a Samantha e pede para ela ficar com a Marie em casa. Hoje ela não vai à escola e ainda não sei o que vamos fazer. — respondi, concordando com a sugestão do Shane.

— Ok, vou ligar para a Samantha. Mas precisamos decidir o que vamos fazer.

— Eu estou pensando. Vou para outro cômodo, não aguento mais olhar para isso. — disse, indo para a cozinha preparar um café. Precisávamos de tempo para pensar.

Ficamos em silêncio, considerando todas as possibilidades. Para mim, desmembrar o corpo seria a melhor opção, enquanto que para Shane, era chamar a polícia. Mas, de repente, meu telefone tocou, fazendo-me dar um pulo.

— É melhor atender. Já que vamos nos livrar do corpo, não podemos levantar suspeitas. — disse Shane, cansado.

— Ok. — falei, assustada, respirando fundo. — Estou sim? — atendi o telefone.

— Minha querida e doce Cristina, quer que eu passe aí para ajudar ou quer que eu resolva isso sozinho? Depois podemos ir jantar, não sei... — Reddington perguntou do outro lado da linha.

Fiquei sem palavras por um momento, não esperando que Reddington ligasse para mim em uma situação dessas. Mas logo me lembrei de que era sexta-feira e ele tinha marcado de me contatar para tratar da chantagem. Decidi mentir, vá que ele fosse amigo do morto?!

— Ah, não precisa se preocupar com isso. Eu já paguei a ele e ele foi embora para fugir de você. — minha voz gaguejou, percebendo que foi a mentira mais idiota que já disse na vida.

— Entendo. Mas já ouvi mentiras melhores... — disse ele. — Estou em frente à casa dele e ela parece estar movimentada.

— Ele é casado e fugiu sem a mulher. Os homens são assim... Abandonam as mulheres na primeira oportunidade. — fui até a sala, convencida de que desmembrar o corpo sem deixar rastros seria a melhor opção.

— Vou verificar. — Reddington desligou o telefone na minha cara.

— Verificar o quê? — perguntei, mas só ouvi o som da chamada terminada.

— O que é que ele queria? — perguntou Shane.

— Era o Reddington, ele ligou para tratar da chantagem que sofri. Eu disse a ele que já tinha resolvido tudo e ele mencionou que estava em frente à casa do morto e que viu movimento. Eu inventei uma desculpa, disse que o homem era casado e tinha fugido sem a esposa, mas o Reddington não acreditou muito. — expliquei, sentindo-me nervosa.

Shane parecia pensativo, como se estivesse a avaliar as possibilidades.

— O Reddington não está envolvido no crime? Ele facilmente resolveria isso, e acho que ele está encantado por você... — Shane suspirou. — Esqueça, eu prefiro a polícia.

— Não, vamos tratar disso. — pego na  faca, já fora de mim, mesmo o Shane tentando me impedir, ajoelho perante o corpo e passo a faca no pescoço dele e começo a cortar, Shane chorava encostando a cabeça dele a parede, mas era difícil, as facas que tinha em casa não eram boas, e a mala de cirurgia não era indicada para esse tipo de trabalho, logo meu telemóvel toca de novo.

Atendo com as mãos sujas, totalmente descontrolada.

— deixe-me em paz. — grito para o telemóvel.

— Eu sei que você está a mentir, acabei de tocar a campainha vai abrir ou preciso arrombar ? — pergunta reddington.

— Não, não precisa arrombar. — eu falo, tentando controlar o choro. — Vou abrir a porta.

Desligo o telefone e vou até a porta, tentando limpar as mãos  na minha roupa. Quando abro a porta, vejo Reddington parado no limiar, olhando para mim com preocupação.

— O que aconteceu? — Ele pergunta, olhando para mim e para Shane, que estava chorando na sala.

Eu não sabia o que dizer. Olhei para as minhas mãos sujas e para o chão manchado de sangue atrás de mim.

— Nós... tivemos um problema. — eu comecei a explicar, sem saber como continuar. — Ele tentou violar-me e o Shane apareceu e disparou um tiro nele.

Reddington arregalou os olhos, surpreso com a revelação.

— Vocês chamaram a polícia? — ele perguntou, olhando ao redor como se estivesse procurando alguma pista.

— Não, ainda não. — eu respondi, sentindo o coração bater mais forte no peito. — Eu não sabia o que fazer e... acabei fazendo isso.

— Estás bem? — perguntou ele olhando para mim, visivelmente preocupado.
Eu apenas digo que sim com a cabeça, Reddington abraça-me mesmo cheia de sangue e liga para alguém.

Reddington olha para o chão e vê a arma.

— A minha arma, que saudades que tinha dela. — Diz ele, pegando-a do chão. — Vamos, Cristina, vem trocar de roupa. Está com um péssimo aspecto. Já resolvemos essa situação.

Eu concordei em silêncio, ainda abalada. Ele me encaminhou para o meu quarto enquanto remexia nas minhas coisas para escolher uma roupa. Ainda me doía a cabeça dos puxões de cabelo que recebi.

— Venha, eu te ajudo. — ele sorriu. — Não se acostume com isso. — Tome um banho, eu vou resolver as coisas lá embaixo.

Ele desceu e conversou com Shane, que explicou que quando chegou viu o chantagista em cima de mim e não conseguiu controlar a situação. Depois, eu comecei a entrar em surto e só pensava em desmembrar o corpo.

— Foi uma noite de horrores! — explicou Shane a Reddington.

Três pessoas entraram em casa quando desci as escadas. Um deles era Dembe, que eu já conhecia, e os outros dois eram um casal: uma jovem rapariga que veste um hijab preto, que cobria o seu cabelo e pescoço, e um homem com aparência árabe.

— Mais pessoas? — perguntei preocupada com mais pessoas sabendo da morte dele.

— São pessoas extremamente confiáveis para mim. Dembe, você já conhece, meu bem. Os outros são a simpática Samira, que vai limpar a casa toda depois que o corpo for removido, e o marido dela, Hussain, juntamente com Dembe, vão se livrar do corpo. — disse Reddington sorrindo.

— Mas o outro era de confiança, e veja o que me aconteceu? — eu me controlei para não chorar de novo. — Talvez você quisesse que isso acontecesse.

— Não, Cristina, eu jamais desejaria isso para você. Fui descuidado em não perceber a situação antes, mas agora estamos aqui para resolver tudo. E confie em mim, Samira e Hussain são confiáveis e discretos, eles vão cuidar da remoção do corpo sem levantar suspeitas. Você está segura agora. — disse Reddington com uma expressão séria.

— Fui eu que o indiquei. Ele era um bom atirador, mas não sabia que isso poderia acontecer. É um cão que não conhece o dono! — disse Dembe.

— Você confiou nele, Dembe. Não há nada a ser feito agora, além de seguir em frente e garantir que tudo seja resolvido sem levantar suspeitas. — interrompeu Reddington. — Mas Hussain é de confiança. Há quantos anos o conheço mesmo? — ele perguntou olhando para Hussain.

Hussain respondeu:

— Conheço Reddington há mais de 10 anos, e você pode confiar em mim, Cristina. Faremos tudo o que for necessário para garantir sua segurança e limpar a cena do crime sem deixar rastros. — ele sorriu para mim. — A princesa Marie gosta de mim, até aprendeu a falar árabe. Eu cuido dela na escola há tanto tempo quanto o outro porco. — ele cuspiu no chão. — Cuidava de você também.

Reddington interrompeu Hussain antes que ele pudesse continuar:

— Já chega, Hussain. Concentre-se na tarefa em questão. Cristina, eu entendo que está traumatizada com o que aconteceu, mas temos que agir rápido e com precisão para garantir sua segurança e evitar qualquer suspeita. Vou providenciar um lugar seguro para você ficar até que tudo se acalme.

Shane se levantou e encarou Reddington.

— Você não leva Cristina para lugar nenhum. Talvez tudo isso tenha sido premeditado. Não confio em você!

— Baixe o tom de voz, mocinho, e vá para casa cuidar da minha filha Marie. — disse Reddington arrogantemente. — Sou grato a você, mas não me faça perder a paciência.

— Eu não vou deixar a Cristina. — Diz Shane, puxando-me para perto dele. — Vou entregar-me à polícia se isso for o melhor para a livrar de si. Deixem a minha amiga em paz.

Dembe segura Shane pela camisa e agarra-o pelo colarinho. Os seus olhos negros parecem ainda mais intensos:

— Olha para nós dois, Shane. Olha para a nossa cor. Infelizmente, o preconceito existe e, se te entregares, não serás tratado como inocente. Vais ser preso e sabe-se lá quando sairás. Pensa na Cristina, pensa na tua família. Não faças uma escolha impulsiva que pode acabar com a tua vida. Ganha juízo!

Começo a tentar fazer com que Dembe solte Shane. Seguro-lhe o rosto e falo para o meu amigo:

— Talvez seja melhor ires e deixares a Marie em casa. — abraço-o.

Shane hesita por um momento, mas acaba cedendo à pressão de Dembe e Reddington:

— Tudo bem, mas se algo acontecer com a Cristina, eu vou atrás de ti, Reddington. E não vou parar até conseguir justiça.

Reddington apenas sorri enigmaticamente:

— Não te preocupes, Shane. Nada vai acontecer à Cristina enquanto estiver sob a minha proteção.

Shane despede-se de mim e sai da sala. Eu viro-me para Reddington e Dembe:

— Nunca mais fales assim com o Shane! — digo furiosa para Dembe. Reddington pega-me pelo braço.

— Agora chega, querida. Eles tratam disso. — Reddington olha para eles e fala algo em árabe. Depois, vai comigo no meu carro.

Continua…

"Aquele que brinca com o perigo se expõe a perecer nas suas garras." - Provérbio latino.



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