52- Closer - Nine Inch Nails
As televisões noticiavam que a polícia estava em Basel.
— Burke, Burke! — grito, Burke vem correndo em minha direção. — Será que a encontraram?— aponto para a televisão
— Deus queira que sim — respondeu Burke.
Minha mãe e a mãe de Burke chegaram apressadamente.
— Cristina, as rádios estão a dizer que encontraram a menina! — minha mãe chorou emocionada.
Eu já sabia, mas estava seguindo as ordens de Reddington e esperando pela chamada da polícia, que não demorou muito.
— fala o inspetor chefe, tenho o prazer de informar que encontramos a Marie. Encontraramos a menina sã e salva. Ela irá para o hospital de basel.
— Muito obrigada, vou para lá imediatamente. Posso falar com ela? — perguntei ao inspetor, que disse que ela estava na ambulância e teria que passar primeiro pelo médico e psicólogo antes de eu poder estar com minha filha.
A minha cara dava para perceber o que se passava.
Todos respiraram aliviados e comemoraram. Burke e sua mãe se abraçaram emocionados.
Minha mãe voltou a sentir-se mal.
— Por favor, leve-me até Basel, não tenho forças para conduzir! — pedi.
Acabamos por ir os dois sozinhos, quanto menos gente houver, mais fácil será para ela. Mal chegamos lá, a polícia não nos deixou entrar. Primeiro tinham que examinar a menina, que pouco falava.
— Se eu entrar, ela fala. Não vê que ela só tem a mim? — argumentei, chateada com o polícia à minha frente. Ele pediu um minuto para falar com o chefe dele. O médico explicou-me que, a nível físico, Marie não sofreu nada grave, o pior seria a parte psicológica.
Ainda tive que esperar uma hora para deixarem entrar, o Burke não deixaram.
Ela estava sentada, na cama a olha para janela.
— Filha ! — vou direita a ela e acaricio o rosto, ajeitando o cabelo. — tens o cabelo numa lástima ! — Falo desse jeito para aliviar a tensão que estava no ar. Ela abraça-me. — ias matando me do coração.
— Não foi minha intenção. Eu não escolhi ser raptada. — Ela diz olhando-me nos olhos. — Yuna como está ? Ela morreu ?
— Yuna ainda está em coma induzido.
— eu estou fora de casa a quanto tempo ? — perguntava a Marie.
—praticamente três semanas. Já nem sei ! — realmente eu já estava perdida no tempo.— parece que foram anos.Marie olhou para a janela e suspirou.
— Nunca mais quero uma festa de aniversário, especialmente com palhaços.
— E eu avisei? — Eu realmente passei semanas dizendo que tinha um mau pressentimento sobre a festa e ninguém me deu ouvidos.
— Você estava estranha mesmo. Mas pelo menos o palhaço está morto! — Marie tirou a almofada das costas e me abraçou. — Quando vamos para casa?
— Temos que esperar pela autorização médica e policial para que possamos ir para casa. — Eu estava preocupada com isso, porque ter acusado Reddington me ligava a ele de alguma forma.
— E o padrinho não veio visitar-me?
Olho para a Marie, surpreendida por ela mencionar o Shane.
— O que foi? Durante todos estes dias, só pensei em ti, no bobo do padrinho e na Yuna. Nem sei porquê!
— É normal sentir saudades de pessoas que são importantes para nós, mesmo que às vezes fiquemos confusos acerca dos nossos sentimentos.
— E o tio Burke? — Marie parece confusa e levanta uma sobrancelha. — Não tinha pensado nisso, mas gosto mais do tio Burke do que do padrinho, mesmo assim sinto mais saudades do padrinho. Eu achava que ele iria me salvar.
— Às vezes, as pessoas amam alguém, mas não conseguem estar com essa pessoa porque isso pode ser perigoso ou doloroso. Então, elas acabam escolhendo alguém que não é o amor verdadeiro delas. Mas isso não significa que não sintam falta da pessoa amada... — Digo e logo percebo que este tipo de conversa não é comum para mim. — Queres um pouco de água? — Mudo o assunto.
— Mãe, não entendi o que isso tem a ver com o padrinho e o tio Burke? Mudaste de especialidade, de cardiologista para psiquiatra? Isso não parece muito a tua cara. — Ela diz enquanto bebe um pouco de água.
Eu mesma não tinha entendido muito bem o que estava dizendo.
— Um dia você vai entender.
— Eu não gosto quando as pessoas falam assim, parece que eu não entendo as coisas. — Marie volta a olhar pela janela.
— Tente dormir, você passou por dias bem complicados. — Começo a acariciar o cabelo de Marie para que ela consiga dormir. — Desculpe, não foi minha intenção te deixar confusa. Acho que estou um pouco cansada e distraída. — Digo suavemente, percebendo que não fui muito clara. — Vamos esquecer isso, tá bom?
Marie me olha e sorri.
— Tudo bem, mãe. — Ela se aconchega na cama e fecha os olhos.
Burke consegue entrar, mas Marie já estava dormindo. Ele dá um beijo na testa da criança e um selinho em mim.
— Ela perguntou por Yuna e eu nunca mais a vi. — Suspiro.
— Shane não tem ido? — Pergunta Burke.
— Não faço ideia, ele tem cuidado do instituto. Preciso ver como as coisas estão por lá! — Marie abre os olhos.
— Você deixou o padrinho cuidar dos negócios? — Diz Marie sonolenta. — Vamos à falência.
Eu sorrio para Marie e acaricio seu rosto.
— Não se preocupe, pequena, o padrinho sabe cuidar dos negócios. Ele é muito inteligente e competente. E nós temos pessoas trabalhando conosco também. Não vamos à falência.
— Já te disse que não gosto que fale do seu padrinho assim! — Diz Burke olhando para ela, mas ela finge que está dormindo.
— Ela só diz isso da boca para fora, não é preciso levar tudo o que ela diz a sério... — dou de ombros, tentando tranquilizar Burke.
— Cristina, quando chegarmos lá, eu vejo como está a situação da Yuna. Na última vez que soube, ela ainda estava em coma, mas espero que tenha havido alguma mudança. — responde Burke, olhando para mim.
Marie precisou ficar internada durante três dias para fazer diversas averiguações médicas. Por vezes, senti que eu própria era suspeita de ter raptado a minha filha, pela forma como os guardas falavam comigo.
Quando finalmente chegamos em casa, Shane havia decorado com balões para receber Marie. Eu sabia que a intenção era boa, mas Marie não gostou, ela não queria ser lembrada do que aconteceu. Tentei conversar com ela e tranquilizá-la, mas era difícil. Era preciso dar tempo ao tempo para que ela se recuperasse completamente.
Passou um mês desde que Marie voltou para casa, mas ela ainda não tinha voltado à escola. Eu tinha muito medo de deixá-la ir, então trazia-a comigo para o trabalho e ela assistia às aulas virtuais que a professora dela disponibilizou. Apesar de sabermos que a educação virtual é diferente, Marie conseguiu acompanhar a matéria que foi dada durante o período em que esteve desaparecida.
Mas houve um dia em que ela me obrigou a levá-la à escola. Marie sempre foi corajosa e sabia que, mais cedo ou mais tarde, teria que enfrentar os colegas novamente. Assim que ela entrou, os colegas se aproximaram dela e começaram a fazer várias perguntas.
Klaus e Giovanni tentaram tirá-la do meio das crianças que a rodeavam com perguntas. Quando souberam que Marie ia voltar, levaram-lhe peluches como presentes. Marie sorria envergonhada, mas não parecia estar gostando muito daquela atenção toda.
Eu retomei minha vida normal, com Shane trazendo-me um café.
— Acho que nunca mais quero passar por um mês assim. — suspiro, apoiando a cabeça na secretária.
— O Burke tem te dado espaço? E a mãe dele e a tua? Não quis me envolver muito na tua vida privada, mas percebi que o Burke não gostou de você ter ido dormir na minha casa.
Levanto a cabeça e olho para Shane.
— Ele não tem nada a dizer. Sou livre para fazer minhas próprias escolhas e tenho amigos. Ele terá que lidar com isso. — cruzo os braços. — Já conversamos sobre isso, eu e o Burke.
Recebo uma mensagem de um número desconhecido.
— Quem é essa mensagem? — Shane pergunta, curioso pelo meu ar surpreso por não conhecer o número.
Olho para o telemóvel e franzo o cenho.
— É um número desconhecido, não conheço. — Respondo, abrindo a mensagem. Leio o conteúdo e sinto meu coração acelerar.— É só algumas contas para pagar. — Minto para Shane.— você pode ir buscar Marie a escola?
Shane sai da minha sala claramente insatisfeito comigo.
Continuo a ler a mensagem, tentando entender o que a pessoa quer de mim. Mas sei que não adianta fugir, mais cedo ou mais tarde serei pega. Então, às 18h, saio do instituto e vou até a igreja, como dizia a mensagem. Achei estranho não haver ninguém à minha espera, já estava quase na hora marcada quando subi as escadas.
Ao entrar, ouço uma música de fundo tocando: "Amazing Grace". Começo a caminhar e pergunto:
— Não adormeceu o padre?
— Claro que sim! — responde Reddington, sorrindo para mim.
— Ele vai acabar lembrando de si. — Digo cruzando os braços
— A medicação que lhe dou provoca amnésia e ele dorme tranquilamente.
— um encontro numa igreja ? Virou religioso.
— Eu tenho a minha fé, de uma forma estranha mas tenho. — ele sorri.— queria ter levado a outro sítio mas com a situação gerada com o desaparecimento da Marie meu rosto está visivelmente reconhecível agora. — ele muda de assunto. — Estou bastante surpreso por ter vindo.
Eu me aproximo dele e olho nos seus olhos.
— Se eu não tivesse vindo, alguém teria vindo atrás de mim.
— Eu não mandei ninguém atrás de você. — diz Reddington, olhando fixamente para mim. — Desta vez, se veio, foi porque quis. — acabo por corar.— Iria esperar só meia hora.
— Isso é estranho ! — Ele não me deixa acabar de falar .
Reddington segura meu rosto, envolvendo-o em suas mãos, e então me beija apaixonadamente. Esquecendo me que estou numa igreja, correspondo ao beijo, sentindo seus lábios se moverem contra os meus com urgência e intensidade. O beijo parece durar uma eternidade, e quando finalmente nos separamos, estou ofegante e trêmula. Ele olha para mim, meus olhos ainda continuavam fechados, saboreando o sabor do seu beijo.
— Não há nada estranho nisso, você achou estranho eu querer estar contigo ?
Sua voz soa rouca e carregada de emoção. Eu o encaro, ainda meio atordoada pelo beijo.
— Não, não achei estranho. Só não sabia o que esperar. — sorrio.
Ele sorri, com um brilho nos olhos.
— Espere o inesperado, Cristina. É sempre melhor assim.
E então, sem dizer mais nada, ele me beija novamente, fazendo meu corpo tremer. Ele vai trancar a porta da igreja deixando-me ainda em transe.
— Isso é bom ou mau ? — pergunto quando vou ao encontro do seu abraço
Reddington me abraça com força, seus braços envolvendo meu corpo e me puxando para perto.
— É bom, Cristina. É muito bom. — ele sussurra em meu ouvido.
Eu fecho os olhos e me entrego ao seu abraço.
As suas mãos sobem pelas minhas costas enquanto andamos desajeitados até ao altar, num beijo colado. Algumas estatuetas caem ao chão, quando puxo por ele pelo colarinho da sua camisa.
— Lá se vai o São Nicolau de Flüe! — diz ele. Fiquei surpreendida com esse homem, ele conhecia tudo.
— É muito sacrilégio… É muito pecado junto.— Ele ajuda-me a sentar na bancada do padre e afasta todos os artifícios. Hoje, não se ia rezar a missa. Enquanto ele me olha, eu tiro-lhe o colete e a gravata. — Mas é tão bom.
— Não considero pecado algo que é feito por vontade dos dois. — Ele volta a encarar-me. — Você quer, não quer?
Seguro-lhe o rosto e pergunto:
— Não se nota? — Tiro a minha blusa, ficando só de sutiã. — Quero mais que tudo!
Ele deita-me sobre a bancada e tira a sua camisa. Seus olhos percorrem meu corpo. Ele beija-me o ventre, dando pequenas mordidas nele, enquanto sua mão acaricia a parte interna da minha coxa tocando por cima da roupa. Sinto a pele arrepiar-se, e minha perna dobra-se de prazer. Ele beija meu pescoço, sugando-o levemente, enquanto sua outra mão acaricia a outra perna. Abre o botão das minhas calças de ganga e percorre o caminho com beijos até arrancar toda a minha roupa deixando me nua.
— Nota-se! — Diz ele. — Consigo sentir a energia que emana.
tento-me tapar quando ganho consciência onde estava, mesmo não sendo católica ou tenha fé alguma era sempre um sítio público.
— Odeio, meio vestidas, eu quero fazer amor contigo, aqui agora, assim como veio ao mundo! — ele passa a sua mão entre meus peitos ao mesmo tempo que beija cada um dos meus seios, dando pequenas mordidas.
Os beijos dele vão de encontro ao que mais interessava.
Eu tornei-me a sua última ceia. Mas essa última ceia, entre nós dois, não era uma comunhão de santidade ou devoção, mas sim uma profanação do altar e dos objetos sagrados que o cercavam. Era uma união impura, cheia de pecado mas que ao mesmo tempo me dava um prazer divino, as vezes que cheguei a lua, com a língua do Reddington em mim.
— Pode ser a nossa última ceia, mas quero que seja lembrada para sempre! — Diz ele, enquanto não satisfeito ele brinca com a cera da vela que ardia Perto da bancada. Ele deixou cair um pouco dela na minha perna, fazendo me gemer, a mistura de dor com prazer é incontável, nem questionei, fiz daquilo uma batalha, deito ele na bancada, segurando o seu membro ereto, minha língua passa por sua glande, a língua passa por cada pedaço daquele pedaço de carne, quando, ele percebe que estava quase atingindo na minha boca, ele afasta-me e pondo-me por baixo dele.
— Não gosta de uma mulher tomar controlo da situação? — ele sorri me e segura-me o cabelo e a voz rouca de Reddington ecoa pelo templo sagrado, enquanto ele inicia um beijo no meu pescoço, fazendo meu coração palpitar como uma taquicardia.
— Quero-te tanto, Cristina! — Ele penetra-me enquanto os nossos lábios se tocam, eu seguro-lhe o rosto para que ele não pare o beijo.
Os nossos corpos movem-se em um ritmo frenético e selvagem, sem nos importarmos com os objetos sagrados que nos cercam.
O som de nossas respirações ofegantes e gemidos de prazer mistura-se com o crepitar das velas e o ranger do piso antigo. Parece que estamos sozinhos no mundo, apenas eu e ele.
Nunca antes, em tantos anos, havia experimentado algo assim. As sensações que Reddington me proporcionou eram tão reais, tão sensacionais que eu queria falar o que estava a sentir, mas ele não deixava. Não necessitava de grandes malabarismos para atingir um clímax que deixava as pernas a tremer. Bastava ele, apenas ele.
Reddington era capaz de me levar a lugares que eu nunca havia estado antes, não apenas fisicamente, mas emocionalmente. A cada toque, a cada beijo, sentia o meu coração acelerar e uma emoção intensa crescer dentro de mim. Era como se eu tivesse sido despertada para um novo mundo.
Cada vez que estávamos juntos, parecia que tudo fazia sentido. Ele era a minha perdição.
Continua...
"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio." -
Martin Luther King Jr.
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