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46- In the End- Linkin Park.





Entro no meu escritório, finalmente podendo voltar à rotina depois de um fim de semana terrível. Não demora muito e alguém bate à porta.

— Raios, nem aqui eu tenho paz. — digo num sussurro enquanto me levanto. — Entre!

A Érica entra no meu escritório e sorri ao cumprimentar-me.

— Bom dia, vim trazer o meu relatório que prova que estou apta para trabalhar. — ela joga os papéis na minha mesa e finjo que os leio.

— Ok, obrigada. — Ela vira-se para ir embora, mas eu chamo-a antes que saia. — Érica? Posso falar contigo?

— Claro, o que desejas dizer? — ela pergunta curiosa.

Respiro fundo antes de começar a falar.

— Talvez tenha sido injusta contigo naquela situação do teu namorado.

Ela interrompe-me.

— Ex-namorado!

— Isso... — eu desvalorizo o que ela disse. — Como está a situação com a polícia?

— Eu fiz a queixa com o nome que tinha e com o número de telemóvel mas infelizmente era um pré-pago. — Ela suspirou. — Como tinha tirado uma foto, mostrei. Acreditas que eles não acreditaram em mim? Ligaram-me a perguntar se tinha a certeza...

— Acredito! — Olho para ela, compreendendo a sua frustração.

— Então, não ia me lembrar do dia em que tirei a foto? — diz ela indignada. — Foi pouco antes da gravidez. Nem sei como ele não partiu o telemóvel neste dia. O cavalheiro tornou-se um monstro no dia em que pus os pés na Europa.

— Lamento. Deves ter gostado muito dele, imagino o que deves estar a sentir...

— Talvez não goste tanto dele como pensa, mas é inquietante, charmoso e bastante inteligente... Bem manipulador... — Ela fica inquieta e senta. — Ele manipulou-me para vir para aqui. Ainda IPestou para entender o porquê. — Ela suspira. — Bem não interessa, vamos deixar as autoridades trabalharem, era só isso Yang?

— Bem, se precisar de alguma coisa é só dizer...! — digo, tentando mudar de assunto.

— O fim de semana correu bem? — ela cruza os braços.

— Está tão simpática! — dou um sorriso sarcástico.

— É descobri que temos muita coisa em comum. — ela solta uma gargalhada. — Um exemplo é que você foi namorada do meu namorado! — anúncio com um sorriso malicioso.

Érica fica atrapalhada, corando como um tomate.

— O quê? Como você sabe disso? — ela gagueja.

— Ah, eu ouvi falar. — minto com naturalidade. — E a minha futura sogra não gosta nada de si também.

— Esse desgraçado falou disso?! Ordinário! — ela fica surpreendentemente ofendida. — Ele está morto para mim!

Ela ajeita o seu cabelo, visivelmente chateada, levanta-se e sai do meu escritório atrapalhada. Se fosse uma mulher ciumenta, iria haver problemas.
Solto uma gargalhada.

Saiu em direção ao bloco operatório rindo da situação que até Francesca achou me estranha.

— Cancela todas as reuniões e birras de cardiologistas, vou para o bloco e só espero sair de lá à noite,
direita para casa! - ordeno a Francesca.

— Certíssimo, dra. Cristina! E se a birra for muito extensa? - brinca ela.

— Francesca, lembre-se que é apenas uma secretária, não pode falar assim dos seus superiores. - relembro em tom firme. - Eu posso, mas você não! E se a birra for extensa, mande-os para o psicólogo!

Francesca assente com a cabeça, mostrando que entendeu a mensagem, e eu sigo em frente para o bloco, pronta para mais um dia intenso no instituto.

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Um mês se passou e Viviane veio passar alguns dias em nossa casa enquanto decide o que fazer da sua vida. Eu a aconselhei a seguir o desejo do pai dela, mas na área musical, pois as duas coisas podem funcionar juntas. Ela pode ser professora e dar aulas de música, só precisa ter empenho.

— Tudo é possível quando se quer muito! Viver só de música não é fácil, mocinha! — Tornar-se uma conselheira de uma jovem de 18 anos não era para mim, mas ela me via assim.

Na minha vida, eu só esperava que Marie não fosse tão indecisa em relação ao que fazer com a própria vida! Seria um total fracasso como mãe se ela se tornasse assim.

— Cristina, estou organizando a festa de aniversário da Marie. — Viviane sorri para mim. — Ela quer o tema corações e eu estou correndo para convidar todos os meninos da turma. Resolvi falar diretamente com os pais, porque só três alunos confirmaram presença na festa. Os outros dizem que Marie não é amiga deles.

— Aposto que esses três são os únicos amigos da Marie! Eles provavelmente competem com ela em notas! — Dou uma pequena gargalhada. — Nós não damos muita importância a festas de aniversário. Enfim, estou com um mau pressentimento! — Realmente não estava me sentindo bem em relação à festa, mas não conseguia explicar o porquê. Minha preocupação é que algo possa acontecer e não sei exatamente o que é.

— Cristina são más energias, eu estou cansada de dizer isso a sua mãe ! — Dizia Yuna enquanto fazia uma trança a Marie. — desde que aquele homem que me deu dinheiro, eu sinto energias carregadas !

— Que homem ? Os das pedrinhas? — Marie olha para Yuna. -- Ele mentiu disse que vinha trazer mais pedrinhas.

— que disparate .... ! Só dizem asneiras digo eu chateada com as conversas dela, viro-me para Viviane. — tome meu cartão e pague o que for preciso ! — pego a minha mala para ir trabalhar mas Marie vem correr ao meu alcance .

— mãe, olhe o que quero fazer ! — Dizia ela entusiasmada e aos saltinhos, Marie queria que o espaço da festa tivesse corações em forma de papel machê, que imitassem o formato do coração humano. Cada coração seria decorado com uma fita cor de rosa, criando um ambiente alegre e delicado. O tema escolhido por Marie era perfeito para expressar seu amor pela área da medicina que ela queria seguir, tornando a decoração ainda mais significativa. Como uma aspirante a cardiologista, ela achou importante ter aquilo em sua primeira festa.

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Chego ao meu andar e chamo Francesca, e Shane junta-se a nós.

— Quero que convoque todos os médicos e médicas que tenham filhos até aos 10 anos para irem para o centro de reuniões. E escolha também empregados de limpeza, enfermeiros e auxiliares... cerca de dez de cada, com a mesma exigência de terem filhos até aos 10 anos.

Shane levanta-se muito indignado comigo.

— Vai despedir pessoas por terem filhos? Isso é ilegal e é uma má gestão! É normal as pessoas terem filhos!

— Não seja idiota! Vou convidá-los para a festa da minha filha... — dou um sorriso fraco. — Marie é uma criança inteligente, mas também é bastante arrogante, e seus colegas não gostam muito dela. Por isso, estou convidando os pais dos seus colegas para a festa dela, mas muitos deles não querem vir. Só há três crianças confirmadas, e eu quero ter certeza de que Marie terá uma festa adequada. Então, estou convidando esses pais do instituto com a condição de que eles tragam seus filhos. Não estou despedindo ninguém, Shane, apenas tentando garantir que Marie, minha filha tenha uma festa de aniversário adequada. — suspiro.

— Eu não acho isso correto, Cristina! Talvez seja uma maneira de Marie aprender a ser mais simpática e menos arrogante! — Mando Francesca sair e fico a olhar para Shane com ar chateada.

À tarde, chamam-me para dizer que já está tudo preparado. Claro que a maioria não entendeu nada, mas mostram um ar feliz, mesmo que eu saiba que é falso. Uma jovem vem correndo ter comigo.

— Dra. Yang, desculpe, eu não posso ir, estou escalada para trabalhar aos sábados.

— Isso não é motivo, é só trocar com a sua colega que não tenha filhos. Diga que fui eu que mandei! — Toco no botão do elevador para entrar, mas ela entra atrás de mim.

— Eu não tenho dinheiro para ir a festas. Cheguei à Suíça há quatro meses, fugindo com os meus filhos do meu ex-marido. Minha irmã fica com eles aos fins de semana para que eu possa trabalhar e pagar o aluguel da minha casa.

Não tinha noção de que havia pessoas a trabalhar sem folgar. Se era algo que proibia, não estava consciente disso, mas para ser honesta, só sabia a parte médica.

— Como se chama? — pergunto.

— Teresa. Não me vai despedir, por favor!!! — Sorrio para ela, que estava visivelmente assustada com a possibilidade.

— Não, claro que não! Fale com o Dr. Shane Ross. Ele dará boleia, e eu mandarei os recursos humanos tratar desse dia.

Aquilo mexeu comigo de um jeito que eu não estava descansada se não fizesse nada. Eu realmente queixava-me de ter uma filha com a vida que levava, mas essa rapariga tinha uma vida pior que a minha.

— Francesca, lembra da minha casa quando eu vim para Zurique? Quero que contrate uma equipa para fazer uma limpeza geral. Eu acho que os impostos estão em dia?! — Fico em dúvida porque é Francesca que trata dessas partes burocráticas da minha vida. Ela era secretária do instituto, mas eu pago um extra a ela para essas coisas. Não confio em muita gente, então já a conheço bem.

— Está tudo certo, Dra. Yang! Eu trato disso todos os anos. — disse ela sorrindo enquanto apontava as coisas que eu pedi em seu bloco de notas.

— Dispense a Teresa da limpeza. Eu não preciso daquela casa. A coitada tem uma vida muito difícil. — disse eu, meio confusa com o que estava fazendo. — Eu sei que não é Natal, mas ela tem três filhos para criar sozinha, sem dinheiro... Entendo o quanto é difícil! Nós, mães solteiras, precisamos nos apoiar umas às outras.

— Compreendo? Dra. Yang, peço desculpas, mas você não compreende! Você não sabe o que é não ter dinheiro para alimentar alguém! — disse ela, quase chorando. Francesca era muito sensível; uma vez ela chorou ao lado da esposa de um paciente que veio me agradecer pessoalmente. Até fiquei envergonhada.

— Francesca, eu não gosto desses sentimentalismos! Faça o que eu mandei! — disse eu, enquanto ela saía da sala. Comecei a achar que dava muita confiança aos meus empregados.

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A minha mãe chegou para ajudar com os preparativos, o que ela fazia muito bem, visto que era ela quem cuidava da decoração. O meu padrasto não veio e ainda tivemos que lidar com a arrogância da mãe do Burke, a Jane, que achava que o vestido que a Marie estava a usar não era apropriado para a festa.

Passámos a noite a preparar 89 brindes para as crianças, enquanto o Burke e a Viviane arrumavam o espaço para o evento.

— Não sabia que a Marie tinha tantos amigos! — dizia a minha mãe enquanto colocava lápis de cor e cadernos de pintura em sacos de papel vermelhos.

— A turma dela só tem 25 alunos, todos os outros convidados são filhos dos funcionários do instituto. — sorri enquanto separava os sacos para meninos e meninas.

— Exibições baratas! Para que tanta gente numa festa de sete anos? — reclamava a Jane enquanto fazia brigadeiros. — Isto nunca são apenas 89 pessoas, os pais também ficam para comer.

— Mas a senhora está a fazer isto porque quer, nós temos serviços de catering... — disse eu.

— Cristina, olha a forma como falas! — a minha mãe reclamou comigo. — Jane, desculpa a forma como a Cristina fala!

— Já estou habituada à forma como ela fala comigo! — suspirou a Jane. — Vou pedir à tua empregada para descascar legumes e fazer uma sopa. — A minha mãe trouxe a sua empregada da Califórnia para ajudar com os preparativos, mas era apenas um puro exibicionismo para mostrar que tinha dinheiro. Mal sabia ela que o dinheiro que a minha mãe usava era do meu padrasto.

— Não te preocupes, ela é uma senhora muito dedicada, vai fazer isso com certeza, Jane! — a minha mãe tentou acalmar a situação.

— Não se preocupem com a sopa, ninguém a vai comer, já temos muita comida lá! — disse para tranquilizá-los.

Tentei ignorar estes sentimentos e concentrar-me em organizar os brindes para as crianças, mas a tensão em mim só aumentava. Será que devia ter tomado alguma atitude para evitar problemas? Será que esta festa era mesmo uma boa ideia?

A Jane continuou a agir de forma arrogante durante toda a noite, criticando tudo o que fazíamos e tentando controlar a situação. Não conseguia afastar a sensação de que algo ia correr mal. Enquanto elas discutiam ideias, fui ver a Marie três vezes e acabei por dormir com ela naquela noite.

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Por esta hora, há sete anos, Marie tinha nascido. Acordo-a ajeitando-lhe o cabelo, que estava despenteado e embaraçado com o meu.

— Parabéns! — digo enquanto ela abre os olhos.

— Obrigada, mãe! — ela sorri. — Tu estás estranha, está a acontecer alguma coisa?

Penteio o cabelo dela com os meus dedos.

— Não, só queria que soubesses — engulo a saliva que tinha na boca — que tenho muito orgulho em ser tua mãe!

Os meus olhos marejam-se enquanto olho para a minha filha, sentindo o amor e o orgulho a inundarem-me o coração.

— Mãe, tu não estás bem. — ela abre a boca surpresa. — Eu também gosto de ser tua filha! Vou tomar banho e abrir as prendas que estão cá em casa. O avô-padrasto mandou muitas, mais as tuas, a da bruxa e a Yuna deu um envelope com dinheiro. Mas mandou não dizer nada porque é pouco e não gosta que pensem que é pobre.

Ela salta da cama entusiasmada.

— Wow, isso é incrível! — digo, tentando acompanhar o entusiasmo dela.

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O senhor aproximou-se e disse:
— Dra. Yang, aqui estão as pulseiras com GPS que pediram! — Ele colocou uma pulseira na mão de Marie e acrescentou: — Vão ficar duas pessoas responsáveis por colocar uma pulseira em cada criança.

— Exatamente, é isso mesmo. — Eu sorri para o organizador.

Burke, confuso, perguntou:
— Para que são essas pulseiras?

— Porque eu quero. — Respondi, colocando a pulseira em Marie. — Burke, há muitas pessoas aqui e sinto que precisamos disso.

— Você está ficando muito paranóica! — Ele riu. — Olha, os palhaços chegaram!

Eles se afastam para ir ter com os responsáveis pelo Dr. Sorriso. Uma associação que angaria dinheiro para crianças da ala da pediatria, Burke é amigo do seu fundador.

O palhaço, com uma peruca amarela e um chapéu da mesma cor, aproximou-se de mim. Ele tinha um corpo musculado, apesar de estar vestido com uma roupa larga e colorida. Sua maquilhagem borrada e o nariz vermelho escondiam suas feições, mas seus olhos estavam fixos em mim. Ele falou com uma voz animada:

— As coisas acontecem, é sempre bom prevenir! O perigo está sempre a espreita!

Eu sorri para ele e notei que, apesar de sua aparência divertida, ele parecia sério em suas palavras. Então, decidi ir encontrar Burke.

Encontrei Burke conversando com o fundador do Dr. Sorriso, um homem amigável e simpático que me cumprimentou assim que me aproximei.

— Dra. Yang, é um prazer conhecê-la! — Ele estendeu a mão para cumprimentar-me.

— O prazer é meu, senhor... — Respondi, sem lembrar do seu nome.

— Meu nome é Carlos. — Ele sorriu. — Burke falou muito sobre você. Parece que você é muito dedicada aos seus pacientes.

— Sim, tento fazer o melhor que posso para ajudá-los. — Respondi, agradecida pelo elogio.

Burke interrompeu a conversa:

— Vamos, o pessoal da associação está organizando um jogo para as crianças. Vamos juntar-nos a eles.

Seguimos Burke em direção ao grupo de voluntários que estavam se preparando para brincar com as crianças. Eu sentia que a pulseira com GPS em cada criança me dava uma certa segurança. Talvez Burke estivesse certo e eu estava a ficar um pouco paranóica, mas preferia prevenir do que remediar.

A festa estava a decorrer bem e as crianças estavam a divertir-se bastante. Houve uma agitação quando os palhaços chegaram e a caça ao tesouro foi um sucesso. Enquanto isso, a minha mãe e a mãe de Burke conversavam educadamente com os outros convidados.

Chegou a hora de cantar os parabéns para a aniversariante, que estava radiante por ser o centro das atenções e estava rodeada de presentes. Os animadores da festa chamaram as crianças para se juntarem na sala.

Nesse momento, Marie puxou-me o vestido e disse que precisava de ir à casa de banho. Eu estava a conversar com um colega de trabalho e disse-lhe para aguentar até depois dos parabéns. Yuna apareceu e ofereceu-se para levar Marie à casa de banho.

As duas saíram e Marie correu à frente de Yuna, que tentava acompanhá-la com o seu vestido cor-de-rosa. Quando chegaram à casa de banho, um homem estranho, apareceu e cumprimentou elas:
— Olá senhoritas ! — agarrou Marie pelo braço e Yuna tentou libertá-la.

—Solte-a agora!— gritou Yuna, com raiva.

Yuna empurrou o homem com toda a força que conseguiu reunir, mas ele permaneceu imóvel e continuou a apertar o braço de Marie.
— Desculpe, senhora, mas terá que ser! —disse ele, com uma voz fria e determinada. — estava no sítio certo a hora errada ! —Então, sem hesitação, ele apertou o gatilho e Yuna soltou um grito agudo, caindo no chão com uma mão no peito ensanguentado. Marie gritava desesperada e tentava se libertar, mas o homem a segurava com força.

Quando oiço o tiro, olho para o Shane e ele, juntamente com alguns seguranças, correm para o local onde o som veio. Enquanto isso, desesperada, grito pela Marie.

— Marie!!!! — Shane chega perto de mim, a chorar.

— A Yuna foi baleada e Marie desapareceu! — diz shane, soluçando.

Os seguranças revistaram a área e descobriram que uma janela estava aberta. Só se ouvia o som de um carro a afastar-se ao longe.  O rapto de Marie era uma realidade.

— Eu sabia Shane que essa festa nunca devia ter acontecido. — choro desesperada enquanto o Shane me agarra.

continua...

"A melhor maneira de prevenir um rapto é estar sempre alerta e consciente de seus arredores. Conhecimento e precaução são suas melhores defesas." - Desconhecido

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