39- Favorite crime - Olivia rodrigo
Ouvia a voz de Dembe, atrás de mim, não dava para fugir, nem tinha vontade de o fazer, a culpa era minha, sempre foi, ia ter que levar com essas situações o resto da minha vida.
Fecho os meus olhos com força para que tudo desaparece-se mas, resolvo encarar ele.
- Nunca vou livrar-me dele ? Denver o que fiz eu ?
- Dembe. Não sei, terá que repensar as suas atitudes, se Reddington chama por si, você tem que ir, largar tudo e simplesmente ir! Você está com sorte que ele está de bom humor.- Baixo a cabeça em sinal de desistência e cansaço. - Ele não fará mal, só quer conversar, porque ele se quisesse fazer mal, acha que chegaria até aqui ? Dra Cristina, eu já teria matado na primeira vez que acertou-me com a mala. - Ele abre caminho, acompanha-me até ao carro dele. - E olhe Dra, a única mulher que me bateu foi a minha santa mãe.
- Sua mãe deve estar muito orgulhosa de si! - Falo com ironia, acredito que ele seja burro o bastante para não entender.
Era estranho olhar para estrada parecia que estava a ir para a forca, mas o carro para a porta da minha casa.
- Invadiram a minha casa outra vez? - Saiu do carro e Dembe sai juntamente comigo.
- Abra a porta, Red mandou esperar aqui. - Eu abro a porta e ele entra comigo ficando a entrada da mesma, eu nem sabia o que fazer visto que ele não reagia, só ficava em pé com as pernas abertas e as mãos atrás das costas.
Uma hora depois a campainha toca, Dembe abre, Reddington se aproxima e beija-me a mão.
- Já viu que hoje toquei? E olhe que hoje você, merecia que a derruba-se. - Ele sorri.
- O que você quer de mim? - Cruzo os meus braços. - Acho que da última vez que nós vimos foi o suficiente. – Lembro-me que quase fui atropelada.
- Seu coração tremeu nessa hora? Dava para ver a pulsação na sua garganta. - ele chega perto da minha orelha.- pum, pum, pum, pum ! Diga-me uma coisa era medo ou emoção de me ver ? - Antes de eu responder, ele pede para Dembe ir embora para o carro.
"Não vou reagir as provocações dele! Vou ficar calada!"
- O gato comeu a língua, Cristina? Um passarinho me disse que você está a namorar o seu noivo fugitivo.
- Um urubu isso sim ! - indagava e ele solta uma gargalhada.
Ele volta aproxima-se o que me causa arrepios na espinha, tudo em mim pulsa.
- Verdade, ela tem mais classe que você em termos de educação, mas você ganha aos pontos em outros aspetos.
" Para de falar ao meu ouvido, ou para de falar apenas." - Fecho os olhos com força e acabo por soltar um pequeno gemido ao sentir a respiração dele, o hálito e a vontade enorme de o beijar sem saber o porquê disso .
"Pare de falar dessa vaca."
Enervada com aquilo que ele estava a dizer e por impulso dou uma bofetada nele, isso de sentir o meu corpo de uma forma estranha dava-me vontade de auto agredir-me, ele dessa vez não estava espera, e olha-me com raiva e mete as mãos a cintura dando para ver a arma presa no cinto.
Ele não pegou nela mas, eu tremia só de olhar, começo a fugir pela escadas, e ele vai a correr atrás de mim, eu sabia que se ele quisesse matar, era só dar um tiro mas meu cérebro deixou de pensar naquela hora, tranco-me no meu quarto.
- Cristina para de ser criança, tenho dois homens lá fora que partem a porta se quiser, tenho uma arma, ou dou tiros a porta mas aí posso arriscar acertar em si, e uma mancha de sangue ficaria aí no chão, a pequenina vem e vê a mãe caída no chão banhada no próprio sangue.
-Cala-te, me deixe em paz ! - gritava eu de dentro do quarto.
- Vai tentar saltar a janela? - A chaves caem ao chão.- Não é mau não ser criado por um progenitor, porque isso torna a pessoa forte e fria, tem as suas vantagens! - Ele tenta abrir a porta com alguma coisa.- Olhe para você tornou-se uma mulher forte depois da morte do seu pai, curiosidade Cristina, como foi ver o seu pai morrer ? Sentir o sangue dele nas suas mãos de criança. - Os meus olhos enchem de lágrimas, e começo a soluçar, tentando engolir o choro, porque sabia que ele ia conseguir abrir a porta e ia-me apanhar nesse momento, então limpo as lágrimas e abro a porta a ele.
- Porque você é assim ? - consigo notar que ele reparou que estava a chorar.
- Porque você não me mata logo? Acabe já com isso .
- Eu não quero matar você, se quisesse, já o tinha feito a anos! - Eu solto um riso e começo a chorar ao mesmo tempo, tento agredir ele outra vez, ele atira-me para cima da cama, deitando-se em cima de mim. - Saia de cima de mim ! - Ele imobiliza-me os braços, para que pare de debater-me, minha cara chega mais perto da dele. - larga-me o que está a fazer ? Sai da minha cama !
- Sei que é difícil confiar em mim, mas eu sou assassino não estuprador, então você vai acalmar-se !
- Não acredito nisso, você é um monstro! - ele larga-me as mãos e segura-me o rosto.
- O ano passado matei um político na Eslovénia, era para ser só um tiro, mas ao ir mais fundo no seu passado, descobri que ele gostava de manter relações com a sua própria filha de 16anos, não vou dizer como foi o fim dele. Mas digamos que a parte debaixo foi enfiada na sua propria garganta! Não vou dizer como porque, tenho respeito pela sua sanidade.—ele obriga-me a olhar para ele.– Eu sou filho de uma mulher e pai de uma menina então não faço as mulheres, o que não quero que façam as minhas.
- Largue-me ! - Ele larga-me o rosto e apoia suas mãos a cama, quando repara que estou mais calma.
- Cristina, eu já larguei as suas mãos, até seu rosto já deslarguei, se você quiser sair debaixo de mim, você consegue! A pergunta é : Você quer sair debaixo ? - consigo sentir a sua respiração em cima de mim, ele encosta seu rosto ao meu, passando o dedo por meus labios entreabertos. - Quer? - A minha pulsação aumenta quando ele acaricia-me o rosto e limpa as lágrimas que me restam.- Você tira-me do sério!
E sem pensar duas vezes, encosto os meus lábios aos dele, ao que ele retribui sem pensar muito , as mãos dele viajam por baixo da minha blusa.
Não sabia o que pensar, não sabia o que se passava comigo para não conseguir fugir dele, beijo ele com mais intensidade.
Dava para notar o desejo que ele tinha pelo meu corpo, a forma que ele agarra-me, que acredito que deixaria marcas.
Empurro ele de cima de mim deixando ele a olhar admirado, o rosto dele vermelho por conta de ser Branquinho, eu sorrio para ele, ajoelho-me na cama enquanto tiro a minha blusa, o rosto dele descontrai e volto a beijalo enquanto abro a camisa dele.
Ele segura-me os cabelos, para observar mais de perto o meu rosto, dou um sorriso.
- oh meu Deus que saudades ! - Eu mando ele calar, enquanto tiro a camisa dele, ele encosta meu peito ao dele, abrindo o sutiã.- Eu não autorizo você em outros braços... - achei aquilo possessivo mas naquela altura já nada estava normal, e os beijos dele no meu pescoço não me deixavam pensar. Ele volta a puxar-me o cabelo para trás. - ouviu ?
- Acho que temos um problema, eu desejo-te isso está visto! Mas eu não sou tua propriedade, aliás não sou de ninguém...- Faço que vou levantar-me mas ele me segura, e segura-me o rosto.
- Desculpa, você é o meu vicio que não tem cura, eu não consigo evitar.- ele volta a beijar-me.- Eu já sabia que estavas a namorar, mas saber que andas a fazer com outro... Isso mexeu comigo, eu não consigo controlar.
- Eu gostava de parar, mas não consigo, eu queria juro que queria... - volto a beijar ele, o botão das calças é aberto, ele deita-me para trás para tirar as mesma, acabamos por nós entregar um ao outro o resto da noite.
»»--⍟--««»»--⍟--««»»-
Estava exausta ao ponto do me corpo acabar por relaxar em cima do dele, ele não pregava olho mas também não se mexia para que eu dormi-se, ainda sem estar totalmente pegada no sono, consegui sentir as mãos dele passarem no cabelo, o que soava estranho, o que as vezes era violento outras vezes tinha esses momentos .
Quando o telemóvel toca, já sabia que ele ia embora então finjo estar mesmo a dormir para evitar falar, ele diz que já ia a pessoa do telemóvel.
Levanta-se veste a sua roupa, enquanto aperta o sinto consigo sentir ele olhar me nua, puxa da cama para tapar-me e beija-me o rosto.
- Sei que está acordada, não necessita abrir os olhos... - ele sai e eu sento-me na cama agarrada ao lençol, oiço a porta da rua a fechar.
Atiro-me para trás...
"O que estou a fazer da minha vida, agora virei prostituta do pai da minha filha, só faltou deixar-me a nota."
Vou para o duche e fico sentada no chão, e a água corria pelo meu corpo.
- Eu fui uma infiel!- começo a esfregar-me toda enquanto choro.
░▒▓█ Um mês depois █▓▒░
- Shane ! Vem cá ! - chamava ele a porta do meu gabinete, puxo ele para dentro.
- Que foi Cristina dessa vez ?
- O Burke falou de mim a um das filhas, e agora diz que quer que vá passar um fim de semana a Milão, ele diz que vai comprar outra casa... Para assumir em frente a família dele ... E para piorar disse isso tudo a frente da Marie, que está entusiasmada com a ideia de conhecer a casa do tio... O que faço ? - Shane arregala os olhos. - você não quer ir comigo ? Você não tem ar de quem foi a Milão ... Por favor ... Eu enfrento todo mundo menos a mãe dele...
Contínua...
"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
Clarice Lispector
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