3- Quelqu'un m'a dit-Carla Bruni
É possível que o nosso passado, independentemente de lembrarmos ou não, já esteja guardado em algum lugar?
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Julho de 2014
O meu vestido vermelho no chão, pisava sem dó nem piedade, enquanto ele me encostava à parede do quarto.
Não consegui evitar o gemido com a sensação das mãos dele na minha pele; os mamilos já estavam duros como pedra.
Eu já nem sequer tinha sutiã, arqueei os quadris e esfreguei-me nele, gemendo com as carícias da sua língua na minha boca e as suas mãos na minha pele.
Apertou a minha bunda com força, causando uma dor que provocava uma onda de prazer no meu baixo ventre, deixando-me inteiramente excitada.
Retirei-lhe a roupa; os meus dedos percorriam o corpo dele e risquei-lhe suavemente as costas com as unhas. Ele parou o beijo, automaticamente pensei que ele seria casado.
Entre gemidos baixinhos.
—Desculpe, você é casado? — Pergunto na inocência, sem certeza se deixei marcas ou se poderia deixar.
— Cale-se! — Diz ele, e eu, toda envolvida, calei-me, o que foi estranho para mim.
Olhou-me por segundos, rapidamente desceu para o meu pescoço e beijou-me.
Soltei um gemido quando senti a língua dele descendo até ao peito. Quando me mordeu delicadamente, finquei-lhe as unhas nos ombros. Não aguentava mais as preliminares, queria-o, mas fiquei com a sensação que ali não mandava!
Ele deita-me na cama sem afastar os olhos dos meus nem por um instante. Tampouco soltou os meus quadris. Ele segurava-me firme, encostando-me a ele para ter certeza de que eu prestava atenção.
Logo em seguida segurava o meu rosto.
— Vai ficar comigo a noite toda! Deixa eu mostrar-te quem manda! — E beija-me, sem dar margem de resposta.
Minha tendência para homens autoritários é demasiado elevada, e ele avisará ser bom a avaliar pessoas.
Ele para de beijar-me.
—Entendeu? — E volta a sua atenção para os meus ombros enquanto as suas mãos mexiam em todos os cantos do meu corpo.
—Sim — respondo gaguejando.
O meu coração começou a bater tão forte que tive certeza de que ele conseguia escutar. E, simples assim, acabei de concordar com algo que mudaria a minha vida.
Claro, que foi depois um desenrolar de coisas que prefiro não lembrar, não porque tenha sido mau! Mas sim porque há cantos da minha memória que não dá para transmitir nem para mim mesma.
Na manhã seguinte, desperto e ouço o som do chuveiro, penso que deve ter ido tomar um banho, impulsiva como sou, visto-me sem fazer nenhum barulho, deixando o colar para trás; não o encontrava em lado nenhum. Saio da porta ainda descalça porque com os saltos faria barulho, nem sei do que fugia, mas só sabia que tinha que fugir, odeio a conversa da manhã, fica algo romântico cheio de mimimi.
Ao sair da porta, estava um homem alto e careca, parecia uma mistura de gorila com buda.
—Bom dia! —Digo e saio a correr até ao elevador, calço os sapatos enquanto espero o mesmo!
Nem tinha reparado que ele tinha um andar do hotel só para ele.
— Se deu bem, Cristina! — Pensava alto na hora que entrava no elevador.
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*Presente*
Deixo a água correr até a temperatura ficar a meu gosto, entro no chuveiro, a água corre pelo meu corpo, a espuma entranha-se na minha pele, todo um momento sensual comigo mesma, quando olho e vejo uma sombra pequena atrás do vidro da box do chuveiro.
— Não tenho fardas lavadas para a escola! — Diz Marie ainda de pijama.
A nossa empregada tinha-se despedido mais uma vez; a Yuna diz que é babá, não é paga para fazer trabalhos domésticos.
— Que chatice! As pessoas são pagas para fazer um simples serviço e ainda reclamam; se queriam um trabalho melhor que estudassem! - Acabo o meu duche, altura mais sensual do meu dia desde há seis anos e meio para cá, e fico a falar sozinha, e Marie sentada na tampa da sanita a ouvir balbuciar frases de ódio contra a empregada.
—A sério, a minha casa dá mais trabalho que o meu emprego! —Falo enquanto me embrulho na toalha e vou para o quarto da Marie; a Marie segue-me até lá.
— Vamos lá então, onde estão as fardas sujas?
—Em cima da cadeira! —Aponta ela com a sua mão pequena e delicada.
Havia uma pilha de fardas sujas da semana toda; eu vou escolher a que está mais limpa para ela ir para a escola hoje.
— Hoje levo-te à escola e vou comprar mais umas fardas de reserva e depois vou fazer entrevistas com algumas senhoras para ver se estão aptas para vir para cá para casa!
—Mãe, eu penso que a nossa casa anda sempre desarrumada, então elas se assustam e vão embora! Pelo menos foi o que a penúltima empregada disse à Yuna, que eu ouvi!
—É uma casa com criança; é normal! - Marie dá de ombros porque sabe que se teimar comigo não chegamos à escola hoje.
Marie era uma criança pequenina e franzina, mas com uma personalidade forte e mentalidade crescida; aos três anos, na entrada para crescer, os meninos da idade dela andavam numa correria a chamar a mamã, ela tentou uma vez, mas corrigi logo para mãe.
— Eu sou sua mãe; essa é a forma que tem que tratar-me.
Não gosto de diminutivos que infantilizem as crianças e as pessoas terão que aprender a lidar com isso!
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"Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem."
Caiu abreu
𝐧𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫 : 𝑣𝑖𝑎𝑗𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑜 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑡𝑒 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎.
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