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5. Love really hurts without you

Prefiro morrer de paixão a morrer de tédio❞.
             - Vincent van Gogh

— Não acredito que você está realmente bonito! — murmuro, um pouco assombrado, assim que fecho a porta. — Eu achava que era photoshop em todas aquelas suas fotos em Roma!

— Big Boy, Big Boy, quando você vai perceber que eu que inventei a beleza? — Jungkook suspirou, se fazendo de ofendido.

— Vem cá, — eu abro os braços outra vez, rever meu melhor amigo é sem dúvidas uma das melhores sensações que já senti. — eu estava com saudades de você, de verdade! — em resposta, Jungkook sorri suavemente, seus braços passam pelos meus ombros e os apertam.

— Pelo menos estamos da mesma altura agora! — ele ri, sinto os cabelos da minha nuca se afastarem.

— Isso não é possível! Eu tenho 1,78. Quanto você tem? — rebato. Jungkook se afasta, mas permanece com as mãos nos meus ombros.

— Eu também estou com 1,78, sua anta! Isso é o que significa ter a mesma altura, sabe? — faço uma careta e me afasto.

— Deu tudo certo com as mercadorias? — pergunto. Não me surpreendo quando ele começa a reclamar:

— Meu pai fez isso de propósito, ele sabia que o cara ia deixar as mercadorias lá. É insuportável, Tae! Meu pai jura de pé junto que quero passar minha vida checando quantos papéis higiênicos faltam nas prateleiras! Ele vive dando aquele sermão dele, "você é meu único filho, tem que tomar conta das redes de supermercados que seu pai criou". — Jungkook se joga no sofá e fecha os olhos. — Eu não quero que esse seja meu futuro. — ele olha suplicante pra mim, e eu o entendo perfeitamente. Vivi a maior parte dos anos da minha vida ouvindo dos meus pais o que eles queriam que eu fosse. — Eu mostrei pro meu pai algumas letras das músicas que eu criei, achei que estavam boas, e que ele gostaria, que veria o futuro que estou tentando construir. — Jungkook solta uma risada amarga. Sento ao lado dele e seguro sua mão. — Sabe o que ele disse? — aperto sua mão para que continue, não sei quais foram exatamente as palavras ditas por Jeon Junhyun, mas sei que não foram de apoio. — Ele disse que eram uma merda, todas as letras, disse que eu não tinha jeito para escrever, que era melhor eu desistir antes de tentar voar e perceber que não tenho asas. — Jungkook encara o lustre aceso, e sei que ele está tentando não chorar. — Eu odeio meu pai, Taehyung, mas gosto tanto dele.

— Eu sinto muito que tenha ouvido isso, seu pai com certeza não sabe do que está falando. — coço minha nuca. — Mas ele já viveu a vida dele, Jungkook. — eu o encaro seriamente. — Se tem uma coisa que aprendi com tudo isso, é que preciso viver minha vida do meu jeito, porque lá na frente, quando aqueles que me prendem, se forem... o único a estar arrependido será eu. Caramba, Jungkook! Achar um sonho é tão difícil, não deixe que ninguém o impeça de seguir o seu! Se ele realmente te amar, vai ficar feliz ao te ver feliz, caso contrário, por que desperdiçar tempo com pessoas assim?

— Ele está preocupado com o dinheiro, sempre a droga do dinheiro! — Jungkook encolhe as pernas e as apoia no peito. Não o repreendo por estar com os sapatos em cima do sofá.

— É sempre isso, — rio baixinho. — não é como se o dinheiro fosse servir depois que ele estiver infeliz em um caixão. — empurro meu ombro sobre o dele. — Não pare de escrever, sei que quando você quer, coisas legais saem dessa cabeçorra!

Ele sorri, envergonhado. Ficamos em silêncio encarando o piso de madeira por alguns segundos.

— Então você ganhou um bolo... — ele sorri maldosamente pra mim, e sei que o rei do drama está de volta. — o frete foi grátis, ou você pagou com alguma coisa, huh? — ele ri quando faço uma careta de desgosto.

— Você acha que eu sou vendido desse jeito? — faço um bico e reviro os olhos.

— Ah, qual é! Então vai dizer que achou normal o cara aparecer na sua porta com um bolo?!

— Não achei normal, nem anormal, achei gentil. Por que? É proibido querer agradar vizinhos aqui em Daegu? — me remexo desconfortável no sofá. Na verdade, não vejo qual seria o problema nessa situação. Até agora não morri ou tive uma diarréia, então receber um bolo não é um problema. E outra, não é como se eu fosse mal-educado ao ponto de recusar um presente.

— Proibido não é, só não é comum! — ele lança outro daqueles sorrisos provocadores, sempre que os vejo e são direcionados para mim, tenho vontade de socá-lo, mas sou pacifista.

— Se continuar me olhando desse jeito você não vai comer nada! — levanto do sofá e estendo a mão. — Vamos, deixei várias caixas para nós dois! — mordo o lábio forçando uma expressão apaixonada.

Jungkook afunda ainda mais no sofá, depois desliza até o chão como uma minhoca. Reviro os olhos e cruzo os braços. Safado!

— Se não veio aqui pra me ajudar, por que veio? — o chuto na perna para que pare com o drama.

— Por três motivos, — ele levanta e espanta o pó da calça, depois afasta dos olhos uma mecha do cabelo negro. — Um, vim matar a saudade do meu melhor amigo bunda mole. — estendo meu dedo do meio, ele junta o polegar e o dedo indicador em um círculo e encaixa no meu dedo. Sempre infantil. — Dois, vim comer uma fatia do bolo do seu querido gato vizinho generoso. — Jungkook ri e se afasta de mim quando ameaço bater nele. — Que foi? É verdade!

— Que seja! Eu nem reparei nisso, se quer saber! — na verdade, eu reparei. Demais até.

— Big Boy, você sempre soube controlar sua língua, não suas expressões! Eu sei das coisas, ok? Confia no papai aqui, certo?

Resisto, dando de ombros. E daí que o cara era gato? O tal de Yoongi. Não é como se eu fosse me apaixonar pelo sujeito só porque ele deu algumas calorias a mais para minha barriga, e algumas horas a mais que vou passar no banheiro para eliminar tudo o que eu comi.

— Qual era o terceiro motivo? — pergunto, um pouco impaciente.

— Vou buscar, deixei no carro. — dizendo isso, ele vai em direção a porta e sai, me deixando com uma sobrancelha erguida em curiosidade. Poucos segundos depois, quando já estou sentado novamente no sofá, Jungkook chega com uma caixa nas mãos.

— Mais uma caixa de papelão para a minha coleção? — provoco.

— Sim, vai combinar com sua casa verde musgo. — finjo que estou prestes a vomitar. — Não é grande coisa, estava lá em casa pegando poeira e era a sua cara, então eu trouxe.

Eu pego a caixa e a apoio na minha perna. Ao abrí-la, arregalo os olhos, maravilhado.

— Uma vitrola! Meu deus, ela é perfeita! Como...? — paro de falar para analisar o objeto. Tem a cor vermelho-tijolo e parece muito velha. Dentro da caixa ainda há alguns discos, vejo Frank Sinatra, Billy Ocean, Ann Peebles, Bee Gees... — Jungkook, se eu não disse que amo você, eu amo!

— Interesseiro! — ele sorri. — Acho que meu avô deixou lá em casa pro meu pai, mas como eu disse, estava pegando poeira, e você é a única alma viva que eu conheço que curte música dos anos setenta! Então, não me agradeça. Na verdade, me agradeça sim, cadê meu pedaço de bolo? Se disser que comeu tudo, vou ser obrigado a pegar meu presente de volta.

— Quem é o interesseiro mesmo? — mas estou feliz demais para sequer revirar meus olhos. Apoio a vitrola em cima da mesa e a ligo, colocando um disco do Billy Ocean no prato giratório e arrumando a agulha até a voz de um dos meus cantores favoritos estarem saindo da caixa de madeira tão antiga quanto a própria música.

— Ah, não! — resmunga Jungkook assim que aumento o volume e o toque gostoso da bateria, da guitarra, dos violinos, me fazem dançar.

You run around town like a fool and you think that it's groovy... — cantarolo com a música e agito os braços sentindo a animação tomar conta de mim.

Fazendo um passinho improvisado vou chegando perto de Jungkook, ele continua de cara feia, mas não faz nada quando o puxo até o meio da sala para que dance comigo.

Eu o faço girar duas vezes e ele ri, fazendo o mesmo comigo logo depois. Batemos nossas mãos no ritmo da música, e em um simples momento, tudo de ruim é esquecido.

Baby, love really hurts without you, Love really hurts without you, And it's breaking my heart,
But what can I do, baby... — grito o refrão enquanto pulamos no tapete da sala, totalmente entregues a vibe da música. Meu amigo rebola tanto que acho que seu quadril ficará dolorido depois. Dou meu melhor para não ficar pra trás. Parece que estamos sendo possuídos por espíritos malignos? Sim! Mas quem liga?

Jungkook segura uma guitarra imaginária enquanto acompanha os acordes da música, já eu seguro as baquetas invisíveis enquanto bato na minha bateria imaginária.

Então estamos entregues, deixando apenas Billy Ocean na sala e dois jovens adultos que não precisam de mais problemas na vida.

***

— Você sabe que pode dormir aqui, está um pouco tarde para dirigir! — Jungkook abre a porta do carro, sem parecer preocupado.

— Não se preocupe, Big Boy, vou chegar em casa mais rápido que o rap do Eminem. — cruzo os braços, teimoso.

— Vai me mandar mensagem quando chegar? — pergunto.

— Sim, mamãe. — bato na cabeça de Jungkook, ele, por sua vez, bate na minha mão, e antes que eu possa devolver o tapa, ele fecha a porta do carro.

— Dirija com cuidado, otário! — falo e sinalizo para ele abrir a janela.

— Diga para o seu vizinho que o bolo estava um pecado, e que meu número está disponível caso ele queira brincar de Master Chef na minha casa! — arregalo os olhos. Às vezes, a ousadia de Jeon Jungkook me impressiona.

— Você precisa abaixar o fogo do seu rabo, isso sim! — reviro os olhos.

— Ui, ele se ofendeu. — Jungkook ri, debochado. — Tudo bem, pode ficar com o doceiro, eu prefiro salgado mesmo!

— Vai embora, vai! — sorrio. Jungkook liga a picape e olha pra mim. Sei que vai falar bosta.

— Tenha sonhos doces, de preferência, com o sabor cenoura e chocolate!

— Tenha pesadelos comigo, filho da mãe! — Jungkook ri alto.

— Você é doce como limão! — ele retruca. — Estou indo agora, para o seu azar. Eu te amo, Big Boy. — sorrio.

— Eu também te amo, Drama King.

Fico na calçada até Jungkook virar a esquina. Aperto o casaco no meu corpo para diminuir o frio da noite. Antes de entrar, vejo um carro parando em frente a casa do outro lado da rua, em seguida, Min Yoongi desce do automóvel. Acho que ele olha pra mim, por isso levanto a mão em uma saudação. Mas quando ele entra na casa, sem dar nenhuma resposta, me pergunto se ele me viu, ou apenas me ignorou.

Deixo isso de lado antes que se torne algo amargo para meu cérebro analisar. Dou meia-volta e entro em casa, pronto para dormir no sofá, já que Jungkook não me ajudou a montar a cama. Aquele cagão!

***
GLOSSÁRIO

Você corre ao redor da cidade como louca e acha que é agradável.

Querida, o amor machuca de verdade sem você O amor dói mesmo sem você E isso está partindo meu coração Mas o que posso fazer, baby.

***

Gente, honestamente, esse é meu capítulo favorito até agora. E lendo com a música que está na playlist fica ainda melhor, por causa da vibe (a música tem o mesmo nome do capitulo). Ainda não olhou a playlist? Vai na minha bio que você acha o link.

Não é Taekook, só pra avisar, ok? Mas escrever a interação desses dois personagens está sendo uma das melhores partes dos capítulos seguintes.

Quero ninguém passando pano pro Yoongi dessa fic, tá? Errado é errado.

Até a próxima terça!

Beijinhos!💙

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