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3. Welcome to the neighborhood

Nada pode ser amado ou odiado antes de ser compreendido❞.
- Leonardo da Vinci

Coloco a última caixa do caminhão no chão da minha nova sala. Minhas costas doem um pouco pelos movimentos repetitivos, e tudo o que eu mais quero agora, é uma bela ducha no meu novo banheiro, que, pessoalmente, ainda não sei onde fica, já que quem escolheu essa casa pra mim foi Jungkook, meu amigo de infância.

Agora é de verdade. Eu realmente me mudei, não foi apenas da boca pra fora enquanto eu discutia com meus pais, estou realmente do outro lado do mundo. Dezesseis horas de diferença.

Sinto meu peito ser esmagado lentamente, uma dor que não quero sentir. Lágrimas pesadas escorrem pelos meus olhos, lágrimas que não quero chorar. Mas eu permito que elas saiam, porque espero que sejam as últimas. Essa foi minha escolha, e não é como se eu estivesse arrependido dela.

Ouço o meu celular tocando em algum lugar, enxugo as lágrimas com as mãos enquanto olho em volta procurando o aparelho. Tento seguir o som, mas soa meio abafado, devo ter deixado escorregar e cair em uma das caixas. E, puta merda! Tem um monte de caixas aqui na sala.

— Onde está você, seu desgraçado? — murmuro, enquanto vou vasculhando as caixas rapidamente. — Só falta parar de tocar... — e não é que o filho da puta parou mesmo?! — Porra, isso é algum sinal? — ele retorna a tocar, agradeço silenciosamente quando a voz de Frank Sinatra retorna com o seu I'm blue every Monday.

Finalmente acho o desgraçado dentro da caixa de copos, seguro a vontade de tacá-lo na parede, porque se eu fizer isso, não terei mais nenhum, e parece que é obrigatório se comunicar com as pessoas, coisa que eu secretamente desaprovo.

E aí, Big Boy? Animado com a mudança? — diz Jungkook, a voz do safado é baixa, o que quer dizer que ele não vai vir me ajudar.

— Pelos meus cálculos, você já devia estar aqui! — retruco. Tropeço em uma das caixas e quase conheço a morte.

Big Boy, Big Boy, você nunca foi bom em cálculos, é por isso que virou pintor, não é? — reviro os olhos, mesmo que ele não possa ver. — Você acabou de revirar os olhos, não foi? Bem, de qualquer forma, não vou poder te agraciar com minha maravilhosa presença. Surgiu uns bagulhos pra mim resolver agora, ok?

Isso soa como uma desculpa esfarrapada, você não acha? — coloco o celular entre meu ombro e orelha e puxo a poltrona para o canto da sala.

Não, se eu estivesse mentindo, você não descobriria. — ele solta uma risada debochada. — Acontece que a mercadoria do supermercado chegou mais cedo, meu pai não está aqui, então vou ter que checar as coisas e assinar as papeladas. E, levando em consideração que você vai começar a trabalhar aqui próxima semana, acho melhor ainda existir um supermercado, não acha?

Certo, certo, agora vamos para a pergunta mais importante... verde musgo? É sério isso? Gosto das cores da janela, mas essa pintura da casa é uma desgraça.

Bem, não fui eu que pintei, o antigo dono deveria gostar, foi ele que pintou, Kim Namjoon, acho que esse era o nome dele, mas o cara simplesmente sumiu do mapa. Na minha opinião, ele foi para uma cidade melhor que essa, Daegu é o inferno na terra, você vai descobrir isso logo logo!

— Ainda bem que eu posso contar com você pra me animar! — comento, irônico. Me jogo no sofá e olho para o teto branco, há um pequeno lustre de lâmpadas cristalinas, imagino que fique bonito quando ligado à noite. Na verdade, a casa em si é muito bonita, eu realmente gostei dela, faz meus dedos formigarem para que eu pegue em um pincel e a reproduza em uma tela. Mas eu não faço ideia em qual caixa estão meus pincéis e tintas. Em resumo, uma merda.

— Claro que pode. — ele faz uma pausa, e sei que vai falar sério agora, conheço ele como a palma da minha mão. — Estou feliz que esteja aqui, de verdade, Taehyung. Você sabe que vou te apoiar em todas as suas decisões, qualquer coisa, cara! Eu passo aí pela noite, deixe algumas caixas pra mim.

— Ah, não se preocupe, vou deixar várias. — sorrio. — Obrigado, Jungkook!

Não me agradeça, agora que finalmente moramos na mesma cidade, você não tem mais desculpa para não fazer um quadro com meu belo rosto.

Isso é um desperdício das minhas habilidades. — rio.

Vá se foder, Big Boy. Eu te amo, nos vemos mais tarde?

Com certeza, só eu, você, e minhas caixas. — brinco enquanto puxo os fios soltos da minha bermuda.

Hm, mal posso esperar. — ele diz forçando uma voz sedutora.

— Eu te amo, até mais tarde! — desligo o celular e o equilibro no peito. Fecho os olhos e tento não pensar em nada, porque normalmente meus pensamentos são barulhentos demais, é por isso que eu pinto, para retirar algumas das ideias da minha cabeça. Quer dizer, não só por isso, há uma série de fatores que fizeram com que eu investisse na minha "carreira" como pintor.

1- Eu amo arte.

2- Eu sou ótimo em desenhos.

3- Eu sou ótimo com cores.

4- Meus pais não queriam que eu fosse pintor, então me tornei um.

Jungkook gosta principalmente do último motivo, esse lance de ser "rebelde" é uma coisa divertida pra ele. Mas eu não acho, já chorei muito por não ter o apoio que eu sempre quis. Não que eu seja um bebê chorão! Bem, na verdade, posso parecer duro por fora, mas no fundo eu acho que sou sentimental demais, acontece que não sei expressar isso, só nas minhas obras, é por isso que, às vezes, elas ficam melancólicas demais.

Um som estridente me faz pular de susto do sofá, aterriço de bunda no chão, olho em volta com os olhos arregalados, tentando entender que som foi esse. Por um momento, tudo fica silencioso novamente. Então o som de novo, é quase agourento, mas vem da porta. Solto uma gargalhada quando percebo que essa merda foi a campainha. Aparentemente a cor verde musgo não é meu maior problema, acho que se eu tiver que ouvir esse som de novo, vou preferir arrancar minhas orelhas.

Levanto do chão e quase piso em cima do meu celular que caiu junto comigo. Não faço ideia de quem pode ser, já que a única pessoa que conheço nessa cidade é o Jungkook, e ele não pode ter terminado de checar todas as mercadorias nesses minutos que se passaram.

Abro a porta e me deparo com a figura de um homem, ele tem os cabelos negros molhados, a pele é bastante branca, fazendo com que a tatuagem de seu pescoço pareça ainda mais escura do que preto. Eu não deveria encará-lo por tanto tempo, mas levando em consideração que ele está fazendo o mesmo comigo, acho que não tem problema.

Ele usa uma camisa branca de linho, e isso o deixa bastante sexy, por mais que eu não pretenda dizer isso pra ele, por mais que eu nem sequer deva estar pensando isso de alguém que acabei de ver apenas por alguns segundos!

— Eu... em que posso ajudar? — pergunto, depois de limpar minha garganta. O olhar dele não desvia do meu rosto, e não sei se acho isso emocionante, ou só esquisito mesmo.

O estranho pisca parecendo despertar de algum transe, então ele sorri. E, senhoras e senhores, puta que pariu, o sorriso dele é muito bonito. Ele estende algo pra mim, e só então percebo que é um boleiro, vejo um bolo com cobertura de chocolate, sinto minha boca salivar imediatamente.

— Bem-vindo à vizinhança! — o sorriso dele diminui um pouco. — Sou Min Yoongi, moro no outro lado da rua. — ele aponta para a casa do outro lado. É parecida com a minha, na verdade, todas as casas dessa rua são semelhantes, mas, ao contrário da minha, a casa dele é pintada de branco, e tem um belo jardim de entrada. Já tenho inveja dele.

— Ah, sim. — estendo minha mão para ele. — Meu nome é Kim Taehyung. — o tal de Yoongi olha para minha mão estendida na sua frente e... continua olhando, como se nunca tivesse visto uma mão na vida. Estou fazendo algo errado? Será que é rude estender a mão por aqui? Sinto minhas bochechas esquentarem, estou prestes a retirar minha mão e pedir desculpas, quando sinto a palma do homem se encaixar com a minha. A mão dele é muito menor que a minha, mas é bastante quente, e o contato é agradável. Ele olha pra mim e sorri outra vez, eu retribuo, porque não sei o que fazer agora.

— Espero que goste de bolo de cenoura, pensei que seria legal te receber assim, faz tempo que ninguém se muda para essa casa. — diz Yoongi.

— Eu... amo bolo de cenoura, e esse está com uma cara ótima! — ele me entrega o boleiro e suas mãos encostam nas minhas, deslizando por elas antes de soltar. Ou talvez eu esteja apenas imaginando que isso aconteceu. — Obrigado, você não precisava. — completo, um pouco sem graça.

— Só me agradeça se o bolo estiver com um gosto bom, não é todo dia que preparo um. — ele sorri sem mostrar os dentes e olha para minha roupa. Inconscientemente, acabo olhando também, de repente preocupado com o tipo de impressão que vou causar.

— Você deve me achar louco por estar de bermuda. — rio, um pouco nervoso. — Em minha defesa, na Califórnia estava fazendo um calor da porra enquanto eu embarcava no avião.

— Então você veio mesmo de um lugar quente... — ele diz em um tom mais baixo.

— Perdão? — troco o peso de um pé para o outro.

— Ah, não é nada! — ele sorri e olha em volta. — Espero que tenha trazido alguns casacos, o inverno está chegando, suas bermudas não vão servir quando a temperatura abaixar.

— Imagino que não... — murmuro. — mas tenho algumas coisas aqui que vão servir, não sou tão descuidado.

— Não foi isso que eu quis dizer, desculpe se pareceu rude. — as sobrancelhas do homem se juntam em confusão, e eu me sinto mal por não saber escolher palavras direito.

— Você conhecia o antigo morador? — mudo de assunto descaradamente.

— Por que está perguntando isso? — observo ele cruzar os braços, as tatuagens parecem se destacar ainda mais. Ele não parece muito contente agora, e devo admitir que a ausência do sorriso muda o rosto dele inteiro. Não entendo o porquê dele parecer... ofendido?... pela minha pergunta. Ainda assim, resolvo manter o bom humor, a última coisa que eu quero é fazer inimizades no meu primeiro dia em Daegu.

— Não gostei da cor da casa, — forço uma risada. — acho que o antigo dono não entendia muito de cores.

— Era isso? — o rosto dele parece se suavizar, ele sorri novamente. — Bem, se lhe serve de consolo, ele poderia ter pintado a casa de laranja, o que seria dez vezes pior. — dessa vez eu rio de verdade. — Acho que o nome dele era Namjoon, nos falamos poucas vezes, ouvi que ele se mudou para Seul.

— E deixou a casa para trás, simplesmente? Esse cara devia ser louco!

— Bem, é uma teoria, mas não podemos esperar coisas boas de alguém que pinta uma casa de verde musgo. — eu rio outra vez. Até que esse cara é legal.

— Eu até o convidaria para entrar, mas não há nada no lugar aqui dentro, então... — dou de ombros.

— Não se preocupe, já estou de saída, a menos que você queira alguma ajuda. — Yoongi parece ansioso pela minha resposta. Eu já disse que ele é muito bonito?

Eu preciso de ajuda, mas me sentiria um babaca se aceitasse a dele. Melhor deixar pra ser cuzão outra hora.

— Não, mas obrigada pelo bolo! Devolverei a vasilha assim que possível! — ele parece... decepcionado?

— Certo, estou indo. — mas ele não vai, fica olhando pra mim. E eu gostaria muito de saber como está minha aparência, porque imagino que eu deva parecer um zumbi que saiu direto de The Walking Dead e veio dar um passeio em Daegu. Maldito Jet lag.

— Bem, tchau, então. — dou a iniciativa e um passo para trás, minha mão segura a maçaneta.

Surpreso, percebo que estou esperando que ele diga alguma coisa, mas não sei o quê. Ter essa percepção me faz tomar vergonha na cara e entrar em casa, fechando a porta logo em seguida.

Caminho até o sofá e coloco o bolo no mesmo, corro até uma das caixas de talher e pego um garfo, volto e o enfio no bolo, levando um pedaço à minha boca. O gosto de chocolate e cenoura explode na minha língua, a massa do bolo está bem fofinha, diferente dos bolos "solados" que eu sempre faço. Deixo um gemido de satisfação escapar. Dou outra garfada e pego meu celular do chão, abrindo uma conversa com Jungkook:

Drama King🐰

Acabei de ganhar um bolo de cenoura e chocolate
[13:17am]

Explica isso melhor!
[13:17am]

O vizinho gato da frente acabou de sair daqui
[13:18am]

Min Yoongi
[13:18am]

Algum tipo de boas vindas
[13:18am]

Você mal chegou na cidade e está conquistando geral?😲
[13:19am]

Precisa me ensinar esse truque😩
[13:19am]

Posso tentar, mas você nunca vai pegar o jeito🍷
[13:20am]

Você não presta
[13:20am]

Vou voltar a contar os feijões que eu ganho mais
[13:20am]

Quero bolo!!!
[13:20am]

Deixe pra mim😑
[13:20am]

Não
[13:21am]

É meu
[13:21am]

👉👌👈
[13:21am]

***

Esse capítulo está grande pra vocês? Porque não quero que fique cansativo, mas até agora essa é a média de palavras que estou usando, nunca passando dos 2.5K.

Acho que vou atualizar todas terças, pelo menos enquanto ainda tenho capítulo pronto.

Lembrem de votar! Beijinhos!💙

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