Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

24. A new doll

Aviso: conteúdo possivelmente perturbador [+16]

As coisas andavam boas.

Com o pé, empurro o balde de tinta cor de ameixa para o lado enquanto dou dois passos para trás e analiso o resultado do quarto.

Foi um semana longa e cansativa, mesmo se eu me esforçar não consigo lembrar de tudo o que aconteceu. Consigo visualizar flashes de lojas de construção onde comprei diversas ferramentas que agora estão empilhadas no porão e um armazém que vendia diversas tintas de parede. Lembro de me dirigir confiante até as tintas amarelas e alaranjadas, aquelas cores gritavam a personalidade de Taehyung e ainda me deixavam nostálgico com a vibe verão que ele passou assim que chegou em Daegu.

Lembro também de ficar confuso em que cor levar para o quarto de Jennie. Mas então meus olhos bateram no roxo, a cor dos hematomas. A cor do rosto do meu pai enquanto balançava suavemente com uma corda ao redor de seu pescoço. Eu soube que tinha que ser aquela cor, eu a odiava, mas parecia ser uma forma de fechar um livro nojento que eu nunca mais queria ler. Infelizmente, minha vida não é um livro, não posso apenas arrancar as páginas que não quero mais lembrar.

Parecia ser um gesto desafiador, até mesmo rebelde, gostei da sensação que me deu, como se eu tivesse reinvidicando a cor para novos significados e propósitos. Roxo agora significava a cor do quarto de Jennie, junto com a cor de sua fruta favorita, a ameixa.

A janela do quarto estava aberta e a luz amarelada do sol reivindicava cada espaço do cômodo que começava a se formar. Seguro o balde de tinta e deixo o quarto, o som baixo da televisão chega aos meus ouvidos, outro leilão de jóias, imagino.

A porta do quarto de Jisoo está fechada, a de Namjoon e Hoseok também. Desço as escadas e espio a cozinha, Jin hyung continua em frente ao fogão. Imagino que uma hora terei que falar com ele, mas ainda não sei bem o que quero dizer, portanto, eu apenas o ignoro e abro a porta que me leva até o porão.

Ligo a luz do cômodo e coloco o balde de tinta no chão. A maca e os lençóis em cima dela estão empoeirados, o que me faz lembrar que preciso trazer tecidos novos para forrá-la antes de colocar Jennie deitada no móvel. A cadeira de rodas está ao lado da cama forrada com um lençol branco, puxo o pano e checo as algemas que ficam no braço da cadeira. Abro elas e as fecho duas vezes só para ter certeza de que estão funcionando corretamente. Faço o mesmo com as algemas da maca.

Confiro os desinfetantes e germicidas que estão bem lacrados em frascos na estante no canto da parede. Ligo a máquina que bombeia o sangue para fora do corpo e fico aliviado ao ouvir seu som normal de funcionamento. Confiro todas as ferramentas cirúrgicas que já estão esterelizadas dentro de saquinhos plásticos.

Pego uma agulha e a mergulho dentro de um tranquilizante, tirando a quantidade suficiente para fazer Jennie dormir todo o caminho, tampo com cuidado e coloco no bolso. Por precaução, encho mais uma. Minhas mãos tremem quando seguro a prancheta que informa todos os horários de saída de Jennie do hospital. Apesar da minha respiração entrecortada, uma risada borbulha dentro da minha garganta, eu a prendo, mas ainda assim um sorriso escapa, preenchendo meu rosto e se alargando até minhas bochechas ficarem doloridas.

O turno de Jennie acaba às 21h:30, em contrapartida, estarei de plantão no hospital, uma estratégia que consegui de última hora. Afinal, não poderei ser considerado um suspeito se tiver um álibi perfeito como o fato de estar trabalhando no hospital exatamente no dia que ela sumir. Claro, mudar meus horários deu uma tremenda dor de cabeça. Mais difícil ainda foi fazer a gravação que se repetirá na câmera de segurança que fica na minha sala no hospital. Meu tempo é curto e preciso, qualquer erro pode me causar uma complicação depois.

Mordo o lábio enquanto olho ao redor para ter certeza de que não falta nada.

Está tudo certo. Preciso que dê tudo certo. Em breve terei uma nova boneca, uma nova amiga na casa.

***

Tudo saiu do jeito que planejei.

Às 21h:00 consegui fazer com que Woosung, o homem que fica na saleta observando as câmeras de segurança, saísse por tempo suficiente para que eu entrasse na sala e apagasse os últimos minutos de gravação da câmera B6, esta mostrava eu saindo do meu escritório e seguindo pelo corredor até chegar na sala de segurança. Retirei o pen-drive do bolso e passei para o computador o vídeo comigo no escritório que rodaria durante as horas que eu estivesse fora. Ainda pelas câmeras pude ver quando Woosung passou a voltar para seu posto. Rapidamente desliguei as câmeras dos corredores que eu teria que passar para chegar até as portas do fundo do hospital e saí da sala.

A sorte estava do meu lado e enquanto eu esgueirava pelos corredores não trombei com nenhum funcionário. Do lado de fora, caminhei até o fim da rua onde havia estacionado meu carro. Entrei e manobrei o veículo até o ponto onde Jennie pegaria o ônibus.

Enquanto os minutos se passavam vagarosamente minhas mãos começaram a suar, muita coisa poderia dar errado. Pra começar, Jennie poderia pedir um táxi justo hoje. Ou talvez pudesse vir acompanhada com alguém, eu conheço alguns funcionários que também pegam ônibus nessa área. Ou pior, alguém poderia entrar no meu escritório, mesmo eu tendo deixado claro que não queria nenhuma perturbação no turno de hoje, já que estaria resolvendo coisas importantes.

Então eu a vi.

Olhando pelo retrovisor eu podia ver que ela tinha uma passada lenta, provavelmente pelo cansaço do dia. Jennie andava de uma maneira arrastada, imagino que os saltos vermelhos em seus pés tenham parte da culpa. Liguei o ar-condicionado quando comecei a suar, não poderia parecer nervoso nem estranho, Jennie tinha que se convencer a entrar no carro.

Tirei a agulha de dentro do porta-luvas e conferi o líquido sob a luz amarelada do carro. Coloquei o objeto entre as pernas e olhei em volta. Essa hora não havia quase ninguém na rua, o que era melhor ainda.

Jennie passou pelo meu carro sem nem erguer a cabeça, suas mãos apertavam os braços como se estivesse com frio. Respirei fundo e buzinei. Ela olhou pra trás assustada com o som e demorou um pouco a me reconhecer. Abri a janela do carro enquanto ela se aproximava com uma expressão confusa.

— Doutor? Achei que estivesse de plantão hoje. — ela permaneceu parada perto da porta.

— Troquei meu dia com o Alex. — falei o nome do primeiro médico que me veio a cabeça, depois de hoje nada mais importaria pra ela. — Tenho uns assuntos urgentes para resolver.

— Entendo. — ela espirrou. Antes que pudesse acrescentar alguma coisa, falei:

— Você vai congelar se continuar aí fora, posso te levar pra casa, se quiser. — abri a porta, convidativo.

— Ah, não se preocupe, o ônibus já está chegando. — mas seu próprio tom traiu sua voz, ela queria entrar, o que facilitava meu trabalho. Coloquei uma feição preocupada no rosto enquanto fingia olhar em volta.

— Não gosto da ideia de você esperar aqui sozinha. — ela ergueu uma sobrancelha e seus lábios se repuxaram em um sorriso sarcástico.

— Está preocupado comigo, Dr. Min? — jogou a cabeça pro lado enquanto me encarava com suas orbes escuras que tinham um brilho de divertimento.

— Se eu admitir que sim você entra no carro? — ela sorriu, mas não disse nada, parecia estar achando a situação engraçada. Entrando em seu jogo, coloquei um meio sorriso no rosto e falei mais baixo, de modo que ela tivesse que se aproximar da janela para ouvir. — Preferia te levar pra casa, a ideia de ligar o carro e te deixar aqui não me agrada.

— Sendo assim, considerando que está frio e tarde, aceito seu convite. — o sorriso que se seguiu foi sincero de minha parte. Ela entrou. — O engraçado é que... tenho a sensação de que nosso encontro não foi obra do destino. — ela ergueu a sobrancelha assim que colocou o cinto.

— Talvez eu tenha perguntado para Moonbyul que horas você sai do trabalho e só talvez ela tenha me respondido. — Jennie parecia tentar segurar o sorriso que queria brotar em seu rosto, de modo que só restou um biquinho estampado.

— Você poderia ter me perguntado. — ela disse, sua voz estava mais rouca enquanto me observava.

— Jennie? — sussurrei, olhando pra sua boca.

— Hm...

— Que horas você sai do hospital? — ela riu da minha pergunta, sua respiração quente fazendo cócegas no meu nariz.

— 21h:30. — ela sussurrou antes que nossos lábios tivessem se encontrado.

Com uma mão entre seus cabelos, puxei o rosto dela para mais perto. Jennie tinha um gosto doce que associei ao pirulito que ela sempre tinha em mãos. Suas palmas mornas escorregavam do meu pescoço para os ombros. Entreabri meus olhos para confirmar que os dela estavam fechados. Com a mão esquerda livre, retirei a seringa que estava entre minhas pernas e rapidamente apliquei em seu pescoço, empurrando o êmbolo para o tranquilizante entrar em sua corrente sanguínea.

Alguns segundos demoraram para que ela sequer sentisse. Quando se afastou de mim tocando no lugar que eu havia espetado, seu rosto estava carregado de confusão.

— O que você fez? O que é isso? — ela tentou abrir a porta, mas o carro estava trancado.

— Não se preocupe, você vai ficar bem. — me espreguiço, aproveitando o sucesso da segunda parte do plano.

— Yoongi... o que você... — seus olhos arregalados derramaram grossas lágrimas. Ela parecia lutar contra o tranquilizante, mas até suas tentativas de sair do veículo estavam lentas.

Ligo o carro e passo a dirigir até a casa de bonecas. A cabeça de Jennie pende para o lado quando o tranquilizante faz seu efeito completo. Desvio os olhos da estrada por tempo suficiente para acariciar seus cabelos. Jisoo vai ficar tão feliz.

***

Estaciono o carro em frente a casa de bonecos e respiro fundo.

— Chegamos! — falo baixinho.

Saio do carro e abro a porta para carregar Jennie. Solto o sinto de segurança e arrumo seu vestido que se encontra amassado. Posiciono um braço por trás de seus joelhos e o outro em suas costas, a erguendo sem dificuldades. Jennie é mais leve do que pensei. Com o pé, fecho a porta do carro. Esmago algumas pedrinhas enquanto prossigo em direção a casa.

Antes que eu sequer possa chegar aos degraus, faróis iluminam a estrada. Sinto meu maxilar trincar e minhas costas ficarem tensas. Ouço a porta do carro ser fechada, mas não consigo ver o dono do veículo já que a luz está apontando diretamente para meus olhos. Somente quando ele entra na frente da luz que o reconheço. Meu rosto se fecha em uma carranca. Eu deveria ter reconhecido a picape cinza.

— O que está fazendo aqui? — Jungkook dá um passo para trás ao notar meu tom de voz, então seus olhos se fixam em Jennie. Pela primeira vez na noite sinto meus joelhos tremerem, ameaçando vacilar.

— Estava voltando da gravadora. O que aconteceu com ela? Ela está bem? — percebo que ele tem um pé atrás, como se estivesse pronto para correr caso algo parecesse errado. Xinguei a minha má sorte enquanto meu cérebro corria veloz tentando achar uma desculpa.

— Ela é enfermeira no hospital onde trabalho. Estava de plantão quando passou mal e desmaiou, os pais dela pediram que eu a trouxesse pra casa. — apontei para minha casa esperando que ele acreditasse o suficiente para que eu pudesse pensar no próximo passo.

— Não seria melhor deixá-la no hospital, quer dizer, que lugar melhor para cuidar de alguém que não está bem? — ele havia dado outro passo para trás, quase de forma imperceptível. Se ele entrasse no carro tudo estaria perdido.

— Jungkook, francamente, essa é uma péssima hora para me fazer perguntas estúpidas. Estou seguindo ordens, por que ao invés de ficar no caminho não me ajuda segurando ela para que eu possa buscar a bolsa dela no carro?

Com um suspiro interno vi a desconfiança de Jungkook virar culpa, ele se aproximou e pegou Jennie dos meus braços. Imagino que tenha associado o desespero na minha voz à mulher desacordada.

— Ela mora aqui? — ele apontou com a cabeça para a casa. — Nunca vi ninguém nessa casa.

Minhas mãos tremiam quando virei em direção ao carro sem lhe dar nenhuma resposta. Por que ele tinha que aparecer? Logo aqui? Estaria me seguindo? Balancei a cabeça quando abri o porta-luvas e tirei a outra seringa com tranquilizante de dentro. Não importava, Jungkook não poderia sair daqui. Ele havia visto demais. A casa. Jennie. Uma tontura tomou conta do meu corpo e tive que segurar no volante para não cair.

Jungkook já estava em frente a porta da casa, o rosto preocupado desviava de Jennie e seguia com receio para a propriedade. Senti meu rosto esquentar e esfriar enquanto andava na direção dele.

— Onde está a bolsa dela? — sua voz era cautelosa, vi quando apertou o corpo de Jennie contra o peito.

— Você tinha que aparecer logo hoje, Jungkook? — minha voz saiu baixa antes da seringa estar pressionada em seu pescoço. Jeon deu passos cabaleantes para trás, uma fina linha de sangue escorria do lugar onde a seringa ainda estava pressionada.

— O que você...? — Jungkook deu um passo vacilante para trás.

— Você não deveria estar aqui, Jungkook. — murmurei devagar sentindo minha cabeça doer. — Ao menos Taehyung terá uma futura companhia quando eu não estiver por perto.

Ao ouvir o nome do amigo, os olhos de Jungkook brilharam com fúria, ele deu mais dois passos para trás, como se quisesse chegar no carro.

— Fique longe dele! — vociferou. — Fique longe do Taehyung, seu filho da puta! — sua lingua já embolava. Ele caiu de joelhos ainda apertando Jennie nos braços.

— Você deveria estar mais preocupado com você. — esfreguei o rosto enquanto observava ele lutar contra o sono do jeito que Jennie havia feito.

— Fique longe... você não pode...

A cabeça dele pendeu para frente quando o tranquilizante fez efeito. O cutuquei com o pé só para ter certeza de que estava desacordado.

Olhei em volta e caminhei até a picape que ainda tinha os faróis ligados. Desliguei o veículo e coloquei a chave no bolso. Senti meus olhos arderem pela raiva, não bastava Jungkook, ainda teria que lidar com seu carro depois.

Caminhei até os fundos da casa e destranquei o portão do porão que ficava ao ar livre. Acendi a luz e deixei a porta aberta enquanto voltava para buscar Jennie dos braços de Jeon. Depois de deitá-la na cama e fechar as algemas, voltei para buscar Jungkook. Sentei ele na cadeira de rodas e apalpei seus bolsos retirando um envelope que parecia um convite de uma gravadora e seu celular.

Algemei os braços e pernas de Jungkook e amordaçei ambos, saindo do porão a tempo de vomitar nas plantas próximas da casa. Eu não sabia o que fazer com Jungkook, não podia deixá-lo ali, mas não teria tempo para preparar os dois antes de voltar para o hospital. Um acesso de raiva tomou conta de mim, meus planos estavam indo por água abaixo por causa de sua intromissão.

Limpei a boca com a mão e cambaleei para o porão, trancando a porta logo em seguida. Eu poderia levar Jungkook até a ponte que fica poucos quilômetros longe da casa, poderia fazer pensarem que ele perdeu o controle do veículo e caiu lá embaixo. Minha mente logo rejeitou essa proposta, o tranquilizante ainda estaria no corpo dele e certamente quando passasse por uma autópsia descobririam que aquele tipo de sedativo só é encontrado em hospitais, o que levaria a uma investigação nos hospitais mais próximos para saber como aquilo poderia ter parado no corpo dele.

A cada minuto que se passava eu perdia um tempo precioso. Talvez eu pudesse lidar com ele outra hora, agora eu precisava cuidar da Jennie. Lancei um último olhar fulminante para Jungkook antes de me aproximar da maca.

Com as mãos higienizadas e cobertas pelas luvas azuis de borracha me aproximo do corpo de Jennie. Solto as algemas e a posiciono para que fique reta. Alcanço a tesoura em cima da mesinha e corto o vestido que ela usa, retirando todas as peças até que só reste seu corpo nu em cima da maca. Deixo a tesoura de lado e pego o desinfetante, usando-o para limpar todos os orifícios dela. Fico contente ao perceber que não há nenhum pêlo em seu corpo, isso facilita meu trabalho e diminui o tempo que eu gastaria apenas para depilá-la. Quase me sinto relaxado outra vez.

Pego uma latinha com plástico derretido e alcanço o pincel na mesa. Enquanto o mergulho dentro da lata sinto meu coração apertar, eu preciso trazer Taehyung o mais rápido que eu puder. Não consegui encontrar tempo na semana inteira para vê-lo, imagino que ele ache que o estou evitando. Mas talvez ele pense que eu preciso de um tempo sozinho.

Passo o pincel em cima das pálpebras de Jennie, espalhando o plástico derretido e ainda morno. Com o cabo do instrumento eu abro os olhos da mulher, colando-os para que fiquem abertos. Em seguida, pego o hidratante e passo em seus lábios, eles ficam vermelhos aos gestos repetidos.

Localizo a veia que usarei para fazer a incisão, limpo o local e insiro o tubo de drenagem em direção ao coração onde todo seu sangue será drenado para a máquina embalsamadora, sendo substituído pelo fluído de embalsamar. Me afasto e ligo a máquina, ela apita e começa a puxar todo o sangue de Jennie para fora do seu corpo, enquanto pelo outro tubo o líquido embalsamador é inserido. Para ajudar o processo, massageo o corpo dela acelerando a saída do sangue. Quando regulo a pressão da máquina quase vejo as veias da Jennie pulsar, indicando que o fluído está se movendo por todo seu corpo e eu estou indo bem. Paro a máquina antes do fluido acabar e arrumo a posição dos tubos para fazer com que o líquido se espalhe por todo seu corpo. Quando volto a ligar o aparelho enxugo o suor que desce pela minha testa e lanço um rápido olhar na direção de Jungkook, tenho quase certeza que o ouvi murmurar enquanto ainda se encontra apagado. Por fim, desligo a máquina e retiro os tubos e a cânula, costurando as veias e as artérias que utilizei.

Demoro alguns segundos para achar o trocarte entre as ferramentas, mas por fim o encontro. Insiro a ferramenta cinco centímetros acima do umbigo de Jennie e a ultilizo para aspirar os órgãos ocos, limpando o interior deles antes que as bactérias e gases se acumulem e fluídos em excesso escapem pelo nariz ou pela boca da mulher. Depois de algum tempo, removo o trocarte e o reposiciono a fim de aspirar as partes inferiores, demorando um tempo extra em seu útero. Por fim, injeto o fluído que irá esterelizar e preservar os órgãos de Jennie.

Pego o desinfetante de volta e começo a limpar o sangue que manchou seu corpo enquanto eu trabalhava. Com muito cuidado manuseio seu corpo, a fim de evitar maiores complicações.

Retiro as luvas e as troco por novas, jogando as antigas no lixeiro. Caminho até a mesa e retiro de dentro da caixa o vestido que comprei para Jennie. Agora que o analiso melhor acho que ficará um pouco curto, mas assim que possível eu comprarei outro. Antes que eu possa vestí-la, Jungkook se mexe na cadeira. Trinco o maxilar enquanto apoio o vestido na maca e confiro o relógio. São 00h:45, não é de se esperar que o efeito do tranquilizante tenha passado.

Os olhos de Jeon piscam se acostumando com a claridade, imagino que sua mente ainda esteja grogue, porque mesmo quando percebe que suas mãos estão algemadas e sua boca amordaçada, sua única reação é um gemido rouco. Ele ergue o rosto na minha direção, seus olhos demoram para focar em mim, cruzo os braços resistindo a vontade de cortar sua garganta e deixá-lo sangrar até apodrecer aqui no porão.

As orbes de Jungkook se arregalam quando se fixam nas minhas, observo seus olhos vagarem até Jennie na maca antes de seu rosto empalidecer e ele fechá-los fortemente.

— Devo concluir que essa é a primeira mulher nua que você vê em toda sua vida? — abro os botões do vestido e me aproximo de Jennie. — Não se preocupe, querida, quando eu voltar termino sua maquiagem. Além do mais, — passo a mão dela pela alça do vestido. — você é linda de qualquer jeito.

Jungkook parecia mais desperto agora, com o canto do olho vi que ele tentava forçar as algemas enquanto movia a cadeira pra frente e para trás.

— Ah... ah, você está me dando dor de cabeça. — lancei um olhar fulminante para trás. — Elas não vão abrir só porque você quer.

Jungkook parecia gritar alguma coisa por trás da mordaça, seu rosto pálido evidenciava ainda mais as grossas veias de seu pescoço. Revirei os olhos enquanto terminava de abotoar o vestido. Andei até a mesa e peguei os sapatos de Jennie, ao contrário dos vermelhos que ela calçava mais cedo, esses eram azulados e combinariam com a faixa que em breve eu colocaria em seus cabelos.

Jeon forçou o corpo na minha direção enquanto continuava gritando por trás do pano, mas tudo que conseguiu foi virar a cadeira e cair com um baque no chão. O gesto despertou uma lembrança na minha mente. Namjoon havia tido aquela mesma reação, sempre lutando contra as algemas.

Coloquei os sapatos de Jennie com alguma dificuldade, o corpo já estava ficando duro, eu sabia por experiência que deveria mover ela para o quarto enquanto seu peso ainda era suportável. Mas para isso eu ia precisar da cadeira em que Jeon estava.

Tirei alguns fios de cabelo do rosto e me aproximei de Jungkook. Com as duas mãos no braço da cadeira, a ergui do chão. Jeon não perdeu tempo e empurrou sua cabeça na minha direção, não consegui desviar totalmente e parte do golpe atingiu meu nariz. Senti quando o sangue quente passou a descer pelos meus lábios.

— Ah... — limpei o ferimento com a palma na mão, quando ergui a cabeça senti o gosto de sangue junto a minha saliva ao engolir. Jeon ainda fazia aqueles barulhos irritantes por trás da mordaça. Quando ergui minha mão novamente foi para fechá-la em sua garganta. Jungkook tentou se soltar do meu aperto, mas estava em óbvia desvantagem. Suas orbes arregaladas me encaravam enquanto eu fazia mais força contra sua garganta. Ele perdeu as forças quando seu rosto passou de pálido para arroxeado.

Antes que pudesse desmaiar, soltei sua garganta e me afastei. Jeon pareceu fraco ao tentar sorver todo o ar que faltava em seus pulmões.

— Eu poderia esmagar sua traquéia, seria mais rápido, sabe? — balancei a cabeça me afastando até a bancada com seringas. — Mas não quero danificar nada que faça eu me arrepender mais tarde. — coloquei uma dose dupla de tranquilizante na agulha. — Voltarei quando puder, até lá... — sorri. Jungkook se encolheu quando me aproximei. — durma um pouco. — injetei a seringa em seu pescoço outra vez.

Quando Jeon adormeceu novamente, soltei as algemas e o deixei no chão. Usei a cadeira de rodas para levar Jennie até seu novo quarto e a coloquei confortavelmente na cama. Depois de beijar sua testa gelada e prometer terminar sua maquiagem assim que eu tivesse tempo, voltei para o porão e coloquei Jungkook na maca, o algemando logo em seguida.

Estava saindo do porão quando uma mensagem soou no celular de Jungkook. Me aproximei lentamente e um sorriso surgiu nos meus lábios.

Big Boy🏋️

Não consigo dormir
[01:02am]

O que a gravadora falou?
[01:02am]

***

Sei que esse capítulo ficou mais longo que o usual (4K de palavras) mas não tinha como ser menor.

Enfim, agora vocês sabem como são feitos os bonecos do Yoongi. Alguém ainda quer ser uma boneca dele? (Li comentários que dizem que queriam isso kkkk). Ah, só pra falar, "embalsamar um corpo" é o processo que é realizado nas funerárias, sabe? Quando eles preparam os corpos para colocar no caixão, basicamente é isso que o Yoongi fez. Qualquer erro no processo de detalhamento do embalsamento eu assumo, apesar de ter lido um pouco sobre, pode ter algo faltando/errado.

Enfim, obrigada se sobreviveu até aqui kkk

Beijinhos!💙

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro