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19. The Call

A arte é consolar aqueles que foram quebrados pela vida.❞
      - Vicent van Gogh

— Sabe que não precisava ter vindo, né? — falo assim que Jungkook entra no quarto. Meu amigo joga a cópia da chave da casa em cima da minha cama e cruza os braços enquanto me analisa.

— Você parecia levemente desesperado naquelas mensagens. — ele senta na cama e começa a tirar os sapatos. — É claro que "levemente" é um eufemismo.

Jungkook deita ao meu lado e joga uma perna por cima da minha, seu braço pesado me puxa mais pra perto. Ele apoia a cabeça no meu ombro, e eu quero dizer que seus cabelos estão fazendo cócegas no meu pescoço, mas estou deprimido demais para executar qualquer ação que exija o mínimo esforço.

— Eu passei dos limites ontem, Jungkook. — choramingo.

— Detalhes, Big Boy, quero saber de tudo. — ele murmura.

Então eu conto tudo. Desde o momento em que entreguei minha bandana para Yoongi, até o momento em que nos beijamos no carro. O que parecia o céu se tornou o inferno em uma fração de segundo. Foi quando coloquei a mão na perna dele. Eu não pretendia fazer nada além de beijá-lo, ao menos é o que acho, não tenho como prever as coisas. Foi algo do momento, mas coisas momentâneas podem estragar com a mesma facilidade que as duradouras.

Continuo vendo a expressão de Yoongi, primeiro o assombro, depois, a que surgiu diante dos meus olhos a noite toda. Nojo. Yoongi parecia enojado pelo meu gesto. Talvez eu não tivesse notado, foi muito rápido, mas naquele momento eu estava prestando atenção em todos os detalhes do homem que estava a minha frente, logo, aquela expressão não passou despercebida.

— Gostaria de voltar no tempo e não fazer aquilo, não fazer nada daquilo! — termino, lembrando que eu o beijei primeiro.

— Calma aí, você passou do limite, mas não tinha como saber até acontecer! — diz Jeon, levantando a cabeça e me encarando seriamente.

— E então? — pergunto, desolado.

— Você deveria ligar para o Yoongi-ssi! Quer dizer, pense comigo, não sair da cama e se lamentar pra mim não vai fazer a relação de vocês voltar aos eixos! — ele estreita os olhos na minha direção.

— Você não está ajudando. — murmuro, descontente.

— Qual é, Taehyung! Você acabou de dizer que não tinha más intenções, deveria deixar o Yoongi saber disso também. Além do mais, — Jungkook afasta a franja dos olhos. — agora você sabe até onde pode ir com ele, não vai ultrapassar o limite novamente.

— Você... tem razão. — falo devagar, assimilando as últimas palavras de Jeon. Ele está certo, eu não queria deixar o Yoongi desconfortável, preciso que ele saiba disso, mesmo que não nos vejamos mais. A última coisa que quero é que Yoongi pense que não sei como respeitar o espaço de alguém.

— O sabor, meu caro, vivi pra ouvir essas três palavras. — sorrio pela primeira vez no dia.

— Deveria ter gravado, vai lhe custar outra vida até que retorne a ouvir isso. — retruco. Jungkook faz careta e revira os olhos.

— Isso é o que vamos ver... agora, por que você não levanta sua bunda dessa cama e prepara um café da manhã para seu melhor amigo? — Jungkook começa a me empurrar para fora da cama enquanto tento me agarrar aos lençóis.

— Aish! Por que você não faz isso sozinho? — reclamo, preguiçoso.

— Por que você não se lamentou pelo Yoongi-ssi sozinho? — rebate. Quando levanto da cama murmurando um xingamento, Jungkook sorri, vitorioso. — Tem uma coisa que está me deixando bastante curioso... você disse que não era um encontro.

Quando começo a protestar, Jeon sorri, diabólico.

— Você deveria ter ido sem cueca como eu disse, poderiam ter brincado de alguma coisa na roda-gigante! — ele ergue uma sobrancelha enquanto sorri ladino.

— Acho que já me fodi demais ontem, não acha não? — retruco, vasculhando por roupas limpas no guarda-roupa.

— Olha só quem está de volta, Big Boca Suja Boy, já estava com saudades! — Jeon ri. Apoio minhas roupas no ombro e evito a tentação de jogá-las na cabeça de Jungkook.

— Vou tomar banho, depois faço algo pra comermos.  — digo, já saindo do quarto.

— Então esse cheiro não era da caçamba de lixo que passou lá fora? — ele grita do quarto.

— Jungkook, seus dias estão contados! — grito de volta, mas acabo rindo.

— Hoje não é sábado, Kim Taehyung, se afasta desse banheiro! — ele diz, aparecendo na porta do quarto.

Estendo meu dedo do meio e entro no banheiro.

***

— Você viu meu... celular? — ergo as sobrancelhas ao ver Jeon encarando o aparelho que está perto de sua mão. — Que foi? — pergunto, terminando de secar meus cabelos com a toalha.

— Você não disse que sua mãe não estava te respondendo, nem disse que seu pai tinha bloqueado seu número. — desvio o olhar.

— Ela vai responder, Jungkook, só está ocupada. — forço meu rosto a sorrir, mas Jeon não cai nessa. Não mais.

— Nem você acredita nisso, Tae. — deixo que o sorriso suma do meu rosto. Dou de ombros, pondo minha atenção em achar um pente na gaveta. — Por que não me disse?

— Agora você sabe, o que vai fazer? Mudou alguma coisa? Vai fazer ela me responder? Vai fazer ele desbloquear meu número? Vai fazer meus pais se reconciliarem com o único filho deles? — antes que eu perceba minha voz está se elevando cada vez mais.

— Você sabe que não tenho como fazer nada disso...

— Então não deveria se intrometer! — o interrompo. Uma parte minha implora que eu pare de gritar com Jungkook, porque sei que ele não tem nada a ver com meus problemas. Mas minha parte egoísta diz que ele é a única pessoa com quem eu posso gritar.

— Ei... tudo bem. — Jungkook se aproxima de mim. Suas mãos secam as lágrimas dos meus olhos, apesar de eu não lembrar o exato momento em que elas começaram a cair.

— Não, não está nada bem. — respondo, odiando minha voz por estar tão ríspida. — Eles estão me apagando aos poucos e agora estou gritando com a única pessoa que se importa comigo. Como pode estar tudo bem? — Jeon me abraça, tento me afastar, mas ele segura meus ombros firmemente.

— Eu quis dizer que está tudo bem você gritar comigo, Tae. Se isso fizer você se sentir melhor, grite até ficar sem voz. — a voz calma de Jeon me faz chorar, por mais que eu queria apenas me livrar desse sentimento de rejeição. — Não deixe pra chorar depois, Tae, chore agora. — e eu choro. Choro por ter chegado aqui em Daegu sem ter me despedido dos meus pais, choro por isso me machucar mais do que eu queira demonstrar e admitir.

Molho o ombro nu de Jungkook até me sentir como uma banheira que puxaram a tampa do ralo até que esteja totalmente seca. O tempo todo Jeon cantarola uma melodia no meu ouvido, sua mão dedilha minhas costas como se eu fosse o violão que ele usou para criar tal som. Quando sinto que não há mais nada para descer pelos meus olhos, me afasto.

— Como se sente? — Jeon sorri, suavemente.

— Com sede. — ele ri e passa um braço pelos meus ombros enquanto me conduz até a porta do quarto, rumo a cozinha.

— Ótimo, se a gente juntar sua sede e minha fome, podemos criar uma café da manhã que eventualmente se tornará nosso almoço. — descemos as escadas e entramos na cozinha.

— Parece bom. — murmuro, enxugando meu rosto.

— Hm... eu te amo, ok? Sei que você precisa do amor dos seus pais e, honestamente, acho eles idiotas por não demonstrarem isso, mas ainda assim eu estou aqui, pra qualquer coisa. — sorrio para Jungkook, mas não consigo dizer nada, o que não importa muito, eu tenho certeza que ele sabe o quão grato estou. — Agora, coloque seu avental, Big Boy, vamos pôr as mãos na massa.

***

— Ela achou que a gente estava namorando. — Jungkook termina de contar sua história. O engraçado é que ele levou mais de uma hora para dizer que uma amiga de faculdade dele achou que éramos um casal. Ele literalmente poderia ter resumido em dez palavras, mas não seria Jeon Jungkook se fizesse isso.

— Não fique decepcionado, querido, mas pensar em beijar você já me dá ânsia. — brinco, mesmo sendo verdade.

— Você está passando tempo demais comigo, esse deboche você não tinha antes de chegar aqui. — ele limpa a boca que estava suja de geleia. — Acho que é isso que eles chamam de "má influência". — Jungkook joga a cabeça para trás e apoia a mão na barriga. — Mas concordo com você, prefiro meus faraós e suas pirâmides.

— Imaginei que sim. — empurro o copo vazio na mesa.

— Acho que está na hora de ligar para o Yoongi-ssi. — quando arregalo os olhos, Jungkook completa. — Ele vai entender, Tae. — diz, tentando me acalmar.

— Será que eu não deveria fazer isso pessoalmente? — questiono, brincando com o guardanapo. — Quer dizer, ele mora no outro lado da rua, não é meio rude ligar?

— Não se ele não quiser te ver... — arregalo os olhos novamente. — não estou dizendo que esse é o caso, mas poderia ser uma possibilidade. Por via das dúvidas, uma ligação já é o suficiente.

— Tudo bem. — levanto da cadeira e vou até o quarto pegar o celular. São 13h:28, mas Yoongi não mandou nenhuma mensagem, o que me faz achar que a possibilidade dele não querer me ver é alta. — Só preciso me desculpar e ser sincero, certo?

— Correto. — Jungkook levanta da cadeira pronto para sair da cozinha, seguro seu pulso, implorando com os olhos que ele fique. — Precisa fazer isso sozinho, Tae. Estou te dando privacidade, converse com ele e vai ficar tudo bem, eu prometo. — ele sorri e, gentilmente, retira minha mão de seu pulso, deixando a cozinha logo em seguida.

Encaro o número de Yoongi por alguns segundos, e pensar que até ontem a tarde parecia fácil falar com ele...

Disco o número e coloco o celular no ouvido, os toques me deixam nervoso, e logo estou roendo minhas unhas. Três toques e nada acontece, me pergunto se terei coragem de ligar de novo caso ele não atenda ou se é a coisa certa a se fazer, afinal, esse pode ser um sinal claro de que ele não quer falar comigo. Mas não tenho que pensar muito nisso, porque antes do quinto toque, a voz arrastada de Yoongi soa na linha.

— Yoongi? Sou eu, Taehyung. — meus dedos começam a batucar a mesa.

Taehyung? Hm, eu ia ligar pra você. — a voz dele me faz achar que o acordei.

— Eu não queria te acordar, posso ligar mais tarde...

Não, tudo bem, já está tarde mesmo. — ele ri. — Acho que eu estava mais cansado do que pensei.

— Hm... eu liguei porque queria me desculpar por ontem. Passei do limite e reconheço isso, queria que você soubesse que eu não teria continuado se você pedisse para parar. Não levei em consideração até onde meus gestos poderiam te afetar, queria pedir desculpa por ter te deixado desconfortável ontem. — meus dedos batucam a mesa cada vez mais rápido e logo minhas pernas acompanham o ritmo das batidas. Só consigo ouvir a respiração de Yoongi na linha, quase penso que ele voltou a dormir, mas de repente ele limpa a garganta.

Taehyung, honestamente, eu queria aquilo ontem, eu queria você mais do que qualquer coisa. Não sei porque reagi daquele jeito. Os momentos que tenho passado com você são... diferentes. Gosto da sua companhia, sinto muito se passou pela sua cabeça que a culpa era sua. — meus dedos finalmente param de batucar a mesa. Um peso enorme parece ser retirado dos meus ombros, consigo relaxar minha posição na cadeira.

— Acho que fomos rápidos demais. — completo com uma risada sem graça.

Parecia a velocidade certa, — ele ri. — mas acho que você está certo.

Temos tempo. — estou nervoso de novo, minha mão aperta meu joelho com força.

Tempo... — a voz de Yoongi fica mais grave. — é... temos sim. — por algum motivo desconfio de suas palavras. É como se ele estivesse amargurado por ter que dizer isso, mas não faz sentido.

— Vou deixar você dormir agora. — comento, depois de alguns segundos em silêncio.

Nem pensar que vou voltar a dormir. — ouço sua risada outra vez e lembranças boas da noite passada voltam a minha mente. — Tenho coisas pra fazer, amanhã começa mais uma semana, acho que nós dois vamos estar ocupados, o que é uma pena.

Me surpreendo por ele ainda lembrar que amanhã começa meu trabalho no supermercado.

— É, você tem razão.

Ainda assim, espero que a gente ache algum horário para fazer alguma coisa. — os pêlos do meu braço se arrepiam. — Eu odiaria passar a semana sem ver você. — sinto meu coração palpitar e um sorriso surgir no meu rosto.

— E mais uma vez eu concordo com você. — mordo o interior da minha bochecha. — Vou desligar, nos vemos em breve? — eu não tinha a intenção de que fosse uma pergunta, mas algo em mim precisava urgentemente de uma confirmação.

Com certeza. Até mais, Taehyung.

Tchau, Yoongi. — murmuro antes de desligar o celular.

Encaro o celular enquanto repasso a conversa, sem que eu perceba, estou sorrindo. Acho que deu tudo certo! Me sentindo leve por Yoongi ter entendido, subo as escadas correndo. Quando chamo por Jeon, ele responde que está no estúdio. Ao entrar no cômodo, o encontro sentado num banquinho enquanto pinta um quadro. O jeito que o sol bate no meu melhor amigo faz meus dedos formigarem.

— Deu certo? — ele pergunta, ansioso.

— Acho que vou pintar você, não se me mexa. — em resposta, Jeon ri.

— Com certeza isso é um sim de onde eu venho. — apenas sorrio em resposta. Pego um quadro vazio e derramo algumas tintas na paleta. Coloco o pincel na boca enquanto arrasto o cavalete até o meio do cômodo, ansioso para pintar Jungkook antes que a luz do sol deixe o cômodo. — Você vai me pintar enquanto estou pintando... Kim Taehyung, se prepare, essa vai ser sua melhor obra, porque a arte já está bem na sua frente.

— Me lembre de colocar sua autoestima pra vender junto com o quadro. — nós dois rimos. Jeon volta a pintar seu próprio quadro enquanto escolho atenciosamente qual pincel devo começar o desenho.

***

Oi, ainda não estou voltando totalmente, porque como eu disse, quero deixar alguns capítulos já prontos, para não ter problemas como esse, onde não consigo ter ideias para terminar o capítulo.

Enfim, espero que esse capítulo tenha ficado legal, só para constar, é a segunda vez que escrevo ele, da primeira vez que eu terminei fui colocar essa foto da mídia (inclusive, total créditos para quem fez essa fanart perfeita que encontrei no Google e me deu inspiração para escrever esse capítulo) só que quando fui apagar a outra foto que já estava na mídia, de algum jeito apaguei o capítulo todo. Foi super desanimador voltar a escrever do zero, pq eu não tenho salvo em outro lugar (apesar de saber que deveria, para o caso de algum possível problema aqui no wattpad). Enfim, acho que essa versão ficou melhor que a outra de qualquer jeito. Mas na outra os Taekook entravam em uma guerra de tinta, me arrependo de não lembrar o jeito que narrei ela pq não consegui encaixar nesse novo capítulo k

Espero que não tenham desistido e que não desistam!!

Beijinhos😥💙

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