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13. Shit!

A verdade é como o baobá; os braços de uma só pessoa não conseguem abarcá-la.❞
           - Provérbio africano

O som de um espirro me acorda.

Esfrego meus olhos na tentativa de afastar o sono, só então noto que estou meio deitado, meio sentado em uma poltrona. Meu cérebro lento pelo sono raciocina devagar enquanto tento entender as coisas a minha volta. Mas quando meus olhos encontram os de Jungkook, toda a noite de ontem volta em uma enxurrada na minha cabeça.

— Como está se sentindo? — pergunto, me aprumando na poltrona.

— Você ficou aqui a noite toda? — devolve, Jungkook. Seu tom é arrastado e desanimado, não combina nada com ele.

— Parece que você está acordado há tempo. — falo e puxo a poltrona para mais perto da maca. — Fiquei preocupado com você. — estico minha mão e seguro a de Jeon.

— Desculpe, eu não quis fazer isso.

— Beber até cair? — provoco, tentando fazê-lo sorrir. Até que funciona, um sorriso torto surge nos lábios de Jungkook.

— Não queria te preocupar, Big Boy. — ele suspira e passa a mão pelo cabelo. — Não lembro de metade do que aconteceu ontem, tenho até medo de perguntar.

Prendo a respiração. Então ele não lembra que o notebook dele sumiu? Não acho que quero lembrá-lo disso, vi como Jeon ficou ontem depois de me contar o que aconteceu. E se ele só tiver se enganado? E se o notebook ainda estiver em sua escrivaninha?

— Big Boy, Big Boy, seu rosto às vezes parece um livro todo grifado com marcador fluorescente. — ele ri, ainda desanimado. — Ainda lembro o motivo de ter bebido... o notebook. Ele não estava lá, Tae, eu tenho certeza. — Jungkook afunda no travesseiro.

— Talvez sua mãe tenha pego para dar uma olhada. — cogito, incerto.

— Mamãe não mexe nas minhas coisas, Taehyung. — ele suspira. — Quando eu cheguei em casa ontem à tarde, falei para os meus pais que ia procurar algumas gravadoras para mandar a demo de Begin. E então eu dou uma saída rápida e quando volto... meu notebook sumiu. Não acha estranho? — ele morde o lábio inferior.

Fecho os olhos por um momento, minha cabeça está começando a doer, prevejo minhas ânsias de vômito no resto do dia.

— Tudo bem, ele pode ter pego, mas e daí? — cruzo os braços. — Jungkook, seu pai não vai apagar nada do que está lá.

Em resposta, Jeon ri amargamente.

— Tae, achei que fosse mais esperto. Quer dizer, nossos pais são iguais, odeiam tudo o que a gente faz! — eu o encaro, sério.

— Exatamente, seu pai é igual ao meu, mas você precisa entender uma coisa, meu pai nunca gostou de me ver pintar, mas ele nunca rasgou nenhum dos meus desenhos, ou estragou meus quadros, mesmo quando eu deixava eles secando no meio da casa. — suavizo minha expressão ao ver os olhos de Jungkook brilharem com as lágrimas contidas. — Seu pai pode não gostar que você escreva e cante, mas ele nunca vai destruir algo seu só para provar o ponto de vista dele, entendeu?

— Tem certeza? — ele sussurra.

— Tenho. — na verdade eu não tenho, mas falo o que Jungkook precisa ouvir. — Tenho certeza. — uso meu polegar para afastar as lágrimas que escorrem pelas bochechas dele.

— Aish! — ele esfrega o rosto, furiosamente. — Alguém quebrou as torneiras dos meus olhos. — ele seca o rosto com a bata hospitalar. — Chorar é tão deprimente.

— Mas é necessário, de quê adianta guardar tudo dentro de nós mesmos? — Jungkook faz um gesto de desdém com a mão, dispersando meu comentário.

— Eu sou bad boy, cara. Não posso mostrar meu lado angelical, isso abalaria minha reputação. — reviro os olhos, mas sorrio.

— Sua reputação já está um pouco abalada, se me permite dizer. — Jungkook ergue uma sobrancelha. — Digamos apenas que você fez um pouco de merda ontem. — os olhos do meu amigo se arregalam.

— Ah, meu deus... não me diga que eu corri pelado de novo?

— Não, você não... — franzo o cenho. — De novo? Quando correu pelado pela primeira vez? — Jungkook olha pra frente como se estivesse revivendo a tal memória, ele agita a cabeça e faz careta.

— Nem queira saber!

Antes que eu possa falar da entrada triunfal dele no bar ontem à noite, alguém bate na porta. Yoongi entra no quarto e sorri para Jungkook. Eu o observo dos pés à cabeça, porque aquele homem usando jaleco fica ainda mais atraente. É só uma observação.

— Que bom que está acordado. — ele diz, olhando a prancheta em mãos. — Como se sente? — ele olha pra mim ao dizer isso, e fico tentado a responder, mas é óbvio que ele está falando com Jungkook, porque seus olhos se arrastam para meu amigo na maca.

— Limpo. — responde, Jeon. — Sinto que estou limpo e... de greve com qualquer tipo de bebida alcoólica. — ele faz uma careta. Yoongi ri, e eu só consigo olhar para seu sorriso gengival.

— Por favor, faça isso mesmo. — retruca, o médico. — Taehyung estava muito preocupado ontem. — ele olha pra mim, seu sorriso diminuindo até só restar a lembrança dele fixa na minha mente. — Conseguiu dormir? — minha garganta está seca, e odeio o frio que estou sentindo na minha barriga. Espero que seja fome... fome e sede.

— Acho que eu desmaiei nessa poltrona, só acordei agora.

— Desmaiou? É melhor eu checar...

— Oh, não! Não literalmente. — rio desconcertado quando ele dá um passo pra frente. — Eu quis dizer que dormi facilmente.

— Ah... — ele sorri e abana a cabeça. — vocês são uma duplinha problemática, hein! — ele tira aquele negócio que serve pra escutar sons cardíacos - talvez eu soubesse o nome se tivesse lido algum dos livros que meus pais me deram -, e se aproxima da maca.

— Devia ver a gente no fundamental. — diz, Jeon. — Somos anjos agora se for comparar. — prendo a risada, porque é verdade.

— Posso imaginar a dor de cabeça dos seus professores. — diz, Yoongi. — Pode abrir os botões pra mim? — Jungkook desabotoa a bata até a altura do umbigo. Ele pisca pra mim quando vê que estou observando seu abdômen invejavelmente sarado. Dou língua pra ele.

— Mal assistíamos as aulas, estávamos sempre sendo expulsos, não era? — falo um pouco envergonhado, Jungkook ri e confirma.

— E o que os seus pais diziam? — pergunta, Yoongi. — Inspire profundamente... isso, agora expire... ótimo. — Jungkook segue as instruções do homem.

— Eles surtavam, principalmente os meus. — digo enquanto lembro as inúmeras vezes que fiquei de castigo. — Mas nunca separavam a gente, Jungkook escalava as paredes pra entrar escondido pela janela do meu quarto. — nós três rimos.

— Isso é o que eu chamo de determinação. — comenta o médico, nos fazendo rir de novo.

— Foi fazendo isso que quebrei meu braço, lembra Big Boy? — Jungkook gargalha, e eu também. — Você tinha que ver a cara de desespero do Taehyung! — Jeon faz uma expressão de assombro, me imitando. Eu rio agora, mas naquele dia eu quase tive um ataque cardíaco ao ver Jungkook escorregar e cair em cima do braço.

— Você chorou que nem um bebê naquele dia, nem venha com essa! — Jungkook abotoa a bata de volta quando Yoongi se afasta, rindo.

"Às vezes, acho que todas as crianças são ligeiramente doidas. Elas sofrem para buscar seu caminho de saída da infância". — Yoongi tem os olhos fixos na prancheta. — Li isso em um livro.

O menino que desenhava monstros. — ele olha pra mim e sorri largamente. — Foi uma leitura bem interessante. — sinto meu coração bater mais rápido.
Talvez eu deva deixar ele ouvir esse órgão, porque com certeza ele não está normal agora.

— Desculpem-me, não sou culto o suficiente para pegar referências literárias. — comenta, Jungkook. Meu amigo tem os olhos fixos no médico, que por sua vez, tem os olhos fixos em mim. Sinto minhas bochechas começarem a esquentar.

— E então? — falo um pouco alto demais. — Ele está bem? — Yoongi pisca os olhos e coça a nuca.

— Como ele mesmo disse, agora está limpo. Mas recomendo que beba muita água, e claro, não exceda seu limite quando for beber algo alcoólico.

— Sim, senhor. — diz, Jeon.

— Ótimo, eu já volto. — Yoongi sai do quarto. Levanto e me espreguiço, meus ossos estalam.

— Já volto também. — digo.

— Ei, nem pense que você vai pagar... — não ouço o resto da frase porque fecho a porta do quarto e saio pelo corredor. Ando por alguns minutos, sem saber em que direção seguir.

Coço meus olhos e retiro a carteira do meu bolso. Meio perdido, olho em volta a procura da recepção, já que não lembro direito o caminho que fiz para chegar até o quarto.

— Perdido? — vindo do corredor a direita, Yoongi se aproxima com dois copos na mão. Ele sorri e me entrega um copo fumegante, o cheiro de café me deixa mais calmo.

— Ah, obrigado! — beberico um pouco do líquido quente. — Onde fica a recepção? — questiono.

Ele olha para o copo na mão - imagino que seja suco de laranja -, e depois olha pro corredor.

— Por aqui. — ele sorri. Não consigo não notar o quão gentil ele é.

— Você conseguiu dormir? — pergunto, um pouco desconfortável com o silêncio.

— Não tenho problemas pra dormir. — ele faz uma pausa. — Digamos que eu desmaiei na cama. — Yoongi pisca um olho e sorri. Devolvo o sorriso com facilidade. — Ah, já ia me esquecendo! — ele põe a mão no bolso do jaleco ainda sem parar de andar. De dentro ele tira uma caixa de remédios. — Pra sua dor de cabeça.

— Ah... obrigado. — eu pego a caixa, mas me sinto desconfortável, normalmente não sei agir quando alguém paga alguma coisa pra mim.

— Não se preocupe, — viramos o corredor e chegamos na recepção. — eu trouxe de casa, já está na metade. — será que sou tão óbvio mesmo?

— Obrigado outra vez, me lembre de recompensá-lo pela gentileza. — troco o peso de um pé para o outro.

— Não sou alguém que pede coisas em troca, mas... — ele sorri ladino, sinto minha respiração ficar presa na garganta. — acho que não me importaria de ser recompensado por você.

Só consigo encará-lo de volta, porque as palavras dele ficam sendo repetidas no meu cérebro. Quando Min Yoongi volta pelo corredor, minha respiração se regula e meus batimentos cardíacos desaceleram.

— Aish! — murmuro, esfregando meu peito.

Olho para o corredor uma última vez antes de caminhar até o balcão da recepção.

Sinto que esqueci alguma coisa importante sobre ontem.

***

— Você avisou meus pais? — depois de Jungkook receber alta, decidimos caminhar até uma cafeteria para comermos alguma coisa. Agora estamos sentados em cadeiras confortáveis de cor azulada, observo a cafeteria admirado pela beleza rica em detalhes, seja os jarros de tulipas nas mesas, ou o uniforme dos garçons com as mesmas flores bordadas na parte frontal do tecido. Consigo imaginar meu amigo passando horas aqui enquanto beberica um café, curte a música relaxante de fundo e escreve suas canções.

Gostaria de ter trazido minha câmera, eu adoraria tirar fotos dessas tulipas. E acho que Jungkook sairia bem em alguns cliques, mesmo tendo saído há poucos minutos do hospital.

— Pensei em ligar, mas decidi que isso é algo que você precisa contar, além do mais, você é maior de idade, tem que assumir suas responsabilidades. — explico enquanto brinco com um guardanapo. — E você não corria nenhum risco, então...

— Certo, entendi. — Jungkook passa as mãos pelos cabelos, os deixando uma bagunça. — Talvez eu conte pra mamãe, ela vai ficar preocupada, mas não vai me engolir que nem meu pai vai fazer se souber.

— Como vai a Sra. Jeon? — pergunto. Lembro que ela era como uma segunda mãe pra mim, e nos momentos em que eu estava com raiva da minha, a mãe do Jungkook se tornava a mãe que eu almejava ter.

— A mesma de sempre, ainda quer adotar um cachorro mesmo sendo alérgica ao pêlo, toma sorvete na varanda todos os sábados, apreciadora de obras, a arquiteta que você respeita... a mesma. — sorrio com o coração apertado, sinto saudades dela.

— Espero encontrá-la em breve. — Jungkook estica as mãos e segura as minhas, nossos cotovelos ficam apoiados na mesa enquanto esperamos nossos pedidos serem entregues.

— Ah, ela vai adorar, só não te visitou ainda porque está com uma gripe das fortes. — ao olhar para o lado, percebo que uma senhora nos encara com desgosto, na verdade, ela encara as minhas mãos unidas com as de Jungkook. Não demora muito para Jeon notar também. Nem eu, nem ele soltamos nossas mãos. — Que foi? Nosso amor másculo descarado te incomoda? — dispara, sem paciência.

— Seja educado, Jungkook. — ralho.

— Por que? Ela não está sendo educada olhando pra nós desse jeito! — ele diz alto, fazendo a mulher desviar o olhar.

— Não se combate mal-educação com mal-educação. — retruco, calmamente.

Jungkook olha pra baixo, envergonhado. Aperto sua mão para que saiba que está tudo bem.

— Você amadureceu tanto, — Jeon suspira e eu sorrio. — saudades da época em que eu chamava as pessoas de fodidas e você completava mandando elas irem pra casa do caralho. — faço uma careta, mas acabo rindo depois.

— Sem ofensas, mas acho que estou muito melhor agora. — Jungkook revira os olhos e me imita.

— Ei, eu amo você. — Jeon diz, de repente. Faço cara de convencido e finjo que estou limpando uma poeira invisível no meu ombro.

— Entra na fila, bebê. — Jungkook ri. — Eu também amo você. — faço um coração com meus dedos.

— O que disse? Eu não ouvi. — ele se inclina pra frente com uma mão na orelha.

— Eu também amo café, foi isso que eu disse. — Jungkook bufa, se afastando.

O garçom deixa nosso pedido na mesa. Jeon e eu revezamos entre comer e conversar sobre a noite de ontem. Ele fica horrorizado quando conto que ele beijou o namorado do Baek, porque, segundo ele, nem lembra mais do rosto do homem. Conto também que graças a Min Yoongi fui capaz de levá-lo pro hospital, ele me xinga dizendo que eu deveria ter dito antes, assim podería ter agradecido. Mas não consigo prestar atenção nisso, porque acho que lembrei o que eu havia esquecido.

Eu quase beijei Min Yoongi.

Merda!

***


Alguém ainda está aí depois desse ataque cardíaco geral que o BTS causou?

Não importa quantas vezes eu assista o teaser, ainda não caiu a ficha da bundona do Jimin e o Tae com aquele mullet e de terno. Enfim, lembrem que Dynamite vai sair às 1h da madrugada de quinta para sexta.

Mas voltando a fanfic, espero que estejam gostando! Lembrem de votar!💙

Até terça-feira!💙

Beijinhos 💙

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