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11. Baekhyun

Às vezes, Ultravioleta, as coisas são como verdade pra gente mesmo que não sejam.
     - Por lugares incríveis

— Eu não estava sendo talarico, ok? — diz Jungkook assim que o carro vira a esquina. Olho para meu amigo e ergo uma sobrancelha.

— Não sei do que está falando. — me estico para colocar meu pen-drive com música, mas Jeon bate na minha mão.

— Meu carro, minhas regras. — bufo contrariado enquanto esfrego minha mão. — Normalmente eu flerto com as pessoas e deixo elas constrangidas, ninguém nunca teve coragem de fazer o contrário.

— Segura a emoção, amigo. — rio enquanto abro a janela do carro para deixar que o vento entre.

— Até que ele é gato. — olho para Jungkook. Ainda concentrado na estrada, ele encaixa o pen-drive no aparelho de som. Não demora para que uma música que não conheço comece a tocar. A batida é boa, e logo estou batucando minha perna. — Kim Taehyung, conheça Snow Patrol. — diz se referindo à música. Faço uma anotação mental de procurar essa banda mais tarde. — Se quiser ajuda para desenrolar o cara... — ele dá tapinhas no próprio peito. — conta com o papai.

— Não, não quero ajuda. — reviro os olhos. Então o sorriso gengival de Min Yoongi brilha claro na minha mente, e as tatuagens... eu queria passar meu dedo pela tatuagem dele, porque acho que os tentáculos do polvo em seu pescoço poderiam se entrelaçar nos meus dedos e... chega! O que estou pensando? Esse não é o Taehyung pé firme que conheço! Esse Taehyung esquisito deixa seus pensamentos vagarem para homens de tatuagens bonitas e sorrisos de tirar o fôlego.

Pigarreio bem alto, como se limpando minha garganta eu pudesse limpar minha mente dos últimos encontros com Min Yoongi.

— Não estou roubando o lugar de ninguém ao trabalhar no supermercado, né? — mudo de assunto. Jungkook concorda com a cabeça.

— Meu pai está sempre procurando novos funcionários, então não se preocupe com isso. Além do mais, eu avisei que você iria fazer bico lá.

— E o que ele disse? — pergunto, sentindo um nó pequeno na garganta.

— "Até seu amigo vai trabalhar aqui. E você Jeon, quando vai?" — ele imita a voz do pai.

— Pode dizer o resto... — olho pra janela e vejo as casas passarem, Jungkook para no sinal vermelho. — ele disse alguma coisa sobre consequências de se fazer o que gosta, não foi? — Jeon fica em silêncio, mas vejo seu maxilar travar. — Vale a pena, ok? — Jungkook me olha rapidamente, em seu rosto, uma expressão confusa. — Fazer o que gosto, é muito bom. Quando pinto... sinto que estou completo.

— Eu me sinto completo quando alguém me fode. — rio. — Desculpe, estraguei o momento reflexivo. — ele sorri fechado.

— Agora me conte algo novo. — bagunço seus cabelos mesmo que ele tente se afastar.

— É, ele falou merda sobre você... regredir. — ele cospe a palavra com desgosto. — Ele está errado. — Jungkook diz firme. — Procurei algumas gravadoras e adicionei em uma lista, vou mandar minha demo até o fim do mês.

— Sério? — arregalo os olhos sem conseguir esconder minha surpresa e felicidade.

— É, é sério. — ele diz, ouço sua voz tremer, imagino que ele não tenha contado a ninguém além de mim sobre a sua decisão. — Eu tenho talento, ok? Se meu pai não enxerga, o problema não está em mim. É que nem aquele ditado: o pior banguelo é aquele que não quer ter dente.

Gargalho alto.

— Esse ditado não existe. — digo tentando parar de rir.

— Mas você pegou a... intenção. — ele faz um gesto abarcando a nossa volta. — Meu pai não quer admitir o óbvio porque já negou isso há muito tempo, vai contra o orgulho dele desmentir tudo o que disse. — concordo silenciosamente. — CHEGA DE DESPERDIÇAR ESSE PEDAÇO DE MAU CAMINHO! — ele grita me fazendo rir.

— CHEGA DE DESPERDIÇAR ESSE PEDAÇO DE MAU CAMINHO! — grito erguendo o punho.

***

Jungkook deixa o carro no enorme estacionamento do supermercado.

— Preparado, cadete? — ele pergunta ao abrir a porta.

— Vamos nessa. — retruco e saio do carro.

Abaixo os óculos que estavam presos no meu cabelo e olho em volta. O supermercado é de fato grande, ocupando mais da metade da rua. Jungkook aponta para uma porta nos fundos que só consigo visualizar aos estreitar os olhos.

— Por ali fica o depósito. — de fato há pessoas vestidas em um uniforme azul-escuro descarregando mercadorias vindas de um caminhão.

As paredes do estabelecimento são pintadas do mesmo azul que os uniformes. Percebo que a estrutura é parecida com a sede que fica em Busan. Passando um braço pelos ombros de Jeon, continuamos a andar pelo estacionamento até as enormes portas automáticas de entrada, que se abrem ao detectarem nosso movimento.

Inspiro o cheiro de produtos de higiene que circulam junto com o ar-condicionado. Ao olhar para a esquerda vejo uma extensa área cheia de carrinhos e cestas de compras. Do lado direito há três caixas eletrônicos enfileirados um ao lado do outro, há pessoas sacando dinheiro ali também.

Percebo que Jungkook olha em volta constantemente, aperto o ombro dele levemente antes de retirar meus óculos. Logo em frente há dez caixas funcionando, observo o rosto dos funcionários que registram as compras das pessoas. Então vejo cabelos ruivos que já conheço.

— Ei, aquele é o Baekhyun? — pergunto para Jungkook que concorda.

— Como pode ver, eu emprego meus amigos sempre que posso. — retiro meu braço cansado de seu ombro, Jungkook responde segurando minha mão e me puxando até o ex-namorado.

— Bom dia, não queremos atrapalhar. — diz Jungkook piscando para a garota que empilha pacotes de arroz no balcão.

— Ei, não sabia que tinha chegado! — Baekhyun sorri pra mim enquanto passa a maquineta nos produtos, o valor vai aparecendo na tela do computador logo acima.

— Cheguei domingo, precisava me situar aqui primeiro. — sorrio e aproveitando o embalo vou empacotando os produtos. — Por sorte tenho o Jungkook aqui. — reviro os olhos ao ver que meu amigo já está dando em cima da garota.

— Ele não para, né? — sussurra o ruivo, mas não parece ofendido.

— Nunca. — sussurro de volta.

— Eu posso ouvir o que vocês dizem. — retruca Jungkook estreitando os olhos e apontando para nós dois. — Não sei se gosto dessa reunião de amigos. — entrego os pacotes para a garota que entrega o dinheiro e deixa o mercado com os olhos brilhantes e as bochechas vermelhas.

— Não seja possevivo, querido. Tem Taehyung pra todo mundo. — tento jogar meu cabelo na direção dele.

— Engraçadinho. — ele revira os olhos e faz careta.

— A gente precisa comemorar. Vamos beber alguma coisa mais tarde! — sugere Baek e eu bato palmas, animado.

— Por mim tudo bem. — olho para Jungkook esperando que concorde também.

— Desde que vocês não fiquem contando meus podres na mesa. — ele dá de ombros.

— Terminar sem motivos é um dos podres? — alfineta o ruivo.

— Achei que tinha me superado. — diz Jungkook cruzando os braços e arqueando a sobrancelha.

— Ah, pode ter certeza que sim. — ele ri. — Bom dia! — diz virando para atender um senhor.

— Ele ainda está caidinho por mim. — sussurra Jeon no meu ouvido.

— Ele parece ótimo. — constato de volta.

— É fingimento, ninguém consegue superar essa belezinha tão rápido. — ele diz apontando para si mesmo.

— Pare de ser convencido, garoto! — bato na sua bunda. — Ainda está usando o mesmo número, Baek? — pergunto.

— Ainda é o mesmo. — ele pisca pra mim.

— Te mando mensagem mais tarde então. — aviso ao mesmo tempo que Jungkook me puxa pra longe, a todo tempo murmurando coisas como "desde quando você o chama de Baek?", "mandar mensagem pra ele é meu pau". Eu apenas rio e passo meu braço novamente pelos seus ombros.

Começamos nosso tour pelo supermercado.

— Aqui é a parte das massas. — observo os pacotes de macarrão dos mais variados, há também uma parte das prateleiras apenas com lamen. Passando para a outra seção, vejo onde fica os molhos de tomate, pimentas, óleo, e outros produtos do gênero. — Minha seção favorita. — é onde fica os biscoitos recheados. Jeon aponta para o outro lado e vejo pipocas e na estante da frente prateleiras com vinhos.

Vamos seguindo em frente até Jungkook me mostrar cada parte do mercado. Passamos pelos materiais de higiene, os materiais escolares, utensílios de casa, a parte das verduras, das carnes e a padaria.

Jungkook me deixou em casa por volta das 13h:00, depois de termos almoçado no restaurante favorito dele. Marcamos de sair para beber às 19h:00, e dispensei quando meu amigo se ofereceu para vir me buscar para irmos juntos pro bar.

***

Chego no bar marcado às 18h:50, entrego o dinheiro ao taxista e entro no estabelecimento para separar nossa mesa. Escolho uma próxima a janela do canto esquerdo. O som de uma música junto com os tilintares de copos reverberam pelo local. Mesmo cedo, o lugar já está praticamente lotado, mas não ao ponto de incomodar. Na verdade, o som de conversas e risadas é agradável.

Pego o celular do bolso e abro o aplicativo de mensagens, mordo o interior da bochecha ao ver que minha mãe visualizou minhas últimas mensagens:

Mãe🏥

06 de dezembro de 2015

Cheguei em Daegu
[12:00am]

Foi tudo bem no vôo
[12:30am]

queria que soubessem
[12:52am]

07 de dezembro de 2015

Vocês estão bem?
[14:02am]

Estou me cuidando
[14:10am]

Como estão as coisas no hospital?
[14:25am]

Eu amo vocês
[15:59am]

Ontem

Pintei um novo quadro
[23:48pm]

Quer que eu mande foto?
[23:58pm]

Hoje

Jungkook está sendo gentil como sempre
[14:00am]

Poderia pedir para o papai me desbloquear?
[14:02am]

Até quando vão me ignorar?
[14:04am]

Isso está me machucando
[14:49am]

Encaro a tela esperando que apareça "digitando...", mas ao mesmo tempo sei que não aparecerá. Agora é como se eles tivessem realmente me cortado da família, sinto minha vista embaçar ao pensar que eles nunca mais me responderão, que irão cortar o laço comigo do mesmo jeito que se corta uma unha. Rápido e sem remorsos.

Não sei por quanto tempo fico encarando o celular, minha atenção só é desviada quando uma mão passa abanando entre meus olhos. Acordo do meu torpor e vejo Baekhyun parado na minha frente, só que agora ele não está mais com o uniforme do supermercado, mas sim com uma jaqueta preta jogada em cima de uma camisa branca, a calça rasgada termina onde os coturnos vermelhos dele começam.

— Ei! — sorrio e levanto da cadeira e o abraço pela primeira vez. Baek é mais baixo do que eu, fico feliz por isso. — É bom te conhecer fora da tela do celular! — rio. Só então noto a figura parada um pouco mais atrás. O homem tem as mãos no bolso enquanto olha para nós. — Quem é o seu amigo? — pergunto.

— Tae, esse é o Chanyeol, meu namorado. Chanyeol, esse é aquele amigo que te falei, Kim Taehyung. — sorrio para o homem de cabelos negros e aperto sua mão. Convido os dois para sentar nas cadeiras que reservei. — Então só falta o Jungkook na mesa, por que não estou surpreso?

— Jungkook? — diz Chanyeol, sua voz é grave. — O Jungkook que te deixou sem motivos? — não consigo segurar minha risada.

— Ah, ele vai adorar essa descrição dele! — Baek ri e o namorado dele também.

— É bom ele chegar logo, tenho que agradecer por ter aberto essa oportunidade. — Chanyeol pisca um olho e bagunça os cabelos do ruivo.

— Jungkook é tipo os morangos do bolo, só chega no final. — diz Baek e eu concordo. — Vamos pedir soju enquanto ele não chega. — dizendo isso, o ruivo chama a atenção de um dos garçons. Pedimos três garrafas de soju e algumas coxas de galinha frita como petisco. 

— Baek disse que você morou na Califórnia, mas você tem um forte sotaque de Busan.

— Então eu ainda tenho sotaque?— rio. — Provavelmente a culpa é do Jungkook, ouvir a voz dele desperta minhas memórias de criança, acho que meu sotaque vem junto também.

— Tenho planos de ir pra Califórnia, as praias são bonitas como dizem? — pergunta, Chanyeol.

— Não sei o que dizem sobre as praias de lá, mas são maravilhosas. E o clima é ótimo para pegar um bronze, ou pra se torrar, caso não tenha cuidado. — os dois riem.

O garçom deixa nosso pedido na mesa. Tomo meu soju enquanto Baek fala sobre lugares para onde gostaria de viajar, Chanyeol às vezes concorda, às vezes faz careta e zomba dos lugares escolhidos. Contamos um pouco das nossas experiências com viagens, e rimos quando o namorado do ruivo conta que teve diarréia em um vôo para a Tailândia.

Estou prestes a comentar do atraso de mais de uma hora do Jungkook, quando a voz do mesmo soa atrás de mim:

— Boa noite vadias, o seu gay favorito chegou. — Jungkook tropeça e se apoia na mesa fazendo as garrafas balançarem. Uma olhada para sua postura e sei que está bêbado. Isso me surpreende, já que Jeon disse algum tempo atrás que não bebe muito.

Arregalo os olhos quando ele segura meu rosto com as duas mãos e dá um selinho nos meus lábios. Antes que eu possa segurá-lo, Jungkook também beija Baekhyun. Temo pela reação do namorado do ruivo, mas Jeon parece não reconhecer ninguém no momento, pois ele também se inclina e beija o Chanyeol.

— Acho que não conheço você. — Jungkook tem um dedo nos lábios e encara o namorado do ruivo, que tem os olhos arregalados.

— Então você demorou tanto porque já estava bebendo sem nós? — Baek limpa a garganta e apresenta Chanyeol para Jungkook.

— Namorado? — diz Jungkook com a língua enrolada, ele olha pra mim e cobre a boca com a mão. — E não é que superou? — Chanyeol ri, e aos poucos Baek e eu rimos também.

— Vem cá. — levanto da cadeira e ajudo Jeon a sentar próximo a mim. — Era pra comemoramos juntos, não pra você beber desgovernadamente. — Jungkook olha pra mim e só então vejo algo errado. Sua boca sorri, mas o sorriso nem chega perto dos seus olhos. Abro a boca para perguntar o que aconteceu, mas Jeon põe um dedo nos lábios pedindo silêncio.

— Segredo. — ele diz com os olhos vagando pela mesa. — Então vocês beberam sem mim? — ele estica o braço e rouba a coxa de frango do Chanyeol. — Que coisa feia, eu acho falta de ética. — diz com a boca cheia.

— Tem certeza que não foi você quem terminou com ele? — brinca, Chanyeol.

— Ele costuma ser menos idiota quando está sóbrio. — Jungkook ri e pisca um olho. Meu amigo pega uma garrafa de soju e toma um longo gole.

— Ei, vá com calma, ok? — digo segurando a garrafa. — Você já bebeu demais. — sinto que estou sendo o estraga prazeres, mas ver Jungkook forjando um sorriso é a pior coisa que já presenciei.

— Não importa quanto tempo passe, o Big Boy vai insistir em ser meu hyung. — Jungkook arrota e pega outra coxa de frango. — Quando a gente era pequeno ele me batia para que eu andasse na linha.

— Pare de mentir. — empurro o ombro dele. Jungkook se inclina teatralmente para trás.

— Estão vendo? Era bem assim. Não deixem que essa carinha lisa de bumbum de bebê enganem vocês! — Baekhyun e Chanyeol riem. Tento relaxar enquanto peço outro soju.

Jungkook começa a narrar várias histórias de quando éramos crianças, as cenas exageradas e seu toque de bêbado deixa os acontecimentos engraçados, e logo somos a mesa que faz mais barulho no bar.

***

— E então, vai me contar o que aconteceu? — Jungkook se apoia no meu ombro quase que totalmente e, para nosso azar, meu celular está descarregado e Jeon não trouxe o dele. Já passavam das onze horas quando nos despedimos de Baekhyun e Chanyeol que deixaram o bar de moto. Estamos andando em silêncio há alguns minutos, mas nada de um maldito táxi passar.

— Aquela música no bar estava me dando vontade de transar. — ele diz com sua língua enrolada.

— Não tente mudar de assunto. — Jungkook tropeça e quase não consigo segurá-lo. Agradeço quando reconheço a esquina da rua onde moro a poucos metros a frente.

— Sabe o notebook onde guardo minhas demos, letras e melodias? — concordo com a cabeça sentindo o suor escorrer pela minha testa. Jungkook pesa pra caralho. — Ele sumiu. — ergo uma sobrancelha enquanto atravessamos a rua. — Simplesmente assim, um dia estava na minha escrivaninha, no outro não estava. — Jungkook finca o pé no chão me fazendo parar bruscamente.

— Tem certeza que procurou direito? Talvez você tenha deixado ele em algum lugar ou...

— Eu procurei. — ele me interrompe. — Ele pegou, Tae. Eu sei que ele pegou. Ele vai apagar tudo o que tem lá, vai apagar todas as horas que gastei pra escrever aquelas linhas. Tae, ele vai apagar meus sonhos. — começo a me desesperar quando Jungkook soluça, vê-lo nesse estado me deixa machucado e com raiva. Com raiva por todos que o deixaram nessa situação. Com raiva de mim por não poder tomar as lágrimas dele pra mim.

Eu o abraço enquanto ele soluça no meu ombro, o corpo de Jeon  treme enquanto ele aperta minha camisa com força, sinto as lágrimas ultrapassarem o tecido fino da roupa e deixarem minha pele úmida.

— Droga, eu preciso... — Jungkook se inclina rapidamente para o lado e vomita. Seguro sua franja e um pedaço da camisa para que ele não caia. Quando ele para, cambaleia para trás. Finco o pé no chão e o seguro. — Tae, eu não estou me sentindo bem. — diz com os olhos se fechando aos poucos.

— Ei, você não pode apagar aqui. — dou leves tapinhas nas bochechas dele. — Só precisamos andar mais um pouquinho e chegaremos na minha casa. Jungkook? Jungkook? Ei, olhe pra mim. — mas não adianta, o corpo de Jeon tomba pra frente e o máximo que posso fazer é evitar que ele caia de cara no chão. Sinto meu joelho ser arranhado quando seguro o corpo de Jeon e quase tombamos no chão.

— Jungkook? — chamo apoiando a cabeça do garoto no meu peito. — Jeon estamos na esquina ainda, só precisamos andar mais um pouco, droga! — quando ele não responde eu entro em pânico e olho em volta desesperado. Com cuidado, coloco Jungkook deitado no chão e levanto. Tento erguer meu amigo, mas não consigo, talvez por eu estar um pouco tonto também.

— Jungkook, acorda! — me ajoelho e bato mais forte em sua bochecha. — O que eu vou fazer agora? — meus olhos ardem com as lágrimas reprimidas. Já ouvi falar em coma alcoólico e em como isso pode levar à morte.

Olho para meu amigo que se encontra com o rosto pálido, afasto a franja dele e começo a cogitar arrastá-lo até minha casa, onde posso colocar meu celular no carregador e chamar a ambulância.

Estou começando a levantar da calçada, quando uma voz que conheço soa:

— Taehyung? Você está bem? — viro e vejo Min Yoongi correndo na minha direção.

***

Espero que não tenha ficado cansativo, foram 3K de palavras.

Enfim, flex ganhou, então os dois comem e são comidos, fim.

Eu juro que eu sou normal mesmo que eu escreva essas bagaceiras! Pelo menos eu acho que sim...

Até a próxima terça!

Beijinhos!💙

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