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XXXVI

Berna, Suíça

25 de março de 2023

Charles estava trancado no banheiro.

Não era um teste, não era combinado, não era nada além de um piloto mimado fazendo manha depois que o amigo dele falou palavras indecorosas. E Olivia queria pegar Carlos Sainz pela orelha e o arrastar até ali para o fazer resolver aquilo, porque ela queria sentar na sua cadeira e continuar a conversar com Lewis Hamilton. Eles nem ao menos puderam discutir o fato do número 44 ter aberto um assunto conflitante no meio da live — inclusive que poderia causar alvoroço entre as fãs.

— Charz... — ela o chamou, tinha perdido a conta de qual seria o número daquela vez, apoiando a testa na porta e tentando ignorar que Margaret tinha dito que se ele fosse filho dela, teria levado uma coça. Olivia ainda não entendia o motivo de ter ficado tão impactada com aquele comentário, se era pela violência ou pelo fato de ter se imaginado batendo em Charles. — Vamos, querido, saia daí!

— Ele foi malvado!

— E você deveria ter sido mais malvado com ele. — ela rolou os olhos, odiava que estivessem dialogando através de uma porta de banheiro — Se alguém faz algo errado contigo, você devolve pior.

— Você só diz isso da boca para fora!

— Claro que não, Charz.

Um pequeno silêncio se estabeleceu novamente e Olivia já estava quase desistindo de manter a privacidade do monegasco e simplesmente abrir a porta com a chave reserva. Total, ele tinha que entender que era hora do seu trabalho e não deveria estar agindo daquela maneira. Inclusive, a Maurer provavelmente nem o traria mais para Berna. Os outros dias haviam sido bons e interessantes, mas não daria chance ao azar da mesma situação retornar a acontecer.

Uma fresta da porta se abriu, a fazendo desequilibrar e quase cair, ainda bem que foi rápida em apoiar as mãos nos batentes da porta, e os olhos de Charles se revelaram. E Olivia sorriu para ele, o passando confiança o suficiente para abrir mais espaço e falar:

— "Se alguém faz algo errado contigo, você devolve pior." — ela confirmou, aguardando a continuação, sabia que ele não ia apenas repetir sua fala — Por que não devolveu pro Mick?

O sorriso de Olivia sumiu. Por que ele tinha que citar Mick? Primeiramente, o que Charles sabia de Mick para estar falando? Nenhum dos presentes realmente sabia qualquer coisa sobre Mick, nem mesmo sua irmã sabia tudo e, agora, Charles queria discutir sobre Mick com ela?

— O quê?

— "Se alguém faz algo errado contigo, você devolve pior." Então, por que não devolveu pro Mick o que ele fez?

— O que você sabe disso, Charles?

Olivia estava séria ao questionar, não existia vestígios de brincadeira ou a famosa "passada de mão" que ela costumava dar por ser ele. Charles tinha tocado em um assunto complexo. Porque falar sobre seu antigo relacionamento era uma coisa que apenas ela e Mick poderiam fazer. Escutá-la falar tudo bem, agora querer se meter era outra coisa. 

— Sei que ele não foi o melhor namorado e que Esteban precisou te ajudar, porque ele te abandonou.

Olivia ainda o encarava quando sinalizou para Margaret, a serviços gerais entendendo que deveria se retirar, porque não era para saber sobre aquilo. Na verdade, nem mesmo Charles deveria estar a par da situação. Todavia, ele já sabia um pouco e se a Maurer não cortasse rápido, o paddock todo viria a ficar sabendo.

— Saía daí e vamos conversar.

— Eu não...

— Eu só vou dizer mais essa vez, Charles. Saía desse banheiro e vamos conversar... Como dois adultos.

O monegasco confirmou, saindo acanhado do banheiro, ao mesmo tempo que Lewis vinha conversando com Carlos do corredor. Os dois pareciam estar discutindo uma futura viagem do piloto britânico, aproveitar que já estava na Suíça. Hamilton não parecia querer fazer aquilo, mas o Sainz estava defendendo seu ponto com bastante entusiasmo.

— Liv, eu já dispensei a Margaret e a Clary mandou mensagem ao carro para levar ela. — Lucy informou a irmã, vindo atrás dos dois homens — Também guardamos tudo as coisas e já estamos indo. Vamos, Charles?

— Charles não vai com vocês. — Olivia a informou, pegando o braço do monegasco quando ele tentou escapar da conversa e ir com a sua irmã.

— Mas você não ia...? — Lucy apontou de forma discreta para as costas do espanhol, Carlos e Lewis estavam do lado de fora e os três podiam os ver pelo vidro.

— Preciso falar com Charles antes.

— Nós podemos fazer isso amanhã...

— Não, porque se deixarmos para amanhã, não vou conseguir me concentrar em Carlos hoje e...

— Já vamos ir, patroa? — Carlos perguntou ao entrar, Lewis tinha acabado de entrar no seu carro com a lembrancinha dada pelas meninas.

Charles acabou se movendo para o lado, tentando sair da frente das vistas do Carlos ao perceber que Olivia iria o dispensar para ter uma conversa consigo. Mesmo Carlos o mandando não aprontar nada, porque o restante do sábado deles era para ser feito de maneira exemplar.

— Você já alugou hotel ou vai querer ficar na nossa casa? — Olivia questionou o espanhol, Clarisse que tinha acabado de chegar, imitou os outros três ao encarar Carlos também.

— Aluguei um quarto de hotel. — Carlos piscou — Não sabia que poderia ficar no apartamento com vocês.

— Claro que poderia. — Olivia bufou irritada, não com o espanhol, mas pelo que precisava dizer — Charles e eu vamos precisar ficar mais um tempo aqui, então não sei que horas terminaríamos para podermos fazermos o que combinamos e...

— Está me dispensando para o hotel?

Carlos tinha certeza que o mundo todo estava contra ele nesses últimos meses. O ano não tinha começado bem, tirando o pódio na primeira corrida, mas as coisas tinham desandado em algum momento e o feito perder o controle ao ponto de não conseguir ter um mísero encontro com a ruiva na sua frente. Provavelmente era o karma depois das merdas que fez Isa passar.

— Vocês podem...

— Cala a boca, Charles. — Olivia mandou irritada já, ela queria poder sair com Carlos, mas se conhecia o suficiente para saber que se fosse com ele, acabaria apenas pensando em Mick e no que Charles falou e ela não queria aquilo — Vai para a cozinha, vamos conversar lá.

— Mas...

— Vai. — Olivia apontou e tinha certeza que se Charles fosse um cachorrinho, teria ido com as orelhinhas baixas, ela passou a mão pelo rosto e Lucy se aproximou.

— O que está havendo?

— Nada demais.

— Olivia...

— Eu só quero falar com Charles, mein Gott! — ela se excedeu, fazendo Lucy forçar os dedos em seus braços e Carlos analisar aquilo confuso — Desculpa.

— Tudo bem. — Lucy a soltou, respirando fundo — Que horas vão para casa?

— Quando terminarmos aqui.

E Carlos esperou Clarisse e Lucy saírem para se aproximar da ruiva, dando um toque leve na cintura da alemã, a fazendo se aproximar de si. E ele sorriu contra os fios, quando ela se encaixou entre seus braços.

— Mais um encontro estragado, será que nem marcando conseguimos nos beijar?

— Você ainda quer me beijar? Porque meio que depois de tudo, não tenho certeza se é uma coisa que podemos fazer.

Carlos riu, porque era ridícula a perspectiva de futuramente não querer beijar Olivia por um ou dois contratempos. Probleminhas esses normalmente causados por dois pilotos idiotas que já haviam sido seus colegas de equipe. O Sainz não duvidaria nada se Max começasse a seguir esse exemplo, se bem que Kelly facilmente o faria esquecer qualquer coisa.

— Ollie...

Ela tombou a cabeça para trás, fazendo os olhos dos dois se encontrarem. E Carlos subiu sua mão esquerda, a colocando embaixo dos fios ruivos e acariciando os cabelos novos próximos a nuca da alemã. Olivia sorriu para ele, mesmo estando sentindo suas bochechas em chamas e o espanhol desceu o rosto. Ele pensou em brincar sobre o fato do nariz dos dois terem se tocado antes de suas bocas, mas não iria quebrar o clima daquela maneira. Não quando os dois estavam perto demais. E os lábios se roçaram e eles ainda tinham os olhos abertos, como se esperassem ser interrompidos. Mas não aconteceu. 

A recepção ainda estava no mais puro silêncio. Lando não iria aparecer, pois estava a alguns quilômetros de distância e Charles estava acuado demais com o tom de voz usado por Olivia para querer adiantar o assunto. E os dois finalmente se beijaram. Os olhos fecharam, a respiração disputando com a aceleração do coração e os lábios se abrindo para encaixar um melhor no outro. E os dedos de Olivia prenderam-se na camisa usada pelo piloto e o número 55 a puxou mais contra si, como se quisesse unificar ambos os corpos. 

Olivia tinha achado que não voltaria a se sentir daquela maneira com uma pessoa desde o dia em que saiu da casa de Mick em janeiro, depois de toda aquela encenação para o Michael. Ela lembra que saiu tão irritada daquela mansão enorme que dormiu com o primeiro cara que encontrou no bar da cidade. E ela não sentiu nada. Nenhum tipo de fagulha que a tivesse deixado ansiosa por mais. Entretanto, ali estava ela novamente pagando com a própria língua ao ter os lábios de Carlos Sainz Vázquez de Castro Cenamor Rincón Rebollo Virto Moreno de Aranda Don Per Urrielagoiria Pérez del Pulgar. E, foda-se, ela não iria conversar com Charles sobre Mick naquele momento.

— Carlos... — ela o chamou assim que o piloto desceu os lábios pela sua face, recuperando o seu fôlego, mas tentando continuar mantendo a mulher entre seus braços, para si — O Charles...

— ¡Maldito Charles!

Ela riu ao entender o que o espanhol praguejou, sinalizando que a volta ao cursinho do aplicativo não tinha sido de tão inútil. E Carlos se afastou, não muito, apenas o suficiente para a ver ainda com o sorriso no rosto. E ele voltou a colar os lábios com os dela, não a dando tempo de sibilar o nome de Charles. E, acontecia que, depois de se beijar uma pessoa pela primeira vez, depois de ter sentido o quão bom era aquilo, a pessoa não queria mais parar. E Carlos realmente não desejava parar de beijar Olivia. Ele queria poder a ter ali, consigo. Longe de Lewis Hamilton e do fantasma quase permanente que Mick Schumacher significava.

Carlos tinha quase certeza que deveria ser um pecado não ter feito aquilo antes e ele odiava o fato de Mick ter chegado antes que ele tivesse a chance. Ao mesmo tempo que era bom, porque assim Olivia veria que ele era a pessoa certa para ela. Porque eles sabem como lidar um com o outro, era perceptível. E ele nunca seria capaz de a deixar em qualquer lugar sozinha — isso se Esteban não tivesse mentido a eles ao contar sobre Abu Dhabi — e ela já era a sua pessoa favorita, mesmo que ainda não soubesse disso. 

O espanhol tocou o queixo da alemã, passando o nariz pelo dela, completamente sem fôlego ao se afastarem pela segunda vez. E aquilo parecia errado, deixar de beijá-la parecia errado. E ele não sabia o que poderia fazer para arrumar aquilo sem que o ar se fizesse necessário. E eles voltaram a se olhar, as pupilas de ambos dilatadas, tais como se estivessem no escuro e a luz tivesse sido acessa. A diferença era que, de alguma forma, a luz vinha um do outro. As bordas pareciam suavizadas, as sobrancelhas erguidas, suspensas, como se quisessem ter uma visão melhor um do outro e encarando os detalhes presentes nas faces um do outro. 

Olivia tinha certeza que poderia contar os pontinhos distribuídos na face de Carlos e aquilo a cativava de maneira tão conflitante com o que era acostumava a querer ficar encarando. E tinha o modo como os olhos dele pareciam sempre a passar segurança. E eles piscavam mais devagar, como se estivessem com medo da pessoa desaparecer. Olivia tentava esquecer aquele sentimento conflitante que Mick havia a feito criar ao pensar que ficaria abandonada e sem escolha. E Carlos apenas queria a manter consigo. Era até de certa forma engraçado o modo como o fato de Mick Schumacher estar influenciando tanto naquele momento. Ambos tinham medo do fantasma causado pelo piloto reserva da Mercedes.

— Vamos apenas dispensar Charles para a casa de sua irmã e ficarmos juntos no meu quarto?

Carlos pediu, melhor, praticamente implorou, passando o nariz pelo da ruiva. E ele sabia que na verdade Olivia era loira, um castanho-aloirado que era bonito na foto, mas nada comparado com a maneira como o ruivo a destacava. E ele sabia que estava realmente caído por ela ao prestar atenção a cor de seus cabelos ao fato de querer a levar para a cama. Porque, naquele momento, sua ideia se resumia a eles ficarem igual naqueles namoros adolescentes se beijando em cima do colchão do hotel. Porque ele queria descobrir cada pequena coisinha dela antes de partir para a próxima, e a seguinte e assim por diante. Porque ele não cansaria dela nunca.

— Eu nem lembro o porquê de Charles estar me esperando, sendo sincera.

Olivia confessou, a respiração ainda alterada e os olhos ainda conectados a Carlos. 

Ela se sentia toda conectada a ele, desde os dedos contra si, a boca a centímetros dos seus e... Tudo.

Ela era dele.

SAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Eu reescrevi esse capítulo umas vinte vezes

Porque ia ter uma briga muito boa entre Charles e Olivia

Mas isso iria estragar mais uma vez os planos de Carlivia

E, senhor, eu faço eles brigarem outra hora

CARLIVIA PRECISAVA SE BEIJAR

E eu tentei passar um sentimentalismo todo para a ação

Espero que tenha batido as expectativas de vocês

Se bem que bateu a minha 

Aí, aí, aí

Enfim, o que vocês acharam?

Espero que tenham gostado

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