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XXII

Berlim | Casa
11 de março de 2023

A família Maurer sempre teve uma condição financeira boa. Acima da média comparado ao necessário para se sobreviver em Berlim, Alemanha. Uma herança boa, muitos investimentos e uma administração louvável com o senhor Herbert. O pai de Olivia era o tipo de homem no qual as pessoas encaravam e sabiam que era um homem de negócios. Ele tinha aquela imagem, combinava consigo. Elsa era a personificação da esposa troféu, cabelos castanhos claros, olhos azuis e uma conta bancária suficientemente boa para conquistar um bom casamento. 

Olivia gostaria de dizer que sua mãe pensava fora dessa caixinha, de que contrariava as falas de seu pai ou a incentiva a seguir seus sonhos. Mas isso, infelizmente, não acontecia. Sua mãe levava como palavra final a de seu pai, rezando uma missa para qualquer coisa saindo dessa linha. Inclusive o fato de sua filha mais nova não ter nenhum contato com eles, depois que assumiu gostar de pessoas do mesmo sexo. Ou, o fato da mais velha se recusar a aceitar um casamento depois de sua aposentadoria.

Olivia ainda sentia o corpo tremer ao pensar que seu pai queria a empurrar para ser uma vaca parideira, depois que anunciou que iria se aposentar do hipismo. O homem escolhido era um amigo da família e aquilo parecia tão anos 1800 que era quase engraçado. Abu Dhabi parecia ser um marco em sua vida. Seu pai tentando se aproveitar da situação e a empurrar para um homem que a viu crescer, que ela tratava como um tio. Ela se negando e ficando ilhada.

Lucy costumava dizer que a sua relação e de Mick foi uma manipulação sem tamanho, que Mick era uma péssima pessoa e que ela merecia mais. Porém, se analisar bem a situação, a ruiva não fazia ideia de quem usou mais quem.

Quando ela conheceu Mick, tudo era novo. Sua vida tinha sido competições e competições e ser perfeita, perfeita e perfeita. Ela não tinha tempo para nada. Então, o cara loiro famoso, irmão de uma amazona conhecida, brincou sobre ela saber "montar" e a coisa toda aconteceu. E era fácil se envolver com Mick, os Schumacher pareciam fichinha para uma filha de Herbert e Elsa Maurer. E, de repente, era melhor aguentar toda a pressão deles, do que um dia inteiro com seus pais.

Não era bonito, mas ela o usou para sair da casa dos pais. E usou a carreira de Mick e seu amor para deixar de ser competidora. Ser amazona ainda a deixava com o coração acelerado, mas por conta da adrenalina. Não pela competição. Só que ela sabia que se voltasse para cima de seu cavalo, seu pai arrumaria um jeito de a fazer voltar. E voltaria a controlá-la.

— Como sua irmã esta?

Elsa questionou depois de um café da manhã tumultuoso e silencioso, onde a tensão crescente entre o esposo a primogênita pareciam gritar o quanto tinham falhados como pais. Olivia ergueu o rosto do prato que vinha encarando, pensando que merda estava pensando ao querer voltar para casa deles. Não fazia sentido, existia muitas maneiras de encerrar ciclos e começar novos e, por algum motivo, havia escolhido os pais como âncora.

— Está bem. — ela sorriu ao recordar da imagem de sua irmã na vídeo chamada pela madrugada — Não a vejo pessoalmente desde o dia que fui trabalhar na Ferrari, mas nos falamos todo dia.

— Vocês podiam vir passar a Páscoa conosco. — Elsa sorriu, antes de arregalar os olhos e encarar o marido, não era difícil ver que ficou apavorada por não ter pedido autorização antes de fazer o convite — Não acha, querido?

Olivia percebeu como o homem apertou os dedos na volta dos talheres. Ela não fazia ideia de como Herbert tinha aceitado sua visita, mas ele estava tão desconfortável com sua presença quanto ela. Era estranho pensar que outrora era conhecida por ser a filha mais querida, a que tinha nascido mais parecida com ele, desde ao nariz monstruoso a personalidade mais madura.

— Claro.

Aquilo não parecia realmente uma autorização, ele tinha sido levado a aceitar a sugestão.

— Posso convidar ela e Clarisse...

— Não Clarisse.

— Então não nós. — ela rebateu o homem rápido.

— Não fizeram falta nos últimos anos.

A boca da ruiva se abriu para responder, antes dela a fechar e suspirar. Não valia a pena. Então apenas concordou, porque eles também não fizeram falta nos últimos anos. Sua irmã e ela tinham sido completas da sua maneira. E o fato dos pais estarem ou não do seu lado não influenciou em nada. Os Schumacher's tinham influenciado mil vezes mais do que eles.

O restante do desjejum continuou em silêncio. E Olivia não conseguia parar de pensar que preferia estar tomando um café da manhã com Mick, do que ali. As indiretas sobre manter a boca fechada, mesmo tendo feito tudo certinho nos últimos cinco anos, a deixavam com uma sensação melhor do que a de estar presente na sala de jantar, tomando café com seus pais. Ela só podia estar louca quando pensou que retornar para a casa dos pais era uma boa ideia para encerrar mais um ciclo. Aquele ciclo era complexo demais para ser resolvido, ainda mais sozinha, depois do péssimo término com Mick e uma mudança sem tamanho com a entrada da Scuderia na sua vida.

De qualquer forma, quando se moveu para o exterior da residência, caminhando para o celeiro onde seu cavalo estava, o real motivo para ter ido até ali estava parado. O mesmo balanço que costumava se balançar quando criança, que acompanhou todas as suas fases. Ela parou ao lado dele, a mão passando pela corda desgastada. Uma sensação de deja vu tomando conta de seu corpo. Aquela era a sua casa e era a primeira vez que parecia realmente a sua casa. Um maldito balanço e ela entendia o motivo de estar de volta.

Mick a tinha presentiado com uma pequena estátua dele no primeiro Natal que passaram juntos. A miniatura estava em cima da mesinha ao lado de sua cama. E foi o presente que mais a fez chorar. Porque não importava que seus pais a ignoravam por não achar Mick bom o suficiente, pois ela ainda teria uma parte quase invisível deles consigo. Do que ela era consigo. Ela não se perderia.

Sua relação com seus pais tinha mudado muito desde quando deixou de ser uma criança, mas o balanço ainda parecia ter alguma corda invisível que ligada a sua pessoa a seus pais. Herbert e Elsa sempre teriam aquela imagem mental na cabeça da ruiva, de quando a balançavam e a fazia rir como nunca.

— Você pode sentar, sabe?

A voz masculina a assustou e ela se virou para encontrar Hernert. Seu pai a observava no sol, como se quisesse manter certa distância. Não fosse seguro se aproximar. E Olivia viu que nem quando chegou tinha conseguido tocar seu pai. Nem um abraço de saudade, nem um beijo de cumprimento, nem um toque de afeto. 

— Vai me balançar?

Ele sorriu para ela, quase como quando a mulher era uma criança e era sua preferida. Não era legal ter uma filha predileta, mas eles se dividiam bem. Elsa com Lucy e Herbert com Olivia. As personalidades se completavam. Lucy sempre foi mais espevitada, uma menina levada, como o homem costumava chamar. Olivia era mais calma, aguentava as broncas caladas, mais doce e adorável, aguentando os pequenos surtos do pai e vivendo o sonho dele.

— Senta.

Olivia foi rápida em obedecer, arrumando-se no banquinho de madeira e aguardando. Herbert se questionou o que estava fazendo, aquela era a mulher, sua filha, que havia abandonado o sonho deles, as competições, por conta de um garoto que nem ao menos chegava ao seus pés. Que não merecia metade da atenção que ela o dava.

— Segura a corda.

E ele puxou o balanço, empurrando com força em seguida, e foi recompensador ouvir a risada de Olivia. Ainda parecia a sua garotinha, mesmo que os anos tenham passado, que palavras tenham os machucado. Ela não foi a única afetada com o afastamento, mas Herbert nunca admitiria isso. Era durão demais para tal feito.

Os dois ficaram assim por um pequeno tempo, curto e generoso, antes da ruiva dar um salto, caindo de pé e se voltando para trás sorrindo. Herbert a olhou como se tivesse acabado de ganhar o mundo. E ela se lembrou de sua época de competição, quando o pai a encarava daquela mesma forma após conseguir o primeiro lugar. Tudo abaixo do primeiro era esquecido, porque não era bom lembrar de coisas ruins. 

— Estava com saudades, pai.

Olivia não fazia o motivo de estar declarando aquilo, mas as palavras pareciam ter pulado de sua boca. E o modo como acabou se movendo na direção do homem entregou a verdade por trás da frase. Herbert a agarrou como se não tivesse falado coisas ruins por ela desistir do "grande sonho", ou por ter ido embora para tão longe. Era apenas a sua garotinha no meio de seus braços. 

— Também estava, liebe.

A palavra "amor" em alemão não parecia tão bonita quanto no inglês, ou qualquer outra língua. Mas ainda trazia um carinho especial quando dita pelo pai da mulher. Olivia ligava o fato de sempre ter pedido a Mick para falar em alemão com ela ao costume que tinha com seus pais. Era o idioma de sua casa, era reconfortante. Era algo que sentia falta.

— Sabia que retornaria para casa depois que terminasse com aquele garoto. — declarava ainda abraçado a ela — Eu te disse desde o primeiro dia que ele não era uma boa influência para você, assim como aquela promíscua que está virando a cabeça da sua irmã.

Olivia deu um pequeno empurrão no peito de seu pai, a testa franzida. O que ele estava fazendo? Uma coisa era falar mal de Mick, outra completamente diferente era adicionar Clarisse e ainda usar um termo tão ofensivo daquela forma. Clarisse era uma boa pessoa, não que Mick não fosse, Mick também era. Todos eram boas pessoas. Mas Mick tinha falhado em alguns momentos. Porém, Clarisse não. Clarisse ajudava a elas, era a melhor pessoa que Lucy havia se envolvido. Responsável por conseguir as melhores risadas da mais nova.

— O que o senhor está falando?

— Que você está voltando para casa... Não que isso seja uma surpresa, disse a Elsa anos atrás que quando a corda apertasse, você e sua irmã iriam deixar essa baboseira de serem mulheres fortes e capazes de sobreviver sozinhas para trás e voltariam.

— Eu não estou voltando para casa.

— Claro que está. Você está voltando, porque precisa de um homem forte e capaz de tomar as decisões importantes de sua vida.

— Não.

— Por favor, minha filha. — ele tripudiou — Não precisa se fingir de forte para cima de mim, você voltou porque sabe que esse é o melhor a ser feito. Toda mulher sonha com a ideia da liberdade, de tomar suas próprias decisões apenas para se assustar e voltar correndo para baixo do braço de seu pai ou um homem com pulso forte.

A ruiva abriu a boca, pronta para o responder, apenas para fazer o mesmo que fez no café de manhã, engolindo as palavras e respirando fundo. Herbert ainda a encarava com expectativa, quando ela girou nos calcanhares e se pôs a caminhar para a casa.

— Liebe...?

Olivia não retornou sua atenção a ele, pescando o celular no bolso e já começando a analisar suas opções de fugas. O mesmo trem que a trouxe estava disponível em duas horas e ela poderia esperar no terminal. O problema era que sempre parecia uma fuga. Ela venho para encerrar um ciclo e começar outro com seus pais, mas estava saindo com mais problemas. 

— Por favor, não vá embora. — Elsa pediu ao parar na porta e ver a filha colocando suas coisas dentro da mala.

— Por que toda vez que venho aqui sinto como se Lucy e eu fossemos péssimas filhas? — ela questionou a mulher mais velha, fechando o fecho da mala e retornando a atenção para a mãe — É como se eu nunca fosse suficiente.

— Você sabe que isso só aconteceu porque desistiu do seu sonho por aquele garoto, Liv.

Nossa! Como Olivia odiava o modo como a mãe falava aquele apelido. Não era o seu apelido de criança, era aquele usado na frente das pessoas quando ela se sentia envergonhada de suas ações. E a mais nova se moveu para sair do quarto, vendo o pai parado no fim do corredor, incapaz de se mostrar importar com sua ida embora, mesmo que seus olhos parecendo conter todo o conflito interno.

— Hipismo nunca foi meu sonho. — ela foi sincera ao declarar para os dois — Sendo bem realista, eu nem sabia qual era o meu sonho até o Mick me incentivar a criar o "Discombobulate", porque eu não tinha personalidade nenhuma, pois sempre me escondi atrás do "meu pai" ou de "um homem mais forte" e eu não percebia isso até ser abandonada em Abu Dhabi pelo meu ex-namorado que eu achava ser o amor da minha vida e quase ceder ao desejo de meu próprio pai de me atar a um homem que eu nem conheço. E isso é confuso, porque o senhor disse que teoricamente um de vocês deveria estar me protegendo, mas isso não aconteceu. E eu vim até aqui, pensando que com todo esse passar do tempo vocês dois teriam deixado essa ideologia patriarcal e arcaica para trás já que se trata de suas filhas, mas isso não aconteceu. E eu sinto muito, porque eu sou uma pessoa incrível e a minha irmã é ainda mais e vocês estão nos perdendo. 

Olivia já nem sabia o que poderia dizer no final, indo até as escadas pronta para ir embora, quando a voz de seu pai surgiu novamente:

— Quando tudo der errado de novo, nem pense em ligar para nós, Olivia. Não irei a atender dessa vez. 

A ruiva se voltou para trás, um dos pés já estava no degrau debaixo, e a imagem toda gritava algum tipo de rebaixamento, mas ela ergueu o queixo e analisou sua mãe e seu pai, lado a lado. Eles tinham a imagem que um dia ela sonhou em ter para si, um casal poderoso e feliz, sorrindo na sua direção e se alguém tirasse uma foto, poderia se passar a ideia errônea que são pais orgulhosos de sua filha saindo de casa. Todavia, não era isso que acontecia.

— Um mecânico que eu conheço a quatorze dias parece mais família que vocês dois, então nem se preocupa em manter meu contato atualizado, Herbert.

Hey, pessoal

Esse capítulo iria sair ontem, mas eu não tinha finalizado, nem estava mentalmente pronta para fazer isso, então só consegui mandar agora

Primeiro, eu queria mostrar um pouco o motivo de Olivia aceitar tantas coisas que aconteceu durante sua relação com o Mick e podemos ver que o medo de voltar a ser oprimida pela própria família a fez aceitar o mesmo com os Schumacher

Os pais delas vão ser citados de forma muito rasa a partir de agora, porque eles vão ser irrelevantes para todo o desenvolvimento pessoal da nossa menina

Mas espero que vocês tenham entendido o meu ponto de vista ao mostrar que a Ollie aguentou tantas coisas e parem um pouco de julga-la por o fazer

Vemos também que ela tem uma dificuldade muito grande de expor o que pensa na hora, coisa que já tinha tentado mostrar nos capítulos anteriores também

Enfim...

Temos muitos spoiler's no meu perfil, apesar de achar que todos conheceram a história através dele, mas se for pelo wattpad, no meu perfil do tiktok aparece muitos vídeos referente a história e o @é o mesmo daqui do wattpad...

Ahn...

Eu vou pular alguns dias agora e já vamos direto para o circuido de Jeddah Corniche, onde o senhor Checo foi vencedor, coisa que já citei que irei mudar e será para a vitória de um dos nossos meninos... Então, qual dos dois vai ser?

Espero que tenham gostado

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