XIX
Sakhir | Aeroporto | Madrugada
6 de março de 2023
Teoricamente, Olivia estava liberada para ir embora desde o final da corrida, mas foi uma escolha sua querer ficar para a reunião e, depois, para a confraternização dos pilotos. O que foi um erro, apesar de ter amado conhecer as meninas e tudo antes do encontro no corredor. O maldito encontro do corredor ainda tinha acontecido e ela odiava que não precisava ter escutado tudo aquilo. E, para tentar consertar isso, ela ter conseguido adiantar seu voo ao chegar no hotel, foi muita sorte.
O grande problema era que Lucy não atendia a droga do telefone para que pudesse a buscar. Não que ela precisasse de uma carona da irma, ela apenas necessitava ouvir a voz acolhedora e se sentir em casa. Só que Lucy nao a atendia. E ela estava começando a pensar coisas erradas, até, ser surpreendida ao ser abordada por Antônio. O mecânico parecia confuso ao vê-la. Todos tinham ouvido Charles dizer sobre Olivia sair com eles nessa noite.
— O que aconteceu?
— Por que todo mundo só sabe perguntar isso? — Olivia falou de forma arrastada, fazendo o mecânico suspirar.
— Você está bêbada?
— Não, eu só tomei alguns shot's.
O mecânico suspirou, pegando a mala da ruiva e colocando junto com a sua no carrinho. Ele ofereceu a mão para ela, a fazendo erguer do banco.
— Vamos lá mudar sua passagem.
— Mas eu estou indo para a Suíça.
— Tem alguém te esperando na Suíça?
Ela inclinou os lábios para a frente, de maneira até mesmo engraçada, antes de negar. Antônio analisou a face rosada, o modo como os olhos claramente estavam inchados e avermelhados, os vestígios de maquiagem ainda presente. Não era mistério nenhum descobrir que alguma coisa havia acontecido e, de alguma forma, sabia que tinha dedo do Schumacher. O moleque parecia ser um imã de problemas quando era relacionado com Olivia.
— O aniversário da minha principessa é amanhã. — ele não conseguiu conter o sorriso ao pensar na filha — Thomas, Jean e eu estamos indo para Maranello. Você quer ir?
— Ela não me conhece para ir no aniversário dela.
— Você sabe de bonecas o que é mais do que Thomas, Jean e eu sabemos. — ele entrelaçou os dedos com a host do "Discombobulate" — Vai querer ir?
— Sua ex-mulher...?
— Juliet não é enjoada com isso. Fora que ela agradeceria por ter alguém capaz de fazer uma festa infantil acontecer.
Os dois se moveram juntos, mudando a passagem da ruiva, antes de Jean aparecer com um óculos maior que sua cara e os cabelos loiros direcionados para todos os lados, fazendo uma risada bêbada sair de Olivia.
— Nem pergunte. — Antônio o avisou, retirando um saco de biscoito da sua mala e entregando nas mãos da ruiva — Coma!
— Ela vai com nós? — Jean perguntou ao vê-la abrir a embalagem e começar a devorar o conteúdo.
— Sim.
— Acho bom você saber que irá arrumar a festinha da Lou. — ele brincou com a ruiva, roubando alguns salgadinhos no processo.
Thomas foi o último a chegar, mastigando um salgadinho de gosto duvidoso também e franzindo a testa para a mulher. Porém, ele não perguntou ou insinuou qualquer coisa, apenas cumprimentou os três e também colocou sua mala no carrinho de Antônio.
Na plataforma de embarque, Lucy retornou a ligação da irmã. Os quatro já haviam despachado suas coisas e apenas esperavam o momento para poder entrar no avião.
— Eu estou indo para Maranello.
Olivia foi bem clara, o lanche que Antônio a ofereceu tinha a dado algum norte de situação e, por incrível que parecesse, ela queria ir para Maranello e compartilhar do aniversário de Louise. O problema era que sua face ainda estava meio manchada por conta de não ter se arrumado em nenhum banheiro e seus olhos deixavam claro que chorou. Fora o fato de ter pulado os primeiros cumprimentos.
— Como é?
Lucy questionou, os olhos atentos de uma irmã mais nova preocupada com a mais velha.
— Estou indo para Maranello.
— A Ferrari pediu para ir?
Lucy aceitaria isso numa boa se fosse o caso, as vezes acontecia algum imprevisto e o serviço era esse. Elas tinham assinado um contrato com a Scuderia e iriam manter sua palavra. Ele era a prioridade do momento.
— Não. Eu só quero ir.
A mais nova pareceu realmente surpresa dessa vez. Não existia motivos para Olivia querer se enfiar na cidade sede da Ferrari. Não que ela soubesse.
— Por quê?
— Antônio me chamou para ir.
Olivia viu quando Clarisse apareceu por trás de sua irmã, a toalha na volta de seu corpo e uma cara de quem tinha acabado de tomar banho. Não era realmente uma surpresa que sua irmã estivesse aproveitando a casa, enquanto não estava presente. E também o fato de ser a outra host do "Discombobulate". O problema era que sua mente a dava umas mensagens complexas e estranhas sobre o fato de não estar fazendo falta nesses momentos. As duas estavam bem e ela tinha visto a entrevista delas com Laila Hasanovic, a modelo dinamarquesa, e elas tinham feito um bom trabalho. Elas sempre faziam um bom trabalho.
— Vamos rebobinar um pouquinho. — Lucy passou a mão pelo rosto, tentando entender tudo — Quem é Antônio?
Olivia mudou a câmera, focando os três homens conversando um pouco mais ao longe. E Lucy ainda tinha a face confusa, porque a irmã tinha reclamado sobre eles, não?
— A filha dele está fazendo aniversário e eu fui convidada.
— Olivia é madrugada aí. — Lucy questionou ao ver o reflexo da janela, começando a se preocupar — Por que você está indo para a casa de pessoas que nem conhece? Seu avião não era mais tarde? Por que não está vindo para casa?
A chamada para o avião soou alta pela sala de embarque, fazendo um pequeno sorriso aparecer na face da ruiva.
— Somos família. — Ollie falou ao ver os três sorrindo na sua direção — Eles disseram que a Ferrari é como uma família e eu preciso do apoio da família agora, tive uma discussão ridícula com Mick a menos de uma hora e sinto como se fosse o encontrar se voltar para a Suíça agora.
— Olivia, Clarisse e eu somos sua família. Você não precisa ir para Maranello com pessoas que acabou de conhecer para ter uma família. — Lucy falou de forma quase lenta, como se ela fosse entender melhor assim — E como assim você e Mick discutiram?
A última chamada fez Olivia começar a ficar nervosa, porque Antônio sorriu de forma leve para ela, como se esperasse que desistisse de ir com eles e fez menção de seguir com os outros.
— Eu sei que vocês são família, mas vocês duas são algo e sinto que venho as atrapalhando com meus problemas. E Mick foi meio babaca comigo hoje, porque estava sendo ridículo e eu não quero falar disso, porque estão chamando para o embarque.
— Olivia...
— Eu ligo quando chegar em Maranello e...
— Você está sendo irresponsável. — Lucy a interrompeu — Entendo que Mick deve ter falado alguma coisa que a magoou, mas isso não é uma novidade, agora querer ir para Maranello com pessoas que acabou de conhecer é irresponsável, então pegue suas coisas e venha para casa. Se Mick aparecer aqui, nós o mandamos embora.
Olivia franziu o nariz, os olhos acompanhando os três homens indo para o corredor de entrada do avião.
— Eu vou para Maranello. — ela repetiu a mesma frase do início da ligação — Porque minha cabeça está dizendo que o certo é seguir para junto com vocês e não ir junto com eles. Mas eu só consigo pensar no fato de que meu coração diz para ir nessa festinha e os ajudar.
— Olivia...
— Eu quero chegar lá e tirar fotos com a menininha. Quero arrumar as coisinhas dela, conhecer ela e, sei lá, apenas ir.
— Olivia, você acabou de os conhecer.
— Eu sei. — a ruiva riu — Isso é extremamente irresponsável, mas não é isso que deviamos ser? Mein Gott! Eu tenho 22 anos e não faço uma coisa irresponsável a anos... Fora que essa é realmente uma coisa irresponsável? É uma festinha infantil.
Lucy estava pronta para continuar a falar que ela poderia fazer uma coisa irresponsável quando estivesse próxima dela ou de Clarisse, quando a morena tomou o celular de suas mãos, ganhando um olhar surpreso da ficante.
— Certo! Você tem dinheiro na sua conta?
— Claro que sim. — a ruiva concordou, pensando na última vez que não tinha dinheiro suficiente e acabou ilhada em Abu Dhabi — A Ferrari já depositou a primeira das 12 parcelas do ano, eu já dividi em quatro, para as contas de vocês e a conta do canal.
— Ok! Vá ser irresponsável!
Olivia acabou sorrindo grande para a morena.
— Estão embarcando já.
Clarisse quase riu ao ver como a ruiva parecia mais animada agora que tinha sido "autorizada" a ser irresponsável.
— Então vai lá, garota! — ela focalizou sua face com a de Lucy, a mais nova não parecia tão confiante quanto elas com essa decisão — Amamos você! Pode nos ligar se precisar de qualquer coisa.
— Amo vocês!
E Olivia desligou rápido ao ver a aeromoça pronta para fechar o corredor e a deixar para trás. Gritando um "stop" alto e correndo na direção dela. A moça a encarou com claro julgamento ao pegar sua passagem, antes de a deixar passar.
Todos estavam acomodados quando ela entrou com sua bolsa no braço. Thomas foi o primeiro a vê-la, sorrindo como se não a passasse certo ar de indiferença. Antônio estava sentado ao seu lado, mas a poltrona da ruiva era com Jean na fileira de trás. O loiro a ajudou a colocar a bolsa no bagageiro em cima de suas cabeças.
— Se eles oferecerem amendoim, me acorda. — Jean pediu, tirando uma almofada de pescoço de sua mochila antes de sentar, Olivia concordou — Ou você pode deitar a cabeça no meu ombro e dormir. Pela sua cara, você precisa.
— Não foi uma coisa legal para dizer a uma mulher.
— Prezo pela honestidade e a tua cara tá terrível.
Olivia acabou sorrindo, passando o cinto por seu corpo, antes de se sentir confortável o suficiente para inclinar o corpo para o lado e deitar a cabeça no ombro de Jean. O técnico pareceu surpreso, mesmo tendo oferecido, antes de pedir para se afastar um pouco, apenas o suficiente para a encaixar melhor contra si, passando o braço por seu pescoço. E eles concordaram.
Não era uma viagem rápida, também não era tão confortável quanto foi no avião da Ferrari. Mas a Scuderia iria sair com os outros depois do meio dia e eles queriam organizar tudo com mais tempo.
— Você sabia que estamos voltando no tempo? — Jean a questionou, depois de ambos compartilharem um filme no celular do técnico, ele tinha sido esperto o suficiente para baixar antes de embarcar.
— Como assim?
— Arabia Saudita tá duas horas adiantada comparada a Maranello.
— Estamos quebrando o espaço-tempo.
Jean riu, a deixando se arrumar melhor contra si, antes de deitar a cabeça sobre a dela também. Ele percebia o modo como os dois companheiros da fileira da frente se revezavam para cuida-los.
— Então... Aquele jantar de explicação ainda está de pé se quiser. — ele ofertou, sentindo o corpo feminino tensionar sobre si — Não que você seja obrigada se não quiser... É apenas uma ideia...
Olivia considerou a proposta, encontrando os olhos claros de Antônio entre o valo das poltronas. O mecanico arregalou os olhos e sorriu.
— Eu só posso depois do aniversário da Lou.
— Sem problemas para mim.
Ela pensou no ex-namorado, Mick sempre parecendo uma lembrança constante. Ele teria reclamado disso. Mas, levando em consideração tudo, o que Mick não reclamava né?
Olivia acabou sorrindo para ele e realmente apagando depois disso, não importava se estivesse determinada a manter uma conversa ou a atenção na tela do aparelho telefônico de Jean. Ela dormiu contra o ombro e só acordou quando chegaram.
Os três homens a encararam de maneira engraçada e ela tinha certeza que ocorreu um flash. Todavia, acabou sorrindo a eles e pegando suas coisas.
Ela ainda precisava ver um hotel para ficar e era pensando nisso que tirou o celular do modo avião ao descer, apenas seguindo o fluxo dos três pelo aeroporto.
A alemã se assustou quando começou a aparecer chamadas perdidas e subir mensagens de maneira a deixar seu celular mais lento.
— Alguém parece meio desesperado.
Jean sibilou ao seu lado e ela percebeu que estava tão acostumada com a presença de Charles lendo suas mensagens ou fazendo comentários sobre suas notificações que nem se incomodou com o técnico fazendo o mesmo. Era quase acolhedor.
— Charles. — comentou ao conseguir entrar nas chamadas, o dedo pairando sobre a barra para retornar.
— Nós vamos meu carro para chegar em Maranello. — Thomas a avisou — Pode falar com o Leclerc enquanto isso.
Olivia agradeceu, vendo Antônio pegar sua mala e colocar novamente com suas coisas.
A alemã acabou clicando na barra de notificações antes de fazer a ligação, se dando ao trabalho de começar a ler as mensagens enviadas pelo monegasco, para não parecer tão desinteressada caso houvesse acontecido algo importante.
Aparentemente, Charles tinha descobrido os áudios somente naquele dia, pois tinha mais de quarenta áudios. E Olivia acabou clicando no primeiro e escolhendo de forma aleatória os demais.
— Hey, Ollie! Nós acabamos de sair do bar. Carlos pagou nossa conta, o que meu dinheiro agradece. Enfim, esperamos que esteja bem.
O segundo que foi aberto, não era o abaixo do primeiro e, sim, o sexto colocado na linha de áudios.
— Você não esta abrindo a porta por quê? Tem algum motivo para não abrir a porta? Olivia, acho bom você abrir essa porta, se não vou te denunciar por abandono de incapaz... E... claro que ela abandonou um incapaz, Carlos. Ela me abandonou com você. Que tipo de mãe abandona a criança sozinha com o pai e...
Olivia se obrigou a continuar com o seguinte para ter algum entendimento sobre o que Charles dizia.
— Carlos não aceita que é meu pai. — a voz chorosa de Charles a fez ter uma pequena dor no peito — Ele disse que não é meu pai. Só que você é teoricamente a minha mãe e se ele não for o pai, Mick vai ser o pai. E eu não quero Mick. Por favor, não volta com Mick.
Ela não sabia se mandava uma mensagem contando o desastre de seu último encontro com Mick ou ia em uma benzedeira para tentar consertar se livrar desse futuro que Charles dizia dela voltando com Mick. Acabou preferindo pular para o próximo áudio.
— Carlos e Olivia, juntos passeando, logo vão estar se beijando. Lalalalalala! Lalalalaallalallalalalallala!
Ela iria matar o Leclerc.
— Olivia, já é quatro horas da manhã. Por que você não abre a porta? Os vizinhos de quarto já estão reclamando. Abre para mim. Carlos me abandonou no corredor, sem auxílio e comida. Ele vai ser um péssimo pai.
Ela esperava mesmo que Charles não tivesse ficado todo esse tempo na porta do quarto que ela estava, batendo e incomodando os outros.
— Pierre e Kika estão aqui. Pierre disse que como saiu da casa noturna bêbada, nós conseguimos convencer o dono a abrir a porta, porque vai que você tá morta dentro do quarto. — Charles estava chorando — Por favor, não esteja morta!
A próxima mensagem era a penúltima. E ela estava com medo de dar play.
— Cadê você? Pelo amor de Jesus Cristo! São seis horas da manhã! — o monegasco gritou no áudio — Eu fiz o dono do hotel, tem noção que eu acordei e mandei buscar o dono do hotel, para abrir a sua porta e você nem está aqui! Onde você está, Olivia? Eu vou ligar para a polícia! Acho bom você aparecer! Você não pode me abandonar aqui, estamos entendidos?
E então chegou ao último.
— Frédéric chegou aqui e brigou comigo por meia hora, depois entrou pro quarto com Carlos e falou por uma hora lá com ele. Carlos tá furioso comigo e até me deu um tapa na nuca. Eu disse que ele não podia me bater, mas ele me bateu. Eu disse que você não vai beijar ele assim. E ele me bateu de novo. E agora ele me contou que você foi embora com Antônio, Thomas e Jean. Acho que Carlos tá mais furioso porque você foi embora com Jean do que pela mijada que Frédéric o fez escutar por não cuidar de mim. De qualquer jeito, não faço ideia do porquê de ter ido embora sem me dizer nada, mas espero que esteja bem e quero que me ligue quando sair do avião. Preocupado, dolorido e choroso. Charles.
Ela deu início a ligação, levando o celular ao ouvido, não iria fazer mais uma chamada de vídeo. Mas se sentiu mal por Charles. Fora que nao poderia fazer uma chamada. Não sem estar novamente apresentável. O que considerando o modo como algumas pessoas passavam ao seu lado e a encaravam, iria demorar a acontecer.
A ligação foi atendida.
— Charz...? — tentou, antes de ouvir um suspiro cansado do outro lado da linha.
— Ele tá dormindo.
— Oh, Gott! Carlos?
— Aham.
— O que aconteceu? Charles está bem?
— Está. Ele só acabou apagando, acho que ele não tinha dormido antes porque estava num surto de adrenalina e quando contei que você estava bem, o corpo relaxou e a bebida fez ele cair.
— Merda! Sinto muito por isso.
— Tá tudo bem, Olivia. — o espanhol abriu a boca de sono, encarando a imagem do colega de equipe apagado em sua cama — Você tá bem?
— Briguei com Mick antes de sair. — ela não faz ideia do porquê de contar aquilo a ele, mas contou, dando um chutinho em uma pedra solta no chão, os outros três ainda estavam conversando do outro lado.
— Imaginei que alguma coisa do tipo tinha acontecido quando apareceu querendo o celular e ir embora.
— E então pareceu uma boa ideia comprar uma passagem e ir embora mesmo.
Carlos se manteve em silêncio.
— Só que aí encontrei Antônio no aeroporto e agora estou indo para Maranello com ele, Thomas e Jean.
— É o aniversário da Louise, não?
— Sim! — ela soltou uma risada sem graça — Vou ajudar na decoração, pelo que entendi.
Carlos fez um barulho de concordancia, vendo Charles se mover na cama, embolando-se no meio do colchão. O monegasco realmente parecia desesperado quando a ruiva não o atendeu.
— Olha, Olivia... — Carlos começou depois de um pequeno silêncio — Charles é alguém bem especial e é estranho estar dizendo isso, mas é a verdade. E ele se apegou real a você, ele enlouqueceu esse hotel atrás de você. Sério. Então, se não for a sua ideia ficar... Por favor, não o dê esperanças, okay? A saída de Sebastian já foi uma barra pesada ano passado, porque ele tinha um prazo para ir embora. Não o faça se apegar a você para ir embora também.
Ela precisou de certo tempo para discernir a fala do espanhol. Antes de se dar de conta que também tinha se apegado a eles, a todos eles. Foram os melhores seis dias, quase sete, dos últimos cinco anos. Ela gostava deles e se sentia bem com eles.
— Eu não vou embora, Carlos. — afirmou por fim — A ideia é estender o contrato o quanto puder. Gosto de estar com vocês e quero ficar com vocês.
— Mesmo se voltar com o Schumacher?
— Eu não vou voltar com o Schumacher. — agora ela tinha certeza na sua fala.
— Ótimo!
— Ótimo. — ela concordou.
Antônio ergueu a mão, a chamando para ir quando Thomas apareceu com seu carro e eles já tinham colocado as malas para dentro.
— Preciso ir.
— Nos vemos na Arabia Saudita?
— Se Deus quiser.
— Boa festa, cariño!
Carlos desligou antes que ela pudesse o responder. E Olivia tinha um sorriso grande na face ao seguir para perto dos outros três homens.
— Passarinho verde?
— Vermelho, na verdade.
Ela garantiu a eles, piscando ao embarcar no carro. Ainda teria 13 dias até o GP da Árabia Saudita.
Mais um capítulo quentinho saindo do forno
Gente, como chamam "pão francês" onde vocês moram? Porque aqui no Sul, chamamos de "cacetinho" e minha irmã se foi viajar e pediu isso na padaria e a mulher a olhou como se fosse louca
Enfim, acho que essa viagem para Maranello com os rapazes vai fazer bem para Olivia, não acham?
Ela declarou com certeza que não vai voltar com Mick em?
Ui, ui, ui
E o pobre do Charles desesperado atrás da Olivia e ela nem tchum para lembrar dele
Defendo a diva dizendo que a cabeça dela não estava no melhor lugar quando saiu de Sakhir
Carlos dizendo que se ela não fosse ficar, não era para se aproximar muito de Charles foi fofo, ele dizendo que o nosso monegasco é especial...
Charlos é muito fofo
Mas eu senti que não era apenas por conta de Charles que ele falou isso, vocês também sentiram?
De qualquer forma, espero que tenham gostado
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