
VIII
Perfeição escrita pela @cacalelerc
Revisado pela @nik_figueiredo
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Hannah, a acompanhante de Charlotte, tinha sido convidada por Caroline para a acompanhar de longe, desde que Bridget não estava junto com ela e seria muito mais "escandaloso" o fato da Ricciardo estar sozinha com três homens, do que a Russell estar sem sua dama na modista. E a acompanhante da outra mulher não negaria que estava sendo deverás interessante ver uma menina que havia sido criada com sua "ama", sempre extrovertida, parecer tão envergonhada entre os moços da realeza. Era como ver algo novo.
— Senhorita, acredito que pode acabar se assustando com o barulho, mas...
— Charles, seria mais fácil você se assustar do que a senhorita Ricciardo.
Quem acabou interrompendo o príncipe do meio de Mônaco foi Mick, fazendo uma expressão engraçada, antes de ofertar uma das armas de caça a senhorita. Caroline agradeceu, as mãos delicadas, cobertas com a luva de seda, não parecendo combinar com algo tão "masculino", quanto uma arma. Existia um oposto interessante ao monegasco.
— Como assim? — o príncipe questionou a senhorita, já havia estranhado muito o fato dos filhos de sua madrinha em chamar uma donzela para os acompanhar em uma caçada. Agora mais essa informação.
— Esperamos que saiba pelo menos. — Logan riu, acompanhado do irmão — Já que em todas as caçadas, o marquês Ricciardo tem a honra de comentar conosco sobre suas incríveis habilidades de pontaria. Estou errado?
— Não gosto de me gabar... — os príncipes a encararam, um pequeno olhar cético, que a fez ficar vermelha antes de confessar — Certo. Eu gosto um pouquinho, entretanto, diga-se de passagem, consigo acertar a uma longa distância com a arma certa.
O príncipe Charles não costumava ter ideia desse novo costume, sua madrinha e os filhos dela, nunca comentaram sobre aquela atividade ser compartilhada com damas. A própria princesa Gina, casada com seu irmão Lorenzo, se tornando a futura rainha de Mônaco, nunca havia citado tal habilidade e olha que eles sempre comentavam a frente dela.
— Essa é uma atividade comum para as donzelas? — o príncipe do outro reino perguntou curioso. Queria estar por dentro dos costumes, eles sendo novos ou não.
— Oh, não! — a moça acabou rindo, um mais baixo e contido, analisando a arma posta em sua mão, parecendo tratar aquilo com simplicidade e Charles se perguntou o quanto ela deveria acabar precisando explicar tais fatos, e o príncipe viu quando os dois irmãos Schumacher acabaram se afastando deles, Mick tendo visualizado algo — É que o George e o Daniel não são as pessoas mais responsáveis do mundo quanto a criação de duas damas para a sociedade. Hoje em dia, eles são meio controladores, mas todos sempre teremos aqueles tempos para jogar na cara deles...
O príncipe não negaria que os irmãos Schumacher haviam o dado um pequeno resumo da maioria parte da corte. Ele certamente recordava dos nomes citados pela jovem, mas parecia muito mais interessante a ouvir conversar e contar, do que ficar buscando na sua memória quanto a cada um.
— Quem seria George? E qual seria a segunda dama que citou?
— O senhor deve estar me achando uma tagarela sem sentido. — Caroline murmurou de maneira nervosa, recordando de como alguns pretendentes a encaravam estranho sempre que acabava desviando o assunto para sua família ou os Russell — O George seria o conde Russell, ele e sua família moram ao lado de nossa casa. E existem duas irmãs, Charlotte e Violet...
— Recordo-me de uma Violet Russell sendo apresentada a minha madrinha no dia da apresentação a rainha, mas a primeira que citou, não recordo. — ele provavelmente se lembrava de Mick falando sobre a má sorte da irmã Russell mais velha em ter um irmão tão controlador ao ponto de afastar todos aqueles que demonstravam o mínimo de interesse pela sua pessoa. Entretanto, aquilo era um comentário entre cavalheiros e ele não poderia expôr tais fatos ao conhecimento da moça.
— Sim, sim. É a primeira temporada de Violet, ela apenas tem dezessete anos, pensamos que ela pode ter mais sorte que nós e conseguir um par até o final desses três meses de intensa disputa. — Caroline sorriu ao príncipe antes de seguir — Como estava dizendo, os Russell são nossos vizinhos, além das irmãs, tem Oliver, o caçula da família com quinze anos. E, bom, Charlotte e eu regulamos de idade e como nossas duas famílias acabaram tendo a fatalidade da perda de nossos pais, os responsáveis pela nossa criação, quando eles se mudaram para a vizinhança Daniel e George se aproximaram muito, automaticamente, todos acabamos nos aproximando muito pela história trágica.
— Oh, sinto muito, querida. — Hannah viu de longe, sem saber o assunto, quando o príncipe pegou a mão da dama Ricciardo entre as suas — Seus familiares morreram a muito tempo?
— Faz onze anos.
Caroline não gostava de lembrar do ocorrido, mesmo que fosse nova ainda, sentia seu peito sangrar com a recordação.
— A senhorita deveria ser muito jovem.
— Não sei se diria isso, já tinha meus dez anos.
— Ainda era uma criança para mim.
— Não sei o que lhe dizer, porque esse período foi meio intenso a mim e a Daniel, meu irmão, pois Oscar tinha sete anos e Franco seis e eles pareciam crianças, enquanto a mim, como sendo a única filha menina, meio que acabei assumindo um pouco a função de cuidar deles. Assim como aconteceu na casa dos Russell quando seus pais faleceram e Charlotte assumiu a responsabilidade de cuidar de Violet e Oliver e, se analisar a criação deles, as vezes, admito que sinto que falhei um pouco com meus irmãos, os dando muitas liberdades que acabaram os "estragando" levemente.
— Acredito que a senhorita fez o melhor que pode com o pouco que sabia.
— Daniel diz o mesmo. — Carol sorriu ao homem e Charles não negaria que entendia o motivo de Logan ter a convidado, um sorriso como aquele o faria ir até a mansão que ela morava e arriscar ao convida-la para algo tão incomum quanto uma caçada.
— Se não quiser responder, não precisa, mas seus pais morreram de quê?
Aquilo parecia uma pergunta indiscreta, mas o príncipe havia criado um clima seguro, como os antigos brincavam, "ele havia feito o ninho" antes de questionar, a fazendo se sentir confortável para o responder.
— Meu pai venho a falecer de um acidente com seu cavalo, uma queda perigosa em nossas terras e minha mãe acabou sucumbindo a melancolia da perda no mesmo ano.
— Meus sentimentos, senhorita.
Caroline passou a língua pelos lábios, os umedecendo, os olhos passando pela volta, não querendo continuar naquele assunto. Era confuso de explicar, porque Daniel entre todos era quem mais tinha tido convivência com os pais, mas sua mãe havia feito longas cartas e deixado embaixo da cama da jovem e aquilo parecia ter a ligado muito além da linha sanguínea, mas as tornando amiga. Era como se sua mãe soubesse quais desafios surgiram, como cada decepção viria e a tivesse a guiando por tudo.
— E a sua amiga Charlotte, disse que ela se mudou para a casa ao lado? Então não se conhecem a muitos anos?
— Conheci Charlotte quando eu tinha quinze anos e ela dezoito. Ela já era a "dama da casa" e tinha acabado de perder seu pai. George, como novo conde, achava que se continuassem morando na casa próxima ao palácio manteria os irmãos com aquela memória fúnebre, de terem perdido a mãe a três anos e o pai naquele ano, no mesmo ambiente que viviam, e como arrendavam a casa ao lado da nossa, acabaram se mudando para lá. O que foi uma graça dos céus, pois não sei o que seria de nossas vidas sem eles, sabe?
— Acho que compreendo sim.
— E o mais engraçado é que George é o mais rigoroso entre ele e Daniel, porém foi o primeiro a convencer meu irmão a nos ensinar maneiras de nos defender para casos onde não estivessem conosco.
— Por isso as caçadas?
— Sim! — ela sorriu grande — Eu tenho uma ótima pontaria, sou melhor que a Charlotte. O problema é que ela consegue se virar com qualquer arma, enquanto eu tenho uma certa dificuldade em recarregar. — ela suspirou alto ao olhar para a arma — Tipo essa aqui.
— Não é tão difícil.
— Com certeza também não é tão fácil quanto aparenta.
Ele a viu puxar a trava, bufando irritada ao perceber que estava descarregada. Sua dificuldade não poderia a deixar leve naquela manhã, precisava a humilhar e humilhar e humilhar. E ela sabia que estava fazendo um pequeno drama, Daniel provavelmente iria rir da sua cara... Ou, talvez, brigar consigo. Ela estava errada de esconder algo daquela magnitude do seu irmão mais velho... Mas e se ele não deixasse? Todavia, e se ele descobrisse?
Um pequeno arrepio passou pelo corpo da mulher apenas por imaginar, sem fazer ideia de como um simples papel poderia acabar a fazendo saber mais cedo do que o esperado.
Antes mesmo que pudesse reagir.
Notícias, notícias e notícias
Queridos leitores
A autora que vos notícia está deverás chocada e animada com o curso que o início da temporada vem tendo. E embora fosse de se esperar que todas as conversas estivessem focadas na linda e bela diamante da rainha, Lady Lily Lawson Zneimer. No entanto, para frustrar os planos de matrimônio com um príncipe, nossa linda, e bem conhecida, diamante Caroline Jane Piastri-Ricciardo, surge para roubar os holofotes.
Nessa nossa belíssima manhã, depois de receber a notícia de fontes seguras, a única Ricciardo feminina, embarcou em uma nova — Não tão nova — aventura na companhia do nosso príncipe herdeiro Logan Hunter Sargent Betsche Schumi Schumacher, o príncipe Mick Michael Sargent Betsche Schumi Schumacher e o harmonioso terceiro filho de Mônaco Charles Marc Hervé Perceval Leclerc.
Como dizem por aí "Quem não tem cão, caça com gato"... Mas que belos gatos, no plural, que a Lady adquiriu, não?
Baseado nessa informação...
Como diria que anda essa caçada?
Por que não nos diz, senhorita Ricciardo?
Muito animada pela sua resposta, minha Lady.
As Crônicas de Sylvestria
A diva não pode nem se encontrar com uns príncipes que já sai no jornal
Coitada, só queria arrumar um maridinho
E aí?
O que acham que vai rolar?
Daniel será que surta?
E o George?
Acho que o povo vai surtar
O que esperavam?
Espero que tenham gostado
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