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Jeon Jungkook

Hospital de Custódia Askang Sanatorium's

— O que está fazendo aqui? — pergunta Alice assim que entro na sala totalmente branca. Assim como tudo no ambiente, as roupas de Alice – uma camisa e calça longa – são brancas. Isso causa um enorme contraste com seus cabelos, que escorrem negros como carvão pelos seus ombros estreitos.

— Vim te ver. — dou de ombros. Sento na cadeira na frente dela.

— Faz tempo, não esperava te ver. Não esperava ver ninguém na verdade, por que tinha que estragar meu dia? — levanto as mãos em rendição.

— Ok! Já entendi, não sou sua visita favorita. — ela estreita os olhos na minha direção. — Você está muito magra. — observo.

— Bem... aqui não é um hotel cinco estrelas, pra sua informação. — faço um gesto pra que ela continue falando. Alice demora algum tempo, mas por fim cede: — E a comida é uma merda.

— Fala isso porque não experimentou minha comida. — um sorriso pequeno toma conta de seus lábios pálidos.

— Você deve estar ótimo, está até fazendo piadas. — diz tocando o joelho esquerdo com a ponta do indicador.

— Estou péssimo, uso meu humor pra me esconder. — a confissão sai tão fácil que fico surpreso comigo mesmo. Algo em Alice me faz querer contar todas as minhas angústias recentes, mas sei que ela não é a pessoa certa.

— Isso não é problema meu. — ela diz, mas tem um ar de surpresa no rosto.

— Não, não é. Sabe, nunca falamos sobre isso... até porque não tivemos tempo, mas... eu queria saber...

— Por que não deixei Taehyung matar você? — ela me interrompe. Confirmo com um gesto de cabeça. Ela suspira e olha em volta. Observo Alice tocar no joelho outra vez. — Eu não sei o porquê. — ela dá de ombros. — Não foi pena, nem misericórdia. Acredite, Jungkook, eu não me importava se você morreria ou não. Eu só... não sei, acho que fui movida pela raiva, raiva dele, já tinha algum tempo que eu queria meter algo naquela cabeça nojenta. Pra sua sorte eu resolvi fazer naquele momento.

— Bem, sendo assim, agradeço as minhas estrelas da sorte. — ficamos em silêncio por algum tempo, até ela rompê-lo, perguntando:

— Não tem dormido, não é? — Alice sorri amarga. — Muitos pesadelos?

— Algo assim. — dou de ombros sentindo seu olhar pesar sobre mim. — Por que acha isso?

— Conheço essas olheiras, elas já estiveram em mim. Pesadelos com aquela noite? — assinto.


—Ele insiste em voltar, cada vez meu cérebro me castiga com uma versão pior. Como lidou com isso? — ela ri. O gesto me deixa desconfortável, há algo errado com sua risada, soa histérica. Dolorosa de se ouvir.

— Ainda sonho com ele também. Há algumas noites tiveram que me amarrar na cama, achei que... —  ela engole em seco. — eu realmente achei que Taehyung estava no meu quarto. — engulo em seco.

— Eu sinto muito. — murmuro. Ela pisca os olhos rapidamente, tocando mais uma vez o joelho.

— Ele nos deixou marcas para que a gente não o esqueça. — em seguida ela sussurra: — Posso ver a sua? — a pergunta me pega desprevenido. Ergo a barra da minha camisa enquanto sento lateralmente no sofá. A cicatriz da minha pele costurada começa do osso do quadril e sobe até meu ombro. Levanto e viro de costas, puxando a camisa até mostrar as outras que agora fazem parte da minha pele.

Ela assobia.

— Parecem dolorosas. — comenta. Abaixo a camisa e torno a sentar no sofá. Ela toca na própria cicatriz, percorrendo com o indicador a maçã do rosto até a boca.

— Queria que as coisas fossem diferentes. — desabafo.

— Todos queríamos. Mas não se prenda nisso, é melhor encarar as consequências do que pensar nas possibilidades.

Dou de ombros.

— Seu tratamento é muito ruim? Soube que sua psiquiatra não era tão desconhecida por você.

— Que desconcertante! — ela ri, áspera. — Minhas sessões são com a filha do homem que deixei ser morto. Eles se parecem tanto, é horrível, às vezes parece que estou falando com Robert, e não com ela. — Alice se cala de vez, parecendo se repreender por ter desabafado.

— Não sei o que dizer. — falo por fim.


— É horrível aqui, Jungkook. — ela agita a cabeça. Observo seus olhos percorrem as paredes, desesperados. Por um momento ela parece fora do controle, vejo suas mãos tremerem, mas não ouso me aproximar. — Eles estão sempre me olhando, não sabem que estão me matando aos poucos. Jungkook, eles prendem minhas mãos com medo do que eu possa fazer!

— Ouvi... algo pelos corredores. — começo lentamente. Os olhos de Alice ficam mais negros, quase ferozes. — Sobre um funcionário, um tal de Bratt. — ela desvia o olhar, mas sorri. Há algo de amargo e triunfante no gesto, sinto um alerta soar na minha cabeça.

— Ele tentou me tocar. — arregalo os olhos, apesar de todas as coisas que imaginei que se passavam aqui dentro, eu nunca poderia pensar em algo assim. Sinto meu rosto se fechar, por mais que Alice tenha feito coisas horríveis, eu não desejaria que ela recebesse o troco, ou algo pior. — Ele tentou colocar aquela coisa nojenta na minha boca! — ela me encara em desafio, não desvio os olhos. — Ele nunca mais fará aquilo de novo. — uma risada histérica escapa de sua boca. — Uma pena que não tenha morrido de hemorragia, infelizmente os enfermeiros chegaram a tempo ao ouvir os gritos do filho da puta. — finalmente desvio o olhar.

— Você poderia ter dito para Robin, ela te ajudaria. — comento baixinho.

— Ajudar uma assassina? — ela sorri amarga. — Em que merda de mundo você está vivendo, hein?

— Estamos falando sobre fazer o certo, o que você é não vem ao caso. — retruco frustrado.

Ela abraça o joelho dando de ombros, o movimento é rápido, vejo seu corpo tremer quando sofre uma pequena descarga elétrica.

— Gostaria que eu viesse mais vezes? — não sei bem por que pergunto isso, mas mesmo assim acabo esperando por uma resposta.

— Por que você viria? Também é psiquiatra agora? — ela revira os olhos, ainda sem me encarar.

— Não, sou louco demais para tratar da loucura dos outros. — respondo.

Ela ri de verdade. Não havia maldade no gesto. Era apenas uma pura e simples risada de alguém que havia achado algo engraçado. Um sorriso voluntário surgiu em meu rosto.

— Melhor ficar onde está, — Alice fica séria de repente. — esse lugar não vai te fazer bem.

— Agora está preocupada comigo? — alfineto.

— Bem, levando em consideração que eu fodi minha vida pra melhorar a sua... eu diria pra ficar longe. — ela deu de ombros. Pensei em protestar, ainda não sabendo por qual razão eu faria isso, mas ela foi mais rápida. — É sério, Jungkook, não volte! — diz firme.

Respiro fundo. Um grande sentimento de pena se forma em meu peito, não comento nada sobre isso, sei que ela me odiaria mais se eu o verbalizasse. Penso em uma resposta mais amena para falar.

— Sim, senhora! — bato continência.

Seus olhos vagam pelo movimento que acabei de fazer. Observo enquanto seu rosto fica inexpressivo por um tempo, como se ela estivesse longe, envolta em lembranças.

— Eu devia ter batido continência naquele dia. — ela sorri triste, mas não consigo compreender sobre o que está falando. Penso em perguntar, mas algo em sua expressão me diz que ela não vai responder, que é pessoal demais.

— Tenho que ir. — ela dá de ombros. Se sua indiferença é verdadeira ou forjada, eu não consigo identificar.

— Gostei da jaqueta. — ela diz quando estou de pé.

— Não tenho permissão para te dar. — comento a verdade. Se eu quisesse deixar algo, tinha que falar com a diretoria do sanatório, o que seria algo demorado.

— Eu não pedi. — ela revira os olhos.

— Certo, certo. — ergo as mãos em rendição.

Deixo a sala totalmente branca, sentindo que algo muito pesado foi retirado das minhas costas.


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