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ᬊ Por Um Triz🗡️💥


〘②②〙

𝔓𝔬𝔳 𝔑𝔞𝔯𝔯𝔞𝔡𝔬𝔯𝔞

Pov Narradora

No dia seguinte, o sol brilhou sobre as casas naquela pequena cidade, iniciando aquela manhã. Os quatro companheiros - Blair, Ethan, Bianca e Damian - trataram de se levantar e fazer suas higienes matinais, por mais incrível que pareça, na casa todos já estavam operantes. Após o café, faziam os últimos preparativos para a viagem eminente.

Bianca se sentia mais ansiosa a cada minuto, o que a deixava agitada, mal podia acreditar que retornaria a Felicitatem depois de anos. Suplicava dentro de si para que tudo ocorresse bem, pois não suportaria cair novamente nas garras de sua madrasta, mas naquele momento, precisava de sua coragem mais do que nunca, e então sussurrou alguns versos  do poema que sua mãe contava para a mesma, quando precisava ser encorajada.

Ethan percebeu a agitação da mais nova, e suspirou enquanto ia até ela, no andar de cima.

- Muito nervosa, não é? - parou ao lado de Bianca. A Ômega não se virou para o olhar, e apenas acenou com a cabeça.

- Eu passei anos evitando esse dia, ao mesmo tempo que já o esperava. - disse séria e pegou sua bolsa, a colocando no ombro direito.

- Não podemos fugir de algo a vida toda, alguma hora precisamos encarar. É escolha sua se apressar para que esse dia chegue, ou inutilmente continuar fugindo.

- Está usando um dos provérbios do... - Bianca sorriu mas voltou a ficar séria ao ver a expressão triste do Alfa.

- Meu pai. Tudo bem, falar sobre isso não me afeta tanto. - suspirou fechando os olhos.

- Vocês estão certos. - se virou para Ethan. - Não posso continuar fugindo, por mais que esteja apavorada, não vou retroceder.

- É assim que se fala. - sorriu e abraçou Bianca. A qual sentiu como se um peso fosse tirado de suas costas.

Enquanto os dois viviam aquele momento, Blair estava no quarto, fazendo movimentos com sua adaga como se estivesse rasgando o peito de um adversário. Não poder acompanhar Ethan e Bianca a deixou frustrada, por pensar que por sua culpa não iria estar presente nesse viagem.

A porta se abriu devagar e por impulso, a ruiva jogou a adaga no batente da porta, quase acertando em cheio o olho esquerdo de Damian.

- Parece que está tudo bem, já que não perdeu a oportunidade de tentar me matar. - o moreno riu e pegou a lâmina.

- Perdão, não era a minha intenção... - Blair suspirou, sentando na cama.

- É em momentos assim que uma pequena parte da minha maldição passa a ser uma bênção. - Damian jogou a adaga para cima e a pegou girando entre os dedos.

- Você nunca... - a Ômega relutou um pouco - Pensou em quebrar o feitiço?

- Não é como se eu estivesse amando estar amaldiçoado, mas sim. Porém, a parte mais cruel, é  que a cada vez que encontrar o amor, essa alma seria perdida. - olhou sombrio para algum ponto na adaga.

- Isso significa que... - Blair engoliu em seco.

- A pessoa que se apaixonar por mim, vai acabar morrendo, e em meus braços.

Um silêncio obscuro pareou entre eles, aquilo era cruel demais para uma pessoa suportar, imagine ter que ver isso se repetindo? E não poder dar um fim nisso era massacrante. A bruxa que o amaldiçoou sabia muito bem como ser sádica desde muito jovem.

- Aconteceram apenas três vezes, e em todas tive que fugir. - Damian disse tentando soar o menos triste possível. - Mas, são águas passadas. Eu já desisti.

- Eu sinto muito... - Blair se levantou e pós sua mão no ombro dele.

- Está tudo bem. Só acho uma pena que estejam perdendo isso. - o Beta apontou para si mesmo com a adaga, fazendo Blair sorrir.

- Tão engraçado. - riu cruzando os braços.

Por mais que fugissem do assunto, os dois sabiam do quão perigoso aquele feitiço era, e que poderia afetar uma certa Ômega com cheiro de cereja. Já não era um segredo para ambos, o Beta tinha sentimentos pela princesa, mas nunca poderia confessar e muito menos deixar se levar pelas emoções. Literalmente, suas palavras poderiam a matar, e por mais que seja doloroso, não poderia arriscar perder outra pessoa que um dia o amou. Torcia mais do que nunca para que a mesma não o olhasse daquela forma.

Damian deixou seu sorriso sumir ao sentir o irritante cheiro de água salgada se aproximar da porta, fechou os olhos por alguns segundos e jogou a adaga para atrás de si. Seus pensamentos não se tornariam realidade, por isso apenas ouviu o som da lâmina cravando na madeira, mas abriu um sorriso ouvindo um grito fino em seguida.

- Damian, seu louco! - Blair exclamou, tentando esconder um sorriso.

- Eu errei, minha intenção não era essa, perdão. - Damian se virou para a porta, se deparando com a expressão assustada de Verônica.

"Para a sorte dela. Minha intenção não era acertar a porta."- o Beta pensou com uma risada maligna em sua mente.

- ...T-tudo bem. - a mesma sorriu nervosa - Já estamos de saída, só queria avisar.

- Está bem. - Blair foi até a porta, mas antes de sair olhou de canto vendo Damian suspirar.

Os quatro se reuniram no lado de fora da casa, estavam tristes por ter que se separarem, mesmo que isso não fosse um problema para eles, mas era diferente. Ethan e Bianca partiram com Verônica, deixando a promessa de que voltariam no dia seguinte e ficariam bem. Podia se ver a preocupação de Dalia, por mais que a mesma  dissesse que a morte de Verônica não surtiria efeito, seu olhar não enganaria ninguém.

Verônica os guiou até uma padaria, que não ficava tão longe da casa. Verônica sussurrou algo no ouvido do padeiro, que a olhou surpreso e fez um sinal para um menino que trazia um carrinho de pão. O mesmo seguiu direto para atrás do balcão e pediu para que os três o acompanhassem. Mesmo duvidoso, Ethan preferiu não questionar, e seguiu o menor junto a Bianca. Até que pararam na cozinha, em frente a pia, o jovem girou a ponta da torneira para a esquerda duas vezes, para a direita cinco vezes e uma volta inteira, então uma passagem se abriu no chão, barras de ferro apareceram uma após a outra formando a escada, que levava para o fundo.

- Obrigada, Edgar. - Verônica parabenizou o menino.

- Boa sorte. - o mesmo assentiu com a cabeça e saiu da cozinha, os deixando a sós.

- Eu vou primeiro. - Bianca disse nervosa.

- Tem certeza? - Ethan perguntou com preocupação.

- Não tem nenhum jacaré lá dentro. - Verônica riu e a Ômega respirou fundo, começando a descer devagar - Na verdade, eu não sei. - gargalhou alto descendo após a outra.

O Alfa negou balançando a cabeça e desceu atrás delas. Era um caminho escuro, úmido e fedia. Um pouco da vegetação crescia pelas paredes e o chão estava molhado, indicando que a água passava por ali, deixando Ethan e Bianca preocupados.

- Verônica, o que essa passagem é exatamente? - Bianca perguntou.

- Onde você acha que o esgoto deságua? - a mesma respondeu, fazendo a Ômega soltar um grunhido de nojo - Estou brincando, o esgoto fica acima. Essa é a ponte entre Estrenuus e Felicitatem, passando de um reino para o outro.

- Nem todo mundo sabe disso, não é? - Ethan deduziu - É secreta.

Verônica assentiu.

De repente, as paredes começaram a tremer, soltando poeira pelo ar.

- O que está acontecendo? - Bianca olhou para os lados.

Logo depois, ouviram uivos e rosnados que os fizeram estremecer, os barulhos se aproximavam cada vez mais. Ethan levou o dedo indicador aos lábios, em um pedido por silêncio, mas um grunhido baixo fizeram os dois primos olharem assustados para a guia. A mesma levava as mãos ao seu baixo ventre, e depois ao meio de suas pernas. Desespero era pouco para descrever os olhares dos três, que encaravam a mão ensanguentada de Verônica, indicando sua maldita menstruação. O problema não eram os gemidos baixos dela e sim o cheiro forte de sangue no ar, chegando ao faro voraz dos Bestias.

Outro uivo foi ouvido, mas desta vez, foi seguido de um rugido alto atrás deles. A metros de distância, um enorme lobo, seguido de vários Bestias famintos estavam correndo na direção deles.

- Corram! - Ethan gritou.

Os três correram desesperados, tentando chegar até a saída do túnel, mas estavam sendo alcançados rapidamente. Verônica mal conseguia correr, graças a dor aguda e intensa em seu baixo ventre, a fazendo quase cair. Para o desespero deles, o caminho terminava com uma enorme parede de pedra, bloqueando a passagem.

- Não! - Verônica bateu desesperada na parede, a sujando com seu sangue

- Não, não, não! - Bianca gritou dando socos nas pedras.

Ethan socou a parede com ambos os punhos, a fitando sem entender, e ao mesmo tempo pensando em uma saída. O tempo estava se esgotando, as feras começavam a alcança-los em uma velocidade absurda. Bianca olhou para o Alfa, enquanto as lágrimas começavam a molhar o seu rosto.

Aquele parecia ser o fim, não tinha saída, ideias, ou esperanças. O que restava era esperar a morte ir até eles, o que não demoraria muito.

- Não pode acabar assim! - Bianca gritou e tirou a pistola do cinto de Ethan, a jogando para Verônica.

- O que vai fazer!? - Ethan perguntou a olhando confuso.

- Use essa cabeça oca para pensar em algo, não nos deixe morrer aqui! - respirou fundo e se abaixou no chão, tocando o solo com as pontas dos dedos.

Vinhas e espinhos começaram a crescer do chão, indo até os lobos e atravessando seus corpos, os matando em segundos. O Lúpus olhava para aquela cena espantado e perplexo, jamais teve conhecimento do quão poderoso o poder de Bianca era. A Ômega fez isso por um tempo, até não restar nenhum vivo, mas inesperadamente, mais Bestias surgiram das sombras, indo na direção deles. A mesma começava a fadigar, e as vinhas cresciam com cada vez menos força, os lobos passavam pelos cadáveres e a vegetação quase que facilmente.

- Ethan, você prometeu! - Bianca gritou tomando fôlego e se apoiou na parede - Cumpra a sua promessa!

Naquele momento, a vegetação nas paredes formaram uma barreira contra as feras, mas não aguentaria por muito tempo, a Ômega começava a declinar para a frente, perdendo suas forças.

"(...) não vou te machucar e mais ninguém vai enquanto estiver comigo, eu prometo."  

A voz de Bianca ecoou pela mente de Ethan, e o fez lembrar do que seu pai tinha lhe dito segundos antes de morrer:

Anos Atrás ۵࿐

Tudo a sua volta estava em chamas, enquanto ouvia mais explosões ao seu redor. Seu corpo foi erguido do chão e viu a figura de seu pai o carregando no colo, o levando para longe daquele cenário de desastre. Sentia seu coração bater forte, enquanto as lágrimas desciam. Aquilo era demais para uma criança de apenas nove anos de idade.

Quando o Alfa Lúpus parou, já estavam na entrada da floresta, também estava um cavalo preso a uma árvore e relinchava atordoado pelos sons de destruição.

- Papai, onde está a mamãe? - o mais novo perguntou tremendo.

- Eu vou busca-la. Depois nos encontramos... - colocou o filho no chão e pegou na cabeça do animal, o acalmando aos poucos.

- Eu quero ir com você! - o Alfa mais novo agarrou a perda dele.

- Não pode, é muito perigoso. - disse tentando manter a calma e tentou pega-lo novamente, mas o menor se agarrou ainda mais a sua perna.

- Eu quero ir com você! - Ethan repetiu mais alto entre soluços.

- Ethan! - pegou nos braços do mesmo e ele se debateu - Ethan, olhe para mim! - gritou fazendo o mesmo parar, chorando intensamente.

- ...não me deixem sozinho.

- Eu preciso de você aqui, agora é o único em quem posso confiar...por isso. - desembainhou sua espada e a entregou ao filho.

- Sua espada!... - Ethan exclamou.

- Sim, só os mais fortes e corajosos podem usa-la. Você tem essas qualidades que o fazem merecedor dela. Agora, preciso que seja agora mais do que nunca, confio a espada a você.

- ...E-eu vou! - o menor assentiu.

- Ethan, proteja os que te protegem, seja forte e corajoso. Um dia, você será um rei melhor que eu e irá reunir os Quatro heróis, prometa que fará isso!

- Eu prometo, vou fazer isso!

- Eu te amo, Ethan. Eu e sua mãe sempre vamos amar. - rapidamente pegou o filho, o colocando em cima do cavalo e gritou fazendo-o correr disparado.

Ethan olhou para trás e gritou com todas as suas forças:

- Também os amo muito, mamãe e papai!

Ao olhar, viu seu pai pela ultima vez entrando novamente no castelo e ser consumido pelas chamas, quando uma enorme explosão deixou o lugar em pedaços.

۵࿐


Sons de disparos fizeram Ethan acordar de suas lembranças, Verônica usava a pistola disparando contra os lobos, enquanto Bianca continuava a tentar se manter firme. Subitamente, viu a espada brilhar de uma forma intensa, e simbolos dourados apareceram junto com uma pedra vermelha, que era a causa do brilho. Não pensava, apenas executou suas ações. A arma se transformou em um grande martelo, e o Alfa o levantou batendo contra a parede com toda a sua força, um buraco se abriu sendo grande o bastante para passar.

Verônica pegou Bianca - que a esse ponto estava inconsciente - pelos braços e a levou consigo para dentro do buraco. Ethan passou após elas sendo quase pego por garras afiadas. O Alfa se apoiou no cabo do martelo, tentando retomar a respiração.

- Bianca, acorde! - Ethan foi até ela, pegando em seus ombros. - Ei, estamos bem.

- Fale só por você... - a Ômega sussurrou abrindo os olhos lentamente.

- Me desculpe, você usou todas as suas forças... - disse e a abraçou.

- Mas, tenho que admitir, acabou de cumprir sua promessa. - sorriu passando as mãos pelas costas do Lúpus.

- É estranho. - Verônica murmurou para si - Os Bestias não deveriam estar naquele túnel...

- Concordo, é um lugar onde as pessoas passam, então não faz sentido... - Bianca se levantou com a ajuda de Ethan.

Só então os três olharam em volta e se depararam com uma caverna rochosa e úmida, mas muito diferente do túnel, as paredes e teto tinham musgo fosforescente. Mais no fundo, uma luz  brilhava junto com o som das ondas do mar, indicando a saída. Porém, o que mais chamou a atenção, era uma cratera inundada pela água no centro do lugar, e nela outra luz emanava de dentro, em tons roxos.

- Mais alguém tem duvidas de onde o "Olho de Netuno" está? - Ethan perguntou, e as duas balançaram a cabeça em negação.

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