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ᬊ O Início da Jornada 🧭


〘⑥〙

♛ ℰthan

Enquanto via Blair cada vez mais distante, senti um sentimento estranho que mexeu comigo por dentro, como se uma nuvem negra estivesse ao meu redor e me impedisse de sorrir naquele momento. Antes, em minha mente tudo terminava bem, mas agora é o oposto.

- Eu sabia que não acabaria bem. - diz James atrás de mim.

- Você acha? Por que isso mal passou pela minha cabeça. - revirei os olhos colocando a mão na testa.

- Nossa, não precisava ser grosso. Só acho que deveria ter dito a ela suas intenções no momento em que a conheceu.

Torci o nariz insatisfeito.

- Ah, claro "finja ser a minha noiva e ganhe um premio".

- Oras, parece uma criança birrenta! Não sei por que vim aqui. - o Ômega cruzou os braços sentindo-se indignado.

- O que passou, passou. Agora vamos focar em... - olho para os lados e sussurro. - você sabe o que.

- Quero te mostrar uma coisa... - toca em meu ombro e fui atrás dele para fora do salão.

 Andamos pelo longo corredor até chegarmos em frente a um quadro de Theodor Noble Heart, um famoso cientista que pertenceu a longa linhagem da família de James. Na pintura, o mesmo estava olhando em sua luneta para o céu estrelado. 

- Eu já sei de seus antepassados, não precisa contar a história de sua família para mim, de novo.

- Por que as pessoas sempre deixam de acreditar em mais do que seus olhos enxergam? - diz chateado e suspira tocando na lateral do quadro. Algumas pequenas palavras em dourado aparecem. Arqueei uma sobrancelha esperando pelo que viria. 

James se esticou para cima ficando na altura do rosto do cientista e sussurrou perto de seu ouvido:

- Solus qui utuntur plena oculis occultatum est quod non reveles.  - a pintura ganhou vida, sorriu desviando o olhar da luneta e acenou com a cabeça.

Após isso, o quadro se ergueu para cima na parede revelando uma passagem secreta, James fez um sinal com a mão e o segui para dentro. Várias tochas se ascendiam a cada passo em nosso caminho, até chegarmos em um tipo de oficina e uma biblioteca empoeirada.

- Bem vindo a oficina de Theodor - o Ômega sorriu abrindo os braços.

- James, isso é incrível! - exclamei olhando em volta.

- Enquanto você estava se aventurando por aí, um dia eu passei pelo corredor e olhei para o quadro, já sabia de quem se tratava, mas eu toquei nele tentando limpar um pouco de poeira, e aconteceu o que você viu.

- E o que você disse antes, quando abriu a passagem?

- "Apenas aqueles que usam seu olhar pleno irão desvendar o que está oculto" era latim. Theodor era um homem de muitas línguas, mas era famoso pelo latim. Foi um palpite...

- Com certeza não existe enigma que você não resolva. - digo e ele sorri tímido.

- Eu te trouxe aqui, para contar em um local seguro sobre o que descobri sobre a profecia e a Grande Ordem. - James se apoiou na mesa e aponta para vários pergaminhos e livros postos.

- Entendi, todos estão no baile.

Ele concordou em silencio.

- A ordem foi composta por sete pessoas que se dedicavam a solucionar questões que os governantes não conseguiam e lutavam pelo povo. Nunca descobriram suas identidades, para todos sempre foi um mistério, até que em um fatídico dia, um deles se rebelou comprometendo o segredo e tudo que acreditavam. Dessa forma, a ordem foi desfeita e os integrantes foram obrigados a se dispersarem pelo mundo, por fim desapareceram sem deixar rastros.

- Todos sabem desse fato. - James me lançou um olhar sério.

- Me deixe terminar. Antes de se separarem, fizeram a tal profecia sobre os Quatro Heróis. Fiz uma pesquisa em meus livros, e existem várias versões dela, não se sabe ao certo qual é a verdadeira, seria difícil simplesmente procurar por eles, já que não sabemos por onde, mas eu encontrei algo que pode ajudar. - vai até uma caixa e pega algo de dentro.

O Ômega coloca na mesa um tipo de bússola vermelha com um mapa do mundo desenhado no meio.

- Digamos que Theodor era um homem a frente do seu tempo. Ele construiu essa bússola para encontrar pessoas ou lugares.

- Entendi, mas como procurar algo sem saber o que é?

- Nosso primeiro destino é a fronteira de Genus, onde a ordem agiu pela primeira vez.

- Certo, mas e a Blair?

- Ainda vamos conversar sobre o que aconteceu, você foi muito imprudente.

- agora já passou.

- Você tinha que ter contado tudo com antecedência.

- o que poderia fazer? Ela cortaria meu pescoço na primeira oportunidade e fugiria logo em seguida. Agora temos que pensar no presente. Meu tio não vê a Helena a anos e Blair é um pouco parecida com a mesma, não iria suspeitar, e deve estar bem longe agora.

- Me conte direito. massageou a testa com as pontas dos dedos.

- Fiz um acordo com ela, eu nos livraria desse destino. Helena sempre quis, assim como eu, conhecer o mundo, e deve estar fazendo isso nesse momento. Blair assumiria seu lugar, é perfeito.

- Então por isso, todos a chamam de Helena. - James desvia o olhar para os livros em cima da mesa.

- Até Oliver sabe, está me ajudando também.

- Nossa, até ele? Deveria saber. - riu colocando a mão na testa

- James, sinto em lhe dizer, mas você ficará no palácio. Antes de discordar, preciso que seja meus olhos e ouvidos aqui dentro, me mantendo informado de tudo o que acontecer.

Após alguns segundos em silêncio ele me olha e diz:

- Está bem, vou continuar com a minha pesquisa e te informarei se descobrir algo novo.

Depois que saí da oficina secreta, não voltei para o baile. Rapidamente fui para meu quarto e me aprontei o mais rápido possível para partir, estava com minha bolsa pronta para seguir viagem, olhei pela janela contemplando o jardim e fechei os olhos.

- Eu prometo que terei êxito nessa jornada, mãe e pai. - sussurro e peguei a bolsa colocando a alcança em meu ombro.

Quando abri a janela, joguei uma corda que foi amarrada a minha cama e me segurei enquanto descia devagar. Ninguém sabia da viagem que iria fazer, e continuariam sem saberem até o amanhecer. Quando cheguei no jardim, olhei em volta e esperei escondido por James e Blair.

➳ ℬlair

Estava deitada na cama olhando para o teto, ainda chateada com o que tinha acontecido no baile, se pudesse esganaria aquele Lúpus, odiava a ideia de só executar sem saber ao certo dos planos. De repente, a porta foi aberta e James entrou com uma expressão triste em seu rosto.

- O que houve? Alguém morreu? - digo sentando na cama.

- Chegou a hora de partir com o Ethan.

- Não iria a lugar nenhum com ele, mas já que não tenho escolha... - me levanto e vou até o baú.

- Sinto muito que a situação tenha chegado a isso, mas infelizmente é o jeito...

- Tudo bem, já não importa mais. - entro para dentro do armário e lá me troco colocando a roupa que vesti no dia anterior. - Vou sentir falta desse lugar, principalmente da cama.

- Vou sentir saudade de vocês. - o Ômega suspirou.

- Você não vai conosco!? - rapidamente saio olhando para o mesmo.

- Não, alguém tem que ficar aqui...

Por impulso o abracei, James foi inexpressivo na hora, por ter sido repentino, mas não tardou e colocou seus braços em torno das minhas costas. Após alguns segundos assim, me separo dele e sorri minimamente enquanto pegava minha bolsa.

- Isso foi...

- Shhh. - levanto a mão e coloco minha capa.

- Vamos então. - James sorriu.

- Mas como vamos sair sem sermos vistos?

- Já cuidei disso. - olhou ao redor do quarto e foi até a cama. - Me ajude a mover para o lado.

Com esforço, movemos a cama para a esquerda e vejo um tipo de alçapão no chão. Isso estava debaixo da cama esse tempo todo, mas por que?

- Esse palácio é cheio de passagens secretas. - diz se ajoelhando ao lado do alçapão e passa as mãos em cima tirando a poeira.

O Ômega puxou uma argola de metal presa na madeira com força, uma passagem se abre e vimos uma escada para baixo.

- Essa passagem vai nos levar para o lado de fora?

- Sim eu acho... - pega um candelabro aceso e eu franzi o cenho - Eu não sei.

- Então só há um jeito de descobrir. - olho para baixo não conseguindo enxergar o final da passagem.

- Você primeiro então. - me entrega o candelabro com um sorriso no rosto.

Desço devagar com a luz iluminando o caminho, era visível que não usavam a passagem a muito tempo, pela quantidade de poeira nas paredes de pedra. Estava seguindo em linha reta com James logo atrás de mim, mas estava tão perto que de vez em quando seus pés batiam em meus calcanhares. Paro ao chegarmos em uma encruzilhada, com duas passagens escuras.

- E agora? - James pergunta e eu me viro para ele.

- Tive uma ideia, segure. - entrego o candelabro para ele e pego meu arco com uma flecha.

Ponho a ponta no fogo e uma vez acesa coloco a flecha na corda puxando para trás e lançando em uma das passagens, a luz da chama voou para dentro e a vimos parar em uma parede.

- Aquele é o certo. - conclui e aponto para a outra.

- Brilhante! - o Ômega sorriu de orelha a orelha.

- Vamos indo - sorri sem mostrar os dentes e seguimos pela segunda passagem.

A passagem nos levou até duas portas de madeira, mas tentei abri-las e não consegui, algo no lado de fora estava impedindo. Forço as portas mais uma vez jogando meu corpo contra a madeira e batendo meu ombro. De repente, ouvimos um barulho do lado de fora, eram alguns ruídos seguidos de sussurros, de uma voz masculina.

- E agora, Blair? - James recua me olhando temeroso.

- Se eu não conseguir, corra. - preparo mais uma flecha apontando para as portas, atenta e pronta para qualquer ataque.

- Não vou te deixar aqui! - James negou pegando o punhal e colocou a sua frente.

Faço uma contagem regressiva em minha mente a medida que os barulhos ficavam cada vez mais altos. Quando as portas se abrem de vez, continuo na posição, pronta para disparar a flecha.

- James? Blair? - escuto a voz de Ethan do lado de fora.

James se coloca a minha frente e ilumina o rosto do Alfa, ambos soltamos suspiros aliviados.

- Você nos assustou... -  o Barão riu baixo e o outro o ajudou a sair.

- Vocês também e... - o Alfa olhou para mim e franziu o cenho - Iria atirar em mim? Tenho quase certeza de que você quer me matar.

Permaneço quieta e guardo minhas armas, ignoro a mão estendida do Lúpus e saio olhando em volta. Estávamos no jardim, a alguns passos do muro, continuava atenta a qualquer surpresa eminente.

- Depois você me conta quantas passagens existem no palácio. - Ethan diz e abraça seu amigo.

- Tente não morrer lá fora, está bem? - James suspirou ao se separar de Ethan.

O mesmo sorriu.

- E você, não deixe de me mandar notícias. Seja forte.

- Farei... - o Ômega foi interrompido por barulhos de passos vindo em nossa direção.

- Vamos! - Ethan pegou em minha mão e me puxou para dentro da parede. Apenas tive tempo de olhar para trás uma última vez e ver James sendo cercado pelos guardas.

Seja forte James, contamos com você para que nos ajude mesmo longe. Sinto meu corpo cair em cima de algo, abro os olhos sentindo uma luz iluminar meu rosto e vejo o Lúpus em baixo de mim com os olhos fechados.

- É sério isso? - sussurro e vejo um sorriso se formar no rosto dele, rosno baixo e me levanto apoiando meu cotovelo em sua costela.

- Isso dói! - o Alfa gritou se sentando no chão.

- Me desculpe, não tive a intenção. - faço uma expressão preocupada, mas o meu sorriso dizia o contrário.

- Engraçado, muito engraçado. - o mesmo revirou os olhos e se levantou.

Olho para os lados e vejo que a nossa volta estava uma floresta, as folhas das árvores estavam em tons laranjas, indicando que o outono tinha chegado. Mas como isso pode acontecer se onde estávamos ainda era primavera? Além do mais, quando saímos do palácio, estava de noite.

- Ethan, onde estamos? Ou melhor, como viemos parar aqui?

- Passamos por um portal, foram criados a muito tempo...antes da guerra, com a finalidade de ter mais proximidade entre os reinos e as viagens serem mais curtas. Todos os portais foram destruídos, excerto os que ficam nos palácios. - o lúpus disse simplista.

- Entendi - tendo disfarçar minha surpresa com um olhar entediado - Mas, onde estamos?

- Nas fronteiras do reino.

- E por que o sol já está no céu?

- Você acha que uma viajem dessas não são longas? Chega de perguntas. - Ethan respondeu  impaciente e cruzei os braços irritada.

- Quando partimos?

Ethan olhou para o céu e levantou a mão tapando o sol em seu rosto, murmurou algo e em seguida me olhou.

- Daqui a uma hora, primeiro temos que fazer o desjejum.

- E por acaso, trouxe a comida? - Ethan arregalou os olhos e sorriu sem graça - Vou encarar isso como um não - suspirei irritada, controlando os impulsos para não avançar no pescoço do Alfa.

No final, encontrei um arbusto de amoras e framboesas, comemos até ficarmos satisfeitos e depois caminhamos por algum tempo, até Ethan parar.

- Você não faz ideia para onde estamos indo, não é? - ele se virou para mim e tirou algo do bolso.

- Por sorte, tenho a bússola que o James me deu. - mostrou o objeto - O porto da fronteira do Reino do Norte.

Uma flecha vermelha surgiu a nossa frente e apontou para o oeste, a seguimos e não demorou para chegarmos a uma praia.

- Me lembre de agradecer a James. - sorri e Ethan me olhou ofendido - O que? Se não fosse por ele, estaríamos andando sem rumo pela floresta.

- Que seja, vamos embarcar em um desses navios mercantes até a cidade mais próxima, e depois iremos a cavalo.

- Você não pode ser reconhecido, não é?

- É óbvio.

- Deixe comigo, mas precisarei da sua espada. - aponto para a mesma - Relaxe, não preciso da sua espada para te matar, existem outros meios para fazer isso.

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