AMELIE FLORENCE ON

De todos os desafios que já enfrentei na minha vida, encarar um demônio saindo de uma pintura foi de fato o maior que eu já enfrentei, tudo graças a Wanderley que me ensinou o que eu precisava saber sobre o paranormal.

Porém,as vezes eu me pergunto se ser irmã mais velha e menos difícil do que ser ocultista. É difícil entender o que passa na cabeça de meu irmão, pelo fato de eu ser a mais velha tenho que cuidar dele... é minha obrigação como irmã mais velha...

Sem pensar duas vezes saio atrás de Olivier, deixando Barbara e Milo na sala. Entro no quarto do menor, claro que quase fui expulsa.

- Sai daqui Amelie! É sério - Exclama Olivier evitando olhar nos meus olhos.

- Oli eu não vou sair, não enquanto agente não conversar, olha...

Vou até sua direção e me sento ao seu lado,o encaro e vejo seus olhos lacrimejando.

- Você sabe que...que eu não quero ser invasiva né? Sabe que eu só quero o seu bem e as vezes, quase sempre eu pareço sufocante... me desculpa Oli...

- Tá de boa ... eu já devia ter me acostumado com o seu jeito... eu só... eu tive um momento muito importante pra mim Amelie, eu queria que você tivesse levado mais a sério entende? - diz o de cabelos castanhos se aconchegando em meu ombro.

- Me desculpa Oli...fazer piadas normalmente é minha saída para os problemas que não quero resolver...que tenho medo de resolver...

- Eu..eu sou um problema? - Pergunta Olivier fraquejando em sua fala.

- Claro que não Oli! Nunca... o que eu quero dizer é que ... poxa eu não sei o que sentir sobre você e o Milo... tipo, vocês claramente se amam e...

- É porque sou um garoto e ele também?

- Oli não, quem sou eu pra falar disso? Eu só tenho medo que as coisas possam não dar certo pra você e o Milo, assim como não deu pra mamãe e.. e o Montel. - Digo com certa repugnância o nome do meu próprio pai.

O menor permanece em silêncio olhando para o nada,parecia estar pensando sobre o ocorrido em nossa família.

- Olha eu não quero ser pessimista longe disso, eu não gosto de lembrar que um dia minha mãe foi casada com aquele merda! Mas ... eu sei que Milo nunca te magoaria, mas sei lá... se você se machucar eu não sei o que vou fazer... você é meu maninho Oli.. não quero que ninguém te faça mal.

- Amelie, mamãe disse que... que eu não posso me privar do amor por causa do que aconteceu, e apesar de tudo ele é nosso pai...

- Não Oli, ele não é. - digo o abraçando fortemente. - Ele nunca quis ser nosso pai, e agente também não precisa de um, temos um ao outro! E temos nossos amigos! E temos o bisteca Também - Digo apontando para o felino que pula no colo do menor.

- Tem razão... obrigada Amelie, de verdade...

- Nah eu que agradeço, por ser meu maninho! - digo o abraçando novamente, um silêncio acolhedor se espalhou naquele quarto.

- Oli...

- Sim?

- Tu usou preservativo né?

- AMELIE!

- Só perguntei HaHa

Saio do quarto do meu irmão e o deixo ter seus gays panc em paz. Percebo que Milo e Bárbarra ainda estão conversando então passo rapidamente por eles e começo a preparar o jantar. Em cima do balcão escuto o telefona de Barbara tocar,olho para a mesma que acena para mim, então atendo rapidamente.

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- Alô? Família Florence quem fala?

Hãm? Florence e-eu achei que tinha ligado para Bárbara Lima -

-Exatamente! Ela e da família agora, fala aí do que precisa Helena.

Hãm,oi Amilie-

-Oi Helena!

Eu só... e que.. a Bárbara tá aí?-

-Ta sim,mas tá meio ocupada agora? Quer deixar recado?

Hãm.. não eu só... queria conversar mesmo com ela...

- Ah conversa comigo então! Se quiser é claro...

...

-Helena?
- Tá aí?

Oi? Ahmm sim tô-
E...
Oi

-Oie, como foi seu dia? Já se adpitou a cidade grande?

Foi... normal...
Tô indo, é tudo muito barulhento aqui...

- Ah pois é né
Você se acostuma.

Hamm acho que não...
Tipora era... meu lar sabe...

-Eu sei Helena...
-Mas aquilo se foi... eu acho que você ainda pode seguir em frente.. sem tipora entende?

Aquilo foi tão bizarro...
Eu.. não sei o porque sinto tanto medo... é uma sensação estranha...

- Você não precisa ter medo! Hamm quero dizer você tem que sentir o que quer sentir sabe, mas não medo.. eu tô aqui contigo! Eu vou proteger você Helena!

Obrigada?

-Nah, não agradeça, e o que a ord-- a-amigos fazem hehe

Somos amigas?

-Claro Helena!
-bom se você quiser é claro..

Hamm ok
Eu acho que vou indo agora...

Tchau amiga.

-Ooow tchauzinho miguinha linnnda!

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Espero a mesma desligar o telefone e por uma vez na vida, paro pra pensar no que eu mesma disse.

- AI MEU DEUS BÁRBARRA! - grito levemente em pânico

- PUTAQUIPARRIU BARBARA!

Vejo a mesma correndo até a cozinha e olhando aos arredores, notando que o teto estava intacto e o chão se encontrava no mesmo lugar ela me olha furiosa e exclama:

- AMELIE! Me mata do coração não trem! Tá doida é?

- Minina deixa eu te contar a merda que eu fiz, pra variar. - digo me aproximando da de cabelos cacheados. - Milo me empresta a Bárbarra rapidinho?

- Bárbara. - Corrige a mesma

- Claro, eu... acho que vou conversar com seu irmão... - Comenta o pescador envergonhado.

Olho no fundo dos seus olhos  e digo :

- Use preservativo migo.

- Que?! Amelie pelo amor de --

- Vai lá vai!

O moreno sai da sala incrédulo com meu comentário, deixando eu e minha amiga.

- Quem ligou pra mim Amelie?

- Mininaaaa, a Helena.

- Por isso que cê tá assim?

- Minina eu atendi e quando percebi agente tava super conversando e tipo, ela comentou que tava com medo e eu disse que ela não precisava ter medo porque eu sou da ordem e a ordem protege todo mundo né?

- Cê falou pra ela sobre a ordem?! Amelie quanto menos pessoas saber mais seguro elas estão!

- Eu seeei e não contei pra ela! Mas foi quase que falei, aí eu falei que eu a protegeria e tipo, e se ela achar que eu sou sapatão? Essa frase deve ter suado muito estranho - digo afundando minha face na almofada.

- Ah Amelie tá deixando a comida queimar só por causa disso.

- Mas-- pera QUEIMAR?! CARRALHO!

- Óia, não entendi esse drama seu, qual o problema de você ser lésbica?

- Eu não sou isso não Bárbarra!

- Tá mas e daí ela achar que você é?

-... - paro pra pensar novamente.
Ah sei lá, eu não quero que ela pense isso de mim, tipo ela já me acha estranha.

- Pera, quem te disse que ela te acha estranha. E outra, pensar isso de você... Amelie não tem problema em ser lésbica.

- Mas ...

- Amelie, eu sei que você cresceu em uma família diferente, sei que você sempre quis o orgulho de seu pai e tudo mais, mas sabe o gênero não importa muito quando alguém ama mesmo outro alguém, o importante é amar e só.

- Porque tá me falando isso Barbara, eu sei o que eu fiz pelo meu pai mas isso é passado! Agora eu sou eu mesma e tô bem assim.

- Amelie, você sabe que eu sei muito bem quando alguém não é sincero comigo, e as vezes eu sinto que.. você não tá sendo cem por cento você mesma. - Comenta Bárbarra segurando minha mão - Olha eu não sei seu motivo pra isso mas relaxa, ninguém vai julgar você.

- Tá... Valeu Bárbara.

- Tranquilo, a sociedade julga as pessoas por serem diferentes, usam a palavra "estranha" mas isso não é verdade, e se for e daí? Qual problema de ser estranho! Todo mundo é um pouco estranho e isso não é ruim...

As palavras de Bárbarra né trazem leveza, minha amiga tá sempre certa.

Todo mundo é estranho. - digo isso apontando para a sala observando uma cena completamente estranha.

- Bisteca fica parado eu quero tirar isso da sua cabeça! - Exclama Olivier correndo atrás do felino que se encontrava com uma meia de bolinhas na cabeça, correndo pela casa tentando se livrar da peça com cheiro desagradável.

- O que eu faço com isso? - Pergunta Milo para Olivier segurando uma camisinha em mãos.

- AAA para Milo! Cê sabe o que fazer minino - Exclama Bárbarra em meio gargalhadas.

- Arroz queimado, gato desesperado, emo correndo pela casa.

Mais um dia normal por aqui.

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E aí meu povo?
Mais um capítulo pra vocês
Não se esqueçam do voto e de beber água principalmente!

Em breve vcs verão o pq a sena da sala calma kkkkk

Capítulo revisado mas pode conter erros de escrita