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⛧ 𝘁𝗲𝗿𝗰𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗷𝗼𝗴𝗼

﹙┈─ 𝕮apítulo 03 ﹚︐ . . . ﹕女孩瓷
𝟐𝟎𝟎𝟓 ─ 𝗶n𝘁era𝘁𝗶v𝗼 › ┈─ 💀

𖹭 𝕱ique ciente que esse capítulo específico contém palavras de baixo calão, violência, temas sugestivos e conotação sexual.

𝐎 𝐒𝐎𝐍𝐎 que finalmente encontrei naquela noite se transformou rapidamente em um pesadelo sombrio. Estava de volta ao desconhecido, mas dessa vez em um monastério escuro, com paredes de pedra que pareciam exalar uma frieza antiga e eterna. Uma luz roxa estranha e inquietante iluminava o ambiente, projetando sombras distorcidas e dançantes ao meu redor.

Caminhei hesitante pelo corredor que levava ao altar, e meu coração estava batendo com força contra o peito. O silêncio era absoluto, exceto pelo som suave de meus passos ecoando no chão de pedra, mas eu jurava que poderia ouvir meus batimentos cardíacos.

Ao chegar ao altar, vi algo que me fez parar de repente — o Grande Livro do Destino.

O livro era imenso, coberto por uma capa de couro escuro, decorada com símbolos que pareciam pulsar com uma energia própria. Eu sei o quão poderoso e perigoso esse artefato é, e o quão seguro é manter as mãos longe dele. Entretanto, eu estava sem controle sobre minhas ações, e me aproximei mais, com o olhar fixo no livro.

Como se tivesse vida própria, o livro se abriu com um ruído sibilante, e as páginas folhearam rapidamente até se estabilizarem em um cântico que parecia brilhar com uma luz interna. As palavras, escritas em um idioma antigo e indecifrável pareciam chamar por mim.

De repente, uma voz profunda e desconhecida ecoou pela sala.

— Leia...

Eu não reconhecia a voz, mas sua ordem era inconfundível. Meu corpo tremia, mas uma força maior me impulsionava a obedecer. Me aproximei mais, e meus olhos foram correndo pelas linhas misteriosas do cântico.

Das sombras profundas e antigas, o poder adormecido desperta.
Através das chamas eternas do inferno, ascendam àqueles que esperam.
A lua sangrenta ilumina o caminho, portadores do fim dos tempos.
Pelo chamado dos mortos e esquecidos, o armageddon finalmente se ergue.”

As palavras ressoavam em minha mente, e cada sílaba parecia vibrar através de meus ossos. Uma sensação de pavor profundo tomou conta de mim, como se eu estivesse prestes a desatar uma força além da compreensão humana.

Ao terminar de ler, a luz roxa ao meu redor intensificou-se, tornando-se quase cegante. Senti uma pressão esmagadora no peito, como se o próprio ar ao meu redor estivesse sendo drenado.

De repente, a voz falou novamente, desta vez mais alta e mais insistente.

— A chave... a chave.

Antes que eu pudesse reagir, a luz roxa explodiu em um clarão ofuscante, e eu acordei, suando frio e ofegante. Meus olhos se abriram para o teto familiar do quarto na mansão de Hades, mas o peso do pesadelo continuava a me pressionar.

A luz fraca do dia nublado invadia o quarto pelas cortinas finas que cobriam a vidraça da janela. Sentei-me na cama, e levei minhas mãos até meu rosto, coçando meus olhos delicadamente com os pulsos para ter certeza de que eu estava de volta à realidade. E, eu realmente estava.

Isso foi perturbador. Não me lembro da última vez que tive um pesadelo que me deixou assim.

Após me levantar e lavar meu rosto para ter certeza que eu havia acordado, desci para a cozinha onde o aroma de café fresco e bacon fritando enchia o ar. Enzo, Charlie e Hades estavam ocupados preparando o café da manhã.

Hades vestia uma camisola preta de seda — aparentemente —, com um robe da mesma tonalidade por cima. A vampira estava virando algumas panquecas. Já Charlie estava usando uma camisa verde musgo e calças pretas de moletom, enquanto retirava o café da cafeteira, e Enzo usava uma camisa com alguma estampa contemporânea, como se uma arte tivesse sido pintada no tecido, enquanto pegava algumas coisas na geladeira.

O Capitão entrou logo depois, parecendo estranhamente casual em uma calça de moletom cinza e uma camisa branca de algodão, que marcava muito bem seus músculos proeminentes. Sua presença sempre trazia uma aura de seriedade, mas hoje ele parecia um pouco mais relaxado, como ontem quando estava tomando café e usando aquele moletom cor de pêssego.

— Bom dia, corázon! — Enzo me cumprimentou com um sorriso enquanto pegava um potinho de plástico transparente com frutinhas cortadas. — Como foi a noite?

— Foi... agitada... — respondi, sentindo a necessidade de compartilhar o que tinha acontecido.

— Não teve sonhos agradáveis? — Aaron perguntou, enquanto Charlie servia uma caneca de café para ele, com algumas notas de canela.

— Sim... eu tive um pesadelo estranho.

Permaneci em silêncio por breves instantes.

— Mas e aí, a fofoca é pra hoje? — a vampira disse.

— Hades! — Charlie a advertiu.

— Não, não. Tudo bem — eu disse para ele. — Eu só 'tava tentando raciocinar antes de explicar — respirei fundo. — Eu estava em um monastério escuro, com uma luz roxa estranha. Caminhei até um altar e vi o Grande Livro do Destino. Ele se abriu sozinho e revelou um cântico, aí uma voz que não reconheci me mandou ler.

Todos pararam o que estavam fazendo para me ouvir. Aaron olhou para mim com um interesse renovado.

— E o que aconteceu depois?

— Li o cântico, mas eu sinto que tá faltando alguma coisa... — continuei, tentando recordar os detalhes com precisão. — A voz mencionou uma chave. Não faço ideia do que isso significa, mas parecia importante.

Hades franziu a testa, trocando olhares com Charlie e Enzo.

— Uma chave? Nunca ouvimos falar de uma chave antes, essa é totalmente nova.

— Isso é problemático — disse o latino, cruzando os braços e olhando pensativo. — Se há algo que não conhecemos, precisamos descobrir o que é, especialmente se pode estar ligado à esse livro.

— Cara, esse livro tem mais de mil páginas — o loiro disse, se apoiando no balcão. — Tem sempre alguma coisa pra descobrir. E a gente vai na universidade hoje, pode ser que tenha alguma coisa útil nos cânticos que eles tem lá.

— Tomara que a gente encontre alguma coisa verdadeiramente útil, não quero que a gente fique andando em círculos com toda essa merda de apocalipse — percebi que isso soou mais como um desabafo, e meu rosto esquentou por alguns segundos.

— Relaxa, a gente vai encontrar coisas úteis, pode confiar — Hades deu um tapinha no meu ombro.

— Como você sabe?

— Porque os caras tem uma turma, ou pelo menos tinha, só dedicada à traduzir o livro. Te garanto que pergaminhos com coisas úteis é algo certo!

Eu fiquei mais quieta naquela manhã, já que aquele sonho bizarro havia se entranhado em meu cérebro. Mas tomei meu café com todos à mesa.

Semana passada, havíamos ido à universidade para pegarmos os cânticos, mas o reitor responsável estava numa viagem à Bucareste, então tivemos que esperar ele retornar à Brasov nessa semana, para que pudéssemos pegar o que queríamos.

Após tomarmos café, eu vesti roupas confortáveis e quentes para que pudéssemos ir à universidade. Apesar do inverno já estar chegando ao final, hoje estava um pouco mais frio do que ontem, entretanto o céu estava completamente absorto em nuvens escuras com diversos tons cinzentos, como todos os dias daquela estação não-expressiva e gélida — ainda mais na Romênia.

Só faltava pegar meu casaco e estávamos prontos para ir.

QUAL CASACO VOCÊ ESCOLHEU?

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Fui para o lado de fora, sentindo a brisa fria atingir minha face e brincar com meu nariz. Após passar tanto tempo nesse lugar, estou começando a gostar dessa paisagem escura.

Dessa vez, entramos num carro preto que tinha até mesmo teto solar. Não foi Hades que dirigiu, ao invés disso ela cedeu o assento do motorista para Vogrincic, enquanto Charlie ia no banco do passageiro da frente, e ela ficava sentada lá atrás comigo.

— Por que o Capitão não veio? — perguntei timidamente, guardando minha mãos dentro das mangas.

— Porque ele tá ocupado, provavelmente — o loiro respondeu.

— O Capitão não tá sempre ocupado, mas ele gosta de cuidar de tudo. Um segundo que ele passe longe do escritório já é uma tortura, e ele acha que alguma coisa vai dar errado — Hades respondeu. — Pensa num cara surtado.

— Ele só é protetor, você sabe, morceguinha — o latino fez uma curva em uma das ruas movimentadas. — Tipo um paizão.

— É — ela concordou. — Tipo um paizão.

— Vocês têm um plano? — eu questionei.

Ouvi as vozes dos três:

— Como assim?

— Um plano... tipo... a gente vai entrar na faculdade e pedir os cânticos? Eles não vão entregar de mão beijada.

E em seguida algo como um "ah tá".

— Isso aí a gente pode deixar na mão da sanguessuga — Enzo sorriu.

— Te juro que se me chamar assim de novo, eu te chuto pra fora desse carro.

— Aí, sem brigas. Sem brigas — Charlie quis amenizar o clima. — Vão acabar assustando ela, seus selvagens.

Eles deram uma risada abafada e reviraram os olhos com o que o loiro disse.

Chegamos à faculdade da Transilvânia sob um céu nublado e ameaçador, como se o próprio ambiente estivesse ciente da gravidade de tudo o que estava acontecendo. O campus estava envolto em um silêncio quase reverente, com as antigas estruturas de pedra lançando sombras longas e inquietantes, eu não me lembro da universidade ser tão ameaçadora assim.

Fomos direto para a coordenação, onde esperávamos obter os cânticos traduzidos do livro, um material crucial para a investigação.

Logo, veio um homem.

Era o reitor, um homem de meia-idade com cabelos grisalhos e um semblante severo, que nos recebeu com uma mistura de curiosidade e desconfiança.

— Olá, bom dia — ele nos olhou de cima à baixo. — São alunos novos?

— Somos. Chegamos nesse semestre — Charlie disse à ele.

— Ah, sim. Bom, precisam de que? Pegar ficha de horários? Pegar os livros?

— Precisamos dos cânticos — a vampira foi direto ao ponto. — Os que vocês já traduziram.

O semblante dele mudou na hora. Para algo surpreso, e os olhos dele se arregalaram por trás daquelas lentes de alto grau.

— Olha, jovens... sinto muito, mas não podemos liberar esse material. É confidencial e extremamente perigoso.

Eu troquei um olhar preocupado com Charlie e Enzo. O tempo estava contra nós, e não podíamos nos dar ao luxo de esperar ou procurar alternativas. Foi quando a Hades, com sua presença ameaçadora e olhar frio, deu um passo à frente.

— Isso é lamentável, reitor — ela disse, com uma calma que me fez estremecer. Ela ergueu o olhar para ele, revelando seus olhos penetrantes e hipnotizantes. — Mas acredito que você vai reconsiderar.

O reitor franziu a testa, confuso por um momento, mas logo seu olhar se encontrou com o dela. Eu senti um arrepio subir pela minha espinha quando percebi o que estava acontecendo. A morena estava hipnotizando o reitor, usando sua habilidade vampírica para controlar sua mente.

— Você vai nos dar acesso ao material...  sua voz soava baixa e controlada. — Vai nos fornecer todos os cânticos traduzidos e qualquer outro documento relevante.

O reitor piscou, como se estivesse saindo de um transe leve, e então assentiu lentamente.

— Claro... Claro, eu vou providenciar isso imediatamente.

Eu assistia a tudo, atônita.

Minha mente girava com a realização do que acabara de acontecer. A Hades tinha o poder de manipular a vontade das pessoas tão facilmente, e ela o usava sem hesitação. Era um lembrete sombrio das profundezas de sua natureza sombria dela e do mundo perigoso e complexo em que eu agora estava inserida.

Enquanto o reitor saía da sala para buscar o material, ela se virou para nós, com um sorriso satisfeito nos lábios.

— Às vezes, a gente só precisa de um pouco de persuasão extra, né? É impressionante — suas presinhas brancas eram expostas em seu sorriso.

Charlie soltou um suspiro de alívio, enquanto Enzo dava um tapinha nas costas dela. Eu, no entanto, ainda estava tentando processar o que havia acabado de presenciar. As coisas que esses seres eram capazes de fazer, o poder que possuíam, era assustador e fascinante ao mesmo tempo.

— Relaxa, o pior já passou — o loiro colocou a mão em meu ombro.

Assenti lentamente, tentando acalmar meu coração acelerado. Precisávamos daqueles cânticos. Precisávamos de todas as armas possíveis na nossa luta contra as forças do inferno. E se isso significava recorrer a métodos não convencionais, então que assim fosse.

O reitor voltou logo depois, carregando um monte de documentos e livros antigos.

— Aqui está todo o material que temos — disse ele, ainda sob a influência da Hades.

— Muitíssimo obrigada! — ela pegou as pastas. — A gente devolve depois, tá?

Deixamos a coordenação, nos despedindo cordialmente de outros funcionários, e fomos para o carro novamente. Dessa vez, Charlie assumiu o volante, enquanto Hades ficava no banco do passageiro da frente, e eu e Enzo estávamos no banco de trás.

Estávamos indo de volta para casa, para que eu pudesse me enfurnar naquela biblioteca e tentasse a todo custo estudar e decodificar os outros cânticos que Enzo e Charlie haviam pego no cemitério, na cripta do antigo profeta. Seria um trabalho provavelmente árduo, e minha cabeça estaria pegando fogo no final do dia, mas eu não me importava com isso — era um sacrifício necessário para salvar a humanidade.

Enquanto estávamos no carro, uma curiosidade cresceu em minha mente.

— Hades — comecei, timidamente. — Você já usou sua hipnose para outras coisas?

— Tipo...?

— Sei lá... conseguir coisas de graça? — continuei.

— Não me lembro.

— Pois eu lembro! — Charlie disse, dirigindo. — Ela usa direto em cafeteria. Café e bolo de graça pra todo mundo!

Ela se virou para ele, incrédula.

— Sério? Que incrível!

— Ih, não vem perturbar meu juízo não, hein! Vamo' ver se tem música boa na rádio! — ela disse, levando sua mão até o painel do carro, onde havia o rádio.

Na primeira estação, uma apresentadora estava terminando de dar alguns recados sobre a previsão do tempo, e enfim a música começou a tocar.

— Uh, eu amo essa! — ela aumentou o volume.

Se tratava de "I Write Sins Not Tragedies" da banda Panic! At The Disco.  Eu conhecia essa música, já era bem prestigiada há anos, e tocava muito em diversas estações da rádio. Charlie batucava gentilmente o volante, Enzo balançava sutilmente a cabeça enquanto olhava pela janela e Hades cantarolava a melodia.

Quando fui me dar conta, todos nós estávamos cantando juntos, principalmente no refrão. Eu estava no carro com meus amigos, cantando uma música aleatória e aproveitando o trajeto.

Então, isso é ser normal?

Depois de algum tempo, estávamos indo para uma parte mais isolada da cidade, sem tanto movimento. A mansão ficava num ponto mais afastado mesmo, mas ainda assim ainda havia algum movimento na região. Só que seguíamos por uma rodovia que não era tão movimentada, e havia somente um carro prata atrás de nós, com vidros escuros.

De repente, um tiro acerta a parte traseira do nosso veículo, por sorte é um carro resistente. Um gritinho fino escapou por meus lábios, foi o mais puro nervoso misturado com medo e a ansiedade por estar numa situação dessa. Me abaixei no banco, e Enzo me abraçou, para me proteger, me cobrindo.

— Puta merda, é a Garra do Diabo! — Hades exclamou, olhando pelo retrovisor.

— Garra do Diabo!? — questionei, confusa.

— Um grupinho aí pró-apocalipse — Charlie continuou dirigindo, mas não perdeu a oportunidade de dizer algo que trouxesse um bom humor. Meu nervosismo era nítido, talvez essa tenha sido uma tentativa de me acalmar um pouco. — Sabe como é, sempre tem alguns filhos da puta que gostam de fazer gol contra.

O carro prata se aproximou mais e senti a pressão e o tranco dele batendo contra a traseira do nosso.

— Relaxa, eu tô aqui, corázon — Enzo tentou apaguizar as coisas.

— Hades, assume o volante! — Charlie pediu, acelerando um pouco para sair de perto do carro prata.

— Pode deixar comigo!

Eles tiraram seus cintos de segurança e rapidamente trocaram de lugar, quando o loiro se sentou no banco do passageiro da frente, ele pegou uma MP5 que estava em baixo do banco. Aquele carro deveria ter armas até debaixo dos tapetes.

Charlie abriu o porta-luvas em seguida, pegando um dos vários cartuchos que estavam disponíveis.

— Já que esses filhos da puta estão afim de trabalhar pro Diabo, eu mando eles pro colo dele rapidinho — disse ele, com um brilho predatório no olhar, enquanto destravava a arma e abria o teto solar, para poder ficar em pé no banco e poder atirar.

Enquanto isso, o rádio estava ligado, e uma nova música chegava na estação.

QUAL MÚSICA COMEÇOU A TOCAR NESSA HORA?

A - Poison Heart • Ramones.

B - Kickstart My Heart • Mötley Crüe.

C - Highway Star • Deep Purple.

D - Immigrant Song • Led Zeppelin.

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Eu estava paralisada, assistindo enquanto eles se preparavam para a ação. A batida pulsante da música enchia meus ouvidos, junto ao som das rodas dos carros e os tiros que estavam sendo trocados entre aquele pessoal estranho e Charlie, e eu mal podia acreditar no que estava acontecendo. Hades às vezes manobrava o carro com destreza, e Enzo continuava me protegendo.

Logo, fomos capazes de ouvir o som de uma moto, que se aproximava rapidamente. A vampira olhou pelo retrovisor e viu que quem estava dirigindo estava vindo com algo perfurante, justamente para furar os pneus do carro.

— Eles estão malucos se acham que eu vou deixar! — ela estava visivelmente irritada. — Enzo, assume o volante aqui!

— Fica deitada, tá? — ele me disse, antes de ir para os bancos da frente e assumir o volante enquanto eu vi Hades simplesmente abrir a porta e pular.

Felizmente, a moto estava na janela ao meu lado e eu vi ela chegar até lá como um vulto preto. Agora ela havia dado um chute na mão do motociclista e conseguiu fazer com que ele soltasse o objeto pontudo e afiado, que caiu na pista e ficou completamente esquecido.

Hades conseguiu se agarrar ao corpo dele e ir até suas costas, agarrando os ombros dele com força enquanto se segurava ao seu tronco como um animal, e sem hesitar ela levou a boca até o pescoço do homem e mordeu com muita força, fazendo-o gritar. Ela mordeu mais e mais, repetidas vezes, rapidamente, e eu só pude ver os pedaços de sua carne voando, junto à muito sangue. A vampira mordeu de novo e de novo, até que o pescoço dele sumisse completamente, deixando sua cabeça pendendo para o lado por um fio — eu cheguei a escutar o som apavorante de suas vértebras cervicais quebrando.

Eu jamais imaginaria que ela teria força para isso, ainda mais, só mordendo. Ela jogou o corpo sem vida do homem no asfalto, enquanto assumia o controle da moto e cuspia um pouco do sangue que restava na boca.

Charlie atirava diversas vezes, e eu fui escutando os disparos diminuindo, ele havia conseguido matar alguns homens. E, ele mirou com precisão, disparando contra os pneus do carro inimigo. O som dos tiros se misturou à música, criando uma sinfonia de caos, eu sentia que estava à alguns instantes de finalmente ficar maluca. O carro derrapou, perdendo o controle momentaneamente, mas não desistiu.

Eles eram persistentes, e muito chatos.

— Se segurem! — o latino gritou, fazendo uma curva acentuada para tentar despistar nossos perseguidores.

Eu me agarrei ao banco, e meus pensamentos em turbilhão. A vida havia se tornado uma batalha constante desde que me juntei a essas pessoas, mas uma perseguição em plena quarta-feira era algo muito inesperado. Cada dia trazia um novo desafio, e dessa vez uma nova ameaça, como se o fim do mundo não fosse o suficiente, agora tínhamos que lidar com esses entusiastas fodidos.

Um tiro infelizmente quebrou a janela traseira e fez alguns estilhaços do vidro caírem sobre mim, mas consegui me proteger da forma que consegui. Entretanto, senti alguns pedacinhos cortarem um pouco meu braço, perto de meu ombro, fazendo a pele arder. Se eu estivesse sem o casaco, o estrago seria muito maior.

— Morceguinha, se importa em ajudar? — ouvi a voz de Charlie.

Hades se moveu novamente, como um vulto preto e quando eu me deu conta, ouvi e vi o teto do carro ser amassado com a força de seu corpo durante a aterrissagem. A moto havia sumido, como?

— Eu vou jogar e você atira no tanque de gasolina! — ouvi a voz dela.

Espera aí, ela vai jogar a moto?! Ela está segurando a moto?!

Não tive muito tempo para permanecer nesse devaneio, pois ousei levantar um pouco minha cabeça e olhar pela janela quebrada, vendo a moto ser arremessada em direção ao automóvel prata, enquanto uma bala saiu da MP5 de Charlie e atingiu o tanque de gasolina da moto, fazendo-a explodir na hora, e o resultado foi ainda mais devastador quando atingiu o carro, que também entrou em chamas.

O carro foi pelos ares, e os que ainda estavam lá dentro, foram encontrar o Diabo, assim como o loiro havia dito que faria.

— Isso aí, filhos da puta! — disse Charles, com um provável sorriso satisfeito. — Garra do Diabo é meu pau, porra!

Eu soltei um suspiro de alívio, e minha respiração finalmente desacelerando.

— Isso foi... intenso... — murmurei, ainda tentando processar a enxurrada de eventos.

— É só mais um dia normal de trabalho, corázon — o latino disse, e continuou dirigindo, enquanto Hades e Charlie desceram e entraram no carro novamente. — Com o tempo, você se acostuma.

Quando chegamos em casa após o encontro extremamente desgostoso com aqueles indivíduos de índole duvidosa, eu mal podia esperar para sair daquele carro. A mansão surgiu à nossa frente como um santuário de segurança, por mais obscura que ela fosse, e o desconforto da sujeira e do sangue em minha pele ainda me fazia estremecer.

Assim que entramos, a porta se abriu rapidamente, revelando o Capitão. Seus olhos azuis e penetrantes percorreram cada um de nós, avaliando nossa condição. Ele estava usando calças pretas junto à uma camisa de algodão da mesma tonalidade, com uma correntinha de prata ao redor de seu pescoço.

— Aconteceu alguma coisa — ele declarou mais do que perguntou, com a voz firme e os olhos fixos em mim. Os pequenos cortes em meu braço ardiam, e os cacos de vidro ainda estavam presos em minha pele.

Antes que eu pudesse responder, ele se aproximou, e pude perceber que em seu rosto havia uma máscara de preocupação contida.

— Vocês estão bem? — ele insistiu, olhando para cada um de nós. Charlie assentiu, junto à Enzo e eu.

Hades, com uma expressão um pouco mais séria do que o habitual, murmurou um "sim" enquanto tirava seu casaco púrpura completamente ensanguentado. Ela era a que mais estava suja — o que já era de se esperar de alguém que mordeu e quebrou o pescoço de um homem como quem quebra um cookie.

Eu finalmente encontrei minha voz.

— Nós fomos atacados pela Garra do Diabo.

Ele respirou fundo e fechou os olhos, eu vi sua jugular ficar mais aparente. Ele estava cheio de raiva.

— Puta merda, eu sabia que esses filhos da puta iam vir atrás da gente! — ele se tornava amedrontador para mim quando estava assim.

— Relaxa, a gente já deu um jeito neles, Capitão — Enzo tentou tranquilizar seu superior.

— Mas mesmo assim, algo pior poderia ter acontecido com vocês!

— Mas não aconteceu! — o loiro deu um passo à frente e colocou a mão no ombro de seu superior, como uma forma de apaguizá-lo. — A gente cuidou de tudo!

— É, pelo estado da Hades, eu consigo ver que vocês cuidaram bem desses idiotas... — ele disse, num tom mais tranquilo.

— Nenhuma gota de sangue que está aqui é minha, Capitão! — ela sorriu e prestou continência para o mais velho, fazendo-o rir nasal.

Acho que essa equipe é o único ponto fraco do Capitão Aaron. E, isso era curioso de ser observado.

Agora, eu precisava tomar um bom banho e limpar esse corte no meu braço.

OPA, MOMENTO DE ESCOLHA! 🦇

𖹭 A escolha que você fizer agora, vai te levar para uma rota específica. Escolha de acordo com o personagem que você tem mais intimidade.

𖹭 Vá rolando a tela até encontrar o banner que indica sua opção escolhida.

QUEM CUIDOU DO SEU CORTE?

A - AARON.

B - CHARLIE.

C - ENZO.

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O restante da equipe subiu às enormes escadas que ficavam na sala de estar para poderem tomar um bom banho e se livrarem daquelas roupas sujas. Quando eu ia subir, ouvi uma voz familiar atrás de mim.

— Eu já percebi o corte no seu braço.

Olhei para trás e vi Aaron ali, segurando uma maleta de primeiros socorros.

— Vem. Me deixa cuidar de você.

Imediatamente me conduzi para o sofá da sala. Sentei-me e retirei o casaco, tentando ignorar a dor latejante que atingia meu braço e minha ansiedade ainda estava no máximo, caindo por meus ombros.

Ele se ajoelhou, pegando o kit de primeiros socorros. Sua expressão era séria, e os olhos azuis estavam brilhando sob a luz suave que entrava pela enorme janela da sala. Sem dizer uma palavra, ele começou a limpar o corte, removendo os estilhaços de vidro com precisão cirúrgica.

— Isso vai doer um pouco — ele avisou, a voz calma, mas com uma nota de preocupação. Eu assenti, mordendo o lábio enquanto ele trabalhava.

O silêncio entre nós era confortável, mas cheio de uma tensão que eu não conseguia definir. Ele era frio, quase distante, mas a maneira como cuidava dos meus ferimentos revelava um lado mais suave, e eu sabia que ele tinha esse lado. Notei na vez em que fiz cafuné em seus cabelos macios naquela noite chuvosa.

Cada toque era cuidadoso, quase carinhoso, como se ele estivesse tratando algo muito precioso.

Depois de alguns minutos, ele aplicou um spray antisséptico e um último curativo, e se afastou um pouco, ainda ajoelhado a minha frente. Seus olhos encontraram os meus, e por um momento, a dureza em sua expressão suavizou.

— Que bom que você está bem — ele disse, e sua voz era baixa e sincera. — Mas eu sinto muito que tenha tido que passar por isso. Não posso... 

Ele estava falando e iria prosseguir, mas fez uma pausa, como se estivesse escolhendo o que exatamente falar, e quais palavras usar.

— Não quero te ver machucada assim de novo.

Meu coração bateu mais rápido ao ouvir suas palavras. Havia algo no tom dele, uma vulnerabilidade que ele raramente deixava transparecer.

— Eu prometo tentar me proteger mais — murmurei, sentindo meu rosto esquentar.

— O problema é que se eu pudesse, eu te tirava dessa... — ele suspirou. — Não queria que você sofresse.

Ele levantou a mão, hesitando por um segundo antes de colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Você é importante para esta equipe — continuou ele.

Meu coração estava batendo tão rápido, e eu temia que ele escutasse.

— ... e para mim... — sua voz saiu num sussurro.

Minhas bochechas queimaram, e eu podia sentir a intensidade do olhar dele.

— V-Você também é importante para mim... — sussurrei de volta, sentindo um nó se formar na minha garganta.

Não era só a dor ou o cansaço, mas a sensação esmagadora de estar verdadeiramente cuidada.

Ele se inclinou um pouco mais perto, e aquilo praticamente roubou meu fôlego. Por breves instantes, o mundo sumiu. Era só eu, ele e o vento suave que soprava lá fora. Tinha algo nele que me fazia sentir vulnerável, mas se eu estivesse nas mãos dele, eu estava segura.

Por um momento, pensei que fosse me beijar. Mas ele apenas pressionou sua testa contra a minha, mantendo os olhos fechados, compartilhando um instante de pura conexão.

— Descansa agora, querida... — ele disse finalmente, sua voz quase inaudível. — Qualquer coisa, eu vou estar no meu escritório. E não hesite em me chamar se precisar que eu cuide de você...

Enquanto ele se afastava e eu me recostava no sofá, sentindo o calor da lareira ao meu lado, percebi que havia muito mais no Capitão do que sua fachada fria e distante. E, de alguma forma, isso fazia tudo parecer um pouco menos assustador.

𖹭 O CAPÍTULO NÃO SE ENCERRA AQUI, DESLIZE ATÉ ENCONTRAR O FIM DOS BANNERS E A CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA!

Assim que eu ia subir às escadas, Charlie se aproximou rapidamente, e tinha uma expressão de preocupação clara em seu rosto.

— Você está bem? — perguntou ele, e sua voz estava suave mas urgente.

— Estou... — respondi, embora o cansaço e a dor no braço fossem evidentes.

— Vamos dar um jeito nisso — ele disse, se referindo ao meu braço, e em seguida me conduzindo gentilmente até o sofá da sala.

Sentei-me, deixando escapar um suspiro de alívio enquanto ele pegava o kit de primeiros socorros. Sua presença reconfortante era como um bálsamo para os meus nervos desgastados.

Charlie se sentou ao meu lado, sua expressão era séria enquanto ele examinava o corte no meu braço.

— Isso vai doer um pouquinho, ok? — ele deu um sorriso, tentando aliviar a tensão.

Que belo sorriso ele tinha.

Assenti, e ele começou a limpar o ferimento com cuidado. Cada toque de seus dedos parecia carregar uma ternura que eu não esperava, e isso fez meu coração bater mais rápido. Ele trabalhava com eficiência, mas também com uma gentileza que me fez sentir segura.

— Sabe... se você se machucar mais vezes... pode me chamar pra trocar seus curativos...

Sorri, apesar da dor.

— Vou tentar não causar mais problemas. Mas, da próxima vez, eu posso te chamar.

Ele riu, um som reconfortante e familiar, que ficava na minha cabeça desde que ele ficou fumando na varanda e conversando comigo naquela noite chuvosa.

— Vou te cobrar isso, hein. E quem sabe, a próxima vez que você se meter em encrenca, possa ser algo menos perigoso, como... não sei, tropeçar em uma pedra ou algo assim.

Dei uma risada, apreciando sua tentativa de me fazer sentir melhor.

— Sim, isso parece mais seguro.

Charlie terminou de limpar o corte e aplicou um curativo, com seu toque ainda cuidadoso. Quando terminou, ele se afastou um pouco.

— Prontinho, cupcake, você está oficialmente remendada.

— Obrigada, Charlie — murmurei, sentindo meu rosto corar levemente — Mas, por que "cupcake"?

Ele estava tão perto, e o calor em seus olhos azuis era inegável. Esse tom loiro de seus cabelos ficava ainda mais lindo assim, de perto. O mais velho levantou a mão, hesitando por um momento antes de acariciar suavemente minha bochecha.

— Acho cupcakes fofinhos e gostosos.

Meu coração deu um salto, e senti minhas bochechas queimarem ainda mais.

Ele sorriu, um sorriso que iluminou seu rosto. Assenti, com um sorriso tímido surgindo em meus lábios.

— Parece uma bom apelido.

Charlie se inclinou um pouco mais perto, e por um momento, o mundo pareceu parar. Seus olhos estavam fixos nos meus, e eu podia sentir a conexão entre nós se intensificar. Aquelas íris vívidas olharam para meus olhos e depois para meus lábios, que estavam sutilmente entreabertos.

Ele hesitou por uma fração de segundo, então fechou a distância, e seus lábios finalmente encontraram os meus em um beijo suave e terno. Eu fechei meus olhos e me entreguei à essa sensação, que ficou ainda melhor quando senti sua língua deslizar pela minha e seus lábios praticamente massagearem os meus enquanto estalos baixos soavam entre nós. Essa sensação sempre foi tão boa assim ou fazia tempo que eu não desfrutava disso?

A mão quente dele, que estava em minha bochecha, me puxou um pouco mais para perto e pudemos desfrutar daquilo por mais alguns curtos minutos. O beijo foi relativamente breve, mas cheio de promessas não ditas. Quando ele se afastou, seus olhos brilhavam com uma mistura de surpresa e satisfação.

— Então... essa é a hora que eu pergunto se você quer sair comigo na próxima sexta ou...? — ele brincou, me fazendo rir.

— Se você me convidar, eu aceito.

— Quando a gente resolver isso tudo, eu juro que vou te convidar. E se você recusar, eu vou chorar — e eu ri novamente, dessa vez junto com ele. — E vou chorar muito!

— Você é hilário, Charlie!

— Que bom que te faço sorrir, cupcake.

Ele acariciou minha bochecha gentilmente com o polegar.

Pude aproveitar o toque dele por algum tempinho, antes de me dirigir às escadas para poder tomar um bom banho e colocar roupas limpas. O que era isso tudo que estava acontecendo? Eu não sabia dizer, mas eu estava amando cada segundo e sentia as borboletas em meu estômago ficarem cada vez mais inquietas.

𖹭 O CAPÍTULO NÃO SE ENCERRA AQUI, DESLIZE ATÉ ENCONTRAR O FIM DOS BANNERS E A CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA!

Assim que entramos na mansão, Enzo me conduziu para o sofá da sala, com sua mão firme e reconfortante em meu ombro. Sentei-me com cuidado, tentando ignorar a dor latejante no meu braço e o cansaço que ameaçava me dominar enquanto eu tirava o casaco sujo.

— Me deixa dar uma olhada, corázon — o latino disse, com sua voz mansa de sempre, mas com uma firmeza que não deixava espaço para protestos.

Ele se sentou ao meu lado, pegando o kit de primeiros socorros que ficava no andar de baixo. Seus olhos castanhos brilharam sob a luz suave que vinha da lareira da sala, focados nos meus ferimentos.

Ele começou a limpar o corte, removendo os estilhaços de vidro com uma pinça prateada.

— Me perdoe se doer — ele avisou, e eu assenti, mordendo o lábio enquanto ele trabalhava.

O toque dele era cuidadoso, quase carinhoso, e cada gesto parecia carregado de uma preocupação que me aquecia meu peito.

— Desculpe-me por não ter ficado o tempo todo lá atrás pra te proteger —  ele murmurou, concentrado em sua tarefa. — Eu precisei assumir o volante e...

Apesar da dor, um pequeno sorriso escapou dos meus lábios.

— Eu sei, Enzo. E você mandou super bem como piloto, pareceu até aqueles atores de filmes de ação.

Ele levantou os olhos e me deu um sorriso torto. Eu o deixei envergonhado?

— Não é pra tanto...

Enquanto ele terminava de limpar e desinfetar o corte, o silêncio entre nós era preenchido por uma tensão sutil, mas não desconfortável. Cada toque de seus dedos parecia despertar algo dentro de mim, algo que eu não queria admitir completamente, nem para mim mesma.

Quando ele terminou, colocou o último curativo e se afastou um pouco, ainda sentado ao meu lado.

— Pronto —  ele disse suavemente. — Isso deve manter você inteira, pelo menos por enquanto.

— Obrigada... — murmurei, sentindo meu rosto esquentar. Ele estava tão perto, e a expressão em seus olhos era tão intensa que meu coração começou a bater mais rápido que antes, esmurrando meu peito completamente.

Ele levantou a mão, hesitando por um segundo antes de acariciar suavemente meu rosto, seu polegar deslizou por minha bochecha, até chegar em meu lábio inferior.

Corázon... — ele começou, a voz um pouco rouca. — Eres tan hermosa...

Minhas bochechas queimaram, e eu apertei minhas coxas, uma contra a outra.

— E-Eu sou? — eu poderia não entender muito espanhol, mas entendi aquilo completamente, cada sílaba.

Ele estava olhando para meus lábios e murmurando algo como um "uhum", enquanto se aproximava mais e mais de minha face.

Enzo se inclinou um pouco mais perto, e eu nunca me senti tão ansiosa em toda a minha vida. Seus olhos estavam fixos nos meus, e eu podia sentir a conexão entre nós se intensificar. O latino de aproximou suavemente, e seus lábios encostaram nos meus timidamente, enquanto eu fechava meus olhos e me entregava àquilo.

Os lábios dele eram tão macios quanto eu esperava, e ele levou uma mão até minha cintura, me puxando para mais perto suavemente enquanto intensificava um pouco o beijo, movendo os lábios gentilmente e deslizando a língua sobre a minha. Eu me arrepiei naquela hora, principalmente pelo toque inesperado — porém muito bem vindo — em minha cintura.

O beijo foi consideravelmente rápido, acho que ele é o tipo de cara que tem medo de acabar indo rápido demais, mas foi o suficiente para ficar na minha cabeça o resto do dia. Quando ele se afastou, seus olhos brilhavam com uma mistura de surpresa e satisfação.

Disculpame... — ele sorriu fraco. — Não me contive, eu queria há algum tempo.

— Poderia ter feito antes, eu não iria negar.

Sorrimos um para o outro e aproveitamos nossa presença por mais alguns minutos, antes de eu finalmente subir para poder tomar um banho e tirar toda essa sujeira que a Garra do Diabo causou. Mas, acho que depois de receber um beijo do Enzo, eu estava me sentindo mais limpa e renovada do que nunca.

Após tomar um bom banho, pude vestir roupas limpas e estava me sentindo renovada e perfumada. Coloquei algum moletom quentinho que Hades havia deixado separado para mim e aproveitei para pentear meus cabelos antes de passar um bom perfume que a vampira havia comprado para mim na semana passada.

Cheguei no corredor, e pensei no que fazer agora. O ideal seria descansar, mas eu estava ansiosa demais para pensar em tirar um cochilo ou algo assim. O melhor deve ser procurar a Hades, o que ela pode estar fazendo?

Subi às escadas que levavam até o terceiro andar e pensei em qual cômodo eu deveria ir, mas como não cheguei a um consenso comigo mesma, decidi deixar que meus pés me guiassem, e rapidamente cheguei até sala de estar.

Era menor do que a sala do primeiro andar, com a paleta de cores sendo predominantemente verde, com vidraças escuras, uma pequena lareira, vários livros num canto da parede, e um sofá aveludado que parecia ser muito confortável.

— Hades! — eu a chamei. — Tá aqui?

De repente, vejo um morcego voando pela sala e quando chega perto do chão, se desfaz em névoa carmesim, formando a silhueta de uma mulher, para então revelar a vampira. Mas isso tudo foi tão rápido, que até parecia mentira. Cheguei a piscar meus olhos duas vezes para ter certeza do que eu tinha acabado de ver.

Fiquei boquiaberta e em completo silêncio.

— Não é pra me perguntar se eu fico pelada quando viro morcego — ela se sentou no sofá.

— Espera! Você fica? — aquilo me deixou curiosa.

— Olha, nem tudo na vida precisa de resposta, tá bom? — a vampira revirou os olhos. — Senta aí, pega um pouquinho.

Ela apontou para o centro da mesa e eu notei que havia algo doce que ela comia.

O QUE HADES TE OFERECEU PARA COMER COM ELA?

COMENTE SUA ESCOLHA NA LINHA ABAIXO:

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Eu me sentei com ela no sofá e peguei um pouco do doce. Fazia um bom tempo que eu não comia doces assim, e honestamente, senti uma certa falta.

— Fala logo, vai.

— Falar o que?

— O que você veio me falar. Tenho certeza que veio me contar alguma coisa — ela pegou um pouco do doce. — Meu sexto sentido vampiresco não falha.

— Você vai me julgar se eu disser que acho que estou apaixonada pelo...?

COMPLETE O DIÁLOGO:

[AARON]

[CHARLIE]

[ENZO]

COMENTE NA LINHA ABAIXO:

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Olha, eu conheço esses homens há anos. Mais de dez anos, inclusive — ela fez uma pequena pausa, antes de prosseguir. — E, entendo que eles são bem apaixonantes, sim. Então, não vou te julgar.

— Sério? Não vai me julgar?

— Não. A gente não escolhe por quem se apaixona, e você tá ficando apaixonada por um dos caras que eu mais confio, que eu confio cegamente, então eu posso te dizer que tá tudo bem — ela mordeu o doce de novo. — Além do mais, ele é o último cara do mundo que vai vacilar com você, pode acreditar.

— Eu fico feliz pelo seu apoio, acho que eu tava precisando disso — acabei sentindo um peso enorme sair de meus ombros após falar sobre isso com a vampira.

— Mas, a fofoca vai ser pela metade?

— Como assim?

— Ué, você fala que tá começando a se apaixonar, mas não fala o motivo? Ou quando percebeu isso? Pode falar, não vou te morder não.

Lembrei da forma como ela destruiu o pescoço do homem mais cedo, e um arrepio percorreu minha espinha só de lembrar do som dos ossos do pescoço dele quebrando com a força da mordida dela.

CONTE À HADES PORQUE SE APAIXONOU PELO SEU BOY:

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Hades estava ao meu lado em silêncio, me ouvindo atentamente, enquanto chegava a concordar sutilmente com a cabeça e continuava a me ouvir. No fim ela suspirou e disse:

— Que bom. Fico feliz por você — e pude ver seu sorriso com presinhas novamente.

— É tão estranho ver você assim... — acabei assumindo.

— Assim como? Gentil?

— É... paciente... olha só, você ouviu meu papinho bobo e não me julgou em momento nenhum. Ainda falou que está feliz por mim? Não parece a Hades que eu conheço.

— Bom, eu nunca fui um ser humano. Porém, eu tenho sentimentos. E eu sei valorizar as minhas amizades, tá bom?

Não sei dizer, mas estou me sentindo cada vez mais em casa, cada vez mais pertencente à esse lugar e à essas pessoas.

CONTINUA NO PRÓXIMO...

[...]

OI MEUS MORCEGUINHOS, CAP NOVO! GOSTARAM? ;)

Inclusive, pra quem escolheu ficar com o Aaron, vocês sabem desde o capítulo de instrução que ele é o dilf mais difícil, fechadão e misterioso, então as interações com ele são um pouco mais limitas. Mas eu garanto que quando eles pegarem vocês também ó ☝🏼 PREPAREM QUE O QUE É DE VOCÊS TÁ GUARDADO!

Fotinho da autora que é metida a querer ser personagem pra auxiliar na história 🦇

NÃO IRONICAMENTE, EU SOU A MÔNICA JOVEM LEK

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