⛧ 𝗾𝘂𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗼 𝗷𝗼𝗴𝗼
﹙┈─ 𝕮apítulo 05 ﹚︐ . . . ﹕女孩瓷
𝟐𝟎𝟎𝟓 ─ 𝗶n𝘁era𝘁𝗶v𝗼 › ┈─ 💀
𖹭 𝕱ique ciente que esse capítulo específico contém palavras de baixo calão, violência, e temas sugestivos.
OPA, PERGUNTINHA IMPORTANTE!
QUEM É SEU BOY?
A - Aaron.
B - Enzo.
C - Charlie.
RESPONDA A PERGUNTA NA LINHA ABAIXO PARA SABER COM QUEM VOCÊ PASSOU A NOITE:
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𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐄𝐈 devagar, a consciência retornando aos poucos enquanto sentia uma presença calorosa e protetora ao meu redor. Abri os olhos lentamente, piscando contra a luz suave que filtrava através das cortinas. Quando meu olhar se ajustou, percebi que estava deitada sobre um peito firme, o som rítmico de um batimento cardíaco ressoando em meus ouvidos.
O calor e a segurança que me envolviam eram inconfundíveis. Levantei a cabeça ligeiramente e encontrei o rosto sereno de Aaron, ainda adormecido. Minha memória começou a voltar, lembrando-me dos momentos intensos que havíamos compartilhado na noite passada. Ele insistiu para que eu dormisse no quarto dele, dizendo que eu estaria mais segura e tranquila ali — além de que eu poderia desfrutar do melhor travesseiro da casa.
Senti um calor subir às minhas bochechas ao perceber quão perto estávamos, e estávamos sem roupa também. Aaron era sempre tão forte e reservado, agora parecia vulnerável e incrivelmente humano enquanto dormia.
A mão dele descansava suavemente nas minhas costas, me segurando de uma forma que era ao mesmo tempo protetora e carinhosa.
Eu me movi um pouco, tentando não acordá-lo, mas ele murmurou algo inaudível e seus olhos se abriram lentamente. Um sorriso preguiçoso apareceu em seus lábios quando ele me viu, e eu pude desfrutar da pureza que morava naqueles olhos azuis-gelo.
— Bom dia, querida — ele murmurou, a voz ainda rouca de sono.
— Bom dia… — respondi, sentindo-me subitamente tímida. — Desculpa, não era minha intenção te acordar.
Ele balançou a cabeça, ainda sorrindo.
— Não se preocupe, eu tenho sono mesmo. Como você dormiu?
— Melhor do que nos últimos dias — admiti. — Estar aqui ajudou.
— Espero que o sexo tenha ajudado também.
Aquele sorriso malicioso no rosto dele era simplesmente impagável.
— Com certeza — admiti, escondendo meu rosto em seu peito nu.
Ele assentiu, o sorriso suavizando-se em algo mais terno.
— Fico feliz em ouvir isso. Você precisa descansar. Esses pesadelos, e esses cânticos que você precisa traduzir devem estar te deixando desgastada... eu quero que você se sinta segura.
— Eu me sinto segura… — confessei, com meu coração batendo um pouco mais rápido ao admitir isso. — Aqui com você.
Aaron não respondeu de imediato. Ele simplesmente me olhou com uma intensidade que fazia meu estômago revirar.
— Você sempre pode contar comigo — disse finalmente, e a sinceridade em sua voz fazia meu coração até mesmo errar as batidas.
Senti uma mão dele ir até minha cabeça, me fazendo cafuné.
Ficamos em silêncio por um momento, apenas aproveitando a presença um do outro.
Depois de um tempo fomos nos levantar, eu permaneci relutante em deixar o calor e a segurança dos braços dele. Levantei-me devagar, sentindo seus olhos em mim enquanto me movia.
Se todas as noites fossem como essa havia sido, eu nunca mais teria pesadelos em toda a minha vida.
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Acordei envolta em um calor confortável, mais aconchegante do que qualquer cobertor poderia proporcionar. Pisquei algumas vezes, ajustando-me à luz fraca que se infiltrava pelas cortinas. Percebi que estava na minha cama, mas não me lembrava de ter ido para lá. Quando me movi ligeiramente, senti um braço firme e protetor ao meu redor. Virei a cabeça e encontrei Enzo ali, com seus olhos fechados e sua expressão tranquila enquanto dormia.
Meu coração deu um salto ao perceber o quão perto estávamos. Ele devia ter me encontrado na biblioteca, adormecida entre os livros, e me trazido para cá. Um sorriso se formou nos meus lábios. Mesmo com seu jeito brincalhão e despreocupado, Enzo sempre demonstrava uma preocupação sincera comigo.
— Enzo? — murmurei, tentando acordá-lo suavemente.
Seus olhos se abriram lentamente, revelando aquele brilho caloroso que sempre me fazia sentir segura, junto às íris castanhas.
— Bom dia, corázon — ele disse, com a voz rouca de sono e um sorriso preguiçoso nos lábios.
— Bom dia. Você me trouxe para cá? — perguntei, embora a resposta fosse evidente
— Claro, você parecia tão exausta lá na biblioteca. Não podia deixar você dormir daquele jeito desconfortável. — ele sorriu, o tipo de sorriso que iluminava qualquer ambiente, mesmo nas manhãs mais cinzentas.
— Obrigada — sussurrei, sentindo minhas bochechas esquentarem. — Você é sempre tão atencioso.
Ele riu suavemente.
— Só sou atencioso porque me preocupo com você. Mais do que você imagina. — ele disse isso com uma sinceridade que fez meu coração bater mais rápido.
Fiquei ali, nos braços dele, sentindo uma segurança que há muito tempo não sentia. Havia uma conexão entre nós que se fortalecia a cada dia, e acordar nos braços de Enzo era uma prova disso.
Depois de alguns minutos de silêncio confortável, ele se moveu ligeiramente, ajeitando-se para se levantar. Eu sinceramente não me importo muito com o que vai vir a seguir, mas amo saber que tenho ele comigo.
𖹭 ROLE ATÉ ACHAR O FINAL DOS BANNERS E CONTINUAR A HISTÓRIA!
Acordei sentindo um calor aconchegante ao meu redor. Pisquei os olhos algumas vezes, ajustando-me à luz suave do amanhecer que se infiltra pelas cortinas. Percebi que estava na minha cama, mas não me lembrava de ter ido para lá. Movi-me ligeiramente e senti algo firme e reconfortante contra mim. Abri os olhos e olhei para cima, para minha surpresa, encontrei Charlie ali, com um braço protetor ao meu redor, seu peito subindo e descendo ritmicamente.
Ele estava em minha frente, me abraçando como um bicho de pelúcia, e eu estava com o rosto em seu peito.
Meu coração deu um salto. Ele devia ter me encontrado na biblioteca, adormecida entre os livros, e me levado para o quarto. Sorri, tocada pelo gesto. Ele sempre tinha esse jeito gentil e protetor; além de que era bem carinhoso.
— Charlie? — murmurei, ainda meio grogue.
Seus olhos se abriram lentamente, focando em mim com um brilho de ternura que fazia meu coração bater mais rápido.
— Bom dia, cupcake — ele disse suavemente, com a voz rouca de sono.
— Bom dia… foi você quem me trouxe pra cá ou eu vim parar aqui e esqueci?
— Fui eu que te trouxe. Você parecia tão cansada. Achei que merecia uma boa noite de sono. E nada melhor pra uma boa noite de sono do que a sua caminha, né? — ele sorriu, aquele sorriso fácil e encantador que sempre iluminava o ambiente.
— Acho fofo a forma como você se preocupa comigo.
— Todos nós nos preocupamos. Mas acho que... talvez eu me preocupe um pouco mais — ele disse isso com um brilho brincalhão nos olhos, mas também com uma sinceridade que me deixou sem palavras por um momento.
Fiquei ali, nos braços dele, sentindo-me segura e apreciada. Algo dentro de mim sabia que, apesar de todas as dificuldades e perigos que enfrentávamos, momentos como esse faziam tudo valer a pena. Havia uma conexão entre nós que crescia a cada dia, e acordar nos braços de Charlie era uma confirmação do meu ponto.
Eu não sei o que o futuro tem reservado para mim, mas quero estar no abraço desse loiro para sempre.
𖹭 A HISTÓRIA CONTINUA, LEIA O CAPÍTULO!
Optei por tomar um bom banho antes de descer para poder finalmente me alimentar.
Senti o cheiro delicioso de café recém-passado e bacon fritando. O aroma tentador parecia se espalhar por toda a casa, guiando-me diretamente para a cozinha. Desci as escadas, ainda sonolenta, mas ansiosa para ver quem estava por trás daquela magia matinal.
Quando cheguei à cozinha, encontrei Enzo e Charlie ocupados em diferentes partes do ambiente. Charlie estava diante do fogão, fritando bacon e ovos com uma habilidade que só alguém acostumado a cozinhar para uma família faminta poderia ter. O som crepitante do bacon na frigideira combinava com o aroma irresistível que se espalhava pelo ar, tornando impossível não salivar.
Enzo, por outro lado, estava debruçado sobre a bancada, cortando frutas frescas e preparando uma tigela colorida de salada de frutas. Suas mãos se moviam habilmente, e ele assobiava uma melodia alegre enquanto trabalhava. Ao notar minha presença, ele levantou os olhos e sorriu.
Aaron estava no canto, junto à cafeteira, vertendo café em várias xícaras. Ele olhou para mim e sorriu de forma suave, um pouco mais reservado que os outros, mas seu olhar transmitia uma calorosa acolhida.
— Quer um café?
— Sim, por favor — disse, aproximando-me dele.
O cheiro do café recém-passado era revigorante, prometendo um início de dia agradável — e isso era tudo o que eu precisava depois do que estava acontecendo. Peguei a xícara que ele me ofereceu, inalando o aroma antes de dar o primeiro gole.
Senti as notas de frutas vermelhas que tinham naquele café, e só pensei no quão caro aquilo deveria ser.
— A Hades ainda está dormindo? — perguntei, sentindo a falta dela na cozinha, já que na maioria das vezes era ela que ficava encarregada de fazer essas coisas na casa.
— Sim, ela está bem cansada desde que tudo isso começou — respondeu Enzo, lançando um olhar breve para Aaron, que apenas assentiu. — Vamos deixá-la descansar mais um pouco.
Sentindo-me parte dessa rotina acolhedora, comecei a ajudar, colocando as xícaras de café na mesa e organizando os itens que eles já haviam preparado. O cheiro de bacon, ovos, café e frutas frescas se misturava no ar, criando um ambiente aconchegante e reconfortante. Estar ali, cercada por pessoas que se importavam, fez com que a casa se sentisse ainda mais como um lar.
Tinha um bolo fresquinho na mesa, e eu não soube dizer quem havia feito, mas realmente estava uma delícia.
— O que temos planejado pra hoje, Capitão? — Charlie questionou.
— Vamos continuar com as traduções dos cânticos e receber o Muralha mais tarde — Aaron disse, com a expressão séria mas suave. — E daqui a pouco a gente tem que ir na igreja.
Terminamos de tomar nosso café falando sobre alguns assuntos aleatórios para que eu pudesse me sentir mais calma no meio de tudo isso. O que é praticamente impossível, já que o fim do mundo está chegando — e está mais rápido do que o esperado.
HORA DE SAIR, QUAL SUÉTER VOCÊ ESCOLHEU?
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Chegamos à igreja sob um céu nublado, o tipo de clima que faz a pele arrepiar. O edifício parecia mais incrível do que nunca, com suas pedras antigas refletindo a luz cinza do dia. Charlie, Enzo e o Aaron estavam comigo, cada um com uma expressão séria e focada. Passamos pelos portões de ferro e caminhamos pelo pátio em direção à entrada principal.
Ao abrir a porta da igreja, o cheiro familiar de incenso e velas acesas invadiu meus sentidos. O padre, com sua figura majestosa e olhar perscrutador, nos esperava junto ao altar. Ele estava no meio de uma oração, sua voz grave preenchendo o espaço sagrado.
— E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Amém.
— Amém! — dissemos juntos.
Quando terminou, ele se levantou e veio em nossa direção, com um sorriso tranquilo no rosto.
— Bem-vindos, meus filhos. Vieram aqui para pegar a arma da nossa querida S/N?
— Sim, viemos.
Ele acenou com a cabeça e nos conduziu aos fundos da igreja, onde estava aquele arsenal que ele havia nos levado da primeira vez.
Dentro, a sala estava cheia de armas de todos os tipos, mas pareciam novas. De quanto em quanto tempo ele repõe o estoque de tudo que tem aqui?
Rifles, pistolas, granadas e facas, todos dispostos em prateleiras e mesas de madeira. O padre foi até uma mesa específica e pegou um estojo preto, que ele abriu com cuidado.
OPA, AQUI VAI A DECISÃO!
Se lá no primeiro capítulo você escolheu uma arma branca, você ganhará uma espada. Se escolheu uma arma de fogo, ganhará uma glock modificada.
𖹭
— Está aqui — disse ele, tirando uma arma de dentro do estojo — É a arma que preparei para você, querida. É uma Glock 19 modificada, com um carregador estendido e um silenciador. Fiz alguns ajustes para melhorar a precisão e reduzir o recuo. Espero que sirva bem.
Peguei a arma com as mãos trêmulas, sentindo o peso familiar e ao mesmo tempo intimidante do metal frio. Olhei para o padre, tentando encontrar as palavras certas.
— Obrigada, padre. Ela é perfeita.
— E não se esqueça da munição — ele me entregou um estojo preto com várias caixas com balas.
Tive aulas de tiro com o Charlie durante esse tempo, e digo com certeza que sou capaz de manusear essa arma com precisão.
Dentro do estojo, havia uma espada magnífica.
A lâmina era de um metal prateado, com runas antigas gravadas ao longo de seu comprimento. O cabo era de madeira escura, envolto em couro para uma pegada firme, e adornado com detalhes em prata.
— Esta é a espada que preparei para você — disse o padre, entregando-me a arma com reverência. — Ela é feita de um metal especial, forjado com antigas bênçãos e encantamentos. As runas aumentam sua força e durabilidade, tornando-a uma arma formidável contra qualquer inimigo.
Peguei a espada, sentindo seu peso e equilíbrio. Era perfeita, e tinha sido feita para mim. Olhei para o padre, emocionada.
— Obrigada, padre. Ela é incrível.
Tive aulas de esgrima com o Capitão desde que ele soube qual arma eu havia escolhido na nossa ida à igreja.
Ele sorriu, satisfeito.
— Lembre-se, filha, uma arma é apenas uma extensão do guerreiro. A verdadeira força vem daqui.
E ele apontou para o próprio peito, simbolizando seu coração.
Assenti, absorvendo suas palavras. Enzo e Charlie me deram sorrisos de encorajamento, e o Capitão me olhou com aprovação. Senti um calor de determinação, mesmo que o medo ainda tentasse dar a volta por cima.
Saímos da sala de armas e voltamos para o santuário principal da igreja. O padre nos acompanhou até a porta, suas palavras de despedida ainda ressoando em meus ouvidos.
— Que o Espírito Santo esteja com vocês, e que suas mãos sejam firmes e certeiras!
Durante o caminho de volta para casa, Aaron estava dirigindo bem sério e focado na estrada, enquanto Charlie dizia que eu parecia uma guerreira saída de algum jogo, e Enzo brincava falando que mal podia esperar para poder lutar junto comigo.
Chegando em casa, o Capitão virou-se para mim com seu olhar sério de sempre e disse:
— Querida, poderia acordar a Hades, por favor? Ela precisou descansar hoje, mas daqui a pouco o Muralha vai chegar.
Franzi a testa, um pouco surpresa com o pedido.
— Eu? Por que Enzo não vai? — perguntei, olhando para os outros.
Charlie, que estava pendurando seu casaco ao lado da cama, soltou uma risada.
— Da última vez que Enzo tentou acordar ela, só ouvimos ela berrar de raiva e ele rolou escada abaixo, como num desenho animado.
A imagem de Enzo rolando escada abaixo me fez rir também.
— Vocês estão brincando, né?
— Não — disse o latino, com um sorriso sarcástico. — Eu levei dias para me recuperar daquele episódio. Prefiro lutar sem armas contra a Garra do Diabo do que acordar a Hades de novo.
Suspirei, resignada, mas com uma pontinha de humor.
— Tudo bem, vou lá.
Comecei a subir as escadas, sentindo meu coração acelerar a cada degrau. As paredes da mansão eram gigantes, decoradas com quadros antigos e tapeçarias pesadas. O silêncio do lugar, interrompido apenas pelo rangido dos meus passos nos degraus de madeira, fazia a tensão aumentar.
Chegando na porta do quarto de Hades, respirei fundo e bati de leve.
— Hades, sou eu, S/N. Está na hora de acordar — chamei com a voz mais suave possível. Esperei por uma resposta, mas tudo que ouvi foi silêncio.
Bati novamente, um pouco mais forte.
— Hades?
Ainda sem resposta, decidi abrir a porta devagar.
Ao abrir a porta pesada de carvalho esculpido, fui imediatamente envolvida por um ar de mistério e elegância sombria. O quarto é amplo, iluminado apenas pela luz tênue de castiçais espalhados estrategicamente ao longo das paredes de pedra, que dão um toque medieval ao ambiente, como se aquilo fizesse parte de um cenário de RPG.
No centro do chão, há um enorme tapete de urso negro, e sua pele luxuosa e sedosa estava contrastando com o frio das pedras ao redor. As patas do urso estão estendidas, e a cabeça, com olhos de vidro brilhantes, parece vigiar o quarto com uma presença inquietante. A cama, majestosa e de dossel, é feita de madeira escura e entalhada com detalhes intrincados. Cortinas de veludo vermelho profundo pendem dos quatro cantos, criando um refúgio acolhedor e secreto. Lençóis de cetim preto e almofadas de brocado dourado adicionam um toque de realeza ou algo assim, não há palavras que me façam descrever melhor esse cômodo da casa.
Um grande espelho de moldura barroca, enegrecida pelo tempo, ocupa um dos cantos, refletindo apenas a escuridão do quarto. Havia um quadro enorme, que era uma pintura de um homem pálido, de longos cabelos pretos e barba, junto a um olhar impetuoso e roupas belíssimas. Aos lados dele estavam uma jovem de cabelos pretos e vestido tom de púrpura — que era completamente similar à Hades —, e um jovem com roupas brancas e longos cabelos dourados.
Ao lado da cama, havia uma mesa de ébano com um abajur desligado, algum livro em cima e um cálice de prata com um líquido vermelho escuro que parecia até mesmo pulsar na luz daquelas velas. Na parede, havia uma estante, contendo uma coleção de livros antigos, com capas de couro desgastadas e títulos escritos em línguas esquecidas.
Na outra extremidade do quarto, uma lareira de pedra esculpida está acesa, lançando sombras dançantes pelas paredes. Acima dela, uma espada antiga está montada, reluzindo com um brilho ameaçador. Era a mesma katana que eu havia visto ela usar na noite em que me salvaram.
O ar está impregnado com o aroma de incenso de canela e cera derretida, misturado com um leve toque metálico.
A cama estava vazia? Fui me aproximando para ver se encontrava algum vestígio de onde ela poderia estar. Até que notei que na verdade a cama não estava vazia, havia um… morcego? Espera, era ela? Segurando um coelhinho cor de rosa?
Ela se mexeu ligeiramente, murmurando algo ininteligível. Cheguei um pouco mais perto, inclinando-me sobre a cama.
— Hades, por favor, acorde.
Seus olhos se abriram lentamente, brilhando no escuro do quarto. Acho que os morcegos são apenas cachorros com asas.
Por um momento, achei que ela fosse me atacar, mas então ela soltou um suspiro, e aquela névoa vermelha deslizou por seu corpo rapidamente, fazendo-a se materializar em sua forma original, usando uma camisola de seda carmesim, e se sentou, passando a mão pelos cabelos negros.
— Meu Deus. Por quanto tempo eu dormi?
Ela se espreguiçou.
— Bastante. Eu não sabia que vampiros dormem tanto assim.
— Na verdade, não. Precisamos de duas horas de sono diárias, mas desde que você chegou eu não dormi por um segundo sequer.
— Você é mais protetora do que parece, então — eu sorri para ela.
— Não, isso é coisa da sua cabeça — ela revirou os olhos e fez um gesto descontraído com a mão. — Mas obrigada por ter me acordado.
Enquanto Hades se preparava rapidamente, fiquei observando o quarto ao redor. Era decorado com uma elegância sombria, cheia de relíquias antigas e mobílias vitorianas. Um lugar que combinava perfeitamente com a personalidade dela, para falar a verdade.
A vampira se dirigiu ao banheiro do cômodo, e eu saí rapidamente, descendo às escadas e voltando para o andar de baixo, indo parar na sala de estar. O Capitão riu baixinho, balançando a cabeça negativamente e olhou para mim:
— E então, sobreviveu?
Balancei a cabeça, rindo.
— Sim, estou inteira.
— Acho que é só comigo que ela tem esse preconceito — Vogrincic reclamou.
— Não, ela odeia todo mundo igual — Charlie ponderou.
[...]
Estávamos todos na sala de jantar, terminando de organizar a mesa para o chá da tarde. Charlie estava cuidando das xícaras, enquanto Enzo se encarregava das torradas e alguns biscoitos amanteigados. Aaron estava verificando se tínhamos chá suficiente, movendo-se com a eficiência típica dele.
Hades, estava perto da janela, observando o jardim lá fora. Ela parecia tranquila, mas sabia que estava pensando em algo mais profundo. O dia estava claro, apesar de estar completamente nublado e a luz fraca penetrava pelas janelas, iluminando a sala com um brilho acolhedor.
O som de um carro se aproximando chamou nossa atenção. Enzo deu um sorriso maroto e disse:
— Seu cachorrinho chegou, Hades.
— Continua de gracinha pra ver se eu não abro a sua barriga com as mãos e te enforco com as suas tripas.
— Esse chá da tarde virou um enterro — o loiro brincou, ouvindo os dois “discutirem”.
— Aí, podem ir parando! Alguém tem que ir lá abrir os portões pro Muralha — Aaron apartou a briga.
— Eu vou! — Charlie saiu de perto da mesa e foi caminhando para poder sair de casa e ir até o jardim.
Passaram-se alguns minutos, e assim que a porta se abriu, Muralha entrou na sala. Ele era enorme, com uma presença que exigia respeito. Seus olhos estavam fixos em Hades, e ele carregava uma pasta transparente, que eu imediatamente reconheci como os cânticos traduzidos que ele havia citado na noite passada. Eram poucos, mas aquilo já seria extremamente útil.
— Minha rainha, trouxe os cânticos que eu havia dito que tinha em casa — disse ele, aproximando-se dela com um sorriso caloroso.
Ele segurava os papéis com uma reverência quase religiosa, como se fossem a coisa mais preciosa do mundo. Hades sorriu de volta, um sorriso que iluminou seu rosto de uma maneira que raramente víamos.
— Obrigada, Roman. Isso aqui vai ser muito útil.
Enzo, que estava colocando as últimas torradas na mesa, não conseguiu resistir e murmurou:
— Ele está mais apaixonado que um adolescente.
— Deixa o cara ser feliz, pô — Hunnam brincou com ele.
— Oi, pessoal! — ele acenou para nós, com aquela mão enorme.
— Oi, Roman — eu, Charlie, Enzo e Aaron acabamos falando juntos.
Eu tive que segurar um riso, e até Aaron deixou escapar um pequeno sorriso. Muralha, entretanto, parecia alheio a tudo, concentrado apenas na vampira.
Nos sentamos à mesa para o chá da tarde. Charlie serviu as xícaras, enquanto Hades sentava-se confortavelmente na cadeira, e Roman sentou ao lado dela, queria estar o mais próximo possível. Enquanto começávamos a nos servir, Hades olhou para os papéis que Muralha tinha trazido.
— Roman, como que você tem isso?
— Eu até diria que um verdadeiro vampiro não revela seus truques, mas quando minha rainha pergunta, é impossível não ser sincero — ele brincou. — Depois que teve aquela tragédia na base de pesquisas, eu e alguns outros vampiros fomos investigar pra ver se tinha alguma coisa a ver com a gente ou algo assim, e eu acabei encontrando isso.
Ele deu um gole do chá.
— Alguns estão até queimados nas pontas.
— Como é que estão as coisas na boate, Muralha? — o loiro aproveitou para perguntar.
Muralha desviou o olhar de Hades por um momento e respondeu:
— A boate está funcionando perfeitamente. Temos alguns novos informantes, o movimento tá bom e etc e tal.
O chá da tarde estava bastante animado. Havia uma atmosfera de “calmaria”, mesmo com a tensão subjacente devido às recentes revelações sobre o apocalipse e o papel que eu teria que desempenhar. Roman, não tirava os olhos dela, e a forma como a tratava era quase devocional. Era difícil não notar o quanto ele a admirava.
— Aí, Muralha — Enzo começou, com um sorriso travesso no rosto. — Quantos favores você acha que Hades já acumulou de você? Porque eu nunca vi alguém ser tão devoto.
Roman olhou para Enzo, um sorriso paciente em seus lábios.
— Você tem uma boa pergunta. Mas, não cobro favores da minha rainha.
— Não acha que tá demais? Esses beijinhos na ponta dos dedos e tudo mais? Hades nem gosta de contato físico.
Roman estreitou os olhos, ainda mantendo o tom leve.
— Calma, paraguaio — ele disse, sua voz firme mas ainda amigável. — Se ela ainda não quebrou a minha cara, acho que significa alguma coisa, né?
Hades, que estava observando a troca, soltou uma risadinha.
— Meninos, dá pra parar? — o Capitão falou. — A gente tá aqui pra resolver um problema, não ficar discutindo.
Eu não pude deixar de rir também. A dinâmica entre todos nós era sempre interessante, especialmente com personalidades tão fortes em jogo.
— Aí, gente. Ontem, antes de dormir, eu encontrei um cântico que dizia sobre a “chave” do fim do mundo.
— A chave é você — todos disseram.
Eu estava prestes a fazer uma revelação chocante, e todos já sabiam?
— Mas como… como que? — balbuciei algumas palavras.
— Não tá meio óbvio? Tipo, acidente na base de pesquisas, aí você passa 5 anos sendo um defunto e daqui a pouco pluft! Voltou a vida! — Charlie brincou.
— A Garra do Diabo quer você, e não é à toa — Aaron ponderou.
— E agora? O que eu faço? Isso tudo é tão…
— Estranho, eu sei. Mas relaxa, você dá conta do recado — Muralha me reconforta.
— Aí, gente, eu acho que o bolo tá pronto. Já volto! — Hades se retirou da mesa e foi andando até a cozinha.
Enquanto eu lia os cânticos e ouvia as discussões ao meu redor, um pensamento me veio à mente. A chave do apocalipse não era apenas um fardo, mas também uma oportunidade de mostrar o quanto podíamos realizar juntos. E isso, acima de tudo, me dava a força para seguir em frente.
Sem essas pessoas eu certamente estaria perdida.
— Aqui! Encontrei um cântico importante! — eu afirmei.
— Tem como ler pra gente, querida? Por favor — Aaron deu um gole do chá.
Comecei a ler:
No ventre da noite profunda,
Quando estrelas choram no firmamento,
A chave para o destino selado,
Repousa no coração ardente.
Oh, sangue de reis e rainhas,
Vermelho como a aurora do apocalipse,
Flua das veias da imortalidade,
Para forjar a lâmina do fim e renascimento.
Em prata líquida e sombras de ébano,
Nasce a faca da condenação,
Cortada no ferro do sacrifício,
Temperada no fogo da alma.
Para o portal sombrio fechar,
E a tempestade infernal deter,
A magia de sangue deve ser invocada,
Nas runas antigas, o destino marcado.
Oh, rainha das noites eternas,
Com teu sangue, a verdade sela,
Nas mãos do escolhido repousará,
A lâmina que o submundo calará.
Cante com o vento dos lamentos,
E com a lua de marfim,
A faca da última esperança,
No sangue encontra seu fim.
Oh, guardiões do equilíbrio,
Protejam o fio da mortalha,
Para que o mundo na luz ressurja,
Do abismo e da mortal falha.
Em sacrifício, o destino é traçado,
No sangue, a vida e a morte se encontram,
E o apocalipse será fechado,
Quando a lâmina no portal despontar.
Charlie franziu a testa, enquanto Enzo se inclinava para frente, mais interessado. Aaron, com sua expressão sempre séria, parecia estar processando a informação. E Roman mordeu uma torrada.
— O que isso significa?
— Que precisamos de magia de sangue — o vampiro de cabelos escuros afirmou.
— Magia de sangue? — essa era nova pra mim.
— É, e não é de qualquer um. Tem que ser do rei dos vampiros — Aaron respondeu.
— Drácula está indisponível no momento — disse Roman calmamente. — Ele se retirou da corte vampiresca há algum tempo.
— Então, o que fazemos? — eu perguntei, olhando para todos eles. — Se precisarmos do sangue dele para impedir o apocalipse, estamos em apuros.
— Não estamos não, ele tem herdeiros — Charlie deu um gole de chá. — No caso, a rainha.
— E quem é a rainha?
Nessa hora, Hades apareceu na porta, carregando o bolo que havia preparado, e todos que estavam na mesa, apontaram para ela.
— Aconteceu alguma coisa, gente? — ela voltou a se sentar na mesa.
Um choque percorreu meu corpo, fazendo meu coração disparar.
— Você? Mas... como?
Hades começou a fatiar o bolo e disse, com sua voz firme e serena.
— O Vlad é meu pai. E eu tenho um irmão mais novo também, o Alucard. Enfim, eu decidi não renunciar ao título, morro de medo que caia em mãos erradas.
Então eram eles naquela pintura que eu havia visto no quarto dela mais cedo?
O peso da revelação caiu sobre mim como um manto pesado. Eu nunca tinha imaginado que Hades fosse a rainha dos vampiros. Sempre imaginei que ela moraria num castelo e fosse super chique, não que fizesse parte de uma equipe que luta contra demônios e obedece ao Aaron. De repente, tudo fazia sentido — sua autoridade e sua força, talvez até mesmo sua riqueza. Mas a ideia de usar magia de sangue, especialmente envolvendo ela, era algo que me deixava profundamente inquieta.
— O que eu faço agora? Quer dizer, como funciona isso?
— É uma magia que só vampiros controlam, isso é algo exclusivamente nosso. O sangue é poderoso, é ele que flui pelas veias de todo mundo e mantém o coração batendo, por isso ele é tão especial assim.
— E a gente precisa fazer uma faca com ele.
— Uma faca que vai ser feita a partir do meu sangue — ela me serviu um pedaço do bolo, falando aquilo com uma naturalidade fora do normal.
COMO ERA O BOLO QUE VOCÊ COMEU?
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— Você foi escolhida, criaturinha adorável — disse Roman, olhando-me com uma expressão de reverência. — O destino tem um papel para você, e a gente tá aqui pra te ajudar, então relaxa que vai dar tudo certo.
— Eu... eu não sei o que dizer — murmurei, sentindo a pressão do destino sobre meus ombros, enquanto eu dava uma garfada no bolo, que estava macio.
Aaron colocou a mão no meu ombro, apertando-o gentilmente.
— Você vai conseguir, querida. Estamos aqui para te ajudar.
Vi todos na mesa afirmarem com a cabeça.
— Tudo bem. Vai dar tudo certo! — eu disse, esperançosa.
— Já deu tudo certo! — ela deu uma garfada generosa do bolo e antes de prosseguir. — Depois daqui eu faço a faca pra você, é vapt vupt!
Terminamos de tomar o chá e comer bolo, eu nem conseguia acreditar que estava à mesa com dois vampiros, um exorcista, um “demônio” e um bruxo, mas eles haviam se tornado minha família desde que eu magicamente ressurgi dos mortos. Apesar de eu estar extremamente ansiosa e nervosa por carregar o futuro do mundo nas mãos, sei que posso contar com eles e espero do fundo do meu coração que dê tudo certo.
Depois disso tudo, Roman se despediu de nós, mas não sem antes me mostrar apoio:
— Aí, fica tranquila que eu sei que você dá conta do recado — o mais alto olhou para mim, com aqueles olhos claros e exóticos. — E não se esqueça, a única coisa que eles temem é você.
Enquanto ele se despedia e se dirigia à porta, Enzo não resistiu e comentou:
— Lá vai nosso cavaleiro de armadura reluzente!
Ri baixinho, e Hades, com um olhar de falsa repreensão, disse:
— Vocês são terríveis.
Ouvi o carro dar partida e Muralha ir embora, enquanto o Capitão e Charlie trancavam os enormes portões novamente.
— Bom, já que você tá aqui, vamos lá! — a vampira pegou minha mão e saiu me guiando pela casa, até subirmos as escadas novamente e ela me levar para uma sala de feitiços.
Ficava localizada no terceiro andar, acessível apenas através de uma porta oculta na biblioteca, a sala é um verdadeiro santuário, eu não imaginava que fosse tão magnífica assim. No cômodo tinham várias tochas com chamas azuis dispostas nas paredes de pedra fria, além de um enorme candelabro no centro da sala.
O piso é de mármore negro polido, marcado com um complexo círculo mágico prateado, incrustado com pedras preciosa. Dentro dele havia um caldeirão escuro. Ao redor da sala, estantes de madeira escura estão repletas de livros antigos de feitiçaria, grimórios encadernados em couro e pergaminhos envelhecidos. Entre eles, frascos de vidro contendo ingredientes raros e exóticos: raízes secas, penas de criaturas místicas, poções de cores variadas, e pós brilhantes que parecem vivos.
Num dos cantos, uma mesa de trabalho está coberta com ferramentas de alquimia e objetos ritualísticos, como adagas de prata, cálices ornamentados, cristais energizados e velas negras e vermelhas. Em outro canto, há um altar de obsidiana decorado com símbolos de poder e estatuetas de deuses antigos. Velas pretas e tigelas de oferendas estão dispostas ao redor.
— Aquilo ali no altar é coisa do Enzo, esse bruxo sai largando as coisas em todo lugar! — ela foi até a mesinha, pegando uma adaga. — Fica aqui enquanto eu faço a faca, te juro que é rapidinho.
Enquanto Hades trabalhava na criação da faca, observando atentamente cada movimento dela, minha curiosidade tomou conta. As velas negras ao redor da sala de magia lançavam sombras dançantes nas paredes de pedra, criando uma atmosfera ao mesmo tempo sombria e fascinante. Ela pegava algumas coisas aqui e ali, e jogava no caldeirão, enquanto o fogo azul estava aceso e esquentava o conteúdo.
— Pergunta, vai — a vampira disse, e eu já sabia do que se tratava. Era como se ela conseguisse me “ler”.
— Como é ser filha do Drácula? — minha voz quebrou o silêncio da sala.
Hades parou por um momento, suas mãos ainda sobre o caldeirão onde misturava ingredientes para a faca. Ela me lançou um olhar rápido.
— Ah, ser filha do lendário Drácula, o grande conde, rei dos vampiros — ela disse, sarcasmo evidente na voz. — É tão glamouroso quanto parece.
Ela voltou sua atenção para o caldeirão, misturando com precisão enquanto continuava a falar.
— Minha mãe se chama Anastasia, ela foi a primeira esposa do meu pai, e depois veio a Lisa, que é mãe do Alucard — ela deu uma risada curta, quase amarga. — Papai, como posso dizer isso... não foi lá o melhor pai do mundo. Cometeu erros, muitos deles.
— Se não quiser falar, tudo bem…
— Não, não. Eu quero.
Enquanto Hades falava, suas mãos habilidosas trabalharam com destreza, manipulando a magia de sangue que escorria pela lâmina que ela estava forjando. O brilho da lâmina refletia o fogo das velas, e parecia que a própria escuridão estava sendo canalizada ali. O sangue saía de suas mãos e seus pulsos, escorrendo inúmeras vezes.
— Minha mãe se suicidou após um ataque otomano, e a Lisa foi morta pela inquisição. Eu e meu irmão éramos a triste lembrança que meu pai não conseguiu salvar nenhuma das duas.
— Ele tentou cuidar de vocês?
— Ele tentou, eu acho — Hades continuou, sua voz mais suave. — Mas ser um senhor dos vampiros e um pai dedicado são duas coisas que raramente combinam. Ele tinha suas prioridades, e eu e Alucard muitas vezes ficamos em segundo plano.
Hades fez uma pausa, sua expressão suavizando um pouco.
— Mas agora... agora ele está no Havaí. Acredite ou não, está imensamente mais feliz. Longe de problemas, curtindo a eternidade com surf e pôr do sol. — ela riu, uma risada genuína desta vez. — Quem diria, não é? O grande Drácula, aposentado e vivendo uma vida tranquila.
Eu sorri, imaginando a cena surreal de Drácula, o príncipe das trevas, com uma prancha de surf.
— Isso é... difícil de imaginar, mas bom para ele. — respondi. — Mas, vampiros não queimam no sol?
— Não. Isso é tudo ficção. Assim os humanos ficam mais tranquilos e acham que temos essas fraquezas.
— E o seu irmão?
— Alucard mora em Roma, e ele tá super feliz. Eu consigo aceitar a tarefa de cuidar de tudo, contanto que eles possam estar felizes.
Acho que esse é um belo sacrifício.
— Viu só? Acho que você é mais protetora do que parece! — lembrei do que disse mais cedo.
— Talvez — ela assumiu dessa vez.
Continuou fazendo a faca enquanto eu permanecia olhando, até ela estender a mão, pedindo para que eu pegasse. Eu a peguei.
— Desculpa, é por uma causa justa.
E assim ela furou meu dedo, fazendo com que algumas gotas do seu sangue caíssem na lâmina que estava quase ficando pronta.
— No fim das contas, vai dar uma lâmina foda, tá? Pode confiar em mim!
Enquanto Hades continuava a trabalhar na criação da faca, a curiosidade continuava a borbulhar dentro de mim. A história sobre Drácula e Alucard tinha sido fascinante, mas havia outra coisa que eu queria saber.
— Ah, eu tava esperando uma arma mais legal. Tipo sei lá, aquela sua katana.
Hades ergueu os olhos do caldeirão, seguindo meu olhar até mim. Um sorriso nostálgico se formou em seus lábios.
— Ah, a katana. — ela fez uma pausa, como se estivesse mergulhando em antigas memórias. — Foi um presente de um amigo muito especial, Yasuke. Ele foi o primeiro samurai negro do mundo. Nos conhecemos quando viajei ao Japão, há centenas de anos.
— Como ele era? — eu já tinha ouvido falar nessa figura histórica.
— Yasuke era um homem incrível. Forte, leal e era um negão desse tamanho — Hades voltou-se para mim, seus olhos brilhando com a lembrança enquanto ela esticava o braço para cima, tentando mostrar a altura do homem — Quando nos conhecemos, ele me ajudou bastante com o japonês na época, e tinha um sotaque africano forte.
Sei lá, era estranho conversar com ela e não ver aquele lado violento.
— Antes de eu voltar pra Romênia, ele me deu essa katana como um presente. — continuou, seu tom de voz mais suave. — Disse que era um símbolo de nossa amizade, e eu dei uma das jóias da minha família à ele. Desde então, essa espada tem sido uma das minhas posses mais preciosas.
— Quantas figuras históricas você já conheceu?
Eu ri, e ela riu junto.
— Algumas dezenas. — ela voltou para o caldeirão, retomando o trabalho na faca. — Essas são as coisas que nos moldam. As pessoas que encontramos, as experiências que vivemos e blá blá blá.
Enquanto Hades trabalhava, senti uma nova admiração por ela. Por trás de seu humor ácido e seu comportamento muitas vezes violento, havia uma história rica e cheia de profundidade. E, de alguma forma, eu me sentia grata por estar conhecendo essas camadas dela.
— Enfim, agora se liga nessa faca que vai impedir o apocalipse!
A faca é uma obra-prima. Sua lâmina é feita de um metal prateado cintilante, com runas antigas e intrincadas gravadas ao longo do fio, emanando um brilho suave, e o cabo é de obsidiana polida, adornado com pequenos rubis que parecem pulsar com uma luz própria.
— Mas me diz como, exatamente, eu vou conseguir impedir o fim do mundo com isso?
— Você vai cortar a palma da sua mão dominante com a faca, e manchar a primeira e a última página do livro, aí você começa a dizer frases de afirmação como “somente eu posso ler”, “somente eu posso destrancar” e coisas assim. Aí você joga o livro no portal, e o resto é história!
— Por que você fala isso como se fosse tão fácil?
— Na hora vai ser fácil, você vai ver! Eu e os meninos vamos estar estraçalhando uns demônios enquanto você vai lá e bota pra foder!
Depois de pegar a faca e conversar com a vampira na sala de poções, eu precisava continuar com minha mente bem distraída de tudo o que estava acontecendo, então fui para:
OPA, MOMENTO DE ESCOLHA!
A - SALA DE PISCINA; encontrará Charlie.
B - SEGUNDO ANDAR; encontrará Aaron.
C - BIBLIOTECA; encontrará Enzo.
Eu precisava de uma pausa, de um momento longe de toda a tensão e responsabilidade que pairavam sobre nós. Com a mente ainda fervilhando de informações sobre ser a chave, apocalipse e magia de sangue, me dirigi à sala de piscina no terceiro andar da mansão. Era um lugar que sempre achei calmante, com o som suave da água e a luz difusa refletida nas paredes.
Ao abrir a porta, fui recebida pelo calor úmido do ambiente e pelo som reconfortante da água. No canto, perto da borda da piscina, vi Charlie. Ele estava sentado, de costas para mim, com os pés mergulhados na água. O brilho suave das luzes da piscina criava sombras dançantes ao seu redor, dando um ar quase mágico à tudo aquilo.
— Charlie? — chamei suavemente, fechando a porta atrás de mim.
Ele se virou e um sorriso caloroso iluminou seu rosto.
— Cupcake, que surpresa boa. — ele fez um gesto para que eu me aproximasse. — Vem cá.
Me aproximei e sentei ao lado dele, deixando meus pés tocarem a água morna. O contato imediato com a água me trouxe um pouco de alívio.
— Eu precisava pensar um pouco, sabe? — confessei, olhando para o reflexo das luzes na superfície da piscina. — É muita coisa para processar.
Charlie assentiu; sua expressão ficando mais séria.
— Eu sei. Está tudo muito intenso. Mas você está lidando com isso muito bem, sabia? — ele colocou a mão sobre a minha, seu toque reconfortante e firme. — Se precisar de um tempo para se distrair, estou aqui.
Sorri para ele, apreciando o conforto que sua presença trazia.
— Obrigada, Charlie. Só de estar aqui com você já ajuda.
Ele riu suavemente, dando um leve aperto na minha mão.
— Sabe, eu estava pensando... — disse ele, mudando o tom para algo mais leve. — Talvez devêssemos ter mais momentos assim. Nem que seja só para sentar e olhar a água. Ou fazer alguma outra coisa mais divertida.
— Parece uma boa ideia — concordei, sentindo-me um pouco mais leve. — Depois disso tudo, parece que o mundo inteiro tá nas minhas costas.
Charlie me puxou para mais perto, colocando um braço ao redor dos meus ombros. Me inclinei contra ele, sentindo o calor e a segurança de seu abraço.
— Você não está sozinha nisso, você sabe — ele falou suavemente, acariciando meus cabelos. — Nós estamos todos juntos nessa. E eu estou aqui para você, sempre que precisar.
Fechei os olhos, deixando suas palavras me acalmarem. O som da água e o carinho de Charlie começaram a dissipar a ansiedade que me atormentava.
— Você é incrível, sabia? — murmurei, sentindo-me grata por tê-lo ao meu lado.
— E você é ainda mais incrível — respondeu ele, inclinando-se para beijar meus lábios rapidamente. — Agora, que tal apenas relaxar um pouco?
— Como que…?
Num movimento rápido, Charlie pulou na piscina e me puxou com ele, sem nem me dar conta, eu senti as pequenas bolhas de H2O beijando minha pele e rolando contra meu cabelo, me trazendo de volta à superfície, enquanto ele me segurava como uma noiva.
— Charlie! — reclamei, não pelo que aconteceu, mas pela forma que aconteceu.
— Eu tô vendo esse sorriso aí! — ele riu.
— Você é o loiro mais idiota que existe, sabia? — brinquei.
— Ah, eu sei. Agora que tal você continuar aqui com o seu loiro idiota, enquanto você e ele fazem planos pro futuro. Tipo, o que vamos fazer quando isso acabar? Para onde vou te levar quando sairmos?
Assenti, sentindo-me mais tranquila.
— Planos pro futuro parecem uma boa ideia.
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Ainda havia uma inquietação persistente que eu não conseguia ignorar. Decidi descer para o segundo andar, talvez uma caminhada pelos corredores tranquilos da mansão me ajudasse a clarear a mente. Enquanto desci as escadas, ouvi passos firmes no corredor e logo avistei o Capitão, seu semblante sério como sempre, mas havia algo diferente em seus olhos, algo que eu não conseguia decifrar.
— Querida — ele disse, ao me ver. — Está tudo bem?
Havia uma preocupação genuína em sua voz, algo que aquecia meu coração. Balancei a cabeça, tentando sorrir.
— Mais ou menos. Só precisava de um pouco de ar.
Ele se aproximou, a expressão séria suavizando um pouco.
— Sei que tudo isso está sendo difícil para você. Está sendo difícil para todos nós, na verdade.
Assenti, e por um momento ficamos em silêncio, apenas olhando um para o outro. Aaron tinha uma presença forte, mas ali, naquele momento, parecia mais humano, mais vulnerável.
— Aaron — comecei, minha voz tremendo ligeiramente. — Como você consegue ser tão forte o tempo todo?
Ele soltou um suspiro, passando a mão pelo cabelo.
— Não sou tão forte quanto pareço. Eu também sinto medo, preocupação... e outras coisas que nem sempre deixo transparecer.
Havia uma honestidade crua em suas palavras que me tocou profundamente.
— Eu sei que carrego uma grande responsabilidade — continuou ele. — Mas às vezes, a pressão é demais. E é difícil quando sinto que não posso proteger todos que me são importantes.
Dei um passo à frente, sentindo uma onda de coragem.
Ele me olhou, e pela primeira vez, vi algo mais suave em seu olhar. Algo que me fez querer abraçá-lo e nunca mais soltá-lo.
— Querida — ele disse suavemente, sua voz quase um sussurro. — Há algo que preciso te dizer.
Meu coração começou a bater mais rápido enquanto ele se aproximava ainda mais. Eu podia sentir seu calor, sua presença, tão forte e reconfortante.
— Quando tudo isso acabar... — ele parou, como se lutasse para encontrar as palavras certas. — Quando tudo isso acabar, eu quero passar mais tempo com você. Quero dizer, você… quer viajar comigo?
Eu fiz menção a responder algo, mas ele se dispôs a falar por cima.
— N-Não precisa responder agora se precisar de tempo pra pensar! — foi a primeira vez que eu o ouvi gaguejar. — Eu tinha uma viagem marcada pra Colômbia antes disso tudo, porque eu sei que pode não parecer, mas eu amo praia. E… tenho essa viagem marcada à 5 anos, eu ia sozinho, mas agora parece que encontrei uma companhia. Eu gosto muito de você.
— Aceito se você estiver hablando bem espanhol — brinquei, fazendo-o corar levemente.
— O Enzo me ensinou bastante.
Meu coração ainda estava dando saltos. Ele estava confessando seus sentimentos? O Capitão Aaron, sempre tão forte e inabalável, estava se abrindo para mim de uma maneira que eu nunca imaginei.
— Eu quero muito! Eu também gosto muito…
Antes que pudesse terminar a frase, ele inclinou-se e me beijou. Foi um beijo suave, mas cheio de emoção, como se ele estivesse derramando todos os seus sentimentos naquele momento. Respondi ao beijo, sentindo uma onda de felicidade e alívio.
Passei meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para mais perto enquanto sentia o calor de seus lábios e sua língua deslizar pela minha. Quando nos separamos, ele me olhou nos olhos, com sua expressão vulnerável e sincera.
— Eu me importo muito com você, querida. Mais do que com qualquer outra pessoa. E quero que você saiba disso.
Minhas bochechas estavam quentes, e meu coração batia descontroladamente, mas me senti feliz, verdadeiramente feliz.
— Eu também me importo muito com você, Aaron — sussurrei, segurando sua mão.
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O peso do dia estava me esmagando, e eu precisava de um refúgio. Com o coração acelerado e a mente repleta de pensamentos, me dirigi à biblioteca no terceiro andar da mansão. Era um lugar onde eu sempre encontrava conforto entre as estantes repletas de livros antigos e o cheiro acolhedor de papel envelhecido.
Empurrei a porta de madeira pesada e entrei na biblioteca. As luzes suaves criavam uma atmosfera serena, e o silêncio era apenas quebrado pelo som ocasional de páginas sendo viradas. Enzo estava lá, como eu esperava. Sentado em um dos sofás de couro, ele estava imerso em um livro, a expressão concentrada e tranquila.
Quando ele me ouviu entrar, levantou os olhos e sorriu. Aquele sorriso que sempre fazia meu coração bater um pouco mais rápido.
— Corázon, que bom te ver aqui — disse ele, fechando o livro e se levantando para me receber. — Vem cá, senta comigo.
Me aproximei e sentei ao seu lado no sofá, tentando absorver a calma que ele emanava.
— Eu precisava de um tempo para mim — confessei, olhando para as fileiras intermináveis de livros ao nosso redor. — Tudo está acontecendo tão rápido, e eu me sinto sobrecarregada.
Enzo assentiu, com sua expressão compreensiva e carinhosa.
— Eu entendo. Todos nós estamos sentindo a pressão — ele colocou uma mão sobre a minha, o toque gentil e reconfortante. — Mas você é forte. Vai conseguir passar por isso.
Sorri levemente, apreciando seu apoio.
— Obrigada. Você sempre sabe o que dizer para me acalmar.
Ele riu suavemente e olhou para o livro que estava lendo antes de eu entrar.
— Sabe, eu estava lendo algo interessante antes de você chegar — disse ele, com um brilho travesso nos olhos. — É um romance antigo, cheio de palavras bonitas. E me lembrei de uma passagem que me fez pensar em você.
Levantei uma sobrancelha, curiosa.
— Ah é? E qual seria?
Enzo pegou o livro e procurou a página específica, seus dedos deslizando pelas páginas com familiaridade. Finalmente, encontrou o que procurava e começou a ler em voz alta.
— "Ela tinha a beleza de uma aurora, trazendo luz e esperança aos corações daqueles que a contemplavam."
Ele fechou o livro e olhou para mim, seus olhos brilhando com ternura.
— Acho que se encaixa perfeitamente em você, corázon. Sua força e coragem são notáveis, e sua beleza... bem, é inegável.
Senti meu rosto esquentar e olhei para baixo, envergonhada, mas feliz.
— Você sabe como me deixar sem graça, né.
Ele riu e colocou um braço ao redor dos meus ombros, me puxando para mais perto.
— Só estou dizendo a verdade. E estou aqui para te lembrar disso, sempre que precisar.
Nos aninhamos no sofá, o calor de seu corpo ao lado do meu me trazendo conforto.
Sem pensar duas vezes, selei meus lábios com o dele rapidamente, como se eu quisesse lembrar a ele o quão importante ele era para mim.
— Por favor, me fala que eu nunca vou perder você…
— Nunca me perderás, corazón…
𖹭 O CAPÍTULO NÃO SE ENCERRA AQUI, CONTINUE NA HISTÓRIA!
Quando a noite caiu, a casa mergulhou em um silêncio quase absoluto, quebrado apenas por um som distante e melancólico. O som de um órgão tocando "Toccata and Fugue in D Minor BWV 565" de Johann Sebastian Bach ecoava pelos corredores da mansão, preenchendo o ar com uma melodia fúnebre e hipnotizante. A música me atraía, como se fosse um chamado, e eu segui o som até o terceiro andar, onde ficava a sala de música.
Empurrei a porta pesada com cuidado, tentando não fazer barulho. A visão que me recebeu foi impressionante: Hades estava sentada ao órgão, suas mãos ágeis e habilidosas dançando sobre as teclas com uma maestria que parecia sobrenatural. A sala estava iluminada apenas pela luz suave dos candelabros e castiçais, lançando sombras dramáticas sobre o rosto dela enquanto ela tocava.
Fiquei na entrada por alguns momentos, apenas observando. Hades parecia completamente imersa na música, seus olhos fechados e sua expressão concentrada. Cada nota que ela tocava parecia carregar um peso emocional, uma história não contada. Finalmente, incapaz de resistir, entrei na sala e sentei-me ao lado dela no banco do órgão.
A música já havia acabado, mas era um som famoso. Para mim é impossível que as pessoas não conheçam essa melodia.
Ela abriu os olhos e me olhou de soslaio, um leve sorriso curvando seus lábios.
— Não consegui resistir — confessei. — A música... é linda.
— É uma peça que toca a alma — respondeu ela, suavemente.
— Sabe, toda vez que eu penso em vampiros, essa música vem na cabeça.
— Nós gostamos muito dela.
Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas ouvindo as últimas notas da melodia morrerem no ar. Finalmente, eu quebrei o silêncio.
— Hades, o que você acha que vai acontecer daqui para frente? Com tudo isso... — fiz um gesto vago, tentando englobar todos os eventos recentes, a Garra do Diabo, os cânticos, a chave do apocalipse.
Hades suspirou, seus olhos escuros parecendo ver além das paredes da mansão.
— Difícil dizer. O futuro é sempre incerto, especialmente quando se lida com forças tão poderosas.
Eu assenti, absorvendo suas palavras.
— Às vezes, parece que estamos vivendo um livro, sabe? — comentei, tentando trazer um pouco de leveza à conversa. — Como se tudo isso fosse parte de uma história toda roteirizada, com heróis, vilões e desafios aqui e ali.
Hades riu suavemente, um som raro e surpreendentemente caloroso.
— E se for assim, gatona, é bom que sejamos os protagonistas mais determinados que esse livro já viu.
Eu sorri, sentindo-me um pouco mais leve. A vampira tinha essa habilidade de transformar até mesmo os momentos mais sombrios em algo que parecia manejável.
— Tá, se isso é um livro como você disse, você tem alguma ideia do que vai acontecer? Um palpite? — ela se virou para mim, sentando-se de forma mais confortável no banco estofado. — Já escolheu com quem você vai terminar essa história?
— Com o…
[ENZO]
[AARON]
[CHARLIE]
COMPLETE A FRASE NA LINHA ABAIXO:
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— É uma boa escolha, vocês formam um casal bem bonito.
— Sério?
— Claro, né, porra. Eu percebo as coisas.
Eu ri.
— Acredita que tudo vai dar certo? — eu questionei à morena.
Hades virou-se para mim, seus olhos encontrando os meus com uma intensidade que me fez prender a respiração.
— Acreditar, gatona, é o primeiro passo para conseguir. Sabia?
Seus olhos se suavizaram, e ela pousou uma mão reconfortante no meu ombro.
— Eu não tinha tanta esperança nisso, mas já que você diz, faz todo sentido.
— E, como você espera que essa história termine? Digo, o que você espera que aconteça depois da gente impedir o fim dos tempos?
CONTE À HADES SUAS EXPECTATIVAS PARA O FINAL DE TUDO ISSO, O DESFECHO QUE VOCÊ ESPERA, COMENTE NA LINHA ABAIXO:
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— Você sonha alto, sabia? — ela brincou.
— Foi mal — me envergonhei um pouco da minha resposta.
— Não foi uma reclamação.
Sentindo-me um pouco mais tranquila, permaneci ao lado dela, ouvindo o eco da música ainda ressoando na minha mente, como um lembrete de que, mesmo nas trevas, haviam chances, expectativas e acima de tudo esperança.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO…
[...]
POIS É MORCEGUINHOS, O PRÓXIMO CAPÍTULO É O ÚLTIMO, COMO EU FAÇO PRA TANKAAAAAAAR????? 🗣️🗣️🗣️
CURIOSIDADE: sabiam que a "Inferno" é uma boate completamente original minha? Ela está presente em vários imagines meus, desde o meu livro de rockstars e vai sempre mudando de dono e se adequando aos capítulos.
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