🔮 𝗺ad𝘀 𝗺𝗶𝗸kel𝘀𝗲n 𑊁
𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: o rei do dark paradise tá de volta depois de ter tirado umas férias — e eu também né porra — pra quem não sabe, o mads é realmente o rei daqui, ele é o que mais tem imagines, e tá sempre na capa, não importa quantas vezes eu troque, ele sempre tá lá!! inclusive, leiam as notas no final do capítulo ou a mensagem que eu deixei no meu mural <3.
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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄: Mads estava tendo uma vida confusa e corrida agora que havia se divorciado, e por isso aceitou o convite de seu amigo de longa data com o propósito de aproveitar o feriado com a família dele num rancho no Arizona. O plano do dinamarquês era espairecer as ideias e relaxar a mente, porém algo o distanciaria de seu propósito de um jeito surreal: você.
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໋✮𝅄 Ⳋ original ⊹ ໋◝ ♡
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໋✮𝅄 Ⳋ contém palavras de baixo calão, age gap, uso de drogas lícitas (cigarro e álcool), sexo explícito, sexo sem camisinha, sexo oral (fem!receiving), praising kink, whimpering, touch starving, mordidas ⊹ ໋◝ ♡
⁽⁸⁸⁸¹ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ⁾
𝐄𝐑𝐀 𝐔𝐌𝐀 𝐓𝐀𝐑𝐃𝐄 morna de primavera, e o silêncio na casa de Mads era quebrado apenas pelo som de uma torneira pingando na cozinha. Ele estava recostado na poltrona da sala, com um copo de uísque pela metade ao lado, encarando o teto como se fosse a coisa mais interessante do mundo. A luz dourada do sol atravessava as cortinas semiabertas, criando padrões dançantes nas paredes.
O telefone tocou, trazendo um rompante inesperado à monotonia do momento. Ele suspirou, esticando-se para pegar o aparelho que estava na mesa de centro.
— Alô? — respondeu, com sua voz rouca, carregada de uma calma quase tediosa.
— Mads! Finalmente! Achei que você tinha fugido para o Alasca ou algo assim — veio a voz animada do outro lado da linha. Era Paul, um amigo de longa data, com quem ele tinha compartilhado mais histórias embaraçosas e memórias constrangedoras do que poderia contar.
Mads soltou um leve riso pelo nariz.
— Se eu fosse pro Alasca, pelo menos teria a desculpa do isolamento total. O que você quer, Paul?
— Que recepção calorosa... ouvi dizer que você tá mais rabugento depois do divórcio, mas achei que era exagero — respondeu Paul, com aquele tom brincalhão que só amigos antigos conseguem usar sem medo de ofender.
Mikkelsen se acomodou melhor na poltrona, levando o copo de uísque aos lábios.
— Não é rabugice. É paz. Mas diga, o que foi?
— Só queria saber como você tá, de verdade. Não vou perguntar sobre a ex, prometo. Não preciso de um sermão de meia hora vindo de você agora. — Paul riu, e o dinamarquês não conseguiu evitar um sorriso.
— Tô... sobrevivendo. A casa tá em silêncio. Até comecei a gostar — ele olhou ao redor, os olhos vagando pelas paredes vazias. — Acho que isso é um sinal de que tô ficando velho.
— Sempre achei que você nasceu com sessenta anos na alma, então tá tudo certo. Escuta, tem feriado chegando, e a família tá insistindo pra eu levar gente pro rancho. O que você acha? Sol, churrasco, talvez um cavalo te jogando no chão... parece divertido, não parece?
Mads arqueou uma sobrancelha, quase sentindo o sorriso provocador de Paul do outro lado da linha.
— Eu e cavalos temos um acordo tácito de não nos aproximarmos.
— Isso soa como medo, meu amigo. Medo e covardia — Paul provocou, mas logo suavizou o tom. — Falando sério, vai ser bom pra você. As crianças perguntaram de você outro dia. Acham que você é tipo o cowboy misterioso do velho oeste. Dá um pulo aqui no Arizona, passa uns dias. A gente bebe, faz umas besteiras, conversa sobre os bons e velhos tempos.
Mads inclinou a cabeça para trás, encarando novamente o teto enquanto ponderava a oferta. A ideia de passar o feriado longe de sua casa vazia era tentadora, mas o pensamento de se socializar o fazia hesitar.
— Promete que não vai me fazer andar de cavalo? — perguntou, finalmente, com um tom meio resignado.
— Prometo. Mas não posso garantir que minha esposa não vai te forçar a comer torta de cereja com creme.
— Já sobrevivi a piores — Mads riu baixo. — Tá bem, Paul. Vou pensar.
— Pensar nada. Vou te mandar o endereço, e espero te ver aqui na sexta. Vou colocar seu nome na porta.
Antes que Mads pudesse protestar, Paul desligou, deixando-o com o telefone na mão e um leve sorriso no rosto. Ele colocou o aparelho de volta na mesa, encarando o copo de uísque. Talvez a ideia de um feriado longe não fosse tão ruim assim.
Afinal, silêncio demais podia ser sufocante, até para alguém como ele.
[...]
O rancho de Paul era um espetáculo à parte, como algo saído de um cartão postal do Arizona. Cercado por colinas douradas e vegetação esparsa, o local exalava uma tranquilidade rústica que contrastava com o céu amplo e imensamente azul. Havia uma cerca branca cercando a propriedade, onde um estábulo bem cuidado abrigava meia dúzia de cavalos, todos relinchando preguiçosamente sob o sol da tarde. Um lago cristalino brilhava à distância, com patos deslizando suavemente pela superfície. Ao lado da casa principal, um grande terraço dava para uma piscina cercada de cadeiras de madeira e um churrasco a lenha que já exalava o aroma tentador de carne grelhada.
A casa em si era uma construção de dois andares feita de madeira envelhecida, com janelas amplas que deixavam entrar a luz do sol. Flores selvagens cresciam desordenadas ao longo do caminho de pedras que levava à porta, e uma velha cadeira de balanço descansava no alpendre, como se esperasse alguém para ocupá-la.
Mads desceu do Uber na entrada e respirou fundo. O ar era seco, mas havia algo de refrescante naquele cheiro de natureza misturado com madeira e terra. Ele não teve muito tempo para contemplar. A porta da frente se abriu e Paul saiu, acenando como se estivesse tentando chamar um velho amigo que tivesse se perdido no meio do deserto.
— Olha só quem resolveu aparecer! — ele gritou, caminhando em passos largos e cheios de entusiasmo. — Achei que fosse desistir no último minuto.
— Quase desisti. — Mads desceu do carro e olhou ao redor, erguendo uma sobrancelha em aprovação. — Lugar bonito. Meio... excessivo, mas bonito.
— Bem-vindo ao paraíso, amigo — Paul deu-lhe um forte tapa nas costas antes de puxá-lo para um abraço. — Vamos, todo mundo está lá atrás. Não te prometo que as crianças vão te dar descanso.
Conduzido por Paul, Mads seguiu pelo caminho de pedras até o quintal. Lá estavam algumas mesas montadas com toalhas quadriculadas, onde crianças brincavam de correr ao redor dos adultos que conversavam e bebiam cerveja. O filho mais novo de Paul, um garoto magro e bronzeado que acabara de completar 12 anos, foi o primeiro a avistá-lo.
— Tio Mads! — Luke gritou, correndo em sua direção. Ele quase esbarrou no homem, abraçando-o desajeitadamente.
— Parece que você cresceu — Mads bagunçou os cabelos do garoto com um leve sorriso. — O que eles estão te dando para comer aqui, hein?
— Tortas. Muitas tortas — o menino deu um sorriso travesso antes de sair correndo novamente para juntar-se aos outros.
Mads observou a cena por um momento, deixando o peso da viagem dissipar-se. Era reconfortante, quase nostálgico, estar cercado de pessoas despreocupadas. No entanto, algo chamou sua atenção. Ele olhou ao redor, notando a ausência de alguém.
— E sua filha? — perguntou casualmente, enquanto Paul o guiava para uma cerveja no cooler ao lado da piscina. — Não vi ela por aí.
Paul parou por um momento, pegando uma garrafa para Mads e entregando-lhe.
— Ah, a minha princesinha? Está descansando, logo mais ela sai da caverna. Passou uns anos fora, fez intercâmbio na Irlanda. Tá com 22 agora.
A garrafa parou a caminho dos lábios de Mads. Ele arqueou as sobrancelhas, surpreso.
— Vinte e dois? — ele soltou um riso curto e incrédulo. — Ela tinha, o quê... doze, na última vez que a vi?
— É, o tempo passa rápido, não é? — Paul sorriu, mas havia algo de cúmplice em seu tom. — Espera só até você vê-la. Aposto que vai se sentir com o dobro da idade.
Como se o destino tivesse planejado o momento, uma figura surgiu no terraço ao longe: você.
Uma belíssima jovem adulta, com as bochechas coradas, ar sadio, cabelos macios e usava um vestido floral leve que balançava com a brisa. Carregava um livro de capa dura debaixo do braço e parecia perdida em pensamentos enquanto caminhava em direção à mesa onde o restante da família estava.
Mads observou em silêncio, tentando reconciliar a memória que tinha dela como uma garota tímida com a mulher confiante que via agora. Ele soltou uma risada seca, mais para si mesmo do que para Paul.
— Acho que estou ficando velho mesmo.
Paul deu uma risada alta, batendo no ombro de Mads.
— Bem-vindo ao clube, meu amigo. Agora, um brinde aos dinossauros?
O amigo ofereceu garrafa gelada de cerveja num brinde, e o dinamarquês levou a sua de encontro ao brinde.
— Um brinde aos dinossauros.
[...]
Você estava na varanda, apoiada de leve na mureta de madeira enquanto sua mãe e a tia discutiam sobre alguma fofoca de família que ela mal ouvia. Seus olhos estavam fixos em outra coisa — ou melhor, em outra pessoa.
Mads estava junto a Paul perto da churrasqueira, uma garrafa de cerveja em uma mão e a outra gesticulando de forma casual enquanto falava. Sua postura descontraída, o jeito que ele ria baixo, quase reservado, e aquele ar enigmático que sempre o acompanhava... sentiu o coração acelerar de leve, como se tivesse sido pega desprevenida. Ele parecia diferente agora, mais... intenso.
Talvez fosse o tempo, talvez fosse o charme que ele carregava sem esforço. De qualquer forma, você não conseguia desviar o olhar.
"Puta merda, ele tá ainda mais lindo" — pensou, sentindo o rosto esquentar. Tentou disfarçar olhando para o lado, mas seus olhos teimaram em voltar para ele.
— Filha, querida, você está prestando atenção? — a voz de sua mãe a trouxe de volta à realidade.
Você piscou rápido, tentando se recompor.
— Hã? Sim, claro. Sobre... o quê?
Sua mãe riu, entregando um prato para a tia.
— Sobre onde deveríamos passar o Natal. Em Nova Iorque ou no Texas com a vovó. Mas acho que você está meio distraída — havia um tom de brincadeira na voz dela, mas nada que sugerisse que tivesse percebido a verdadeira razão da distração da filha.
A tia interveio, rindo:
— Pelo visto a minha piquituxa ainda está com a cabeça na Irlanda.
Sorriu nervosamente, grata por aquela conclusão equivocada.
— É, acho que é isso — tentou soar casual, mas seus olhos, traidores, lançaram mais um rápido olhar para Mikkelsen.
Dessa vez ele estava de costas, o que não ajudava em nada. A camisa clara que usava estava levemente amassada, os ombros largos destacados contra o pôr do sol. Você sentiu um aperto súbito no peito, como se estivesse presa em algum tipo de clichê romântico ridículo.
A mãe deu uma risadinha enquanto colocava as mãos na cintura.
— Bem, seja lá no que você está pensando, tome cuidado. Já vi esse olhar antes.
Quase se engasgou, mas sua mãe, para sua sorte, não parecia ter entendido nada. Era apenas uma observação inocente, provavelmente sobre algo completamente diferente.
— Vou... buscar mais sorvete — se afastou rapidamente, usando a desculpa mais óbvia que encontrou, enquanto tentava ignorar o calor subindo pelo pescoço.
Lá embaixo, Mads se virou por um momento, ajustando o chapéu de Paul em sua cabeça com um sorriso divertido. Você parou antes de entrar na casa, permitindo-se mais uma olhada antes de desaparecer na cozinha.
Odiava admitir, mas aquela estadia no rancho já estava se tornando mais interessante do que esperava. Só o fato daquele dinamarquês estar ali, tudo já ficava muito melhor.
A cozinha era espaçosa e aconchegante, com armários de madeira clara e um aroma persistente de tortas recém-assadas. A luz da tarde entrava pela janela acima da pia, pintando tudo com um tom dourado. Você estava ajoelhada em frente ao freezer, procurando o sorvete com uma concentração exagerada — algo para ocupar suas mãos e, talvez, evitar pensar demais em Mads, que estava lá fora.
Ele e aquele maldito olhar âmbar iriam assombrar sua mente por meses.
Ouviu passos atrás de si e, antes que pudesse se virar, a voz grave e familiar ecoou na cozinha.
— Querida, sabe onde estão as cervejas?
Ergueu o olhar rapidamente, batendo a cabeça de leve na porta do freezer.
— Ai! — exclamou, sem conseguir conter o riso constrangido. E então se levantou, massageando a cabeça e finalmente encarando Mads. — Estão... na geladeira.
Mikkelsen sorriu, aquele sorriso contido que sempre parecia um pouco traiçoeiro. Ele estava parado na entrada, com as mangas arregaçadas e uma garrafa de vidro vazia na mão.
— Seu pai me mandou buscar cervejas. Achei que fosse mais fácil que caçar tesouros, mas pelo visto... — ele deixou a frase no ar, indicando o freezer.
Apenas riu, ainda se sentindo incrivelmente consciente de si mesma. Como ele conseguia ser tão casual? E indicou o freezer com um gesto rápido.
— Quer tentar a sorte? Talvez você ache algo mais interessante.
Ele arqueou uma sobrancelha, claramente divertindo-se.
— Vou passar. Não quero roubar o seu momento — ele caminhou até a geladeira, abrindo-a para procurar as cervejas, mas de canto de olho lançou um olhar discreto para ti. Não podia deixar de notar como havia mudado.
A última lembrança que tinha de você era de uma menina tímida, de tranças e joelhos arranhados. Agora, diante dele, estava uma jovem mulher de olhos brilhantes, cabelos sedosos, e um sorriso que parecia iluminado pelo próprio sol da tarde.
— Então... — ele começou, puxando duas garrafas e fechando a geladeira. — Irlanda, hein? O que achou de lá?
Você piscou, levando alguns segundos para perceber que ele estava falando contigo.
— Ah, foi... incrível. Tudo parecia saído de um conto de fadas. Castelos, colinas verdes, aquelas vilas pequenas que parecem paradas no tempo — sorriu com mais confiança agora, o entusiasmo transparecendo em sua voz. — Você deveria ir algum dia. Acho que você ia gostar.
Ele inclinou levemente a cabeça, curioso.
— Conto de fadas não combina muito comigo, mas soa interessante. Aposto que tem boas histórias de lá.
— Algumas — deu de ombros, mas o brilho em seus olhos sugeria que havia muitas. Então percebeu que estava segurando o pote de sorvete com força e colocou-o no balcão, tentando parecer mais relaxada. — E você? O que tem feito todos esses anos?
Mads apoiou as garrafas no balcão ao lado dela, cruzando os braços. Ele parecia ponderar a resposta.
— Ah, o de sempre. Trabalhando, viajando quando dá. Sobrevivendo — ele deu de ombros. — Nada tão emocionante quanto um intercâmbio, mas não me queixo.
Você riu de leve, e seu olhar ficou preso no dele por um segundo a mais do que deveria. Por um momento, parecia que o mundo tinha ficado mais quieto. Ele também notou isso, um leve desconforto passando por seus olhos. Não era nada que ele pudesse apontar diretamente, mas havia algo na maneira como você o olhava, uma intensidade jovem, quase encantada, que ele não estava acostumado.
Se deu conta de que estava encarando e desviou o olhar rapidamente, mexendo na tampa do pote de sorvete para disfarçar.
— Acho que vou levar isso antes que derreta — sorriu de novo, tentando aliviar a tensão que sentia crescer no ar.
Não ia aguentar ficar ali por mais tempo sem o beijar.
Mads assentiu, mas antes que saísse, ele falou, o tom quase brincalhão:
— Cuidado com a cabeça querida. Não vá bater em mais nada por aí.
Riu, o som meio nervoso, e saiu apressada, sentindo as bochechas queimarem. Assim que estava fora da cozinha, colocou a mão no rosto e murmurou para si mesma:
— Meu Deus, puta que pariu, que vergonha...
Na cozinha, Mads pegou as cervejas e ficou por um momento em silêncio, olhando para a porta por onde você havia saído. Ele balançou a cabeça, murmurando para si mesmo, com um sorriso quase imperceptível.
— A princesinha cresceu pelo visto.
[...]
A noite no rancho era serena, banhada pelo brilho prateado da lua que refletia no lago. O som distante dos grilos e o farfalhar das folhas eram os únicos ruídos que preenchiam o silêncio. Mads saiu da casa com passos calmos, buscando algum tipo de paz que parecia escapar-lhe ultimamente. Ele parou perto do deck, tirando um cigarro do bolso e o colocando nos lábios com um movimento automático.
— Porra, onde tá essa merda? — murmurou para si mesmo, vasculhando os bolsos da calça de moletom em busca do isqueiro.
Nada. Suspirou, frustrado, olhando para o cigarro apagado como se estivesse repensando a vida.
— Precisa de fogo?
A voz suave quebrou o silêncio, e ele virou o rosto, surpreso. Você estava ali, sentada numa cadeira de madeira perto do lago, as pernas cruzadas e o cigarro já aceso entre os dedos. A ponta vermelha do tabaco brilhava no escuro enquanto o observava, quase casual, mas com um leve sorriso nos lábios.
— Achei que você estivesse dormindo — ele arqueou uma sobrancelha, caminhando em sua direção.
— E eu achei que um fumante há décadas teria sempre um isqueiro nos bolsos — estendeu o braço, oferecendo-o sem sair da cadeira.
Mads riu baixo, pegando o isqueiro com um aceno de agradecimento.
— Você ganhou — ele acendeu o cigarro, soltando a primeira tragada com um suspiro satisfeito antes de devolver o isqueiro. — Obrigado.
— De nada. — deu um leve tapinha na cadeira vazia ao lado. — Quer se juntar?
Ele hesitou por um momento, mas acabou se sentando. A madeira rangeu sob seu peso, e ele se inclinou para trás, observando o céu estrelado por um instante.
— Não imaginei que você fumasse. — comentou, a fumaça escapando entre as palavras.
— É um hábito recente — você deu de ombros, soprando a fumaça lentamente. — Depois do intercâmbio conheci pessoas novas, culturas novas, pubs...
Ele riu, balançando a cabeça.
— Cultura, claro.
Por um tempo, ficaram em silêncio, apenas fumando e ouvindo os sons da noite. Foi você quem quebrou a calmaria, a voz baixa, mas curiosa:
— Então... como está sendo, sabe, o divórcio?
Mads endureceu por um segundo, mas rapidamente disfarçou com um sorriso irônico.
— Não é o tópico mais animador para uma conversa à meia-noite.
— Foi mal. Não queria ser invasiva — jogou as cinzas no chão, um pouco sem jeito.
— Não, tudo bem — ele deu uma última tragada antes de apagar o cigarro no braço da cadeira. — Vamos dizer que é... libertador. E frustrante. Uma bagunça organizada, se é que isso faz sentido.
Assentiu, compreensiva.
— Você parece estar lidando bem com isso.
— É o que dizem — ele deu de ombros. — E você? Algum namoradinho em Dublin?
Imediatamente riu, surpreendida pela mudança repentina do assunto.
— Você realmente usou a palavra "namoradinho"?
— É o que o seu pai diria — Mads sorriu, os olhos brilhando com diversão.
— Não, nada disso — balançou a cabeça, dando mais uma tragada. — Prefiro homens mais velhos.
Ele franziu a testa, claramente pego de surpresa.
— Homens mais velhos?
Então virou a cabeça para ele, o sorriso brincando nos lábios enquanto soprava a fumaça para o lado.
— É, você sabe... mais maduros, mais experientes.
Mikkelsen piscou, sem saber ao certo como reagir. Havia algo na forma como você disse aquilo, na maneira como seus olhos o observavam com um brilho quase desafiador, que o deixou desconcertado. Ele limpou a garganta, desviando o olhar para o lago.
— Bom... espero que você tenha bom gosto. — foi tudo o que conseguiu dizer, com um tom quase seco, mas não sem uma pontada de humor.
Você riu, satisfeita com a reação.
— Sempre tive.
O silêncio voltou, mas dessa vez estava carregado de algo indefinível, uma tensão que pairava no ar como a brisa noturna. Mads se levantou primeiro, jogando o cigarro apagado no bolso e lançando um olhar breve para ti.
— Não vá ficar acordada a noite toda, sim? Eu ouvi sua mãe falando que queria tomar café da manhã com todos juntos.
Ergueu a sobrancelha, divertida.
— Pode deixar, Mads. Boa noite.
— Boa noite, querida.
Ele assentiu e se afastou, sentindo que, de alguma forma, aquela conversa havia deixado um impacto que ele ainda não conseguia entender. Você ficou ali, observando-o desaparecer na escuridão, o sorriso ainda presente enquanto dava mais uma tragada.
Aquilo foi algo bom para você, saber que poderia arrancar alguma reação inusitada do mais velho fazia você cruzar as pernas e morder o lábio inferior como uma succubus que está ansiando por carne fresca para poder se alimentar. E, não pense que você foi a única que ficou inquieta naquela noite — pois o dinamarquês se encontrava no mesmo estado.
Ele ficou rolando de um lado para o outro na enorme cama macia de lençóis confortáveis, só pensando naquilo. Ele só acendeu o cigarro com o seu isqueiro, e por que aquilo pareceu tão íntimo? Por que aquilo pareceu o equivalente à um beijo?
A cabeça de um homem recém-divorciado é tão confusa quanto o labirinto de Dédalo.
Na manhã seguinte o rancho era vibrante, com o sol dourando a vasta paisagem ao redor. A mesa do café da manhã havia sido montada do lado de fora, sob uma pérgola coberta de vinhas. Pratos generosos de ovos mexidos, torradas, bacon e frutas frescas ocupavam o centro, enquanto Paul servia café para todos com um sorriso animado ao pegar cada caneca de porcelana.
Você estava sentada ao lado de sua mãe, comendo silenciosamente, enquanto a conversa fluía com naturalidade. Mads estava à sua frente, concentrado em passar manteiga na torrada, mas ainda conversando com Paul sobre os feitos da família.
Foi então que sua tia, uma mulher de cabelos perfeitamente arrumados e um sorriso sempre estrategicamente no lugar, aproveitou a oportunidade para se inclinar levemente em direção a Mikkelsen.
— Então, Mads — ela começou, a voz carregada de um tom suave demais para ser casual. — Imagino que seja difícil encontrar alguém com seu nível de sofisticação por aí. Um homem charmoso como você deve ser muito requisitado.
A frase veio acompanhada de um sorriso que ela tentou disfarçar como algo inocente, mas você reconheceu o tom imediatamente. Sua mão parou no meio do caminho ao alcançar o suco de laranja, e seus olhos se estreitaram por um breve segundo antes de voltar ao semblante neutro.
O dinamarquês, por sua vez, percebeu. Ele sorriu de leve, inclinando-se para trás na cadeira com uma naturalidade desconcertante.
— Bom, não diria isso. Requisição não é exatamente uma prioridade para mim — respondeu, com sua voz baixa, mas carregada de um humor seco.
A tia riu, ajeitando uma mecha de cabelo como quem estava tentando recuperar o momento.
— Ah, mas um homem como você deveria se permitir mais, sabe? Aproveitar a vida.
Antes que ele pudesse formular uma resposta, você interveio com sua voz calma, mas com um tom levemente ácido que só quem prestasse atenção perceberia.
— Tia Kate, eu sei que você é atacante, mas o pobrezinho acabou de se divorciar.
A mesa ficou em silêncio por um breve momento antes de seu pai rir, quebrando a tensão aparente.
— Acho que ela tem razão. Deixa o homem respirar, Kate!
Sua mãe balançou a cabeça, sorrindo, sem perceber o subtexto.
— Irmã, você não cansa nunca, não é?
Kate disfarçou o desconforto com uma risada suave, mas lançou um olhar rápido para ti, que continuou comendo como se nada tivesse acontecido.
Mads, entretanto, percebeu. Ele observou por um momento, intrigado pela maneira sutil como havia intercedido. Havia algo quase protetor, mas também pessoal, na forma como você lidou com a situação. Ele voltou a comer, mas não pôde evitar um pequeno sorriso.
Você, de canto de olho, viu o sorriso e sentiu o rosto esquentar levemente, mas não deixou transparecer. Os assuntos triviais voltaram a reinar quando seu irmão mais novo pediu que seu primo pegasse frutas que estavam na extremidade da mesa, e assim tudo pareceu voltar à normalidade.
Entretanto, você se arriscou muito ao dar aquele "corte seco" em sua tia. Por sorte, seus parentes talvez fossem um pouco tolos — e que Deus a perdoe por pensar assim.
E, na parte da tarde, o sol começava a mergulhar atrás das colinas, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. A piscina refletia as cores quentes do fim da tarde primaveril, enquanto você nadava lentamente e suas braçadas preguiçosas formavam pequenas ondas. O silêncio ao redor era quase absoluto, exceto pelo som da água sendo cortada por seus movimentos.
Mads estava sentado na varanda da casa, observando de longe enquanto segurava um maço com seus cigarros extremamente caros e seu isqueiro vintage. Ele deveria estar aproveitando o silêncio para se perder em seus próprios pensamentos, mas seus olhos insistiam em voltar para você, que parecia estranhamente tranquila, como se o mundo ao seu redor não existisse.
Sua família havia ido andar a cavalo pelas colinas verdejantes.
Depois de um tempo, ele levantou-se e caminhou até uma das cadeiras próximas à piscina, sentando-se com o maço ainda na mão. Ele não disse nada, apenas ficou ali, à sombra de sua presença fazendo-a perceber que não estava mais sozinha.
Olhou de relance para ele, mas não disse nada; continuou a deslizar pela água. Depois de alguns minutos de silêncio que pareciam mais longos do que realmente eram, Mads finalmente falou:
— O que foi aquilo na mesa hoje mais cedo?
Parou, apoiando os braços na borda da piscina. Seu cabelo estava molhado, grudado um pouco ao rosto, mas seus olhos brilhavam com uma mistura de curiosidade e cautela.
— Aquilo o quê? — perguntou, com a voz inocente, mas o sorriso no canto dos lábios revelava que sabia exatamente do que ele estava falando.
O mais velho inclinou-se na cadeira, descansando o cotovelo no joelho.
— Você sabe do que estou falando, malandrinha. Aquele corte seco na sua tia.
Riu, mas não respondeu de imediato. Em vez disso, jogou um pouco de água no rosto dele com um movimento sutil das mãos. Ele fechou os olhos e suspirou, com um sorriso de satisfação momentânea.
— Achei que você pudesse precisar de ajuda, ué — finalmente respondeu, dando de ombros. — Minha tia pode ser... insistente. Sabe como são essas mães solteiras às vezes.
Mads arqueou uma sobrancelha, claramente não satisfeito com a resposta.
— E foi só isso?
Você piscou, fingindo confusão, mas o sorriso apenas cresceu.
— O que mais seria?
Ele inclinou-se para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, o olhar fixo ao seu enquanto acendia o cigarro. Soltando a fumaça levemente pelos lábios e pelas narinas. Era uma nicotina sofisticada.
— Você está flertando comigo?
O tom de sua voz era direto, mas havia um quê de brincadeira, como se ele quisesse desafiar a coragem dela. Você, no entanto, não recuou.
— E se eu estivesse? — devolveu, com o tom tão casual quanto o dele, mas o sorriso agora desaparecido.
Mads a encarou por alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar algo em seus olhos. Ele finalmente soltou uma risada curta, balançando a cabeça.
— Acho que faz tempo que ninguém me pega tão de surpresa assim.
Você riu de leve, dando mais um mergulho rápido antes de emergir, afastando os cabelos molhados do rosto.
— Você deveria se acostumar.
Ele riu de novo, dessa vez mais genuinamente, e tragou antes de olhar para você com uma expressão que mostrava seu divertimento.
— Tem coragem, vou admitir isso.
Sorriu, dessa vez mais abertamente, e começou a sair da piscina. A água escorria por sua pele enquanto pegava uma toalha e a enrolava ao redor do corpo.
Foi então que você parou na frente do mais velho e se abaixou um pouco, ficando na altura de seu rosto, já que ele estava sentado. Pegou o cigarro dos lábios dele com dois dedos e levou até os seus. Imediatamente sentiu resquícios sutis de saliva do dinamarquês e tragou olhando nos olhos dele — aquilo era bizarramente sensual. Depois retirou dos lábios e fez menção à entregar para ele, mas não em sua mão e sim colocar diretamente em seus lábios.
Ele não negou a oferta silenciosa, e levou a boca até o cigarro que estava em sua mão, tragando tranquilamente, vendo você sorrir sem mostrar os dentes.
— Você é maluca, garota. Coragem demais é perigoso.
Ele deu uma risada cafajeste, mostrando os dentes e balançando a cabeça negativamente.
Se aproximou um pouco mais do mais velho, deixando seus lábios perigosamente perto dos dele, sentindo a respiração quente contra sua pele sensível. Seu coração estava acelerado, mas queria bancar a sedutora e mostrar que sabia o que estava fazendo. Inclinou-se um pouco mais, deslizando suavemente seus lábios contra os lábios macios dele.
O dinamarquês sorriu e retribuiu levemente, sem língua e sem aprofundar. Porém, aquilo foi mais que suficiente para despertar o restante de curiosidade que havia no núcleo desenfreado e espirituoso de um homem rendido aos encantos de uma jovem atraente.
— Eu tenho idade para ser o seu pai... — ele disse num tom baixo, arrastado pelo desejo.
E então foi sua vez de sussurrar de volta:
— Mas você não é.
Os olhos dele brilharam com um desejo lascivo. Entretanto, ele teve que se conter.
— É melhor você entrar. Antes que eu faça alguma besteira.
— Estarei esperando ansiosamente!
Sorriu travessa e virou-se para entrar, caminhando despreocupada e com o semblante mais alegre possível. O mais velho por sua vez suspirou e mordeu o lábio inferior, pensativo.
Seria essa a grande oportunidade de Mads entrar numa aventura? Aproveitar e conhecer uma pessoa diferente depois de tantos anos num casamento?
São perguntas difíceis que ele teria que responder sozinho, as respostas não cairiam do céu.
[...]
Mais uma noite era tranquila, com o ar fresco carregando o cheiro de grama e madeira. Mads e Paul estavam sentados do lado de fora, próximos a uma fogueira que crepitava suavemente. O céu estava limpo, salpicado de estrelas, e o ambiente parecia convidar à introspecção.
Os dois estavam sentados nas confortáveis e rústicas cadeiras de madeira.
— E então, como tá se ajustando à vida de solteiro? — Paul perguntou casualmente.
Mads soltou uma risada curta, olhando para o fogo.
— É estranho. Parece que há uma parte da minha rotina que simplesmente... sumiu.
O amigo assentiu, compreendendo.
— É assim mesmo no começo. Mas, cara, a liberdade... você vai perceber como isso é bom depois de um tempo.
— Liberdade — Mads repetiu, olhando para o fogo — Acho que ainda não cheguei nesse ponto.
— Vai chegar — Paul deu um sorriso, apoiando os cotovelos nos joelhos. — Você só precisa começar a viver. Experimentar coisas novas, se permitir.
Mikkelsen olhou para o amigo, arqueando uma sobrancelha.
— Isso parece discurso de alguém tentando me arrastar para uma boate de strip.
Paul riu alto.
— Ah, vai se foder! Eu amo minha esposa, calma aí — ele balançou a cabeça, rindo. — Estou falando de coisas simples. Viajar, conhecer pessoas, beijar outros lábios... essas coisas.
O dinamarquês soltou um riso abafado, olhando para o céu.
— Beijar outros lábios, hein? Parece fácil quando você fala assim.
— E é — Paul insistiu — O problema é que você pensa demais. Tá sempre analisando, medindo as consequências. Se não é crime e nem moralmente duvidoso, você só precisa deixar acontecer.
Mikkelsen ficou em silêncio por alguns segundos, o olhar fixo no fogo. Depois, deu um sorriso pequeno, quase imperceptível.
— Talvez eu tenha interesse em alguém.
O amigo de longa data se inclinou para frente, curioso.
— Ah, é? E quem é a sortuda?
— Não é nada sério. Só... uma ideia — o dinamarquês desviou o olhar para a paisagem.
Paul estreitou os olhos, tentando decifrá-lo.
— E o que te impede?
Mads hesitou por um momento antes de responder.
— Ela é mais nova.
Assim o outro deu de ombros, parecendo pouco impressionado.
— E daí? Espera, ela é menor de idade?
— Tô com cara de criminoso, porra?
— Ainda bem — suspirou, aliviado. Por mais que conhecesse bem o amigo que tinha, sabia que Mads não era doente. — Então qual é o empecilho?
— É mais complicado do que isso — Mikkelsen respondeu, ainda olhando para o fogo.
Paul ficou em silêncio por alguns instantes, como se estivesse escolhendo as palavras.
— Olha, só vou dizer uma coisa. Não importa o que os outros pensem. Se você sente algo, vá em frente. A vida é curta demais pra ficar se preocupando com coisinhas bobas que ninguém vai se lembrar daqui a dez anos — ele riu e deu um tapinha no ombro do amigo. — Talvez dê em alguma coisa, talvez não dê em nada. Mas você só vai saber se tentar.
Mads riu baixo, balançando a cabeça.
— Você é péssimo em dar conselhos, sabia?
— Isso eu não nego — Paul admitiu, sorrindo. — Mas, pelo menos, sou direto.
Ele suspirou.
— Vou pensar nisso.
— Só não pense demais.
E assim eles ficaram conversando mais um pouco. Sobre alguns assuntos triviais, falando meia dúzia de palavrões a cada frase, fazendo piadas sem sentido e relembrando memórias saudosas.
Mais tarde, a casa estava mergulhada em silêncio quando Mads subiu as escadas, com o piso de madeira rangendo levemente sob seus passos. Caminhou pelo corredor até chegar na última porta que era seu quarto e entrou, se deparou com você lá. Não estava na cama, estava na sacada.
Usava uma camisola branca delicada, de um tecido fino e provavelmente caro, de alças singelas e boa textura.
De costas para a porta, apoiada no parapeito da varanda. A brisa agitava suavemente seus cabelos enquanto segurava um cigarro aceso entre os dedos. Ao ouvir o som de passos, se virou com o olhar curioso se transformando em um sorriso ao perceber quem estava ali.
— Achei que fosse algum fantasma — brincou, com sua voz baixa para não acordar ninguém.
Mads encostou-se ao batente da porta, cruzando os braços enquanto a olhava com um sorriso contido.
— Eu devia perguntar o mesmo. O que você está fazendo no meu quarto?
— Não consegui dormir — deu de ombros, voltando a olhar para o céu.
— Aí decidiu vir ao meu quarto?
— À sua sacada — o corrigiu, como se fizesse uma grande diferença.
Ele suspirou e revirou os olhos, com um sorriso travesso.
— Desculpa péssima, mas pra sua sorte eu também sou ruim em dar desculpas — ele deu um passo à frente, gesticulando para o cigarro em sua mão. — Vai me oferecer um desses ou vai fingir que só você tem insônia?
Você, pegando seu maço de cigarros que estava na mesinha de fora e estendendo para ele.
— Você realmente precisa parar de esquecer o isqueiro, sabia?
— Estou começando a achar que é um sinal — ele pegou o cigarro e acendeu com o isqueiro que você ofereceu, soltando a fumaça devagar enquanto se juntava a ti na sacada.
Por um momento, ambos ficaram em silêncio, olhando para as estrelas. Era um tipo de quietude compartilhada que parecia mais íntima do que qualquer conversa poderia ser.
— Sabe, você é diferente do que eu me lembrava — quebrou o silêncio, olhando para ele de lado.
— Isso é bom ou ruim? — ele perguntou, sem tirar os olhos do horizonte, vendo como as colinas verdejantes agora estavam envoltas pela penumbra da noite.
— Ainda não decidi — respondeu com um sorriso travesso. — Mas é interessante.
Mads riu baixo, levando o cigarro aos lábios novamente.
— Bom, pelo menos isso é melhor do que ser entediante.
— Você nunca foi entediante — rebateu; seu tom mais sério dessa vez. — Acho que é isso que me intriga. Você é... indecifrável.
Ele a olhou, arqueando uma sobrancelha.
— Indecifrável, huh? Parece algo que alguém diria em um romance barato.
Você riu, balançando a cabeça.
— Talvez. Romances baratos não deixam de serem romances.
Mikkelsen não respondeu de imediato, apenas a observou por alguns segundos antes de soltar uma risada curta.
— E você? Se eu sou indecifrável, o que isso faz de você?
— Ah, eu sou um livro aberto — respondeu, com sua voz carregada de ironia.
— Um livro aberto com várias páginas faltando? Talvez.
Você o olhou, com seus olhos obscuros por uma luxúria que circulava por suas veias agora.
— E você acha que consegue preencher as lacunas?
— Acho que prefiro ler devagar — ele apagou o cigarro.
— É uma boa resposta.
Sorriu para ele.
— Talvez eu devesse dar o primeiro passo e ler algumas páginas?
— Tá querendo me beijar?
— Se você preferir, eu posso pedir formalmente — ele riu.
— Quanto cavalheirismo... — riu baixinho.
Mads se aproximou de você, ficando a sua frente e levando uma mão até sua bochecha, acariciando com aquela mão quente e grande que deslizava por sua pele macia e imaginava o quão bom deveria ser tocar em você e sentir o seu cheiro. Esse perfume que adentrava as narinas do dinamarquês já era mais do que o suficiente para deixá-lo delirando e imaginando o quão bela você seria nua.
Ele notou como você se arrepiou com isso, e olhando em seus olhos ele sorriu. Sorriu como um predador que está prestes a devorar sua presa, como um falcão ao notar um coelhinho correndo pela floresta.
— Por que você se arrepia tão fácil? — ele desceu a mão que estava em sua bochecha, passando por seu maxilar, até chegar em seu pescoço onde ele segurou e a trouxe para mais perto, apertando levemente.
Um gemido surpreso e tímido escapou por seus lábios semi-abertos.
A risada cafajeste que saiu dos lábios do dinamarquês naquele momento era um tipo de som inconfundível, indescritível e insuperável, que fez você sentir um calor crescente em seu íntimo.
— Eu nem sequer te beijei, coelhinha. E você já está assim?
O apelido te deixou ainda mais excitada.
Você se inclinou timidamente para alcançar aqueles lábios dele novamente e sentir a maciez que havia sentido mais cedo, só que dessa vez iria finalmente sentir seu gosto. E ele apertou um pouco seu pescoço e distanciou seus rostos.
— Não, não... — ele se aproximou de seu ouvido, sussurrando. — Aprenda a esperar.
O dinamarquês levou os lábios até os seus lentamente, deixando um suave selar, sentindo a maciez. Você gemeu mais uma vez; um gemido de impaciência e necessidade.
— Por que toda essa provocação? — disse, baixinho.
— Só estou fazendo o que você fez comigo.
E foram as últimas palavras que pôde ouvir o mais velho pronunciar antes de ele finalmente te beijar com vontade. Selaram seus lábios com vigor, sentindo o calor um do outro e sentindo suas línguas realizarem uma pela outra enquanto causavam estalos baixos e alguns gemidos seus eram abafados por grunhidos dele. O sabor da nicotina passeava por seus sentidos, junto ao perfume amadeirado e sofisticado dele enquanto ele apertava levemente seu pescoço e te beijava até que você ficasse sem ar.
Aquilo estava se tornando a cada segundo mais excitante. Fosse pela forma como ele segurava e apertava seu pescoço, fosse pela forma como ele te beijava com tamanho desejo ou fosse pelos grunhidos do mais velho.
Fato é que você estava ficando realmente sem fôlego.
Porém ele entendia isso completamente, e distanciou seus lábios para que você pudesse recuperar o ar que faltava em seus pulmões. Ele soltou seu pescoço, fazendo você sentir falta da mão quente contra sua pele macia.
— Me desculpa se eu-.
Ele nem mesmo teve chance de terminar a frase, ou se desculpar por sei-lá-o-que que ele havia feito de "errado". Você imediatamente passou seus braços pelo pescoço do mais velho e o beijou como se não tivesse acabado de o beijar há menos de um minuto. Aquilo era um sonho se tornando realidade, e torcia para que não fosse acordar nem tão cedo.
Mads retribuiu o beijo com o mesmo ardor que você oferecia, e as mãos grandes foram até sua cintura, agarrando com vontade e te puxando para mais perto enquanto se beijavam como se não houvesse amanhã. O dinamarquês foi te guiando para longe da sacada, adentrando de fato o quarto, e se aproximando cada vez mais da cama.
Durante o beijo, você pegou uma mão dele, tirando de sua cintura e levando até seu ombro, e ele entendeu o recado perfeitamente. Em um piscar de olhos, aquela camisola que adornava seu corpo perfeitamente estava caída no chão, expondo seu corpo nu — não usava calcinha alguma. As mãos dele deslizavam novamente por seu corpo, sentindo que não estava usando mais nada.
Ele sorriu contra seus lábios e deslizou para suas nádegas, apertando com vigor, fazendo-a gemer surpresa.
— Me deixe provar você... — os beijos dele foram descendo para seu pescoço, de um jeito lento com mordidas suaves, para que nenhuma marca ficasse evidente. — Eu quero sentir você se contorcendo na minha língua...
— Por que você sabe falar sujo de um jeito tão favorável? — acabou soltando um sorrisinho, sentindo ele beijando seu pescoço e deslizando uma mão pelo interior de suas coxas.
— Porque eu sei bem o que eu faço.
Seu corpo estava em chamas, e sabia que o dele se encontrava na mesma situação, pois como estavam tão próximos você sentia a ereção proeminente do mais velho debaixo daquela calça de moletom.
— Você pode muito bem estar blefando.
Abruptamente ele segurou seu rosto com uma mão, apertando um pouco suas bochechas e fazendo-a olhar para ele. Claramente estava inebriado pela excitação; conseguia ver com clareza naqueles olhos âmbar.
— Deita nessa porra dessa cama e abre as pernas que você vai se eu tô mesmo blefando.
Aquilo era uma ordem? Iria obedecer, ainda mais se tratando do Mads Mikkelsen.
Imediatamente se sentou na cama e se inclinou um pouco para trás, depositando seu peso nos cotovelos antes de olhar para frente, abrir as pernas e fazer um sinal de "vem cá" com o dedo indicador. O dinamarquês só faltou rosnar com a visão que lhe era oferecida.
O mais velho se aproximou, indo até a cama para poder se posicionar melhor e finalmente fazer o que tanto almejava. Ele já sabia que você estava excitada, mas não esperou que fosse estar praticamente pingando, quase "molhando" o colchão. Sentiu os beijos quentes dele no interior de suas coxas, na pele mais sensível, te levando ao delírio somente com aquilo.
Os beijos foram descendo para seu ponto mais sensível, onde ele lambeu seu clitóris lentamente, fazendo-a reprimir qualquer som mais alto, colocando a mão na boca.
— Isso, coelhinha. Não faça nenhum barulho — ele depositou um beijo. — Guarde esses belos gritos para quando eu puder ouvir.
O mais velho deixava alguns beijinhos aqui e ali como forma de provocar, para te fazer reprimir ainda mais os gemidos. Mas você teve que tomar o dobro de cuidado quando ele levou a língua até seu interior, sentindo o quão quente você era e o quão molhada estava. O quarto era dominado pelos estalos baixos do oral de Mads junto aos grunhidos que saíam involuntariamente da boca do mais velho enquanto ele te saboreava por completo e os gemidos que deixavam seus lábios — mas eram abafados pela palma de sua mão.
Ondas de prazer percorriam todo o seu corpo enquanto ele não media esforços para te satisfazer.
Porém, ele não podia negar que aquilo também era extremamente prazeroso para ele, que amava sentir cada mínimo pedaço de você com a língua. Aquela ereção nas calças dele estava começando a incomodar de verdade, pois estava ficando dolorida e o seu gosto e seus gemidos não estavam ajudando ele a se acalmar nem por um segundo sequer. Ele sentia que ficaria viciado no sabor adocicado e que aquilo ficaria marcado na memória dele por mais tempo do que ele queria.
— Mads... hmmm... — gemia manhosa, implorando por mais enquanto ele segurava suas coxas e mantinha os olhos fechados, totalmente concentrado no que fazia.
Era um grande talento dele, isso era.
— Hmm... gostosa... — ele disse de um jeito abafado, logo voltando a te chupar.
A língua dele se enrolava e desenrolava em seu interior, te fazendo ver estrelas e revirar os olhos enquanto levava uma mão ao cabelo dele, apertando um pouco. Como ele estava tão próximo assim de sua pele, sentiu a hora em que ele trancou a mandíbula com seu ato inoportuno de agarrar aqueles cabelos sedosos. E não parou, os puxou um pouco mais, ouvindo-o e sentindo grunhir contra seu sexo encharcado.
— M-Mads... e-eu vou...
Ele se distanciou um pouco, e com a voz rouca pelo tesão ele disse:
— Ah, você vai. Você vai, sim — ele deu tapinhas em seu clitóris, vendo suas pernas ter pequenos espasmos e alguns gemidos de surpresa deixarem seus lábios.
E sorriu malicioso pela última vez, antes de levar a boca até seu ponto mais sensível e começar a chupar como se não houvesse amanhã. Suas pernas já estavam tremendo e ele segurava suas coxas com firmeza, apertando-as e vendo o quão sensível você estava. O dinamarquês então começou a usar a ponta da língua fazendo movimentos em "oito" justamente em seu ponto mais sensível.
Você se controlou como pôde para não soltar um grito, mas suas pernas tremiam tanto que Mads levou as mãos até sua cintura, forçando contra o colchão, para garantir que ele poderia manter o rosto bem pressionado contra seu sexo encharcado. Isso foi o estopim para que finalmente pudesse atingir seu ápice.
Reprimiu o grito do orgasmo com sua mão e fechou seus olhos com força, sentindo suas pernas e seus quadris tremerem enquanto a sensação celestial percorria seu corpo e fazia seu coração acelerar. Estava ofegante agora, e sua mente até mesmo parecia estar nublada de tanta satisfação que havia tomado conta de seu corpo de uma só vez. Seu peito subia e descia e você sorria feliz pelo que acabou de acontecer.
O dinamarquês se sentou na cama, lambendo os lábios melados por seu desejo lascivo, que agora estava de fato escorrendo para o lençol — mas ele se orgulhava.
— Mads... porra... por Deus... — suspirou.
— Viu só, coelhinha? Eu sou um homem de palavra.
Ele retirou a camisa, expondo o peito pálido e com alguns pelos que o deixavam incrivelmente atraente; mais do que ele já era. Você levou sua perna até o ombro dele, descansando um tornozelo ali.
— E agora? Hm?
— Agora? — ele sorriu malicioso e segurou seu tornozelo, dando um beijo no mesmo. — Você pode continuar assim, e me deixar te fazer gozar de novo...
Ele abaixou o tecido um pouco largo da calça de moletom cinza, expondo sua ereção que já era extremamente proeminente por baixo da calça. Era grande, um pouco grosso, com veias aparentes, a glande rosada molhada pelo pré-gozo e pouquíssimos pelos que vinham de uma trilha sutil abaixo do umbigo.
— Mas dessa vez... — ele agarrou o membro e levou até seu sexo, dando "tapinhas" no mesmo. — No meu pau...
Para confirmar o que ele havia proposto, você levou sua outra perna até o ombro dele, ficando ainda mais vulnerável e exposta, com aquele típico sorrisinho malicioso.
— Você não cansa de me surpreender.
Ele agarrou a própria ereção com uma mão enquanto a outra segurava um de seus tornozelos.
— Posso?
Você assentiu, balançando os quadris levemente, como se estivesse o chamando.
Com isso, Mads te penetrou profundamente, mas de um jeito lento para não correr o risco de te machucar já que você estava sensível por conta do orgasmo anterior. Você sentiu cada centímetro te preenchendo perfeitamente enquanto mordia seu lábio inferior para conter um gemido, e Mads inclinou a cabeça para trás, gemendo baixinho e fechando os olhos.
— Hvor lækkert...
Ele grunhiu num tom audível, em dinamarquês era algo como "que delícia".
Mikkelsen levou as duas mãos até seus tornozelos, segurando perfeitamente e movendo os quadris num ritmo lento, mas profundo, até porque não queriam correr o risco de deixar que todos naquele rancho soubessem que vocês estavam fodendo feito loucos em cima daquela cama. Deveriam se controlar e fazer isso com cautela, mas do jeito que estavam com um tesão absurdo, isso seria difícil.
Vocês tinham o encaixe perfeito, era incrível poder saborear aquela sensação e estar entregue nas mãos daquele homem tão habilidoso. Vez ou outra os poucos pelos que ele tinha na virilha encostavam em sua pele sensível, causando uma sensação peculiar — aquilo que estavam fazendo era tão bom.
— Que foi, Mads? Hmm... tá com pena?
Olhou para cima, o provocando com sua melhor expressão maliciosa. Ele riu cafajeste e balançou a cabeça negativamente.
— Pena só se for da sua família escutar como eu te fodo...
— Eu aguento, meu bem... — você disse naquele tom manhoso novamente.
— Não faz essa carinha de puta... — ele empurrou os quadris até o final de uma só vez, fazendo você soltar um gemido de surpresa. Ele amou a reação. — Eu não posso te dar um tapa...
— Mas eu tenho certeza que alguma outra coisa você pode... — sorriu, travessa.
— Você tá tão fodida na minha mão na próxima vez... — aquele riso dele era de excitação.
Ele retirou uma mão de seu tornozelo — mas continuava segurando o outro — e levou até seu rosto, apertando um pouco suas bochechas e de repente mudou o ritmo dos quadris. Passou a ir mais fundo e mais rápido, mas por incrível que pareça a cama fazia barulhos praticamente imperceptíveis. O dinamarquês levava jeito.
Imediatamente levou a mão até mais perto de sua boca, deslizando por seus lábios enquanto ele gemia e olhava em seus olhos, fazendo tamanha obscenidade.
— M-Mads... v-você- ugh! — disse num tom manhoso e talvez até choroso quando começou a sentir.
— Eu sei, coelhinha... — a voz dele estava marcada pela luxúria. — Eu sei que achei seu ponto g. Agora seja uma boa garota e continua quietinha pra mim, hm?
A mão que deslizava perto de seus lábios se fixou mais perto de seu maxilar enquanto ele colocava o polegar em sua boca e você chupava para manter o silêncio. Seus gemidos agora saíam mais abafados e o de Mads bem baixos.
— E-Espera, espera... — disse para ele, que imediatamente parou.
— Sim, querida?
— Tem uma posição melhor para eu fazer silêncio...
— Que seria?
Você não disse mais nada, apenas tirou as pernas dos ombros dele e se ajeitou na cama. Ficou de quatro, apoiando bem suas mãos e seus joelhos no colchão, abaixando bem a cabeça para ficar mais próxima aos lençóis e empinando bem a bunda para o mais velho. Vendo aquilo ele ficou completamente extasiado.
Ele riu baixinho.
— Você é tão ousada que chega a ser cretina...
— Vai me dizer que não gosta? — você rebolou levemente, movendo os quadris para cá e para lá devagar, encostando na ereção dele.
Isso arrancou suspiros do mais velho.
— Do contrário... — ele segurou sua cintura e se posicionou atrás de você, te penetrando devagar e inclinando a cabeça para trás, fechando os olhos em puro deleite. — Eu amo pra caralho...
Sentiu ele te preencher novamente, e dessa vez seu gemido foi silenciado pelos lençóis macios. Daquele jeito era quase impossível não fazer barulho, mas ele tentava pelo menos fazer com que fossem mais baixos. O som de suas nádegas indo de encontro ao quadril dele estava o enlouquecendo — por mais que não fosse tão alto, aquilo era uma delícia.
— Você é tão gostosa... puta merda, essa buceta vai acabar comigo, sabia?
E ao ouvir ele dizer isso, você ficou contraindo pois sabia que isso o deixaria ainda mais desconcertado. Um gemido surpreso escapou dos lábios de Mads no mesmo instante em que você fez isso.
— Inferno de mulher gostosa... caralho...
E para não deixar barato para você, ele começou a ir mais rápido, atingindo seu ponto sensível novamente.
— V-Vai se foder... hmmm como v-você consegue? — você gemeu manhosa e incrédula ao sentir aquilo novamente.
E Mikkelsen não poderia se vangloriar mais disso.
— Você ainda não viu nada.
O mais velho segurou seu cabelo, fazendo um rabo de cavalo desleixado e puxando um pouco. Sentia o pau dele pulsar dentro de você e estava tão feliz que havia conseguido estar com ele que não tinham sequer palavras para descrever tamanha felicidade e excitação que sentia.
— E-Eu vou gozar... — disse, com sua voz trêmula, assim como suas pernas.
— Goza pra mim, hm? Goza no meu pau, coelhinha. Vamos lá, eu sei que você consegue... você tá quase lá.
Essas palavras de estímulo além de tudo o que estavam fazendo foi mais que o suficiente para te fazer gozar pela segunda vez naquela noite. Você levou uma mão até sua boca para que o grito ficasse abafado e suas pernas ficaram tão moles quanto gelatina naquele momento. Seus quadris tremeram, seus olhos se reviraram e com a outra mão você apertou os lençóis com força enquanto sentia seu corpo relaxar após um ápice que te deixou afoita e com o coração acelerado.
— Isso, porra... hmm... você foi perfeita, tão linda... caralho — ele estava ofegante e perto do ápice também. — Minha vez agora...
O dinamarquês retirou o membro de seu interior e se estimulou por alguns segundos até que você escutou gemidos abafados — provavelmente ele mordeu o lábio inferior — e sentiu gotas de porra quente escorrerem por suas nádegas. Ele estava com a respiração afoita e o coração acelerado após experimentar o ápice.
Quando foi a última vez que ele havia fodido assim? Nem saberia dizer.
Seu corpo estava exausto depois disso, e você desabou na cama, deitando-se de bruços e recuperando o fôlego. Mads, por sua vez, foi até o banheiro do quarto para poder pegar lenços umedecidos para te limpar. Assim ele fez, depois voltou para o quarto e se deitou ao seu lado.
— Então... gostou de ler um capítulo desse belo livro aberto com páginas faltando? — você brincou.
— Eu gostei bastante — ele se ajeitou, ficando de bruços, olhando para seu rosto. — Acho que quero levar a leitura a diante. Saber o desfecho da história.
— Sabe que eu não me lembro do final?
— Espero que possamos construir esse final.
— Basta você querer, Mads.
— Eu quero, coelhinha.
[...]
PODEM PARAR AS MÁQUINAS! PAREM A BADERNA, PAREM DE LIGAR PRA POLÍCIA! A VAMPIRA MAIS DEPRAVADA DO WATTPAD RETORNOU!
━━ Para quem não leu o texto que eu deixei no meu mural, é um aviso do meu chá de sumiço. Eu estava passando por alguns problemas pessoais, coisa da cachola mesmo, mas não se preocupem que eu já estou bem melhor. E, também estava passando por problemas de adulta, tipo se preparar pra faculdade, aguentar o trampo e esse tipo de coisa.
Além do mais, minha saúde física também não tava lá grandes coisas porque eu tenho deficiência de vitamina d e anemia, genética infelizmente. Mas eu estou bem melhor, eu prometo que estou, e que estarei voltando aos poucos com os capítulos do livro que mais amo escrever na vida.
Eu agradeço imensamente todo o apoio que vocês me dão, todo o carinho, todos os comentários engraçados, todo esse suporte, sabe? Muitíssimo obrigada por tudo, morceguinhos, e obrigada por não esquecerem de mim mesmo depois de tanto tempo. Do fundo do meu coração, me desculpem, eu amo vocês. 🤍
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