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🔮 𝗲va𝗻 p𝗲𝘁er𝘀 𑊁

𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: AMERICAN HORROR STORY, EI PROSTITUTA VEM AQUI! Foi aos 11 anos de idade que a pobre Hades descobriu essa série e descobriu o Evan Peters, uma das minhas obsessões mais antigas, cof cof.

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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄: Em Bogotá, ele a reencontrou, após três longos anos, desde que viu seu rosto pela última vez. Talvez seus maneirismos tenham mudado e ele tenha se fechado mais, só que se tem uma coisa que não havia mudado nele é a paixão avassaladora que sente por você.

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✮𝅄 Ⳋ original.  ໋◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ nsfw.  ໋◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ contém: palavras de baixo calão, violência, uso de álcool, uso de cigarros, sexo explícito, sexo sem camisinha, sexo oral (fem!receiving), creampie, touch starving, mordidas e arranhões, female & male domination, dirty talk, enemies to lovers, age gap (evan: 37; leitora: 25)◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ música sugerida: die with a smile — lady gaga & bruno mars  ໋◝ ♡

⁽⁹⁵⁵⁰ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ⁾

𝐀 𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 de Evan era um labirinto construído à força, cada curva e cada parede erguidas por experiências que nenhum homem deveria suportar tão cedo. Quando começou no ramo, ele era uma marionete inexperiente, puxada por cordas de ordens e obrigações. Agora, não restava nada daquele homem inocente. As cordas haviam se rompido, e o que sobrou era uma lâmina afiada e fria, lapidada pela dor, traição e a necessidade de sobreviver.

Desembarcando em Bogotá, ele sentiu o ar quente e pesado da cidade envolver seus pulmões como uma lembrança tangível de onde estava e, mais importante, por que estava ali. Seus olhos estavam atentos e sua mente estava alerta a cada rosto que passava e era avaliado; cada detalhe, registrado. Para ele, o mundo era um tabuleiro, e as pessoas, peças que ele manipulava ou eliminava conforme necessário.

Ele não era mais um jogador hesitante.

Agora, era o estrategista, alguém que sabia que um movimento em falso poderia significar o xeque-mate. Porém, diferentemente de um jogo de xadrez, não havia reinício. Cada escolha era definitiva, cada erro era fatal.

Enquanto o táxi o levava pelas ruas caóticas e vibrantes de Bogotá, Evan olhava para fora, mas não via a beleza da cidade. Para ele, os prédios, os mercados e as pessoas eram apenas o cenário de sua próxima operação. Ele tinha uma missão — e para ele, isso era tudo.

Só que por baixo daquela armadura de profissionalismo frio, havia algo que ele não podia ignorar. Evan era como uma corda tensionada, prestes a se romper. Ele vivia com os fantasmas de suas escolhas, com as memórias das vidas que tirou e das promessas que quebrou. Ele nunca admitiria, mas a solidão o corroía.

Havia noites em que ele se perguntava quem ele era além do trabalho, além da fachada impecável.

Chegando no hotel em que ficaria hospedado, Evan pagou a passagem ao taxista e desceu, pegando suas malas, caminhando para dentro do enorme estabelecimento. Ele estava preparado — ou pelo menos precisava acreditar que estava. Afinal, no mundo dele, hesitação era uma sentença de morte.

Era Four Seasons Hotel Bogotá.

O espião entrou no hotel com passos firmes, mas tranquilos, como se fosse apenas mais um turista abastado em Bogotá. Seus olhos, no entanto, contavam uma história completamente diferente. Eles capturavam cada detalhe ao redor — a recepcionista com o sorriso treinado e o olhar cansado, o casal discutindo em voz baixa perto do balcão, e o segurança próximo ao elevador que fingia estar desinteressado, mas cujos olhos varriam o saguão como os dele.

Ao se aproximar da recepção, ele ajustou o paletó de forma quase imperceptível. Era um movimento ensaiado que ocultava sua arma sob o tecido caro. Ele sorriu para a atendente com a precisão de um ator veterano, entregando seus documentos falsificados e recebendo a chave de seu quarto em troca.

— Se precisar de algo, senhor Langdon, estamos à disposição.

Tate Langdon, agora era um nome que entrava para a infinita lista dos muitos que já tivera.

Ele respondeu com um aceno educado e pegou a chave do quarto 1204, uma suíte luxuosa no último andar. Caminhando entre os turistas, misturando-se com os risos e murmúrios descontraídos, Evan parecia relaxado, mas sua mente era um campo de batalha.

Sua tarefa era simples em teoria, mas perigosamente complexa na prática: infiltrar-se na rede de contatos de Miguel Alvarez, um dos homens mais poderosos e violentos da máfia colombiana. Alvarez não era apenas um criminoso; ele era um fantasma. Poucas fotos, muitos boatos, e nenhuma evidência que pudesse derrubá-lo sem derrubar metade dos pilares que sustentavam um sistema corrupto. Evan precisava de um artefato específico — um pen-drive criptografado que continha registros financeiros detalhados, ligando Alvarez a um cartel europeu e várias figuras políticas influentes.

Subindo no elevador espelhado, ele ajustou os punhos da camisa, o olhar fixo em seu reflexo.

— Simples — murmurou para si mesmo, ironicamente. — Roubar um pen-drive debaixo do nariz de um monstro cercado por outros monstros.

Ao chegar ao corredor do 12º andar, Evan caminhou até a porta da suíte, destrancando-a com a chave eletrônica. O quarto era uma demonstração de tudo que havia de bom naquele lugar luxuoso, com janelas do chão ao teto que ofereciam uma vista deslumbrante da cidade, móveis de couro e mármore, e uma garrafa de vinho já esperando sobre a mesa lateral. Ele largou a maleta no sofá e percorreu o espaço, verificando câmeras ocultas e pontos vulneráveis, uma segunda natureza que nunca o abandonava.

Alvarez estaria presente na recepção de gala de um consulado hoje a noite — sua única chance de se aproximar o suficiente para conseguir criar um "vínculo" mínimo, e ser convidado para algo em sua casa, e assim pudesse pegar o pen-drive. Era uma jogada de alto risco, mas era por isso que ele estava ali.

[...]

A noite, após um bom banho frio com uma ducha incrível do banheiro, ele secou os cabelos com o secador e aplicou perfume em seus pulsos e pescoço antes de vestir o terno preto, feito sob medida. Ele se olhou no espelho uma última vez, respirando fundo e indo até lá embaixo para poder sair do edifício e se dirigir até o consulado.

O lugar estava lotado de pessoas da elite, desde políticos influentes até algumas celebridades da Colômbia e outros burgueses. Haviam taças e mais taças de champanhe nas inúmeras bandejas de prata que estavam nas mãos dos garçons que andavam para lá e para cá com seus ternos impecáveis e bem ajustados, assim como havia algo que incomodava a visão de Evan — talvez fosse o excesso de luz dourada. Ele achava aquele maldito lustre extremamente brega, e o fato de todos usarem jóias enormes de ouro que brilhavam ainda mais naquela luz quente.

Dentes de ouro, cordões de ouro, anéis de ouro, rolex nos pulsos gordos... eles eram ricos financeiramente e intelectualmente e refinadamente pobres.

De repente, a varanda do consulado era um paraíso de silêncio em meio ao burburinho da recepção. O espião se recostou na balaustrada de mármore, observando as luzes de Bogotá espalhadas como um mar de vaga-lumes ao longe. O vento fresco da noite trouxe consigo um breve alívio, afastando o calor e o som abafado da festa.

Ele respirou fundo, recapitulando mentalmente os passos do plano. Primeiro, precisava identificar os associados de Alvarez presentes na festa. Localizar o informante que o colocaria mais perto do alvo. Depois, a rota de saída. Sempre a rota de saída. O caminho até o pen-drive era tortuoso, mas ele já havia traçado um mapa mental. Agora só precisava caminhar sobre essa linha tênue com precisão cirúrgica.

A parte mais chata era ter que fazer amizade com Alvarez para poder criar vínculo com ele e ser convidado para uma das inúmeras festas que tinha na casa dele, assim ele conseguiria ter acesso ao cofre e pegar o pen-drive. Quem diria que um mísero pen-drive seria capaz de causar a queda de alguém?

Bom, ele merecia.

— Não mudou tanto, gatinho — uma voz feminina surgiu atrás dele, cortando seus pensamentos como uma lâmina.

Evan virou-se devagar, os olhos estreitando ao reconhecer a figura que se aproximava. Você. É claro que era você. Trajando um vestido fino com detalhes dourados, que parecia uma arma por si só, caminhava como se tivesse todo o tempo do mundo, com os saltos ecoando na pedra da varanda.

Por um instante, Evan não respondeu. Apenas a observou, seu olhar frio contrastando com o sorriso irônico que estava em seus lábios.

— Claro que tinha que ser você — ele suspirou, endireitando-se. — Por que não me surpreendo?

— Porque você já sabe que eu sempre estou um passo à frente — começou a andar lentamente em sua direção. — Estou aqui para te avisar: dê meia-volta e vá embora. Isso não é da sua conta.

Evan deu um sorriso curto, mas sem humor.

— Acho que você confundiu as coisas. Essa missão é minha. Você que deveria sair daqui.

— É mesmo? — arqueou uma sobrancelha, parando a poucos metros dele. — Quando você for encontrado morto numa cova rasa não diga que eu não te avisei.

— E você acha que eu vou ouvir seus avisos? — ele deu um passo à frente, agora a distância entre os dois era quase inexistente.

Não recuou. Pelo contrário, inclinou a cabeça ligeiramente, com o sorriso malicioso ainda presente.

— Não, Evan. Eu sei que você não ouve. Por isso...

Antes que ele pudesse reagir, você se moveu. Rápida como uma cobra, e tentou agarrar o braço dele, mas Evan estava preparado. Ele desviou, torcendo seu pulso, com habilidade e forçando-a a se afastar.

— Não tão rápido — ele murmurou, segurando-a firmemente por um instante antes de soltá-la.

Você girou o corpo com um chute alto que ele bloqueou, os dois entrando em um combate corpo a corpo que era bem desorganizado. Os seus golpes eram rápidos, precisos, mas Evan não era mais o novato de três anos atrás. Ele bloqueava, contra-atacava, cada movimento calculado para igualar a força e a agilidade.

Por um instante, conseguiu desequilibrá-lo, o empurrando contra o parapeito. Mas antes que pudesse capitalizar a vantagem, ele a puxou pela cintura e a girou, prensando-a contra a pedra fria.

— Ainda acha que pode me intimidar? — perguntou, ofegante, mas com o olhar fixo no seu.

Você sorriu, mesmo presa entre o corpo dele e a sacada.

— Você está melhor do que eu lembrava. Mas não se empolgue. Isso não é um jogo que você pode ganhar.

Com um movimento ágil, escapou, girando o corpo e se afastando alguns passos. Vocês ficaram ali, encarando-se no silêncio pesado, ambos recuperando o fôlego.

— Então é assim — Evan finalmente disse, ajeitando a postura. — Nossas missões colidiram.

— Parece que sim. — respondeu, o sorriso agora mais discreto, quase sincero. — Quem diria que acabaríamos do mesmo lado... ou talvez, lados opostos.

— Faz três anos desde que eu te vi pela última vez, já até achei que tivesse se aposentado. Ou pior...

Deu uma risada baixa.

— Você sabe como é. Nem sempre dá para ficar no mesmo lugar. Mas você... — o avaliou de cima a baixo, os olhos percorrendo-o com uma mistura de provocação e curiosidade. — Parece diferente.

— Digamos que eu amadureci— ele suspirou. — Ou você achou que eu ia ser o mesmo espião novato que você conheceu no Alabama?

Você arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.

— Acha que falar grosso te faz parecer mais perigoso? Porque, da última vez que te vi, você estava suando frio ao desarmar uma bomba.

— E, mesmo assim, estamos aqui, vivos. A bomba não explodiu, ou será que você esqueceu?

Parou ao lado dele, olhando para as luzes de Bogotá. As luzes distantes.

— Não esqueci. Você se saiu bem... para um novato. — inclinou a cabeça; o sorriso predador ainda presente. — Mas, pelo que sei, você aprendeu rápido. E não parece mais tão... inocente.

Evan sorriu de lado, mas seu olhar ficou sério, perfurando o seu.

— E você, hein? Ainda trabalhando para a sua agência sem escrúpulos, vendendo informações para quem pagar mais? Ou decidiu mudar de lado?

— Acha que ainda sou aquela garota que você conheceu? — rebateu, aproximando-se o suficiente para que ele sentisse o seu perfume, algo sutil, mas hipnotizante. — Você me subestima, e nem esconde isso.

— Provavelmente — ele se inclinou um pouco mais para perto e disse num tom mais baixo, não poderia correr o risco de alguém acabar escutando essa conversa. — Ou talvez eu tenha te conhecido o suficiente para saber que não posso confiar em você.

O encarou com um sorriso ligeiramente desafiador surgindo nos lábios.

— E, ainda assim, aqui estamos. No mesma cidade, a trabalho. Provavelmente no mesmo hotel. Coincidência, não?

— Não acredito em coincidências. Não com você.

Desviou o olhar dele, olhando para baixo, mordendo o lábio inferior levemente e suspirando, fazendo um sinal de negação com a cabeça.

— Mas então, vai ficar se fazendo de difícil, ou vai falar logo no que você está envolvido dessa vez? Algo envolvendo o Alvarez?

Evan não respondeu, mas o silêncio dele já era a resposta que você queria. Para um entendedor, meia palavra basta. No seu caso, a ausência de palavras também podiam significar o suficiente.

— Eu sabia. Senti de longe o cheiro do perigo — sorriu, vitoriosa ao saber de tal façanha. — Olha, se você quer concluir sua missão com sucesso, vai precisar de mim. Alvarez é um terreno difícil, não tenta fazer isso sozinho porque vai fracassar.

— Falando assim, parece até que é você que precisa da minha ajuda.

— Talvez sim, talvez não. Você só vai descobrir se aceitar, só posso te garantir que estamos do mesmo lado.

Evan se calou. É, ele realmente estava bem diferente, usando o silêncio a seu favor.

— Olha, tô no Four Seasons. Se reconsiderar minha proposta, sabe onde me encontrar — tocou o ombro dele antes de voltar para a festa.

Evan estava confuso, se sentia perdido e não sabia muito bem como lidar com isso. Ver essa mulher de novo após três anos havia mexido mais com a cabeça dele do que ele gostava de admitir. Ele se tornou um espião melhor, se tornou um atirador melhor, um investigador melhor, mas não conseguiu impedir que ela entrasse em seus pensamentos e dominasse sua mente novamente.

Essa mulher era traiçoeira, até mesmo o Diabo teria medo dela — e ele teria mil e um motivos para se justificar.

[...]

A área da piscina do hotel estava vazia naquela madrugada, iluminada apenas pelas luzes azuladas que tremulavam sob a água e pelos postes decorativos ao redor. Você estava sentada à beira da piscina, com as pernas penduradas na água, balançando levemente os pés enquanto observava as ondas calmas. Vestis apenas um robe de seda, de tonalidade marsala.

Evan surgiu por trás, com seus passos abafados pelo piso de pedra. O espião usava um dos roupões disponibilizados pelo hotel. Ele parou a alguns metros de distância, cruzando os braços enquanto a observava em silêncio. Não era fácil admitir que precisava de ajuda, mas se havia alguém tão imprevisível quanto ele mesmo nesse jogo, era você.

— Eu aceito sua ajuda — ele finalmente quebrou o silêncio.

Virou-se lentamente, com um sorriso brincando em seus lábios antes de soltar um riso baixo.

— Olha só, não é que o gatinho veio engatinhando até mim?

— Ah, dá um tempo — ele respondeu, descendo os degraus até a borda da piscina e parando ao seu lado. — Só estou sendo direto. Você tem acesso a coisas que eu não tenho, e vice-versa. Isso não significa que confio em você.

— Ótimo — respondeu, inclinando a cabeça para encará-lo. — Confiança é superestimada mesmo, então foda-se. O que importa são os resultados.

— Vai, fala logo — Evan disse, cruzando os braços enquanto olhava para a água. —Qual é o seu plano?

Você tirou os pés da água e se virou para ele. O brilho em seus olhos estava deixando claro que já havia traçado tudo. — Alvarez é desconfiado, mas tem um ponto fraco: ele adora exibir sua riqueza e poder. E, para isso, ele frequenta um círculo exclusivo de festas e reuniões, onde só pessoas da confiança dele são bem-vindos, principalmente casais. Às vezes ele não é tão próximo dos maridos, mas é mais próximo das esposas e vice-versa. É o jeito dele de filtrar oportunistas e criar uma aura de respeito.

Evan arqueou uma sobrancelha.

Você está sugerindo que fingimos ser um casal?

— Exatamente — respondeu, dando de ombros como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Você e eu, juntos, somos a distração perfeita. Ele vai acreditar que somos um casal entediado da burguesia, tentando entrar no jogo dele. Vamos usar essa fachada para chegar perto, descobrir suas fraquezas e, aí você completa a sua missão e eu completo a minha. Todo mundo sai ganhando.

Evan estreitou os olhos, analisando cada palavra.

— Tenho quase certeza que você foi mandada pra dar um fim nele.

— Se tudo correr bem, sim.

— Fingir ser um casal —  ele repetiu, pensativo, olhando para o céu estrelado da noite quente. — E se ele descobrir que não somos quem dizemos ser?

— Não vai — garantiu, inclinando-se para ele com um sorriso travesso. — Eu sou uma atriz excepcional. E você... bem, basta seguir minha deixa e tentar não parecer tão desconfortável perto de mim.

Evan riu pelo nariz, descrente.

— Ah, claro. Porque isso vai ser muito fácil.

Levantou-se, ficando de frente para ele.

— Vai ser divertido, gatinho. Prometo.

Seus olhares continuaram fixos, ainda hesitante, Evan sabia que não tinha escolha. Você era a chave para abrir portas que ele sozinho não conseguiria.

— Isso ainda pode dar muito errado.

— É por isso que vai dar certo — deu uma piscadela. — Agora vá descansar, Evansito. Amanhã temos um show para encenar.

Deu as costas e estava quase voltando para o interior do hotel quando virou-se para ele mais uma vez.

— Aliás, meu quarto ou o seu?

— O meu.

Evan balançou a cabeça com um meio sorriso antes de vê-la entrar; a mente já trabalhando no próximo passo. Fingir ser um casal com você seria um teste não apenas para sua habilidade como espião, mas para a paciência que ele mal sabia que possuía.

No dia seguinte, você levou suas coisas para o quarto dele, aquele belo quarto. O ambiente era luxuoso, mas ele não se preocupava com decoração, desde que tivesse um lugar confortável para dormir e espaço suficiente para trabalhar. Você, no entanto, não era fã do básico. Assim que cruzou a porta, largou a mala na poltrona de couro ao lado e deu uma olhada ao redor, como se inspecionasse o território.

— Definitivamente o oposto do seu estilo... — você disse, apertando o braço da poltrona refinada. — Aqui tem mais personalidade.

Evan, que estava desfazendo o botão do paletó, lançou-lhe um olhar breve.

— Quartos pra mim são pra dormir e planejar, nada mais.

Você arqueou uma sobrancelha, claramente se divertindo.

— Dormir e planejar, hein? Bem, agora terá que incluir "conviver" nessa lista.

Ele suspirou, largando o paletó sobre a cadeira próxima à cama.

— Já que vai ficar aqui, precisamos estabelecer algumas regras.

Cruzou os braços, inclinando-se casualmente contra a mesa de centro.

— Regras? Já começou o romance com autoritarismo? Adoro.

Evan ignorou o comentário ácido.

— Regra número um: nada de mexer nas minhas coisas. Meus equipamentos, meus documentos, minhas armas... são meus. Você tem sua própria bagunça para lidar.

— Claro, James Bond — respondeu, com um sorriso que dizia que você poderia ignorar a regra se quisesse.

— Regra número dois — ele continuou, apontando para você. — Nada de trazer gente para cá. Esse quarto é nossa base. É discreto, e eu pretendo mantê-lo assim.

— Como se eu fosse convidar alguém para um chá — murmurou, revirando os olhos.

— Regra número três — ele disse, aproximando-se e encarando-a de perto. —Não me acorde se não for uma emergência.

— Defina "emergência".

— Algo que envolva tiros, explosões ou Alvarez — ele respondeu seco, mas com um lampejo de humor nos olhos.

— Entendi, maridão — respondeu, batendo continência de forma teatral.

Evan balançou a cabeça.

— Agora é a sua vez, alguma regra?

Parecia pensar por um momento, com os olhos brilhando de divertimento.

— Apenas uma: não me dê ordens sem explicar o motivo. Odeio homens mandões que não justificam suas ações.

— Justificar minhas ordens? — Peters perguntou, franzindo o cenho.

— Sim — respondeu com um sorriso doce. — Se você quer que eu faça algo, me convença. Ou... boa sorte tentando sozinho.

Ele riu baixinho; uma risada seca.

— Você é insuportável.

— Obrigada pelo elogio — respondeu, batendo palmas levemente. — Agora que esclarecemos as regras, por que não nos apresentamos, hm?

Estava se referindo a uma "apresentação" direta, dizendo os nomes falsos que estavam usando nessa missão.

— Eu sou Tate Langdon.

Ele ofereceu a mão.

— Nesse caso, eu sou Eveline Langdon — apertou a mão dele brevemente. — Prazer em te conhecer, marido.

Ele riu fraco.

— Prazer em te conhecer, esposa.

Aquele era o início de uma união, uma trégua após tanto tempo sem terem se visto uma única vez. Evan ainda tinha suas dúvidas quanto à sua lealdade temporária à ele, mas ele sabia que apesar do passado, você era excelente no que fazia e isso era simplesmente inegável.

Nessa noite, tinham ido ao restaurante do hotel, encontrando Alvarez com a amante e conseguindo captar a atenção dele, como um casal despretensioso que deixou implícito que trabalhava para o crime. Você tinha algumas jóias que tinha roubado uma vez, durante um trabalho e pôde exibir para ele, em seu pescoço e pulso.

Aquilo era determinador, aquilo era poder.

Alvarez gostava de estar rodeado de gente assim, idiota e despretensiosa. Fútil e inescrupulosa, ainda mais se fosse um casal, pois sentia que era como pagar dois pelo preço de um.

Já a noite, a sacada do quarto de hotel oferecia uma vista privilegiada da cidade iluminada. As luzes de Bogotá brilhavam como estrelas caídas. Evan estava encostado no parapeito, com o cigarro entre os dedos e o olhar distante, perdido em pensamentos. A fumaça subia preguiçosa, misturando-se à brisa noturna. Ele parecia tranquilo, mas a tensão em seus ombros denunciava que sua mente estava em alerta, processando cada detalhe da missão e as reviravoltas do dia.

Usava uma calça de moletom preta e nada mais, deixando suas costas pálidas e fortes expostas, assim como seus bíceps e seu peito.

Você abriu a porta da sacada sem cerimônia, com um cigarro entre os dedos e um isqueiro prateado reluzindo na outra mão. Vestia o mesmo robe leve novamente, com os cabelos ainda úmidos do banho. Aproximou-se de Evan, encostando-se no parapeito ao lado dele e acendeu o cigarro.

Por um momento, nenhum dos dois falou. Apenas compartilhavam o espaço, o som abafado da cidade ao fundo e a fumaça de seus cigarros dançando no ar.

— Você fuma mais devagar do que eu lembrava — comentou, quebrando o silêncio.

Peters soltou uma risada baixa; um som raro vindo da nova versão dele.

— E você ainda escolhe os cigarros mais caros, como se isso fosse te livrar do vício.

Deu de ombros, com um sorriso nos lábios enquanto soltava a fumaça.

— Se é para ter vícios, que sejam os melhores.

Ele balançou a cabeça, divertindo-se com o comentário. Era estranho como a sua presença, que antes parecia ser uma constante ameaça, agora parecia... menos pesada. Ainda havia aquela tensão, aquela desconfiança latente, mas havia também algo mais: uma familiaridade confortável, quase reconfortante.

— Você parecia bem à vontade com o Alvarez — ele disse, olhando de canto de olho.

— Faz parte do trabalho — respondeu, com o tom mais leve, olhando para a cidade lá embaixo. — E você? Surpreendentemente convincente no papel de marido dedicado.

Ele riu; um som seco mas genuíno.

— Eu sou um homem de muitos talentos.

— Eu sei. Pelo visto você mudou.

Evan virou-se para você, com os olhos brilhando fracamente na penumbra.

— Você também mudou. Não sei dizer como, mas mudou.

Deu mais uma tragada, desviando o olhar por um momento.

— Acho que a vida nos moldou um pouco mais, gatinho.

O apelido fez Evan rir novamente, mas desta vez não havia sarcasmo ou ironia, apenas um certo alívio.

— Você nunca vai deixar de me chamar assim, vai?

— Se você ficar feio um dia, quem sabe?

Apagou o cigarro no cinzeiro dele.

— Bom, eu vou dormir. Preciso manter minha pele de pêssego — disse, se distanciando da sacada. — Boa noite, marido.

— Boa noite, esposa.

E assim adentrou para o quarto, deixando que Evan finalizasse seu cigarro quieto na sacada. Ele não conseguia parar de pensar em como era estranho, mas ao mesmo tempo reconfortante ter você ao lado dele naquele momento, naquela missão, naquela cidade.

A vida escreve destinos improváveis por linhas tortas, não é mesmo?

[...]

A área da piscina do hotel era o retrato da mais pura nata da burguesia: espreguiçadeiras luxuosas, drinks decorados com frutas tropicais e convidados vestindo roupas de banho de grife. Você e Evan chegaram juntos, a aparência impecável e a energia de um casal perfeitamente sincronizado. Usava um maiô preto de cortes estratégicos, coberto por um robe transparente que mais revelava do que escondia. Evan, com sua camisa de linho aberta e óculos escuros, parecia o retrato de um homem rico e entediado, acompanhando sua mulher por pura indulgência.

Alvarez foi o primeiro a notá-los. Ele estava encostado no bar, segurando um copo de uísque enquanto conversava animadamente com sua amante. Ao vê-los, abriu um sorriso largo, o tipo de expressão que só um homem com uma confiança cega em sua própria importância poderia ostentar.

— Ah, o casal estrela! — Alvarez exclamou, acenando para que se aproximassem.

Você foi a primeira a reagir, esboçando um sorriso que misturava charme e superioridade. Segurou Evan pelo braço, conduzindo-o como se fosse um acessório de luxo.

— Alvarez... — disse, com um tom ligeiramente exagerado, como se estivesse se dirigindo a um velho amigo. — Que coincidência maravilhosa.

Evan, por sua vez, manteve-se no papel, tirando os óculos escuros e mostrando um sorriso relaxado.

— Coincidência? Talvez o destino, amor — ele comentou, com um tom casual e preguiçoso na voz, como se o simples fato de estar ali fosse uma dádiva para os presentes.

Alvarez riu, claramente encantado.

— Vocês dois são um sopro de ar fresco em um lugar cheio de gente chata.

— Bem, nós sabemos como animar um ambiente — disse, pegando um dos copos de champanhe que um garçom oferecia e brindando ao ar.

A amante, que estava ao lado de Alvarez, analisava o casal com curiosidade, mas não parecia imune ao magnetismo.

— Vocês são daqui? — ela perguntou, tentando iniciar uma conversa.

— De Bogotá? — Evan respondeu, fingindo desinteresse. — Não. Estamos... de passagem, digamos assim.

— Somos cidadãos do mundo! — você acrescentou, dando uma risada baixa. — E é fascinante como certos lugares atraem o tipo certo de gente.

A insinuação pairou no ar, sutil e ambígua, mas suficiente para alimentar o ego de Alvarez. Ele adorava se sentir especial, e a ideia de que Bogotá, e mais especificamente ele, era um ponto de atração para pessoas "do mesmo calibre", parecia agradá-lo.

— Sabe, vocês precisam vir ao meu iate mais tarde — o homem disse, inclinando-se para eles como se estivesse lhes oferecendo um presente raro. — A noite vai ser memorável, mis compañeros.

— Não perderíamos por nada, não é mesmo, querido? — respondeu; seu sorriso era tão cortante quanto uma faca bem afiada.

— Com certeza, amor!

Era estranho como esse cara poderia ser tão idiota. E dava para perceber que ele não estava realmente tentando bancar o idiota, ele simplesmente era.

Já à noite, no quarto luxuoso, você estava diante do espelho, finalizando os toques em seu vestido vermelho de seda, ajustando as alças finas nos ombros enquanto analisava cada detalhe de sua aparência. O tecido abraçava suas curvas de forma impecável, e os brincos brilhantes que usava refletiam a luz suave do abajur. Evan, por outro lado, estava sentado no sofá, terminando de ajeitar os punhos da camisa branca que usava sob um blazer escuro. Sua postura era descontraída, mas o olhar era atento, acompanhando você sem que percebesse – ou fingindo não perceber.

— Então — ele começou, com um tom casual enquanto colocava a gravata preta. — Qual é o plano para impressionar nosso anfitrião dessa vez? Outra performance de "sou mais rica e perigosa que você"?

Você riu.

— Funciona, não funciona? Alvarez parece adorar mulheres que podem arruinar a vida dele com um sorriso.

Peters arqueou uma sobrancelha, com um meio sorriso surgindo em seus lábios.

— Bom, você é uma especialista em destruir egos frágeis. Estou só aqui para carregar as suas armas e os seus saltos, quando você estiver cansada de caminhar neles.

Virou-se para ele, cruzando os braços e encostando-se na penteadeira, observando-o.

— E você? Vai continuar com essa sua pose de marido entediado? Porque, sinceramente, está quase convincente.

— Quase?— ele levantou-se, ajeitando o blazer e caminhando até você. — Benzinho, se eu quisesse, poderia convencer Alvarez de que sou seu maior fã e ainda contar uma porrada de historinhas falsas pra ele.

— Isso aí, maridão. Tô gostando de ver.

— Acho que às vezes você se diverte demais.

— Evan ou seria Tate, querido, eu me divirto porque sou boa nisso. Você deveria tentar.

— Eu me divirto — ele rebateu, pegando a garrafa de uísque sobre o balcão e servindo uma dose rápida. — Só prefiro não parecer tão obcecado em mostrar isso.

Você riu novamente, pegando o copo de sua mão antes que ele pudesse beber.

— Vamos, marido, estamos atrasados. E se queremos que Alvarez nos convide para uma festa na casa dele, precisamos marcar presença.

Com um suspiro, terminou de ajeitar a gravata e a seguiu. Não importava o quanto tentassem fingir que estavam apenas fazendo o trabalho, a tensão e a química entre vocês eram impossíveis de ignorar.

Vocês foram até o estacionamento, e Evan se dispôs a dirigir o carro de luxo que ele havia alugado. Cabelos ao vento, rádio tocando músicas do momento, cigarro sofisticado nos lábios... combo completo de uma noite padrão na vida de espiões de alto nível.

A noite estava perfeita para a extravagância que Alvarez havia planejado. O iate era imenso e iluminado como uma obra de arte flutuante, estava ancorado no cais privado, com música ambiente preenchendo o ar e garçons uniformizados oferecendo taças de champanhe aos convidados que subiam pela passarela decorada. O evento era um retrato claro de luxo excessivo, repleto de pessoas que queriam ser vistas e ouvidas.

Vocês chegaram no carro esportivo alugado, estacionando perfeitamente junto à outros carros. Decidiu sair primeiro, com seus saltos brilhando sob a luz suave, e o vestido vermelho que usava parecia moldado pelo próprio vento, dançando ao redor de suas pernas. Caminhava com a confiança de alguém que sabia que todos os olhos estavam sobre si, mas fingia não se importar. Evan saiu logo depois, ajustando o blazer escuro sobre a camisa branca perfeitamente alinhada, e os cabelos penteados para trás, emanando um ar de controle e despreocupação.

Subiram a passarela lado a lado, com as mãos entrelaçadas como se fossem de fato o casal perfeito.

Inclinou-se levemente para Evan, falando baixo, mas suficientemente provocativa para que ele ouvisse o sorriso em sua voz.

— Está preparado para sorrir e bajular?

— Se isso significa que Alvarez vai confiar em nós, então sim — ele respondeu, com seu tom tão casual quanto suas feições. Ele olhou ao redor, atento aos seguranças discretos que estavam posicionados em pontos estratégicos do iate.

Ao chegarem no deque principal, Alvarez foi rápido em recebê-los, com um sorriso largo e exuberante, o tipo de homem que adorava exibir poder e conexões.

— Ah, Eveline e Tate Langdon! — ele exclamou; os braços abertos em um gesto caloroso.

Você sorriu de maneira deslumbrante, oferecendo a mão para Alvarez beijar.

— Não podíamos deixar de comparecer, senhor Alvarez. Parece que você sabe como dar uma festa inesquecível.

Evan ficou ao seu lado, ligeiramente atrás, com seu olhar analisando os convidados enquanto mantinha um sorriso educado. Ele sabia que Alvarez não confiaria completamente em ninguém, mas homens como ele eram facilmente manipuláveis com um pouco de charme e admiração fingida.

— Venham, venham! — Alvarez os conduziu para dentro, passando pelo deque repleto de mesas, champanhe e conversas em voz alta. — Tenho certeza de que vocês vão adorar os convidados de hoje à noite. Gente influente, rica... exatamente como nós!

Você trocou um olhar rápido com Evan, um sorriso de cumplicidade pendia em ambos os lábios. Enquanto estavam indo, Peters recebeu uma notificação em seu smartwatch, fazendo a tela acender com um ícone, e ele fez questão de levantar um pouco a manga do blazer para ver.

Ficou aliviado ao ver que a notificação se tratava de algo bom, e assim uma música específica começou a tocar. Ele pegou sua mão, como se fosse algo muito natural, puxando-a para perto.

Esposita, eu amo essa música — ele sorriu. — Baila conmigo, hm?

Por supuesto, mi amor.

As vozes se misturavam com o som das ondas do mar, mas no centro do iate, podia-se ouvir bem a música "Paloma Ajena" de Los Ecos.

Evan segurava a sua mão com firmeza, mas sem perder a suavidade, enquanto sua outra mão descansava em sua cintura. Você, por sua vez, mantinha uma expressão tranquila, mas seus olhos estavam alertas, captando cada movimento ao redor enquanto seus corpos se moviam em sincronia.

— Qual é a boa, hm? — murmurou, inclinando-se levemente para que apenas ele pudesse ouvir.

— Recebi a mensagem de um informante — ele a girou com destreza antes de trazê-la de volta para perto. — Ele disse que o Alvarez tem uma adega perto da igreja, perto da praia, onde também fica um depósito. Acho que um item que eu preciso tá lá.

Um sorriso triunfante foi desenhado em seu rosto.

— Oh, que ótimo, fico feliz. E o que isso significa, hein?

Você já sabia que ele estava prestes a te pedir algo, mas era bom ouvir ele falar.

— Preciso que a minha digníssima esposa seja minha sniper, enquanto eu vasculho o local.

— Palavrinha mágica?

— Por favor, vai.

— Vai ficar me devendo uma.

— Pode me cobrar depois.

Continuaram dançando e sorrindo um para o outro de um jeito tão natural que até parecia que não era algo ensaiado, que era cotidiano de vocês dois. Mesmo que se negassem a enxergar, tinha uma química gritante pairando e tomando conta de suas auras, porém isso era algo que não estavam dispostos a assumir naquele momento — ou preferiam continuar bancando os idiotas.

[...]

A noite começava a se apoderar do céu ensolarado de Bogotá. Evan estava parado na borda da área da vinícola de Alvarez, um lugar meio isolado cercado por árvores altas cujas folhas balançavam vez ou outra com o vento. O espião vestia roupas escuras e leves, com um capuz escondendo parte de seu rosto enquanto seus olhos calculavam cada ponto mais "fraco" do perímetro.

Do alto de um prédio abandonado perto da igreja, você ajustava a mira de sua arma com uma calma que parecia letal. O rifle estava bem posicionado com um belíssimo silenciador, e seus olhos captavam cada pedaço do local com a precisão de uma predadora.

Você tá na posição? — a sua voz soou baixa pelo comunicador.

— Sim, eu tô. Pelo lado oeste. Vou precisar de você pra abrir o caminho — Peters responde, também num tom baixo, se esgueirando pelas sombras.

Havia duas torres de observação com snipers no topo, e silenciosamente você mirou e atirou na cabeça dos atiradores, fazendo seus corpos caírem sem vida.

Por enquanto o caminho tá livre, pode ir.

Evan foi andando devagar, ajustando o silenciador de sua pistola enquanto mantinha os olhos atentos em cada movimento ao redor. Viu dois capangas perto de um dos portões de entrada e deu um tiro na cabeça de um, e antes que o outro pudesse reagir, lançou uma faca tática em seu pescoço, acertando diretamente sua jugular, o fazendo perder a vida imediatamente.

— Menos dois — ele disse.

O espião foi se aproximando mais do depósito. O local era protegido por mais quatro homens, muito bem armados, porém igualmente desatentos. O homem estudou os movimentos deles por alguns minutos antes de finalmente agir.

Ele arremessou uma pequena pedra para a direção oposta, criando um som que fez com que dois se afastassem para verificar. No momento certo ele avançou contra os dois restantes, os eliminando silenciosamente e quando os outros dois capangas retornaram você os eliminou com tiros certeiros.

— Ótima mira, como sempre.

Eu sei, agora anda logo antes que esse silêncio fique suspeito.

Evan conseguiu adentrar o depósito, pegando o capanga de surpresa com um mata-leão. O espião vasculhava para lá e para cá rapidamente, até encontrar um pequeno cofre escondido em cima de uma mesa de madeira com alguns papéis e maços de dinheiro em cima. Para qualquer espião, abrir um cofre desses é tão fácil quanto saber que 2 + 2 é igual a 4.

Um pouquinho para a esquerda, um pouquinho para a direita e pronto, o cofre estava aberto e não deixaria nenhum resquício de que havia sido aberto — apesar de que os corpos no chão denunciassem que algo fora do padrão havia acabado de acontecer.

— Consegui. Pode ir pegando o carro.

Você respondeu algo como um "pode deixar" mas sua intuição te mandou continuar ali, segurando aquela arma e permanecendo com os olhos bem atentos. Ele estava prestes a sair do depósito quando de repente, vem um capanga sorrateiro pelas sombras, com uma pistola na mão, diretamente apontada para a cabeça de Evan.

Sem nem pensar duas vezes, você mirou na cabeça do homem e atirou, Evan se virou na hora e um pouco do sangue respingou no rosto dele, que ficou estático ao ver o que tinha acontecido. Como ele foi tão descuidado assim?

— O-Obrigado...

De nada.

Seu peito estava dolorido em pensar na hipótese de Evan ter se ferido ou pior, morrido ali. Você ficou quieta, dirigindo em silêncio para finalmente chegarem no Four Seasons.

O quarto estava quieto demais, exceto pelo som abafado das pessoas conversando na rua de um lado para o outro. Você estava sentada na poltrona, fumando um de seus cigarros caros, com a porta da sacada aberta para que o cheiro de nicotina não ficasse impregnado no cômodo. Já havia tomado um banho e colocado seu robe favorito. Já Evan, tinha acabado de sair do banheiro, com uma toalha sobre os ombros e o peito nu, com algumas gotículas de água na pele pálida. Ele estava somente com suas boxers pretas da Calvin Klein.

O homem estava exausto, mas ele sabia que você precisava conversar. Afinal de contas, ele é um espião e era perceptível a mudança em seu comportamento. Ele deixou a toalha em cima da mesa.

— Você vai ficar no seu canto a noite toda deixando seja lá o que for te consumir, ou vai compartilhar comigo?

Parou de fumar, amassando o cigarro no cinzeiro e se levantando abruptamente, virando-se para ele, com os olhos faiscando.

— Você tem ideia do quão estúpido você foi hoje? — o tom de sua voz estava carregando de raiva, mas havia algo mais por trás disso, algo mais profundo.

Evan ergueu uma sobrancelha, mantendo seu tom calmo e frio.

— Se estamos vivos e com a chave, eu diria que foi um dia produtivo.

— Produtivo? — quase riu, mas não havia humor em sua voz. — Você quase foi morto, Evan! Por sorte, eu estava lá para te salvar. Mas e se eu não estivesse? Você já pensou nisso?

Ele deu de ombros, tentando aliviar a tensão.

— Faz parte do trabalho. Risco calculado.

Se aproximou, com o dedo apontado para ele como se estivesse prestes a perfurá-lo.

— Risco calculado? Isso é o que você diz para justificar sua imprudência? Isso não é você sendo esperto ou estratégico, seu idiota, isso é você se jogando de cabeça em uma situação sem pensar nas consequências!

Um olhar confuso tomou o rosto de Peters.

— Eu pensei nas consequências. E se tivesse que fazer tudo de novo, eu faria. Porque é assim que funciona. A gente se arrisca. É o que somos.

Você olhou para o teto, revirando os olhos e respirando fundo.

— E daí? Eu não me importo com o que somos! — você praticamente explodiu, e o tom de voz estava trêmulo de emoção. — Que se foda a missão, que se foda o Alvarez, que se foda toda essa merda. Você acha que eu tô brava por causa disso? Eu tô assim porque eu não suportaria... — pensou em como prosseguir, respirando fundo e acalmando seu tom. — Porque eu não posso te perder, Evan!

As palavras saíram com tanta força que o quarto pareceu ficar em silêncio absoluto. Evan a encarou, sem fala, processando o que havia acabado de dizer. Pela primeira vez, a sua armadura reluzente parecia ter rachado completamente, revelando algo que tinha lutado para esconder durante todos esses anos.

Virou o rosto, como se arrependesse de ter falado tanto, mas Evan se aproximou, com sua expressão suavizando. Ele chamou por seu nome verdadeiro num tom suave, tão suave quanto o robe de seda que você utilizava.

— Eu não sabia que você se importava tanto assim. Na verdade eu nem sabia que você se importava comigo...

— É claro que me importo, seu imbecil! — você respondeu e a frustração estava clara em sua voz. — Por que você acha que eu já te salvei várias vezes? Por que acha que eu propus em me unir a você? Por que acha que eu não deixei você levar a porra de um tiro na cabeça?

O coração de Evan estava acelerado e a mente dele estava confusa agora. Ele nunca imaginou que você fosse se importar tanto assim com ele, até porque, você sempre foi tão astuta, tão segura de si e sempre tão irreverente que ele nunca jurou que pudesse ter sentimentos — talvez só uma parte deles.

O homem ficou em silêncio por um momento, antes de finalmente dizer:

— Eu não vou morrer assim tão fácil. Eu prometo.

Você balançou a cabeça, e sentiu que a raiva ainda fervendo, mas seus olhos suavizando.

— Promessas não significam nada se você não mudar a forma como age.

— Eu vou tentar... — ele segurou suas mãos quentes, trazendo para perto do rosto dele. — Por você.

O rosto dele agora tinha aquela típica expressão de "coitado", e ele olhava para você com a maior sinceridade possível após esse momento tão marcante. Mas a raiva ainda estava bem acesa em seu peito, pela incompetência dele e ele quase ter entregado a vida assim, de bandeja.

Hmpf... — suspirou. — Não acha que vai me ganhar fazendo essa sua cara de coitado porque ela só me dá vontade de...

— De que? — ele beijou suavemente as pontas de seus dedos. — De me beijar?

— Seu idiota...

Foi a última coisa que você disse, antes de inclinar seu rosto na direção do dele e finalmente, após tantos anos, seus lábios se encontrarem. Evan sempre se perguntou se seu beijo tinha o gosto do cigarro caro que você vivia fumando, e realmente tinha, mas também carregava o sabor adocicado do seu hidratante labial de morango — ele gostava, era um contraste entre a sua aparência e a sua personalidade. Os lábios de Peters eram macios, praticamente aveludados, com o sabor suave da nicotina que estava presente em sua rotina.

O agente te beijava de um jeito um pouco "apressado" não porque ele queria que aquilo acabasse logo, e sim porque não conseguia acreditar que finalmente estava te beijando, e ele queria sentir cada mínimo átomo daquele beijo. Queria saborear cada segundo como se fosse o último, como se nunca mais fosse ter a chance de sentir seu gosto novamente.

Desde o Alabama, ele fantasia sobre o calor de seus lábios nos dele. Os mesmos lábios que a poucos minutos atrás estavam lhe dizendo palavras tão duras.

— Não pense... hmm... — você dizia no meio do beijo. — Que a minha raiva passou...

— Desconta essa raiva nas minhas costas... — ele disse num tom completamente arrastado pelo desejo enquanto as mãos fortes iam até a parte de trás de suas coxas, dando um impulso para te pegar no colo e guiar até a cama.

Aquilo te deixava ainda mais excitada, ouvir ele falando algo tão promíscuo assim certamente ligava algo dentro de você, fazia com que aquele seu desejo latente aumentasse. Deitou-se na cama, tendo ele em cima de você, com as mãos em seu corpo a todo instante, deslizando pelas suas coxas e mantendo suas pernas bem posicionadas ao redor de seu quadril forte. Ainda sentia os resquícios da água do banho no peito de Evan, que querendo ou não, te molhavam, mas aquilo era bom.

Suas mãos estavam na nuca dele, o puxando para mais perto enquanto os estalos baixos do beijo estavam ecoando entre os dois, deixando-os ainda mais excitados. Seu robe já estava todo aberto, revelando seus seios por baixo do tecido macio.

Ele afastou os lábios dos seus, olhando com aqueles olhos sedentos, deslizando por seu rosto e seu pescoço, indo até seu peito exposto. Foi descendo rapidamente, depositando alguns beijinhos em seu pescoço, fazendo-a gemer enquanto ia descendo até seus seios. Uma das mãos quentes de Evan apalpou e massageou um seio enquanto o outro pertencia a boca dele, que chupava e mordiscava seu mamilo, vendo como seu corpo reagia aos estímulos.

Você se arrepiava e torcia para que aquilo não fosse só um grande sonho.

— Sua pele é tão macia... — ele gemia contra seu seio. — Hmm... isso é tão bom...

Uma de suas mãos grandes terminou de abrir o robe, fazendo com que o material revelasse seu corpo nu por inteiro. Ele estava tão duro por baixo daquelas boxers, ainda mais agora que poderia ter o vislumbre mais completo daquela obra de arte.

— Posso? — ele parecia até fofo falando assim.

— Você sabe que sim.

E então os lábios dele foram descendo por seu baixo ventre até chegar no ponto mais desejado. Mas ele não foi direto ao que interessava, preferiu provocar um pouco com alguns beijos no interior de suas coxas e umas mordidas aqui e ali. Se ficaria marca ou não, não era algo que interessava agora e sinceramente, você sequer se importaria.

— Você me deixa maluco...

O homem estava salivando ao ver sua excitação escorrendo por sua buceta. Ele mal poderia esperar para saborear aquilo e ele estava tão ansioso quanto quando estava te beijando. Começou dando um beijinho sutil, sentindo como você melava os lábios dele e ele pôde passar a língua para "limpar".

Seu corpo teve um pequeno espasmo somente com isso.

Logo em seguida ele se deu o prazer de te devorar, abocanhando sua buceta e deslizando a língua em seu interior apertado, fazendo-a reprimir um gemido com a palma da mão. As mãos fortes com veias aparentes dele foram até suas coxas, segurando e garantindo que você ficasse no lugar enquanto ele podia esfregar a cara em sua intimidade encharcada.

A língua dele estava subindo e descendo em seu interior, indo e vindo, enrolando-se e desenrolando-se. E ele movia os lábios com precisão, precisão que somente um espião teria, fazendo-a olhar ofegante para baixo e vê-lo com aqueles olhos fixos em suas feições orgasmáticas.

As pupilas daqueles olhos castanhos estavam dilatadas em puro deleite por arrancar tais gemidos de você — ele clamava por isso há tanto tempo, e agora finalmente foi capaz de obter o que tanto almejou.

— E-Evan... p-porra...

— Não consegue me xingar agora, né? — ele disse, num tom sedento, sem tirar atenção de sua buceta. — Caralho, meu nome fica lindo quando você geme assim...

Aquilo certamente era música para os ouvidos de Peters.

— Goza pra mim, vai? Goza na minha língua...

Aquilo estava sendo o auge para que você finalmente pudesse alcançar seu ápice, gemendo na boca dele descontroladamente enquanto ele estava praticamente esfregando o rosto em sua intimidade encharcada. O nariz dele era esfregado diversas vezes contra seu clitóris, causando uma estimulação contínua e a língua e os lábios dele continuavam com o trabalho meticuloso de te fazer ter um orgasmo.

— E-Evan...! — levou uma mão aos cabelos escuros dele, apertando com vigor e ele grunhiu contra seu sexo ao sentir, não parando com aquele ritmo sedento nem por um segundo sequer.

E em poucos segundos, seu ápice finalmente te atingiu como uma onda violenta numa praia agitada, fazendo suas pernas tremerem junto aos seus quadris. Um gemido — que foi quase um grito — de pura satisfação escapou por seus lábios enquanto seu corpo aproveitava a sensação celestial que era atingir o ápice. Você estava bem sensível agora, e ele deu mais alguns beijinhos por cima enquanto recuperava o fôlego.

Seu peito subia e descia pela satisfação, mas aquilo não era o suficiente.

Evan subiu os beijos pelo seu corpo, novamente chegando em seus lábios, enlaçando-os em um beijo sensual, fazendo-a sentir seu próprio gosto. A ereção dele ainda estava coberta pela cueca e ele fez movimentos sutis de vai e vem, te provocando por baixo do tecido.

Suas mãos percorreram o corpo dele, indo até as costas e descendo para a cintura, para que assim pudesse tirar a cueca dele. E ele ainda te ajudou, entendendo o recado e se livrando da peça íntima em questão de segundos. Peters segurou a própria ereção e deu alguns "tapinhas" em sua buceta, deslizando pela parte de fora, melando o pau dele com sua satisfação iminente, misturando-se ao pré-gozo dele.

Você empurrou os quadris em direção aos dele, como se com esse gesto, chamasse por ele.

— Puta que pariu, eu quero me enterrar todinho dentro de você...

Aos poucos ele te penetrou, fazendo você sentir centímetro por centímetro, enquanto olhava em seus olhos e você segurava o rosto dele, sentindo o calor de suas bochechas. Viu as pupilas dele ficarem dilatadas pela satisfação que fluía pelas veias, ele só conseguia pensar no quão bom era estar dentro de você, e no quão bom era finalmente poder senti-la.

— Caralho... — ele gemeu baixinho. — Você é tão gostosa...

Os quadris dele começaram a se mover, fazendo movimentos de vai e vem num ritmo lento no começo, já que você tinha acabado de ter um orgasmo, então claramente estava sensível. Queria que você pudesse se ajustar ao tamanho dele; que certamente não era pequeno.

Sentiu o rosto de Evan ir até seu pescoço, depositando alguns beijinhos que pareciam um pouco desordenados, mas certamente eram bem-vindos e queimavam sua pele com aquele desejo tangível. Estavam gemendo naquele maldito quarto de hotel, com as luzes mais baixas acesas, aproveitando a maciez daquele colchão e os corpos um do outro.

Os braços fortes dele estavam bem nos lençóis, ao lado de sua cabeça, pois ele não queria restringir seus braços. Você levou suas mãos até as costas dele, e quando passou suas unhas pela pele dele, percebeu como ele se arrepiou e gemeu contra seu pescoço. Você sorriu maliciosa com isso pois gostava de saber que tinha controle sobre ele.

— Me deixa todo marcado... pode fazer sangrar... — ele estava necessitado, e isso era adorável.

Aquilo fez seu tesão praticamente triplicar ao saber que tinha aquele homem em suas mãos, e então começou a arranhar as costas dele. Suas unhas deslizavam pela pele macia de Evan, deixando diversos rastros vermelhos como linhas finas que o faziam gemer implorando por mais.

— M-Mais...

Ouvir ele pedindo assim era um deleite por si só, e você continuou o arranhando, marcando como seu, sentindo ele morder levemente seu ombro enquanto gemia num tom tão sôfrego que mais parecia chorar de tesão. Ansiava muito por ouvi-lo gemendo mais, e certamente só estava fazendo o que ele havia pedido: estava descarregando essa raiva nas costas dele. Aquelas costas largas e fortes que cobriam seu corpo entre os lençóis azuis da cama de casal.

O ritmo dos quadris ficou um pouco mais bruto, sentindo ele ir mais fundo e fazendo a pélvis dele estimular seu clitóris em decorrência disso, fazendo-a cruzar as pernas ao redor da cintura dele, não permitindo se afastar de forma alguma. Evan viu estrelas ao sentir isso.

Você seria o motivo da ruína dele algum dia, fosse por esse sorriso que o desmontava por inteiro, ou pela forma como seu sexo o deixava hipnotizado, nas alturas.

Continuou arranhando as costas dele repetidamente, deslizando as unhas com mais voracidade, e tinha certeza que ele iria ficar todo marcado e talvez sangrando, mas quem se importa? Ele estaria mais do que feliz em saber que era marcado como algo seu, como quando colocamos nosso nome em um objeto que nos pertence.

— Porra... eu vou gozar... — ele gemeu necessitado.

E foi aí que você parou.

— Não, não. Não assim.

Ele não entendeu muito, e os olhos foram de encontro aos seus, silenciosamente questionando "como então?".

— Deita na cama.

E assim ele fez, deitando-se com a cabeça em um dos travesseiros macios. Você engatinhou, com um olhar completamente predatório, indo até ele e sentando-se em seu colo, mas sem encaixar, somente rebolando em cima do pau dele, que pulsava de tanta excitação.

Gostava de vê-lo assim, embaixo de você e com o olhar confuso, como quem procura uma resposta em meio ao caos. Apoiou as mãos no peito dele, sentindo a maciez da pele pálida e viu como ele te observava. Para Peters você era a obra de arte mais linda que ele já teve a honra de admirar. Ele gemia baixinho, olhando em seus olhos e vendo o sorriso cruel plantado em seus lábios.

Segurou a ereção dele, obtendo um suporte enquanto finalmente deslizava novamente, sentindo cada centímetro em seu interior e gemia de satisfação. Evan, que estava com as mãos em suas coxas, gemeu de puta satisfação e revirou os olhos embaixo de você. Ele mordeu os lábios e em seguida olhou para baixo.

Era simplesmente o encaixe perfeito, se haviam dúvidas que vocês eram feitos um para o outro, agora todas haviam sido sanadas.

— P-Porra... ugh- com você assim eu n-não sei se vou conseguir me segurar...

Você começou a cavalgar num ritmo gostoso, indo para baixo e para cima, movendo seus quadris numa tranquilidade que era estranhamente excitante. Ele gostava de ver como seus seios balançavam e como sua buceta subia e descia no pau dele, o molhando mais e mais a cada vez que repetia esses movimentos.

As mãos dele foram até sua cintura e desceram um pouco para sua bunda, apertando uma de suas nádegas, fazendo-a morder o lábio inferior.

— Quem é meu gatinho, Evan? — levou as mãos até o rosto dele, acariciando e vendo como ele te olhava com aqueles olhos.

Aqueles malditos olhos. Com o olhar tão entregue.

— Eu... eu sou... — ele assumiu, num tom necessitado e ofegante — Eu sou seu gatinho... — o olhar manhoso era o ponto principal. — Seu... só seu...

— Bom menino, hmmm... muito bem...

Levou o seu polegar até a boca dele, deslizando pelo lábio inferior antes que ele pudesse chupar sem pudor algum, fechando os olhos e se entregando a sensação. Porra, ele ficava tão lindo assim.

Você começou a mover os quadris com mais precisão, indo um pouco mais rápido e inclinando seu corpo para frente para que pudesse cavalgar melhor, apoiando suas mãos ao lado da cabeça dele, no colchão. Evan mantinha os lábios entreabertos e o olhar fixo no seu, como quem implora por um orgasmo.

— E-Eu vou gozar... p-porra, não para, não para por favor, p-por favor... — ele ficava tão lindo gemendo assim, e esses gemidos necessitados só a faziam ir mais rápido enquanto ele apertava sua bunda com vigor.

Involuntariamente, Peters começou a mover os quadris para cima, junto a você, causando o dobro de prazer e te pegando de surpresa, fazendo-a gemer mais alto. Ambos estavam entregues, ambos estavam à mercê um do outro e ele acertava seu ponto mais sensível fazendo isso.

— A-Amor, p-por favor... me beija, por favor me beija enquanto goza no meu pau, hm? Me beija enquanto goza pra mim...

Não resistiu — e nem mesmo queria tentar —, inclinou seu corpo para baixo, beijando-o com uma vontade insaciável enquanto continuavam movendo os quadris em sincronia e puderam finalmente atingir seus devidos ápices. Você gemeu contra os lábios dele, sentindo suas pernas ficarem moles como cubos de gelatina enquanto seus quadris tremiam e seu batimento cardíaco ficava extremamente acelerado, você também sentiu os jatos de porra quente dele te preenchendo.

Peters gemeu contra seus lábios e apertou sua bunda com vontade enquanto sentia a porra dele escorrendo por seu interior apertado. A mente dele parecia ter dado um nó naquele momento, a respiração estava descompassada, assim como os batimentos cardíacos.

Se olharam, ofegantes e cansados após isso tudo e sorriram um para o outro feito dois idiotas que pareciam estar no ensino médio. Se beijaram de um jeito lento, meio perdido mas muito bom de se sentir, com estalos baixos enquanto você saía de cima dele, e se deitava ao lado dele.

Evan ficou de lado e te olhou apaixonadamente, com aquele maldito sorriso bobo, segurando sua mão.

— Eu queria poder te ver assim sempre...

— Nua? — você riu.

Ele riu também e corrigiu-se:

— Do meu lado, sempre que eu acordar de manhã.

Você sentiu aquele calor no peito. Então... realmente estavam apaixonados um pelo outro? Isso era real?

Sorriu carinhosamente para ele.

— Eu acho que, talvez, talvez eu possa providenciar isso depois que tudo isso acabar — brincou, rindo.

— Oh, será que a Sra. Langdon teria um espaço na agenda e no coração dela? — ele brincou, em contrapartida.

— Pra você? Sempre.

[...]

MAIS UMA NOITE SEM DORMIR NOS BRAÇOS DO EVAN PETERS 😭😭😭 PAPAI NOEL VOCÊ PROMETEU 😭😭😭

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