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🔮 𝗯il𝗹 sk𝗮𝗿𝘀gå𝗿𝗱 𑊁

𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: CÊS NÃO TEM NOÇÃO DO QUANTO EU SOU LOUCA POR ESSE HOMEM! Assim, eu sou muito fã do Corvo, há anos, é um filme que tá na família já, eu assisti por causa da minha avó e do meu pai que são muito fãs! E, confesso, detestei esse remake, mas o visual do Bill estava ótimo, não para o Eric Draven, mas de fato estava.

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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄: Sua vida seguia um caminho torto, com estradas enlameadas, onde cada suspiro pendia entre a vida e a morte. Mas quem diria que alguém iria colorir seu mundo e beijar suas cicatrizes? O que não esperava é que esse alguém fosse um assassino de aluguel.

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໋໋✮𝅄 Ⳋ original.◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ  nsfw.◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ  avisos: contém palavras de baixo calão, menção à depressão, tentativa de suicídio, menção à automutilação, violência, uso de maconha, sexo explícito, sexo oral, sexo desprotegido, size kink, creampie, whimpering, praising kink, age gap (bill: 34; leitora: 22), hitman!bill x depressed!reader◝ ♡
໋✮𝅄 Ⳋ música sugerida: young and beautiful — lana del rey◝ ♡

⁽⁹³⁴⁷ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ⁾

𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀, você pensava, era uma dança tortuosa entre luz e escuridão, um equilíbrio tão precário quanto caminhar sobre um fio de navalha. A morte, por outro lado, era a única certeza, o descanso inevitável que pairava sobre todos, como os relâmpagos de uma tempestade distante. Desde pequena, você se perguntava por que insistimos tanto em segurar o fôlego em meio às ondas, sabendo que, no fim, todos seríamos levados pela corrente.

Aos 22 anos, já sentia o peso de mil vidas sobre seus ombros. Não porque tivesse vivido tanto, mas porque parecia carregar em si a melancolia de cada coisa que via ou ouvia. A dor alheia a tocava como se fosse sua, e o vazio da existência se tornara um companheiro constante.

Você via beleza no mundo, mas uma beleza amarga, como uma flor que desabrocha apenas para murchar no dia seguinte.

Havia noites em que a dor era surda, como uma tempestade abafada por paredes grossas. Outras vezes, era ensurdecedora; um trovão que ecoava dentro de si e que ia quebrando cada pedaço de sua força. Nessas noites, se perguntava como seria simplesmente... deixar de lutar.

Não tinha medo da ideia de morrer. O medo, para ti, residia na monotonia da sobrevivência.

Porém havia também uma teimosia latente, uma faísca rebelde que se recusava a apagar. Talvez fosse o instinto humano de se agarrar à vida, mesmo quando tudo parecia desmoronar. Ou talvez fosse a curiosidade cruel de saber o que viria depois, de descobrir se a vida poderia, em algum momento, justificar o preço que cobrava.

Você era órfão, nascida numa família que não teve condições de a criar e te abandonaram num orfanato quando tinha dois anos de idade. Você via crianças sendo adotadas diariamente e na escola via pais levando os filhos. Pensava quando finalmente teria sua família — uma para chamar de sua.

Até que alguns anos depois, aos 10, um casal lhe adotou. Eles eram influentes, ricos e sadios.

O que parecia um sonho bom, se tornou a continuação de um pesadelo e seu arco-íris foi pintado de cinza lentamente quando percebeu que seus pais não lhe dariam a atenção e o carinho que você necessitava, fortificando diversos traumas e inseguranças — e até mesmo criando novos — fazendo-a ficar a cada dia mais triste e oprimida. Eles poderiam ter uma boa condição financeira, você poderia morar numa mansão luxuosa, mas não tinha nenhum tipo de apoio familiar, nada para poder se apegar.

A depressão era inevitável.

Isso fez com que você não tivesse nenhum parâmetro em relação à vida, caindo nas garras ardilosas de parceiros tóxicos, que só podiam lhe oferecer migalhas de afeto quando sequer ofereciam-nas.

Você descontava muito da sua "frustração" com tudo ao seu redor em seu próprio corpo, que tinha sua história sempre coberta por calças e moletons largos. Seus pais não poderiam ligar menos, sempre a negligenciando e pensando em seus próprios mártires.

Então era só isso? Levantar dia após o outro sentindo seu peito vazio e sem nem uma vontade de viver? Cadê o seu final feliz?

A vida era injusta, brutal e crua.

Muitas vezes você já tentou dar um fim nisso, e até nisso a vida conseguia rir da sua cara, fazendo-a falhar miseravelmente. E você chorava, pensando como era tão fraca, até mesmo para algo assim.

Aquela era uma noite tão sem graça, assim como todas as outras, e você estava enrolada em seu cobertor, olhando para a parede com a mente tão vazia quanto as garrafas de champanhe que seus pais estouravam em confraternizações aos finais de semana. E nessa mesma noite, tinham três amigos deles na casa, todos rindo e se divertindo na sala de estar.

Se levantou e foi até a varanda do seu quarto, ficando perto do parapeito, olhando para o jardim e vendo alguns seguranças. Nunca entendeu porque aquela mansão tinha tantos seguranças assim, pra que essa proteção tão reforçada? Parecia até mesmo que o presidente e a primeira dama residiam ali.

Sentiu a brisa fria da noite atingir seu rosto e suspirou, olhou para o chão lá embaixo, vendo o quão alto era. Seu quarto era no terceiro andar. Instintivamente você se sentou na mureta e manteve suas mãos vacilantes no concreto.

Só um impulso. Só um pequeno impulso era o necessário.

Lágrimas quentes começaram a rolar por suas bochechas sem sua permissão, pingando no tecido preto de sua calça. Por que queria e ao mesmo tempo tinha medo? Por que nunca conseguia?

De repente ouviu um barulho vindo do quintal. Um barulho estranho, anormal.

O silêncio reinou novamente. Bom, com certeza não era algo com que teria que se preocupar. Depois ouviu gritos e sons de coisas sendo quebradas devido à um possível alvoroço na sala de estar do segundo andar. Estava assustada demais para se mover, seu corpo entrou em estado de alerta.

Foi então que a porta de seu quarto foi aberta abruptamente por um homem. Seu coração deu um sobressalto quando o viu. Era um homem alto, forte, branco, de cabelos pretos e olhos de um tom de verde indecifrável. Ele tinha algumas tatuagens no rosto junto à sangue, mas seu físico notável estava coberto por algo que talvez seria uma camisa de compressão preta, assim como as calças e os coturnos.

Ele tinha uma faca encaixada num suporte na coxa e uma pistola com silenciador na mão direita.

Quando tentou pular para o fim, ele atravessou o quarto em questão de um segundo, de um jeito que sobrenatural e te agarrou pela cintura no ar, puxando-a de volta com força. Você estava se debatendo, tendo um braço forte dele envolto em sua cintura.

— Tira suas mãos sujas de mim, me solta! Me solta!

Claro que você não era forte como ele. Mas não conseguia aceitar que iria sofrer ainda mais agora. Tinha atirado pedras à cruz de Cristo?

O cheiro de sangue que vinha dele era forte, aquele cheiro marcante de ferro que adentrava suas narinas, te causando uma certa náusea como se você fosse vomitar a qualquer momento. O homem misterioso tirou uma flanela do bolso e colocou em seu nariz, fazendo-a aspirar a droga e rapidamente desmaiar, fazendo-a cair no vazio infinito de perder a consciência.

Não se lembra de muita coisa depois disso, só abriu seus olhos num vislumbre uma vez, com as pálpebras bem pesadas e notou o homem misterioso te segurando como uma noiva enquanto desviava de corpos ensanguentados no chão.

[...]

De repente, acordou. Estava se sentindo estranhamente confortável numa cama desconhecida, e estava num quarto com a iluminação praticamente nula devido ao blecaute que ficava na janela. Porém, ouvia o som de alguns carros passando na pista, motos e algumas businas, uma avenida.

Escutou vozes vindo do lado de fora do quarto. E então percebeu que era uma feminina e uma masculina:

— Por que não matou a garota também?

— O anúncio pedia as cabeças dos pais dela e dos convidados, só isso.

— Aí agora você vai ficar sendo babá de uma mulher adulta? Não tô julgando, porque não conheço ela, mas sei lá, é estranho vindo de você.

— Eu sou bem grandinho, Hades. Relaxa que sei me cuidar e cuidar de outra pessoa.

A voz feminina deu uma risada curta.

— Confio em você, cara. Bom, agora eu vou indo. Só vim porque você pediu — e ouviu a porta principal ser aberta. — Vou matar o filho do governador hoje. Não se assusta com o noticiário.

E a voz masculina riu.

— Você sempre se supera.

— Se cuida. Se você ou a garota precisarem de alguma coisa é só me ligar.

E assim a porta principal se fechou e você ouviu passos vindo até o quarto. Instintivamente você fechou os olhos e se acomodou no cobertor. A porta do quarto se abriu e a mesma voz masculina falou:

— Não precisa fingir que está dormindo.

A claridade do outro cômodo entrava nesse e você abriu seus olhos, vendo o homem parado no batente da porta. Ele estava usando uma regata branca e calças jeans pretas rasgadas. A pele não estava manchada de sangue como na noite anterior e você notava aquele físico musculoso, vendo que ele tinha muitas tatuagens.

Os braços estavam cruzados, olhando para você, que estava encolhida como um animal com medo.

O homem foi até você e lhe estendeu a mão:

— Meu nome é Bill Skarsgård.

Ainda relutante, você apertou a mão dele e se apresentou. A palma da mão dele não era macia como a sua, era rígida, um pouco calejada. Como as mãos de um ferreiro.

— Você é um assassino de aluguel, não é?

Ele riu nasal.

— À essa altura do campeonato acho que já está meio na cara, mas sim.

— E por que não me matou?

— Pelo seu olhar, acho que te fiz um favor.

— Você colocou uma flanela no meu nariz pra eu desmaiar.

— Queria que eu te desmaiasse com um mata-leão? Não parece muito convidativo.

Ele então foi até a janela, abrindo o blecaute e deixando que a luz cinza daquele dia nublado invadisse o quarto.

— Por que não tem grades nas janelas? — você acabou perguntando.

— Porque isso não é um sequestro, talvez? — ele suspirou. — Olha, por que você não levanta e vai à rua comigo? Vou ao mercado.

Você notou uma mochila em cima de uma cadeira estofada — aquela mochila era sua. Ele havia pego coisas no seu closet e preparado aquela mochila? Ainda tinha uma caixa fechada de all star no chão.

— Foi a Hades que trouxe. Você estava descalça ontem e eu não tive tempo de pegar nenhum sapato, dei preferência pra roupa — ele disse. — Espero que seja do seu número.

E saiu do quarto, te deixando sozinha para que pudesse ficar mais confortável.

Você se levantou da cama e calçou o par novinho de all star preto de cano alto, junto à um par de meias de algodão. Realmente, era seu número. Quando saiu do quarto, o homem te indicou onde era o banheiro, no corredor, para que pudesse lavar o rosto.

— Toma esse copo de vitamina C primeiro.

Ele estava pegando suas chaves e carteira no balcão da cozinha e viu um copo alto com um líquido laranja em cima da pia. Era aquele tipo de vitamina que se dissolve na água.

Tomou sem hesitar.

Depois disso, o acompanhou até saírem do apartamento. Notou o interior do prédio, passando pelo corredor e vendo como era simples, mas muito bem cuidado. Desceram de elevador até o estacionamento do prédio, vendo ali vários carros e motos estacionados, junto à um homem que cuidava da limpeza que deu um aceno sutil para Bill — que retribuiu.

Chegaram à um carro preto. Ele apertou o botão na chave para que o carro destrancasse, e abriu a porta para que você se sentasse no banco do passageiro, na frente. Você entrou e se sentou, e ele entrou logo depois:

— Não esquece o cinto de segurança.

Foi a única coisa que ele disse, enquanto verificava o retrovisor e fazia a manobra para sair da vaga, indo para a rua.

A avenida estava tranquila naquela hora do dia. Sem tantos carros ou tantas buzinas, e a julgar pela aparência da vizinhança, aquele lugar com certeza estava localizado no subúrbio. Haviam pessoas caminhando nas calçadas, crianças de mãos dadas à adultos enquanto comiam jujubas, lojinhas pequenas com pouca clientela... como um espetáculo que ninguém apreciava.

No rádio do carro, Bill apertou um ou dois botões e começou a tocar alguma música aleatória. Você logo reconheceu como "Heart Shaped Box" da banda Nirvana. Ele demonstrava gostar bastante da música, principalmente pela forma como as pontas de seus dedos ficavam batendo levemente de forma rítmica no volante enquanto ele não perdia o foco no trânsito.

Em poucos minutos haviam chegado num mercado, era o Walmart, perto do centro da cidade.

Você rapidamente saiu do carro, e ele te seguiu. Era estranho estar fazendo compras depois de tanto tempo, ainda mais como alguém normal fazia. Ele guiava o carrinho e você permanecia em silêncio ao lado dele, quase como se fosse invisível.

— Sou péssimo pra essas coisas. Sabe me dizer se essa aqui tá boa? — ele perguntou, segurando uma maçã.

— Essa não — você pegou outra maçã, uma vermelha e formosa. — Mas essa tá.

— Ótimo — ele pegou e colocou na sacola, dentro do carrinho. — E essas laranjas aqui, você vai me ajudar a escolher também ou vai me deixar errar sozinho?

Você sorriu levemente e o ajudou a escolher o resto das frutas, dos legumes e das verduras.

E depois disso foram na parte de higiene pessoal, para que pudesse comprar alguns produtos para repor em casa, e alguns para você. Desde escova de dentes, shampoo, condicionador, hidratante labial, hidratante corporal, desodorante e absorventes.

Após terminarem a compra, ele pagou com o cartão e levou tudo até o carro.

Chegando novamente no apartamento, Bill colocou as compras sob o balcão da cozinha e começou a tirar alguns itens de lá.

— Já sabe onde é o banheiro — o sueco disse. — Consegue tomar banho sozinha ou precisa de ajuda?

Você permaneceu em silêncio.

— Acho que já sei a resposta.

Ele foi andando até o banheiro do pequeno apartamento e abriu a torneira da banheira, deixando a água encher. Depois ele mergulhou o antebraço na água para verificar a temperatura e viu que estava ideal.

— Não tô aqui pra julgar o seu corpo, não precisa ter vergonha.

Você, ainda relutante, começou a tirar a roupa, expondo seu corpo. Nas coxas você tinha algumas cicatrizes e seus antebraços estavam enfaixados por curativos que eram brancos, mas já estavam completamente ensanguentados. Sentia vergonha de si mesma; vergonha do que fazia com seu corpo em momentos de frustração e raiva.

Mas no fim, vocês dois eram bem parecidos nesse quesito já que os dois usavam roupas pretas para esconder sangue. Apesar dos motivos serem diferentes, tinham o mesmo propósito.

Bill permaneceu em silêncio, e você descartou as faixas na lixeira, entrando na banheira logo em seguida, ficando sentada e abraçando seus joelhos. O sueco nada mais disse, somente começou a te dar um bom banho, um banho completamente merecido. Você sentiu as mãos fortes e as pontas dos dedos completamente habilidosos começarem a massagear seu couro cabeludo com um shampoo que ele havia comprado para você, com uma fragrância que você mesma havia escolhido, junto do condicionador.

A água fazia sua pele arder um pouco, já que sua derme estava debilitada.

Ele despejou tranquilamente sabonete líquido em suas mãos para que você ensaboasse seu corpo e terminasse de se limpar. Com um chuveirinho de inox ele enxaguou seus cabelos e terminou de te dar um banho.

— Levanta.

Você se levantou e ele enrolou seu cabelo numa toalha cinza, depois pegou outra toalha cinza e grossa, e enrolou seu corpo como um burrito, te pegando no colo e levando até o quarto.

Lá no quarto você terminou de se enxugar e ele pegou uma camisa aleatória, preta, no armário dele e pegou um short e uma calcinha em sua mochila. Você ficou de pé e ele se ajoelhou, passando a calcinha por suas pernas, subindo e se moldando ao seu corpo perfeitamente, e repetiu o processo com o short, depois você colocou a blusa.

De dentro do armário dele, o sueco pegou uma caixinha que era um kit de primeiros socorros. Havia mais bandagens como as que você usava antes nos braços e alguns remédios para assepsia e cicatrização.

— Eu sei que vai arder, me perdoa.

E ele fez a assepsia do local; você conseguiu suportar a dor até finalmente enfaixar seus braços novamente.

— Aqui, pode pentear seu cabelo — ele lhe entregou um pente vermelho. — Eu vou fazer alguma coisa pra você comer, não vou demorar.

Em poucos minutos o cheiro do curry fresco com especiarias encheu o apartamento pequeno, criando uma atmosfera surpreendentemente acolhedora. Bill estava na cozinha, focado e meticuloso, misturando o arroz com o curry enquanto verificava a carne no forno. Ele não era um cozinheiro frequente, mas quando se propunha, fazia questão de fazer direito. A apresentação era simples, mas impecável: tigelas brancas com uma porção generosa de arroz dourado, carne macia e legumes coloridos perfeitamente refogados com azeite e páprica.

Você, no entanto, permanecia sentada no sofá, com os braços cruzados, olhando para a parede com uma expressão vaga. A situação ainda era estranha demais. Acordar em um apartamento desconhecido, ser salva por um completo estranho que agora parecia determinado a cuidar de você... tudo isso era surreal. Seu apetite estava longe de aparecer.

Bill não demorou a perceber. Ele terminou de servir as tigelas, colocou uma sobre a mesa de centro e pegou outra. Caminhou até você, parando em sua frente com uma expressão amena, de alguém que está disposto a tentar.

— Você precisa comer, sabia? — disse ele, segurando a tigela com uma mão e um garfo com a outra. Sua voz era firme, mas sem agressividade. Ele sabia o que estava acontecendo.

— Não estou com fome — respondeu, desviando o olhar.

Bill soltou um suspiro breve.

— Eu entendo. Mas seu corpo precisa. Pelo menos um pouco.

Ele abaixou-se até a sua altura, estendendo o garfo com um pequeno pedaço de carne e arroz. Olhou para ele, surpresa e um pouco desconfortável.

— Você tá falando sério? — perguntou, franzindo o cenho.

— Absolutamente — um leve sorriso apareceu em seus lábios, o tipo que quase não se notava. — Vamos lá. Só um pouco.

Hesitou, mas a insistência silenciosa no olhar dele era difícil de ignorar. Por fim, suspirou e abriu a boca, permitindo que ele lhe desse a primeira garfada. O sabor viajou por suas papilas gustativas: o tempero do curry, a suculência da carne e a suavidade dos legumes.

— Isso tá muito bom... — admitiu baixinho, ainda relutante, mas não conseguindo esconder o quanto estava surpresa.

— Claro que está. Eu que fiz — ele sorriu de lado, com um tom quase brincalhão, antes de levar outra garfada até ela.

Você revirou os olhos, mas abriu a boca novamente. A cada garfada, parecia que uma pequena parte do peso em seus ombros diminuía, como se a comida quente e o gesto simples dele a puxassem, mesmo que por um momento, para fora do vazio em que estava presa. Bill continuou alimentando-a enquanto também comia de sua própria tigela, sem comentários adicionais, apenas garantindo que comesse o suficiente. Quando a tigela ficou quase vazia, ele se levantou, pegou os pratos e voltou para a cozinha, como se nada tivesse acontecido.

Por mais estranho que fosse admitir, era grata àquele estranho — que talvez agora não fosse tão estranho assim.

E assim, os dias foram se seguindo naquele apartamento. O apartamento de Skarsgård era um reflexo discreto de sua personalidade: funcional, organizado e sem excessos.

Localizado em uma avenida tranquila no subúrbio, o prédio de fachada cinza não chamava atenção. Era um edifício antigo, mas bem conservado, com janelas de moldura branca que davam ao lugar um ar quase nostálgico. O interior do apartamento seguia um estilo minimalista e prático.

A sala de estar era o coração do espaço. Um sofá de couro preto, de linhas simples, ocupava o centro do ambiente, ladeado por uma mesa de centro de madeira escura. Uma estante estreita abrigava poucos livros, todos com capas gastas, e uma pequena coleção de vinis ao lado de um toca-discos que parecia mais decorativo do que funcional. A única decoração notável era um quadro abstrato em tons neutros pendurado na parede, algo que acreditava ter sido escolhido por obrigação, não por gosto.

A cozinha era separada da sala por um balcão de mármore, era compacta, mas equipada com eletrodomésticos de alta qualidade. As prateleiras eram organizadas meticulosamente, com cada item no lugar. A geladeira, embora abastecida com o básico, sempre tinha espaço para frutas frescas e garrafas de vinho.

O quarto de Bill era tão característico quanto o resto do apartamento. Uma cama de casal com uma colcha cinza bem esticada, uma única mesa de cabeceira com um abajur moderno e uma gaveta que guardava segredos que nunca ousara explorar. Havia um guarda-roupa embutido, cuja única pista sobre a vida de Bill eram as roupas bem alinhadas e em tons monocromáticos.

O banheiro era pequeno, mas funcional, com azulejos brancos e pretos. A pia de mármore possuía apenas o essencial que eram os itens de higiene pessoal — agora dos dois —, e mais outros itens que estavam guardados num pequeno armário embaixo.

Por fim, havia a sacada. Um espaço estreito com uma única cadeira de ferro e uma visão que não era nada espetacular, mas dava para um pequeno parque arborizado. Era ali que Bill passava boa parte das noites, fumando e contemplando o silêncio. Essa parte do apartamento ficava conectada à sala, por uma porta de vidro de correr e cortinas finas num tom creme.

O sueco dormia no sofá da sala, junto à algumas almofadas e um edredom macio que ele tinha dentro do armário. Você dormia no quarto dele, e ele fazia isso porque não queria que se sentisse sem privacidade ou que ele invadisse seu espaço pessoal.

— Eu sou um cara grande, mas o sofá também é grande, então pode ficar tranquila que eu estou bem confortável.

Era o que ele sempre dizia.

No fim do dia ele era um cara que se importava com o seu bem-estar. Sempre queria que você estivesse bem e se recuperasse no seu tempo, e isso ficava implícito nos mínimos detalhes, como o fato de que ele começou a te levar ao psicólogo — que também atendia à ele — e sempre notou a forma como você odiava as bandagens em seu braço, então para tornar esse processo "menos doloroso" ele comprava bandagens de diferentes temas, como corações, dinossauros e hello kitty.

Agora era uma das vezes em que você estava mexendo no seu celular novinho — que ele comprou — e ele estava sentado no sofá, usando o notebook para mandar alguns e-mails e analisar algumas outras coisas. E você desde o início ficava pensando no porquê dele morar nesse apartamento, justamente nesse prédio e localizado nesse local. Ele sempre te deu tudo do bom e do melhor, e também não usava algo que não estivesse nesses pré-requisitos.

— Bill, posso te fazer uma pergunta?

— Você sempre pode me fazer uma pergunta, gracinha. A questão é se eu vou responder.

Você revirou os olhos em negação, agora esbanjava muitos sentimentos.

— Se você tem tanto dinheiro, por que vive aqui nesse apartamento pequeno e no subúrbio?

— Como você sabe que eu tenho "tanto" dinheiro? — ele tirou os olhos da tela do notebook.

— Você sempre passa as coisas no débito e só compra coisas de primeira.

É verdade, ele tinha dinheiro. Muito, muito dinheiro.

A maior parte ficava guardada em um banco seguro na Suiça, e uma parte que não chamaria atenção das autoridades ficava em sua conta normal num banco em que seu chefe tinha amizade com o patrão, então ele não deveria se preocupar com seus dígitos.

— É mais uma questão de discrição. Meu trabalho requer muita cautela e imparcialidade em relação à vida social. Esse apartamento é ótimo para mim, e eu não tenho que me preocupar em ser um "alvo fácil".

— Hmm... — você concordou silenciosamente. — As armas ficam num fundo falso debaixo das almofadas do sofá, não é?

— Não precisa se preocupar, eu já troquei de lugar quando percebi que você andou mexendo — ele disse, voltando a atenção ao notebook.

— Af, seu sem graça — você riu baixinho antes de voltar a usar o celular.

Bill era um cara verdadeiramente legal, e morar com ele ao longo desses três meses estava sendo estranhamente bom, pois você se sentia extremamente confortável perto desse homem gigante quando andava na rua. Ele ficava ao seu lado como um guarda-costas, sempre fazendo o melhor para colocar um sorriso no seu rosto.

O psicólogo dele era ótimo. Era um profissional que atendia principalmente essa galera do "submundo" como assassinos de aluguel, prostitutas, mafiosos e etc. O tratamento estava sendo extremamente efetivo, fazendo-a sentir que seus dias estavam finalmente coloridos, como tanto sonhava que seriam.

As cicatrizes de mágoas passadas ficariam em seu corpo para sempre, mas Skarsgård disse que se você quisesse ele a levaria ao seu tatuador de confiança e que pagaria todas as tatuagens que quisesse para se sentir bem. No fim das contas, esse homem só queria que você se sentisse confortável em sua própria pele.

É interessante analisar como um assassino de aluguel era um anjo em sua vida.

Algumas noites ele precisava sair para trabalhar, e você precisava ficar sozinha naquele apartamento por um bom tempo, mas na maioria das vezes em que ele chegava você já estava dormindo pois era de madrugada. Porém, dessa vez você havia levantado e ido à cozinha para pegar um copo de água e talvez comer algum doce que ele havia deixado na geladeira para você. Fosse uma torta de limão ou um pedaço de pudim com calda de caramelo.

Ouviu a chave girar na fechadura e ele adentrar no apartamento. Estava usando uma roupa muito similar da quando o viu pela primeira vez.

— Não quis te acordar, princesa.

— Tudo bem, eu já estava sem sono.

— Pode voltar pra cama- ugh. Amanhã eu te conto como foi.

Notou o tom de dor na voz dele e rapidamente levou a mão até a parede, procurando interruptor, iluminando aquela figura ilustre. Perto da costela, o tecido fino estava molhado, e a julgar pelo cheiro, era sangue.

— Vai tomar um banho e volta que eu vou cuidar de você.

— Você não precisa — ele tentou contestar.

— Eu quero.

Ele não tentou protestar, e rapidamente se dirigiu até o banheiro. Você pegou o kit de primeiros socorros e voltou para a sala, se sentando no sofá e esperando ele vir.

Em poucos minutos, Bill saiu do banheiro. Era a primeira vez que o via sem camisa, expondo o físico notável, com músculos bem torneados que ficavam ainda melhor quando se lembrava da altura dele: 1,92m. Também era a primeira vez que via praticamente todas as tatuagens que ele tinha naquela pele pálida. Ele estava usando uma calça de moletom cinza e os cabelos pretos estavam um pouco molhados enquanto uma toalha branca estava jogada em seus ombros.

O aroma amadeirado com notas cítricas dele ia longe.

Você deu tapinhas no sofá para que ele se sentasse ao seu lado, e assim ele fez, suspirando.

— Noite difícil?

Você perguntou, começando a fazer a assepsia.

— Alguns trabalhos são mais complicados que outros. Mas nunca são impossíveis pra mim.

Ele respondeu sem nenhuma alteração na voz. Não sabia dizer se ele tinha uma resistência muito boa ao álcool numa ferida, ou se ele só sabia disfarçar muito bem.

Você terminou de cuidar do ferimento sem dizer mais nada e no final enfaixou com cuidado, para que ele pudesse se curar com calma.

— Valeu a pena, pelo menos? — levantou-se, pegando o kit de primeiros socorros. — O trabalho.

— 60 mil. Acho que valeu, sim.

— Que bom, fico feliz — sorriu suavemente para ele, virando as costas para poder ir para o corredor, em direção ao quarto.

Só que ele segurou seu pulso, não com força, mas firme.

— Obrigado.

Aquele agradecimento foi cheio de compaixão e podia ver a ternura nas íris verdes do sueco.

— Não precisa me agradecer, você sempre fez isso por mim.

Naquela hora ele levou a sua mão até os lábios dele, fechando os olhos e depositando um beijo carinhoso no dorso. Sentiu os lábios quentes dele em sua pele macia e seu corpo se arrepiou.

— Boa noite, princesa.

— Boa noite, Bill.

Ele sorriu para você, genuinamente e você retribuiu o sorriso, finalmente indo para o quarto.

[...]

No dia seguinte, Bill disse que teria que resolver algumas coisas na rua na parte da tarde, mas que você poderia se arrumar pois iriam sair a noite. E a noite chegou, estava clara, com o céu pontilhado de estrelas e o som distante de risadas e música ecoando no ar. Bill estacionou o carro em frente ao parque de diversões, lançando um olhar rápido para você, que estava sentada no banco do passageiro com uma expressão de leve surpresa.

Bill usava uma camisa num tom carmesim e por cima usava uma jaqueta de couro, preta, junto à calças da mesma tonalidade e seus inseparáveis coturnos. Já você estava usando uma camisa rosa num tom bem pálido, de gola alta, com uma jaqueta jeans preta e calças que também tinham a mesma tonalidade, e é claro all stars confortáveis.

— O que é isso? — perguntou, olhando para a roda-gigante iluminada que girava lentamente; suas luzes coloridas brilhando contra o céu escuro.

— Um parque de diversões — ele respondeu, abrindo a porta do carro e saindo.

Você revirou os olhos.

— Eu sei o que é um parque, Bill. Mas por que estamos aqui?

Ele deu a volta no carro, abrindo a sua porta sem dizer nada. Quando você saiu, ele fechou a porta e começou a caminhar em direção à entrada, sem se preocupar em dar mais explicações. Você o seguiu, intrigada.

O sueco lhe ofereceu o braço e você não negou pegar.

— Você não parece o tipo de pessoa que gosta desse tipo de coisa — comentou enquanto eles passavam pelos portões.

Bill deu de ombros.

— Não sou. Mas achei que você poderia gostar.

Parou por um momento, encarando-o.

— 'Cê jura?

Ele te olhou de canto de olho, como se você estivesse demorando muito para entender.

— Não sei se você percebeu, mas você precisa sair de casa mais vezes.

Ficou em silêncio, absorvendo suas palavras. Era raro ele se importar tanto com algo, e esse gesto, vindo de alguém como Skarsgård, parecia ainda mais significativo. Começaram a andar pelo parque, passando pelas barracas de comida e jogos, o cheiro de algodão-doce e pipoca preenchendo o ar. Bill parecia deslocado, mas ele fazia um esforço notável para não demonstrar.

Ele comprou vários bilhetes.

— Então... quer fazer o que primeiro? — o mais alto perguntou.

— É uma boa ideia. Não lembro quando foi a última vez que eu vim num parque de diversões.

— Aceita sugestões?

— Com certeza.

— Trem-Fantasma.

Você reconsiderou a ideia.

— Trem-Fantasma?

— Tem medo, princesa? Eu seguro a sua mão, relaxa.

— Não tenho medo! — rebateu.

— Ótimo, então vamos! — ele segurou a sua mão e saiu correndo, te puxando junto à ele para a fila.

Aquele brinquedo parecia simples, mas ano após ano, o parque da cidade se superava em melhorar aquela atração, deixando a atmosfera cada vez mais assustadora. Ao entrarem e sentarem um ao lado do outro no carrinho, uma luz vermelha se acendeu e uma névoa estava tomando conta do chão que dava um efeito de que não havia nada além dos trilhos.

Além daquela luz vermelha haviam esqueletos que tocavam seus ombros, e um caixão que se abria abruptamente e uma múmia fazia menção de cair. Isso além de uma risada maquiavélica no fundo e muitas outras coisas esquisitas. No fim do trajeto, perto da porta de saída, ouvia-se um som baixo de uma risada de palhaço e um funcionário do parque vinha vestido de Pennywise com uma faca na mão, correndo somente para dar um susto.

E funcionou pois você deu um grito e escondeu seu rosto no peito de Bill, que somente colocou a mão em sua nuca e riu. Ao saírem do carrinho do lado de fora da atração, o palhaço saiu pelas cortinas e em silêncio lhe estendeu um balão vermelho segurado por um barbante, como um pedido de desculpas enquanto ele colocava a mão no peito para simbolizar isso.

Você riu e aceitou o balão enquanto dava tchau para ele, e o Pennywise acenava sorrindo.

— Seu grito foi cômico!

— Não teve graça... — você disse, fazendo biquinho como se estivesse frustrada, carregando o balão vermelho.

— Pra mim, teve — ele riu de leve. — Tá bom, sua vez. Escolhe um brinquedo.

— Montanha-russa! — exclamou, alegre.

— Monta-russa!? — ele disse, confuso.

— Que foi? Tem problema?

— Eu tenho um pouco de acrofobia.

— Nem fodendo. Para de mentir pra mim.

— Tô falando sério.

— Tudo bem, princeso. Eu seguro a sua mão.

Você segurou a mão dele, o puxando para a fila do brinquedo e Skarsgård nem mesmo tentou contestar. No fim das contas vocês foram para a atração, e você pediu que o segurança ficasse segurando seu balão enquanto isso. Durava cinco minutos, mas eram provavelmente os melhores 5 minutos da sua vida e Bill tentava controlar o terror crescente dentro dele — não que fosse algo que o deixasse em pânico, mas causava um certo desconforto, sim.

Só que, ver você feliz e ver o quanto você mudou desde o momento em que ele te conheceu até agora, era simplesmente a melhor coisa para fazê-lo superar esse medo, mesmo que só por alguns minutos. Não deu tão certo assim, porque lá em cima ele colocou a mão sobre a sua, apertando um pouco enquanto você ria e ele engolia em seco.

— Foi super divertido! — você disse, dando pulinhos e pegando seu balão de volta.

— Só se for pra você, né — ele comentou, arrumando seus cabelos bagunçados.

Vocês continuaram andando pelo vasto parque.

— Quer jogar alguma coisa? — ele perguntou, parando em frente a uma barraca de tiro ao alvo.

Arqueou uma sobrancelha.

— Você está me desafiando?

Ele deu um sorriso de canto.

— Talvez.

Você pegou a arma de brinquedo que o atendente ofereceu e começou a mirar. Bill cruzou os braços, observando com um olhar crítico. Você acertou dois alvos, mas errou o terceiro, o que fez ele soltar um leve suspiro.

— Você deu o seu melhor, tô impressionado. Agora me deixe mostrar como se faz.

Ele pagou outra rodada e, com uma precisão que claramente vinha de sua "profissão", derrubou todos os alvos com facilidade. O atendente entregou a ele um enorme dinossauro fofinho de pelúcia, que Bill, sem qualquer cerimônia, estendeu para você.

— Aqui.

Você aceitou a pelúcia, tentando conter o sorriso.

— Eu devia estar assustada com o quão bom você é nisso, mas acho que estou mais impressionada.

— São ossos do ofício.

Vocês continuaram caminhando pelo parque e indo em muitos outros brinquedos, foram em todos, todos mesmo. O último era a roda gigante, algo mais tranquilo que todos incluíam na programação para poder fechar a noite e ficarem mais tranquilos. Bill não gostava muito, mas achava que valia a pena, então ele conseguia fazer esse esforço.

O parque ficava perto da praia. Literalmente em frente. E por isso, a roda gigante dava uma visão privilegiada para o mar. A lua cheia brilhava no céu, iluminando as águas calmas e escuras. Você mantinha seu dinossauro de pelúcia no colo e olhava tranquilamente para a paisagem quando a cabine chegou lá em cima.

— É linda, não é? — você disse, observando a lua em toda a sua plenitude.

— É, é linda demais — Bill respondeu, com um sorriso sem mostrar os dentes. Mas ele não estava se referindo à lua.

[...]

Mais tarde naquela noite, você não conseguiu dormir e levantou-se da cama, usando aquela camisa larga e já um pouco surrada. Caminhou pelo corredor curto até a cozinha para buscar um copo d'água e viu Bill. Ele estava na sacada, na pequena varanda que havia ao lado da sala, passando pela porta de vidro.

A casa estava escura, em silêncio.

O sueco estava lá, com uma calça de moletom e sem camisa novamente, agora permitindo que você viesse as tatuagens que ele tinha nas costas, muito únicas. Você tomou seu copo de água gelada e decidiu ir até ele na varanda. Estava apoiado na grade preta que servia de parapeito, observando as poucas luzes urbanas que ainda se mantinham vivas naquele bairro do subúrbio.

Ele tinha um beck na mão. E soltava a fumaça densa pelos lábios.

— Sem sono? — ele perguntou, virando-se para o lado e vendo seu rosto sonolento, mas inquieto.

Assentiu com a cabeça, olhando para a rua junto à ele.

— E você?

— Tô acostumado a dormir depois das uma da manhã.

Vocês ficaram naquele silêncio confortável, lado a lado, analisando a rua e vendo que alguns carros deslizavam pelo asfalto vez ou outra. Haviam alguns morcegos se escondendo nas árvores para poder comer frutas e haviam pessoas chegando de seus trabalhos ou indo para eles naquele horário tão específico.

— Bill...

— Sim?

— Posso te fazer uma pergunta e você promete que vai me responder com sinceridade?

— Eu prometo.

Você brincava com as pontas dos dedos para disfarçar o nervosismo.

— Naquele dia... você me salvou, mas eu ouvi você conversando com a Hades que o anúncio pedia a cabeça dos meus pais e não a minha. Só que... você não perderia nada se me deixasse morrer. E mesmo assim, quis me segurar. Por quê?

Você viu a fumaça densa se desfazendo e sumindo entre vocês após sair dos lábios dele. O mais velho suspirou e então prosseguiu.

— Naquela noite... quando eu abri a porta do seu quarto e te vi alguma coisa mudou aqui dentro, sabe? — ele apontava para a própria cabeça. — Quando eu olhei pra você, chorando daquele jeito, a única coisa que eu quis fazer foi te proteger.

E ficou aquele silêncio novamente, mas um pouco tenso.

— Quando eu era moleque... talvez lá pros meus 12 anos, eu tinha vários irmãos, e o mais velho era o Alexander. Eu e ele nos desentendemos uma vez, sei lá, coisa de criança... e meu pai entregou um estilete nas nossas mãos e mandou que nós fôssemos resolver aquilo como homens, ou ele iria resolver.

Aquilo era triste, fazia seu coração apertar.

— Tínhamos medo dele, então, não vimos outra opção na hora. E nós simplesmente tivemos que brigar. Nos machucamos, adquirimos algumas cicatrizes e choramos.

Bill tinha um olhar triste agora.

— A questão é que, querendo ou não, isso me fez ser quem eu sou hoje. E eu odeio o meu pai por isso... — ele suspirou. — Eu não conseguia entender por que as pessoas que deveriam me amar estavam me machucando. Por que aquilo estava acontecendo?

E ele prosseguiu.

— Quando eu olhei nos seus olhos e vi você prestes a concretizar uma fatalidade, eu vi o mesmo Bill de 12 anos que estava chorando e pensando o quanto a vida era injusta e o quanto todos tinham um final feliz, mas eu não tinha... — ele respirou pesadamente. — Sei lá, eu só queria que... você pudesse ter uma vida diferente. E entender que a culpa não é sua.

O sueco ouviu você soluçar baixinho, e quando olhou para o lado viu você se afogando em lágrimas. Lágrimas puras e cristalinas que escorriam pelo seu rosto, pingando na blusa e marcando o quanto aquele momento tinha sido importante. Não estava chorando de tristeza, muito pelo contrário, era emoção e felicidade.

Ninguém jamais havia se importado tanto com você quanto ele havia, durante todos esses meses e principalmente agora que ele havia aberto o coração e mostrado sua vulnerabilidade ao falar de um tópico tão sensível.

Ele abriu os olhos, fazendo menção a te abraçar, mas se conteve, pois não sabia se você iria querer.

Imediatamente você se jogou nos braços dele e recebeu um abraço verdadeiro. Um abraço apertado do tipo que você não recebia há anos. Sentiu a mão dele afagar seus cabelos enquanto você sentia a pele quente do peito dele contra seu rosto, e os braços fortes enlaçando suas costas e te trazendo para mais perto.

— Por que as pessoas sempre faziam isso comigo? Por que? — você dizia, com a voz fragilizada.

— Pessoas fodidas gostam de magoar pessoas incríveis, de alguma forma isso aumenta o ego deles, e assim eles preenchem aquele vazio enorme que tem no peito.

Por um lado você estava feliz. Havia finalmente encontrado alguém tão quebrado mentalmente quanto você. Finalmente alguém que entendia a sua dor e não te ridicularizava, finalmente alguém que te estendia a mão e dizia que tudo ia ficar bem.

— Olha pra mim, olha pra mim...

Ele segurou seu rosto com as duas mãos; aquelas mãos fortes. Sentiu aquele olhar verde como uma aventurina.

— Naquela noite eu te segurei, e eu prometo que nunca mais vou te deixar cair.

Instintivamente e lentamente você assentiu e começou a aproximar seu rosto do dele, como se estivesse hipnotizada por tudo aquilo. Bill levou o rosto de encontro ao seu e assim seus lábios finalmente foram selados. Algo mais romântico do que você poderia imaginar, já que os lábios dele eram quentes e macios e ele te beijava sem pressa num selar apaixonado e tranquilo como se o tempo ao redor de vocês tivesse parado completamente.

Lentamente ele deslizou a língua por seus lábios, e você entendeu aquilo, permitindo que a dele tocasse a sua. Era de um jeito tranquilo, deixando com que você escolhesse o ritmo e fizesse tudo no seu próprio tempo, do seu próprio jeito. Os estalos baixos de seus beijos ecoavam entre os dois enquanto o sueco te segurava com ternura e desejava que esse momento durasse para sempre.

Sem pressa alguma, puderam saborear o gosto do beijo um do outro.

Quando se separaram, ele te abraçou fortemente mais uma vez, e trouxe sua cabeça ao peito dele, acariciando sua nuca e te deixando mais e mais tranquila. Nenhuma palavra precisou ser dita depois disso, pois tudo o que ele queria e tudo que ele sempre precisou estava nos braços dele agora.

A relação de vocês dois se tornou muito mais íntima depois daquele beijo, naquela madrugada. Você tinha visto um lado de Bill que provavelmente nunca havia mostrado à alguém, e aquilo a fazia sentir ainda mais especial do que ele já a fazia sentir normalmente. Viu como ele só era violento no trabalho, e começou a ver um lado mais sensível e sincero vindo do sueco.

E, porra, ele sabia ser gentil quando ele queria — principalmente na cama. Sempre apreciando seu corpo, mesmo que tivesse as cicatrizes de seu passado que a faziam se arrepender amargamente, mas aquilo era parte da sua história. Ele não queria te levar para a cama logo de cara, pois não queria parecer um idiota que só estava almejando isso.

Sempre quis que tudo fosse no seu tempo, para que você se sentisse confortável o suficiente para fazer algo tão íntimo assim com ele.

Você estava, e como estava.

Agora mesmo, estava na cama de casal do quarto dele — agora dormiam juntos, inclusive — e ele estava distribuindo beijos por sua pele sensível, fazendo-a sentir amada e desejada como nunca. Ele segurava sua mão e distribuía beijos por seus braços, beijando delicadamente cada uma das suas cicatrizes, te fazendo sentir muito confortável.

Ele beijava com ternura, sem medo, sem inibições.

Os beijos foram para seu pescoço, onde ele deixou algumas marcas de sucção, que marcaram levemente sua pele quente. A boca dele foi descendo mais e mais, indo até seus seios, onde ele brincava com ambos, estimulando um com a mão como se estivesse massageando enquanto chupava o outro com vontade, fazendo os sons de sucção ecoarem pelo quarto.

— Bill... — você suspirou.

— Quando você fica gemendo assim, eu nem tenho como me conter... você não facilita a minha situação, minha princesa...

Ele continuou deslizando os beijos por seu corpo, descendo meticulosamente por sua barriga, até chegar em seu baixo ventre e finalmente em sua calcinha. A que você usava em especial era uma preta de renda que ele havia comprado há um mês atrás e que ele achava que ficava completamente esplêndida em seu corpo. Estava de olho em cada mínimo detalhe em você, no quão linda você sempre estava.

Ao invés de ir direto ao ponto, ele preferiu ficar beijando e mordiscando suas coxas, principalmente o interior que era mais sensível e fazia com que você se arrepiasse mais.

— Eu sou louco por você... completamente louco por você... — ele dizia num tom rasgado pelo desejo, completamente identificável.

Sentiu a língua quente de Skarsgård lamber sua intimidade molhada pelo tecido fino da calcinha, que já estava molhado o suficiente e ele começou a chupar desse jeito, como uma forma de te provocar. Você gemeu com a sensação, que de certa forma era excitante mas que poderia ser bem melhor se aquela pequena barreira de roupa não os impedisse.

— Você fica ainda mais irresistível gemendo assim... — o tom sujo desse sueco deveria ser uma das coisas mais promíscuas da Terra.

As mãos grandes e fortes do mais velho deslizavam por sua cintura, buscando as alças da peça íntima e passando pelos dedos para finalmente deslizar por suas pernas e jogar em algum canto do quarto. Agora você estava completamente nua e a única coisa que inibia Bill eram aquelas boxers pretas, que já marcavam sua ereção notável através da luz pálida do abajur que ficava na mesinha de centro.

Você fechou suas pernas por impulso ao sentir o olhar sedento dele em seu sexo encharcado.

Ele sorriu cafajeste e levou uma mão até o meio de suas pernas, deslizando por suas coxas.

— Não, não... nada disso... — ele era a personificação de excitação. — Eu tô morrendo de vontade de sentir você gozando na minha língua... e você vai. — ele deu beijinhos em seus joelhos. — Não vai, amor?

Você suspirou ao sentir o peso das palavras dele, e como aquilo estava estimulando a sua mente. Lentamente foi cedendo e abrindo as pernas, e viu o sorriso malicioso no rosto dele ao ter o resultado esperado.

— Boa garota...

Bill se deitou na cama, ficando mais confortável que antes e começou a depositar beijos lentos por cima de seu sexo encharcado, que melavam os lábios dele. E ele podia se deliciar somente com aquilo, antes de finalmente começar a te chupar com vontade, te devorando.

Um grito de satisfação acabou escapando por seus lábios no momento em que sentiu a língua dele subir e descer em seu interior, te fazendo mover os quadris por conta do estímulo, e havia sido como um espasmo. Totalmente involuntário, que o fez rir e grunhir contra seu sexo ao saber que havia arrancado essa sensação de você, então ele levou as mãos até seus quadris, apertando-os com um pouco de força para que você continuasse no lugar e deixasse que ele seguisse saboreando o que ele mais gostava.

Você levou as mãos até aqueles belíssimos cabelos pretos, sedosos e maleáveis, enrolando em seus dedos e apertando um pouco.

— Aperta mais forte, vida... — ele disse, sem perder o foco no que fazia e assim você fez o que ele havia pedido.

O sueco gemeu de satisfação enquanto não parava de te chupar nem por um segundo sequer. Ele queria continuar naquilo como se a vida dele dependesse disso.

Os lábios dele estavam fazendo um trabalho maravilhoso, saboreando cada mínima parte de você enquanto a língua habilidosa dele se movia para cá e para lá em seu interior apertado, indo de um lado para o outro de baixo para cima, enrolando-se e desenrolando-se. Gemia e apertava os cabelos dele, jogando sua cabeça para trás no travesseiro de fronha sedosa.

O nariz dele era esfregado contra seu clitóris, adicionando mais um estímulo entre tantos que estava recebendo. E, ouvir seus gemidos e sentir seu gosto estava deixando o sueco cada vez mais louco, de repente aquela cueca estava apertada demais nele e sua ereção latejava por debaixo do tecido fino. Ele movia os quadris contra o colchão levemente, como se buscasse algum alívio até que você atingisse seu ápice.

— B-Bill... e-eu tô... eu tô-ahh! — foi o que você conseguiu pronunciar quando o orgasmo te atingiu violentamente, fazendo suas pernas tremerem, assim como seus quadris e você apertava os cabelos dele com força.

E ele estava esfregando o rosto contra sua intimidade, fazendo você ter mais alguns espasmos devido à isso.

— Que delícia, princesa — ele disse, com o rosto ainda perto de sua intimidade, até ir subindo beijos por todo o seu corpo. — Eu amo o seu gosto.

Você aproveitou que ele estava assim, no meio de suas pernas e passou uma perna pelo quadril dele, rolando pelo colchão e ficando por cima, sentada no colo dele. Já sentia o quão duro ele estava por baixo da cueca e ele ficou surpreso pela sua atitude de estar no topo — ele amava e nunca escondia isso. Os olhos dele estavam brilhando pela luxúria que percorria seu sangue.

— Não vai tirar a cueca? — o provocou, com uma risada que pretendia que soasse inocente.

— Agora.

Você apoiou o peso nos próprios joelhos para que ele deslizasse a cueca pelas próprias pernas e jogasse em algum canto do quarto. Sentiu a ereção dele bater em sua bunda e sentiu como a glande estava molhada pelo pré-gozo. Era muito gratificante saber que deixava aquele homem excitado, cego de tanto desejo.

Ele se sentou na cama e agarrou sua cintura, te beijando imediatamente. Um beijo mais necessitado e erótico, mais afoito. Durante o beijo você rebolou lentamente no colo dele, encostando sua intimidade molhada na ereção dele, o fazendo gemer contra sua boca e apertar sua cintura com um pouco mais de força, fazendo com que agora você gemesse contra os lábios dele e ele mordesse levemente seu lábio inferior.

— Eu sou um bom garoto. Pra que me torturar assim? — ele disse, com aquele jeito cafajeste dele, olhando em seus olhos e praticamente implorando para que fodessem logo.

Você levou uma mão até embaixo, segurando a ereção dele e se posicionando, abaixando seu corpo devagar e gemendo de satisfação ao sentir como seu corpo e o dele tinham um encaixe considerado perfeito por ambos. Ele gemeu, mordendo os lábios e fechando os olhos, inclinando levemente a cabeça para trás.

Segurou os ombros dele para obter um bom apoio e sentiu ele levando as mãos até sua bunda para te ajudar com os movimentos caso necessitasse, e assim você começou a subir e descer, rebolando lentamente em alguns momentos. O som molhado de seus corpos estava ecoando pelo cômodo com pouca iluminação e tinha certeza que precisariam trocar os lençóis depois disso.

Du är jävla perfekt... — ele disse naquele tom rouco, inebriado pelo prazer.

Significava algo como "você é perfeita, porra" em sueco.

Seu corpo todo respondia à ele, cada mínimo estímulo, tudo respondia aos toques de Bill, as palavras dele. Aquele homem sabia muito bem como virar seu mundo de cabeça para baixo, e você também sabia muito bem como virar o dele. A cama estava fazendo alguns barulhos devido aos intensos atos, mas não se importando nem um pouco.

Ele pegou uma de suas mãos, que estava no ombro dele e levou até a boca dele, depositando vários beijos afoitos em sua pele quente.

— Puta que pariu... eu mataria por você, sabia? Eu mataria quantas pessoas fossem necessárias só pra sentir você.

— Eu adoro quando você fica falando assim, sabia? — você mordeu seu lábio inferior, não conseguindo esconder o sorriso de excitação.

— Eu sempre vou falar o que você quiser escutar, minha princesa.

E num movimento rápido, Bill te jogou na cama, fazendo você deitar a cabeça no travesseiro e soltar uma risada de perversão pelo ato inesperado. Ele foi subindo mais e mais beijos por seu corpo novamente, até chegar em seu pescoço e por fim seu rosto, onde você segurou o rosto dele e olhou naqueles olhos belíssimos.

Era intenso.

Você passou uma perna pela cintura dele, o puxando mais para perto. E ele se ajeitou no meio de suas pernas, te penetrando lentamente, fazendo você sentir cada centímetro dele — e ele era grande —, enquanto ele sentia seu interior o apertando e como parecia ter sido feito para ele. Pois apesar da diferença de tamanho, sempre foi a perfeita simetria.

Sua boca se abriu em um perfeito "o" e os lábios dele também estavam entreabertos, olhando para seu rosto agora enquanto ele começava a mover os quadris contra os seus, num ritmo lento, mas profundo. Skarsgård fez questão de não segurar a cabeceira da cama em momento algum enquanto fazia isso, porque ele tinha uma necessidade latente de manter as mãos em seu corpo, de sentir sua pele.

As mãos enormes dele estavam entrelaçadas com as suas, pressionando-as contra o colchão.

Aquelas íris verdes estavam olhando diretamente para as suas enquanto ele podia admirar suas reações. Você gemia manhosa ao toque e aos estímulos dele. E o sueco também não poupava gemidos, se entregando completamente à você, que sabia o quanto era desejada por aquele homem.

Olho no olho estava em outro patamar de conexão.

Sentia o pau dele pulsando em seu interior e deslizando, indo e vindo, finalmente atingindo seu ponto mais sensível, fazendo-a gemer mais alto e fechar os olhos por alguns instantes. Tendo isso em vista, ele não poupou esforços em continuar no mesmo ritmo e te fazer ficar mais sensível, contraindo no pau dele diversas vezes devido aos espasmos involuntários do pré-ápice.

— Eu te amo, minha princesa.

Ele disse naquele tom necessitado, levando os lábios até os seus e selando-os num beijo rápido e erótico.

— E-Eu também t-te amo... — mal conseguia falar, mas queria retribuir e saber que a recíproca era verdadeira.

Os lábios do sueco foram até seu pescoço, depositando mais beijos molhados em sua pele. As mãos dele, que antes estavam entrelaçadas nas suas, foram até seus pulsos, segurando-os com pressão e deixando-os contra o colchão.

— Goza comigo... — e em seguida um chupão. — Goza pra mim...

Ver Bill manhoso assim a deixava ainda mais alucinada que antes, e por mais alguns segundos continuaram naquilo, até que os dois finalmente alcançaram um orgasmo juntos. Suas pernas se cruzaram no quadril dele e apertaram com uma certa força, o mantendo perto e dentro a todo instante. Seus quadris tremeram e você gemeu o nome dele manhosa, alcançando o ápice que só ele conseguia te proporcionar.

E Skarsgård sentiu-se desmanchar em seu interior, liberando jatos de porra quente que te preenchiam perfeitamente enquanto ele gemia contra sua pele e apertava seus pulsos, te mantendo debaixo dele.

Apesar de estarem ofegantes e com os batimentos cardíacos acelerados, olharam um para o outro com os cabelos bagunçados e os corpos suados, enquanto tentavam padronizar as respirações novamente, e olharam um para o outro com aquele olhar bobo, junto daquele sorrisinho imbecil de quem está completamente apaixonado por outra pessoa.

Agora aquele homem era oficialmente o seu namorado, e você estava extremamente contente por ter encontrado a pessoa certa, que você poderia afirmar sem medo que era sua alma gêmea. Um cara tão quebrado quanto você, mas que estava disposto a se entender e te entender. Finalmente, teria como montar esse quebra-cabeça tão complexo que era a vida.

Ele finalmente tinha um colo para deitar a cabeça quando quisesse desabafar sobre o estresse do trabalho que escolheu para a vida, e você finalmente tinha alguém que iria te abraçar, uma pessoa que iria ouvir suas lamúrias e alguém que finalmente iria afagar seus cabelos quanto você quisesse chorar — mesmo que essas mãos estivessem sujas de sangue de terceiros.

Duas pessoas com destinos incertos e vidas improváveis que finalmente decidiram entrelaçar os dedos e percorrem juntos essa rodovia confusa chamada "vida". O romance entre um assassino e uma depressiva é curioso, não é?

Ele mataria por você. Você morreria por ele.

[...]

Cês tão gostando desse lance de capítulos mais longos? Eu vou tentar manter, sem perder a qualidade. ❤️🫂

O próximo provavelmente é do Evan Peters, aguardem o reizinho por aqui. E INCLUSIVE NOSSA SENHORA EU AMEI ESCREVER ESSE IMAGINE DO BILL, EU AMEI AMEI 🗣️🗣️ FOI DE UMA SATISFAÇÃO TREMENDA DEPOIS QUE EU TIREI ESSE PLOT DO NADA ‼️‼️‼️

inclusive dear lord when I get heaven please plmds let me bring my man 😭😭😭😭😭😭😭😭

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