␥ 𝗣𝗘𝗗𝗜𝗗𝗢: kvhells
␥ 𝗔𝗩𝗜𝗦𝗢𝗦: 𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘤𝘢𝘭𝘢̃𝘰 𝘦 𝘤𝘳𝘪𝘴𝘦 𝘥𝘦 𝘢𝘯𝘴𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦.
␥ 𝗖𝗢𝗡𝗧𝗘𝗫𝗧𝗢: 𝘏𝘦𝘯𝘳𝘺 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘶𝘮𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘢𝘯𝘢 𝘦𝘹𝘢𝘶𝘴𝘵𝘪𝘷𝘢 𝘯𝘢 𝘧𝘢𝘤𝘶𝘭𝘥𝘢𝘥𝘦.

ᝰ 𝚂/𝙽 𝙿.𝙾.𝚅 ᝰ

𝗛𝗔𝗩𝗜𝗔 𝗔𝗖𝗔𝗕𝗔𝗗𝗢 de chegar em meu apartamento, depois de uma semana exaustiva de provas da faculdade — aquilo realmente era capaz de destruir o psicológico de qualquer um, e tinham vezes em que eu me questionava como ainda não tinha enlouquecido de vez. Vou à aula de segunda à sexta, mas as horas parecem ter sido mais longas durante esses cinco dias, e os dias pareciam não ter fim.

Precisei ligar a tela de meu celular para me certificar de que não era uma grande miragem o fato de serem 18:00 horas da noite, e que hoje era sexta.

Minha maior vontade no momento era chorar, sentia um nó se formando em minha garganta e minha respiração ficar massiva, como se algo pesado me atrapalhasse a respirar. Ao passar pela porta e deixar minha mochila no chão, ao lado do sofá da sala, eu quis me jogar no chão e deixar as lágrimas consumirem aquela atmosfera.

— Oi, vida! — ouvi uma voz muito familiar vindo da cozinha, e em seguida passos que chegaram mais perto, até me deparar com meu namorado.

Sim, eu era uma humilde universitária que namorava um astro de Hollywood, mas não quero entrar em muitos detalhes agora. Os comentários desnecessários vindo de mulheres e algumas pessoas do trabalho dele já tinham me feito perder a fé na humanidade o suficiente.

Henry estava lindo com sua calça de moletom cinza, seu moletom preto e um pano de prato jogado pelo ombro. Pelo aroma que senti, tive a certeza de que ele estava preparando mais alguma coisa deliciosa para mim, como sempre gostava de fazer para me alegrar.

Aquela expressão alegre, com aquele sorriso totalmente apaixonado por me ver, sumiu no momento em que viu minha figura próxima à porta. O cansaço estava evidente em meu rosto e minha aura, era simplesmente inexplicável e eu sabia que ele podia sentir quando eu precisava de cuidado; me sentia uma frágil do caralho porém era uma insegurança com a qual eu estava aprendendo a lidar, tinha que ter mais paciência comigo mesma.

Vi a preocupação tomar conta daquele belo rosto e daquele par de olhos azuis.

— Ah, meu amor, o que houve? — ele deixou o pano de prato encima da mesa da sala e foi à passos largos até mim, parando bem em minha frente.

Senti as palmas quentes de suas mãos em minha face, acariciando minhas bochechas enquanto aquele olhar de preocupação e carinho olhava para mim.

— Eu estou acabada... — eu disse, com a voz falhando levemente por conta do choro que eu tentava segurar com as pequenas doses de força que me restavam.

— Tá tudo bem, minha vida, eu estou aqui — o tom de voz dele tinha um efeito calmante em mim, algo que eu jamais seria capaz de explicar.

Aqueles braços fortes me puxaram para um abraço amoroso, e senti seu perfume viril adentrar minhas narinas, tomando conta de meu olfato com aquele aroma tão marcante e reconfortante, ao mesmo capaz de me inebriar.

-— Ah, eu estou tão... — comecei a pensar em como dizer a forma que me sentia acabada.

— Shhhh... não precisa me dizer nada por agora, está bem? — ele repousou o dedo indicador da mão esquerda bem encima de meus lábios, me fazendo parar de falar. — Que tal eu te dar um banhozinho... e você comer alguma coisa? Fiz o que você gosta de comer...

-— Tá bom, amor... — concordei com a cabeça.

— Ótimo, permita-me cuidar do amor da minha vida — imediatamente senti aqueles mesmos braços fortes que me abraçaram à segundos atrás, irem até minhas pernas e minhas costas.

Quando me dei conta, estava no colo dele. Ri um pouco por conta da sensação de estar de forma tão aconchegante mais uma vez, só que num nível mais elevado — e digo no literal, meu namorado é alto!

Cavill me levou até o banheiro rapidamente, me colocando de pé ao lado da privada e indo até a banheira para poder ligar as torneiras e regular a água numa temperatura agradável para mim — nem tão quente e nem tão fria. Enquanto ela começava a encher, o moreno veio até mim, ainda ajoelhado e começou a abrir os botões e o zíper de minha calça jeans. Eu já havia tirado as meias e os tênis quando entrei em casa, seriam coisas a menos.

Depois de retirar minha calça, ele aproveitou para deslizar as mãos grandes por minhas coxas — sentindo a maciez de minha pele —, e retirar minha calcinha prontamente. Logo em seguida já estava de pé para retirar minha blusa e abrir o fecho do meu sutiã. Era incrível como ele sempre conseguia abrir o fecho do meu sutiã numa facilidade inigualável.

— Pronto. Deixa eu só terminar aqui.

Eu estava nua e encostada na parede, esperando ele terminar de ajustar a água da maneira ideal. Não demorou até ele desligar as torneiras e passar a mão na água para sentir se estava do jeito certo, antes de pegar frasquinhos de vidro que tinham em prateleiras de madeira perto da banheira e de um armário pequeno. Nesses frasquinhos tinham sais de banho e também espuma para banho.

E, tinha outro frasco de plástico roxo e um pouco robusto com um sabonete líquido que tinha uma fragrância excepcional. Henry derramou um pouco dos sais e do conteúdo para fazer espuma na água, deixando a banheira ainda mais convidativa.

Ele retirou o moletom preto, revelando a regata branca que usava por baixo, para que não molhasse a roupa enquanto estivesse me banhando.

-— Vem, vida.

Rapidamente entrei na banheira, com ele segurando minha mão para me auxiliar — já que meu equilíbrio estava por um triz —, e me sentei, sentindo a água cobrir meu corpo até a metade de minha barriga. Primeiramente, meu namorado começou a pegar um pouco de água e passar por meu peito, meus ombros e meu pescoço. Eu só pude fechar meus olhos e relaxar com a sensação.

-— Vamos lavar esse cabelinho, hm? — ele dizia isso de um jeito que aquecia meu coração. — Esse cabelinho lindo que eu tanto amo.

Eu ri com seu elogio.

Henry pegou meu shampoo e meu condicionador que estavam próximos, e também pegou a ducha de mão que havia ao lado da banheira. Regulou a temperatura morna, e começou a lavar meu cabelo cuidadosamente, como sempre fazia. Eu pude me perder naquela sensação deliciosa que era ter as mãos dele massageando meu cabelo com o produto e fazendo aquela espuma divertida, junto com o aroma incrível que pude sentir.

Depois de massagear meu cabelo com o condicionador, vi que ele pegou uma esponja macia e rosada que havia perto da banheira e despejou o sabonete líquido do frasco roxo. Senti ele deslizar a esponja por meus ombros e meu pescoço, vindo com a ducha em seguida.

Aquele momento estava relaxante e me deixava tão calma que não pude aguentar mais aquela sensação angustiante de meia hora atrás, e acabei chorando de exaustão. A faculdade estava me matando, e eu sei que preciso ter um bom psicológico para enfrentar os outros desafios que virão. Percebi minhas lágrimas pingando na água um pouco turva da banheira; que estava com espuma e sais, além de resquícios do meu shampoo.

— Ei, meu bebê, calma... está tudo bem... — ouvi a voz tranquilizante de Henry me confortar enquanto ele enxugava minhas lágrimas gentilmente com seus polegares.

— Não está tudo bem, amor... a faculdade está me matando e sinto que não fui bem o suficiente nas provas... não sei se aguento...

— Escuta aqui, minha vida — ele conseguia falar qualquer coisa num tom de determinação, qualquer coisa que quisesse. — Você é a mulher mais forte que eu conheço, está bem? E você se cobra demais, eu vi como você estava se matando de estudar no mês passado, tenho certeza que você tirou notas excelentes, vai ficar tudo bem.

— Você tem razão... talvez eu não devesse me cobrar tanto... — admiti, era sempre bom ter alguém para me alertar sobre a hora certa de parar, e esse alguém era ele.

— Nós vamos vencer essa ansiedade filha da puta juntos, meu bebê... — ele disse, pegando minha mão completamente molhada e depositando um beijo carinhoso e demorado no dorso. — Nós três vamos.

— "Nós três"? — questionei, confusa por um breve instante.

— É, nós três. Você, eu e sua terapia, bobinha — ele apertou levemente meu nariz enquanto ria, me fazendo rir também. — Agora vamos terminar esse banho para você comer alguma coisa!

— Vamos!

Henry terminou de retirar o condicionador de meu cabelo e lavou muito bem com a ducha, antes de encerrar o banho e eu ficar de pé para que ele pudesse pegar a toalha para me secar. Primeiramente, retirou o excesso de água do meu cabelo, secou meu corpo com uma toalha azul clara que tinha ali perto, e pegou o roupão branco que estava estendido ao lado do dele no banheiro. Quando me dei conta, a toalha já estava enrolada em meu cabelo e meu corpo estava vestido com o roupão enquanto ele deixava a água ir embora pelo ralo, depois de retirar a tampa.

— Senta na cama que eu já estou indo.

Fui até minha cama, e me sentei. Era bom morar no centro da cidade e ter um apartamento grande com janelas panorâmicas na sala e no meu quarto em específico. Eu amava ver as luzes da cidade lá embaixo e as luzes dos prédios quando o céu ficava escuro, sempre apreciei muito esse momento de me deliciar com a magnitude da noite — depois desse banho eu pude me deleitar com essa questão.

Eu tomei banho no banheiro principal que tinha banheira, já no do meu quarto só tinha a ducha; e era com uma pressão incrível, só que eu realmente precisava relaxar.

Meu namorado veio até o quarto em poucos minutos, trazendo o secador preto que eu deixava guardado no armário do banheiro, junto com um creme para pentear e uma escova racket flexível que ele havia comprado para mim há alguns meses.

— Primeiro, uma roupa... volto já! — ele deixou os itens encima da cama e foi até meu closet para pegar o que queria.

Quando retornou trazia uma calcinha rosa bebê com alguns corações, que eu particularmente achava muito confortável — e conforto era o que eu mais precisava nesse momento de estresse.

— Sério? Meu pijama de bananas de pijamas? — eu ri, vendo os pijamas na mão dele.

Era o modelo tradicional do desenho, mas tinha uma figura dos personagens num bolso próximo ao peito.

— Vai ficar linda, vida! — ele riu.

Antes de me vestir, ele retirou meu roupão e pegou um creme com aroma de morangos e baunilha, passando em meu corpo. Sentia suas mãos grandes deslizando por minhas pernas, minha barriga, meus braços, meu colo... eu estava deveras perfumada e sequer tinha passado o perfume ainda. Ele me vestiu rapidamente e me olhou de cima a baixo.

— Simplesmente sensacional, uma deusa, a maioral! — ele se ajoelhou no carpete, bem à minha frente e fez um tipo de adoração como se eu realmente fosse uma deusa.

Eu não podia deixar de me sentir acolhida e amada, ele era simplesmente demais.

Logo, ele se levantou e se sentou na cama — atrás de mim —, e retirou a toalha. Começou a passar creme delicadamente em meu cabelo, e por fim o penteou. Ligou o secador, começando a secar sem pressa alguma, com todo esmero possível, como se eu fosse uma boneca ou um cristal extremamente delicado. E quer saber?

Amo ser tratada assim.

— Pronto — ele deslizou as mãos por meus cabelos. — Cabelo lindo, limpo, hidratado, penteado e seco!

— Obrigada, meu amor.

— Não precisa agradecer, minha vida — ele depositou um beijo delicado sobre meus lábios enquanto pegava o frasco de perfume e borrifava em meus pulsos, meu colo e meu pescoço. — Agora, venha porque você vai comer, querendo ou não.

Revirei meus olhos e sorri levemente com a forma como ele sempre teve esse "complexo de pai". O que, para falar a verdade, não era uma coisa ruim.

Henry disse que eu poderia ficar na sala, que ele viria trazer o que havia preparado. Sei que o sofá era confortável, mas quis me sentar no carpete macio do cômodo e deixar que ele colocasse a comida encima da mesa de vidro que tinha no centro. E, novamente, não demorou para que ele viesse com simplesmente minha comida favorita!

— Você realmente fez minha comida favorita! — eu ria, feito uma criança numa loja de brinquedos em puro êxtase.

O cheiro estava maravilhoso, assim como a aparência.

— Eu te falei. Sabia que você ia precisar depois dessa semana difícil! — ele riu. — Fiz seu suco favorito também.

Estava num copo alto com três cubos de gelo.

— Eu sou muito sortuda por ter você como meu namorado!

— E eu sou sortudo por você ter me escolhido — ele pegou minha mão e fez um carinho repleto de ternura, enquanto me olhava com aqueles olhos azuis que pareciam duas pedras preciosas. — Agora come, come!

Começamos a comer, e realmente, Henry cozinhava bem para caralho. Não que isso fosse algum mistério, pois todo mundo que o conhece sabe desse seu dom, mas é incrível como ele sempre consegue me surpreender toda vez que cozinha, preparando uma comida ainda mais saborosa que a anterior. Comer algo que eu gostava muito me deixava extremamente feliz, e ter alguém que eu amasse tanto preparando isso para mim me deixava feliz em dobro.

Depois de terminarmos de comer, ele levou os pratos e os copos até a cozinha, colocando na lava-louças em seguida, e voltando com um pote de sorvete de um litro. Era levemente cilíndrico e tinha uma tampa redonda; era do meu sabor favorito.

Sentei-me em seu colo, quando ele se sentou no carpete novamente e se apoiou no sofá. Ele passou uma mão pela minha cintura e colocou o pote encima da mesa para que nós dois pudéssemos comer juntos. Teve até um momento em que ele ficou me dando na boca, com moderação não é ruim.

Por um instante, beijei-o. Pude sentir muito bem o gosto do sorvete em sua língua quente e a forma como o sabor de espalhava por minhas papilas gustativas chegava a ser surreal de tão bom. Todas as vezes que nos beijavámos, eu sentia que estava no paraíso. Fosse pela proximidade de nossos corpos, ou a forma como seus lábios macios se moviam lentamente sobre os meus.

Agora eu estava de banho tomado e alimentada, entretanto continuava exausta. Minha mente estava pedindo uma pausa depois de raciocinar a semana inteira. Henry disse que eu poderia ir para a cama já que ele iria lavar a louça. Fui até meu quarto, escovei meus dentes em meu banheiro e ajeitei minha cama para poder deitar confortavelmente.

No momento em que deitei minha cabeça no travesseiro macio e de fronha sedosa, minha mente imediatamente relaxou, permitindo que meu corpo cedesse a todo aquele cansaço acumulado. Devo ter cochilado por alguns minutos, antes de sentir o corpo quente de meu namorado se deitar na cama, ao lado do meu.

Ele havia puxado um pouco a manta soft cinza clara para poder se cobrir. Ainda com meu corpo meio sonolento, me ajeitei sutilmente, indo para cima de seu corpo, podendo colocar minha cabeça em seu peito e ouvir seus batimentos cardíacos suaves e sentia a forma como sua caixa torácica subia e descia lentamente. Seus braços fortes abraçaram meu corpo com ternura e eu abracei seu torso forte da maneira que pude.

Senti um beijo suave no topo da minha cabeça.

— Eu te amo, Henry... — eu disse, meio sonolenta.

— Eu também te amo, S/N — ouvi ele dizer antes de pegar no sono novamente.

[...]

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AI COMO EU SOU TRISTE 😭😭😭😭