𝗣𝗘𝗗𝗜𝗗𝗢: sofiimag

𝗣𝗢𝗧𝗘𝗡𝗖𝗜𝗔𝗜𝗦 𝗚𝗔𝗧𝗜𝗟𝗛𝗢𝗦: 𝘴𝘦𝘹𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪́𝘤𝘪𝘵𝘰, 𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘤𝘢𝘭𝘢̃𝘰, 𝘥𝘰𝘮𝘪𝘯𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘯𝘢 𝘦 𝘮𝘢𝘴𝘤𝘶𝘭𝘪𝘯𝘢, 𝘤𝘩𝘰𝘤𝘬𝘪𝘯𝘨 𝘬𝘪𝘯𝘬, 𝘴𝘭𝘰𝘸 & 𝘥𝘦𝘦𝘱 𝘴𝘦𝘹, 𝘴𝘦𝘹𝘰 𝘰𝘳𝘢𝘭 (𝘧𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘯𝘰 𝘦 𝘮𝘢𝘴𝘤𝘶𝘭𝘪𝘯𝘰), 𝘢𝘨𝘦 𝘨𝘢𝘱 (𝘤𝘪𝘭𝘭𝘪𝘢𝘯: 43; 𝘭𝘦𝘪𝘵𝘰𝘳𝘢: 23).

𝗖𝗢𝗡𝗧𝗘𝗫𝗧𝗢: 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦́ 𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘢 𝘥𝘢 𝘧𝘪𝘭𝘩𝘢 𝘥𝘦 𝘊𝘪𝘭𝘭𝘪𝘢𝘯 𝘔𝘶𝘳𝘱𝘩𝘺, 𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘵𝘦𝘯𝘴𝘢̃𝘰 𝘴𝘦𝘹𝘶𝘢𝘭 𝘨𝘪𝘨𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴𝘤𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘷𝘦𝘭𝘩𝘰, 𝘦 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘰𝘶 𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘥𝘢𝘳 𝘶𝘮 𝘧𝘪𝘮 𝘯𝘪𝘴𝘴𝘰.

📃𓂃⭑ᜊ

𝗠𝗔𝗜𝗦 𝗨𝗠𝗔 𝗔𝗨𝗟𝗔 havia chegado ao fim naquele semestre. As aulas da faculdade de teatro eram sempre animadas e dinâmicas, jamais pensou que o tempo cursando fosse passar tão rápido, já estava no quarto — e último — ano. Aos 23 anos de idade, estava mais do que disposta a se tornar uma grande atriz usando todo o conhecimento acadêmico adquirido.

Enquanto ajeitava algumas coisas em seu armário, uma menina se aproximou. Com seus lindos cabelos escuros e lisos, seus olhos azuis e sua pele pálida feito um copo de leite.

— Está tudo na sua mochila direitinho? Vai dormir na minha casa hoje!

Se tratava de Miranda Murphy, filha do famosíssimo ator Cillian Murphy, que havia sido ainda mais prestigiado agora que estava interpretando Thomas Shelby, na série da Netflix Peaky Blinders. Simplesmente havia bombado nas mídias.

— Claro que está tudo na mochila, sou bem precavida! — você disse, dando tapinhas na mesma.

— Ótimo! Vamos! — ela pegou sua mão e rapidamente te levou até o lado de fora, onde puderam pegar um Uber para irem até a casa da mesma.

Miranda era extremamente parecida com o pai, não tinha tantos traços da mãe, Yvonne, que inclusive se divorciou de Cillian recentemente. Ela era muitas vezes explosiva em suas ações, mas estava disposta a ajudar e enteder todos, sempre estando ali para estender a mão sem olhar a quem. Como explicar aquele fenômeno?

Mesmo não tendo personalidades tão parecidas, ela era sua melhor amiga, uma pessoa fenomenal e que não trocaria por ninguém nesse mundo — assim como ela também não o faria. Já tinha ido a casa dela diversas vezes, e conhecia seu pai acima de tudo, ele prezava por sua amizade com a Murphy mais jovem. Chegando na luxuosa mansão onde ela morava, desceram do carro e foram comunicar o porteiro para poderem adentrar.

A entrada principal era uma coisa divina, com o piso branco e de um material de primeira qualidade, que lhe deixava com medo de pisar pois temia que quebrasse. Aquela casa não se comparava com seu apartamento no centro da cidade, pensou em quantos apartamentos teriam que ser vendidos para dar o valor total daquele lugar. Subiram prontamente as escadas, andando pelo vasto corredor, cumprimentando alguns empregados e adentrando o quarto de Miranda.

Cillian só chegaria a noite, estava ocupado gravando a quinta temporada de Peaky Blinders.

— Eu vou tomar um banhozinho, pode ir no outro banheiro também! Vou pedir uma toalha para a Margareth! — ela disse, se referindo a uma das empregadas, enquanto você colocava sua mochila num canto do quarto, ao lado da mesinha de cabeceira.

Você iria dormir em um dos quartos de hóspedes, especificamente o que ficava ao lado dela.

— Aqui, sua toalha! Pode ir para o quarto! Toma um banhozinho e veste alguma coisa confortável porque a gente vai passar o resto da tarde sem fazer porra nenhuma! — era incrível como ela dizia com um sorriso no rosto.

— A gente merece, as aulas foram cansativas! — você sorriu de volta.

Chegando no quarto de hóspedes, colocou sua mochila encima de uma cadeira estofada que ali havia. Era um quarto bem grande, com cama de casal, cortinas enormes, mobílias chiques, banheiro, espelho grande, e um armário simples porém sofisticado.

Foi tomar um bom banho, pois necessitava. Passou o sabonete líquido em seu corpo, se ensaboando necessariamente e aproveitando a pressão da ducha que estava com uma deliciosa água morna. Lavou também os cabelos, passando um xampu que tinha um leve aroma de mel, devia fazer muito bem para o cabelo. Terminando o banho, se secou devidamente e se vestir.

Já eram cinco horas da tarde, ninguém iria mais sair, nem você e tampouco Miranda, então iriam colocar pijamas. Optou por vestir a camisola rosa clara de cetim que tinha — era o presente de uma tia rica da família —, com as alças finas e um pequeno decote na frente, também não era tão longa e nem tão curta, muito menos transparente. Era o ideal.

Secou seus cabelos com o secador cinza que havia no banheiro e depois o guardou devidamente no armário embaixo da pia. Passou seu perfume com aroma de jasmin e calçou pantufas que sua amiga tinha separado para que ficasse confortável.

— Posso entrar? — ouviu Miranda batendo na porta.

— Pode, sim — você respondeu, colocando seu celular para carregar, ficando encima da mesinha de cabeceira, ao lado do abajur.

— Uh, deslumbrante! — a menina disse, te olhando com um sorriso no rosto.

Olhou para ela e viu que ela usava uma camisola branca com alguns bordados, e era um pouco mais longa que a sua, remetendo a alguma vestimenta da época vitoriana. Que não tirava o charme.

— Você também! — respondeu, a olhando e colocando suas mãos no quadril.

— Vem, vamos comer alguma coisa! — ela riu. — E assistir alguma coisa também!

Descendo as escadas, passaram por uma empregada antes de chegarem na cozinha. Aquele cômodo era enorme, tinha uma bancada enorme de madeira de primeira qualidade, geladeira de inox, cooktop e tinha a cozinheira da casa, que lhes deu boa noite antes de terminar seu turno, voltaria amanhã pela manhã. Todos os empregados da casa se retiravam às 18h e voltavam às 8h do dia seguinte. Não vinham aos sábados ou domingos, somente quando Cillian pedia e mesmo assim pagava extra.

Miranda se sentou na bancada após pegar algumas coisas na geladeira e também um cheesecake tão lindo que parecia de vitrine.

— Fez hoje, tá fresquinho! — colocou ao seu lado.

Você pegou pratos e talheres, isso já tinha memorizado onde ficava.

— Nossa, esse cheesecake deve estar muito gostoso! — você disse, pegando uma fatia.

— Pode apostar que está! A Donna cozinha muito bem!

Ao dar uma colherada, percebeu como realmente estava divino, extremamente saboroso e bem feito. Poderia comer vários pedaços sem se enjoar, de fato, o melhor que já tinha provado na vida.

— Menina, eu tô toda dolorida! — Miranda reclamou.

— É por causa da ginástica, você não tá acostumada — riu levemente. — Toma um relaxante muscular.

— Quero ficar logo igual você, sem sentir que meu corpo está cheio de nó!

— É que eu já faço ginástica à três anos, você faz à quatro meses. Normal, mas logo mais passa! Só tomar bastante água, relaxante muscular e descansar, você vai acordar novinha em folha!

— Tá bom, tá bom! — ela concordou, comendo um pedaço da sobremesa. — Mas então, você viu a caloura que o Nathan tá namorando?

— Eu vi! Nossa, muito feinha...

— Parece que depois da Grace o gosto dele para mulheres decaiu — ela riu, amavam uma boa fofoca e julgamentos sem precedentes.

— Tá julgando por que? Você não tá com o Matt? — você questiona na mesma hora.

— O Matt é bonitinho, tá?

— Bonitinho? Você já pegou melhores, Miranda...

— Nisso você tá certa! — ela apontou sutilmente a colher para seu rosto. — E você?

— Tô sozinha.

— Sozinha porque quer, né. Quase todos os meninos da irmandade te querem! — ela disse em contrapartida.

— Eu gosto de homens mais velhos, não aqueles idiotas da irmandade.

— Vai pegar um professor então? O Sr. Davis é atraente!

— Cala a boca, caralho! — você deu um tapinha na perna da Murphy mais jovem e assim as duas caíram na gargalhada.

Depois de colocarem a louça na lava-louças, foram até a sala, se jogarem no sofá para aproveitarem e jogarem video-game. Você já era da casa, frequentava a mansão Murphy à dois anos, então não era estranho e podia se sentir muito confortável naquele lugar. Fofocavam e riam entre si, com piadinhas idiotas e histórias aleatórias de dentro da faculdade, era sempre bom se manter informado em nome do entretenimento.

Estavam bem distraídas jogando jogos diversos e tomando refrigerante, quando você precisou subir para retirar seu celular do carregador, com certeza já havia atingido 100%. Quando foi descer as escadas, o dispositivo quase escorrega de suas mãos no momento em que aqueles olhos de tonalidade azul clara observaram seu corpo coberto pela camisola rosa.

— O-Oi, Cillian! — você acenou para o mesmo enquanto ele estava no pé da escada, te fitando atentamente.

Não o chamava de "tio", pois ele mesmo pediu que não houvessem formalidades.

— Oi, S/N — abriu um sorriso, mas que belo sorriso ele tinha.

— Vem, S/N! — ouviu Miranda te chamar.

Prontamente você deu "play" na sua vida, depois de ficar olhando para ele por alguns instantes e desceu a escada. No momento em que chegou no pé da escada ele subiu, e o dorso de sua mão encostou levemente em seu braço, o que te deixou com um sentimento estranho, não sabia dizer o que era mas ficou "animada"? Talvez fosse isso.

Era evidente que ele poderia subir as escadas sem problemas enquanto você descia, pois os degraus eram extensos, e mesmo assim quis esperar você descer.

Voltando para o sofá, continuou jogando video-game com sua melhor amiga por um tempo, só que sua mente só pensava naquele homem. Não conseguia definir exatamente o motivo pelo qual pensava tanto nele, tinha algo no mesmo que sempre a intrigava. Ficou esperando que ele descesse aquelas escadas a qualquer instante para que pudesse vê-lo novamente, mas pelo visto só o veria amanhã — com muito otimismo —, se ele não saísse antes das 9h para retornar as gravações da série.

— Amiga, acho que eu vou dormir, o relaxante muscular tá fazendo efeito... — Miranda disse, coçando os olhos com o dorso das mãos.

— Claro, eu vou também! — levantou-se de prontidão para poder desligar o console e ir até o segundo andar da residência.

Ela foi rapidamente para o quarto e deveria estar dormindo como uma pedra, a coitada estava começando a sentir os impactos da ginástica, no início é normal ficar com o corpo bem dolorido mas iria passar depois que ela tivesse uma boa noite de sono. Já você, não tinha sono algum. Inclusive o motivo que tirava seu sono estava no último quarto do vasto corredor.

Era errado sentir atração pelo pai da sua melhor amiga?
Sim, talvez fosse. E, você incessantemente se culpava por sentir aquele misto de sentimentos por ele, porém era inevitável.

Cillian Murphy não era só um rosto bonito e um corpo esculpido, ele era um homem inteligente, carinhoso, gentil, talentoso, e muitos outros adjetivos positivos.

Eram quase 23h, não conseguia dormir de forma alguma. Ficava apenas rolando de um lado para o outro do cama enquanto usava o celular, e nem mesmo a internet conseguia prender sua atenção naquele momento. Decidiu sair do quarto para poder andar pela casa e espairecer as ideias. Às vezes quando estava sem sono, gostava de ficar na área do quintal, na parte de madeira entre a grama, com a piscina enorme e com luzes no fundo, que ficavam acesas durante a noite.

A única coisa que não esperava era que o motivo da sua falta de sono estivesse lá, sentado numa espreguiçadeira enquanto lia um script. Usava uma regata preta e um short azul escuro de um tecido peculiar, a julgar pela aparência era cetim. Ele acabou notando sua presença.

— Ah, S/N! Oi! — o mais velho exclama, animadamente.

— Oi, desculpa atrapalhar...

— Não atrapalhou, fique tranquila. Eu só estava lendo algumas coisas no script! — disse, enquanto mexia nos papéis.

— Pensei que fosse estar morrendo de sono, Miranda me disse que as gravações de Peaky Blinders estão sendo desgastantes...

— Estão sendo mesmo desgastantes, mas até que hoje não foram tanto. E você? Por quê não consegue dormir? — ele questionou isso, puxando a outra espreguiçadeira para perto e dando tapinhas na mesma, para que você se sentasse.

Prontamente o fez.

— Acho que tomei muito café — deu uma desculpa esfarrapada, não podia dizer que estava sem sono pensando nele.

— Vocês jovens pesam muito a mão na cafeína, sabia? — ele riu, que sorriso lindo o desgraçado tinha. — Mas então, como está sendo o último ano da faculdade?

— Está sendo ótimo, eu amei todo o conhecimento que adquiri durante todos esses anos, e todas as pessoas incríveis que eu conheci... não sei o que vou fazer no final do semestre, parece que depois da faculdade eu vou ficar sem rumo.

— Eu sei como você se sente, eu fiquei me sentindo assim em relação à Peaky Blinders, essa é a penúltima temporada, não sei se estou pronto para a última.

— Se apegou ao Thomas Shelby, não foi? — encostou levemente no ombro dele, um pouco nervosa pelo gesto inoportuno.

— Bastante! Mas tenho que aprender a me despedir dele! — ele suspirou. — Quando você atuar e tiver personagens marcantes, vai entender como eu me sinto, tá?

— Esse é o tipo de perrengue que eu quero passar! — você sorriu.

— Tenho certeza que você vai se tornar um ícone na atuação daqui uns anos. Vou adorar contracenar com você um dia se me der a honra.

— Para mim que seria uma honra contracenar com você!

— Hmm, julgando pela sua aparência e pela sua personalidade... você facilmente interpretaria mocinhas. Mas é muito talentosa, então os papéis podem variar!

— Que tipo de papel eu poderia interpretar, além de mocinha? — questiona, totalmente curiosa.

Aqueles olhos que pareciam duas safiras, te olhavam de cima a baixo, deixando nervosa e tensa. Viu ele umedecer o lábio inferior com a língua enquanto mantinha o olhar fixo em você.

— Não sei... — ele passou a mão pela pele exposta de seu ombro, te fazendo arrepiar. — Talvez a mulher fatal que faz com que todos fiquem aos seus pés.

— N-Não sei bem se eu conseguiria — você respondeu, totalmente sem jeito.

Sentia que poderia derreter com o toque dele.

— Ah, você consegue sim, minha querida... — ele agora subiu a mão até seus cabelos, pegando gentilmente numa mecha e enrolando no dedo indicador.

— A gente vai continuar nisso ou vamos nos beijar logo? — você questionou, sem escrúpulos e sem medo algum.

— Ainda bem que você falou, porque eu já estava ficando louco — ouviu aquela voz grave e potente com o sotaque irlandês fizer, antes de levar a mão até sua nuca, onde agarrou seus cabelos e te puxou para um beijo.

Selaram seus lábios rapidamente e de maneira afoita, ansiavam por isso a um bom tempo, então o "desespero" era totalmente compreensível. Suas mãos foram até os ombros dele, enquanto o mesmo levou a outra mão até o meio de suas pernas, fazendo carinho na coxa. Seus lábios quentes causavam estalos baixos. Era bom finalmente sentir como era beijar o fucking Cillian Murphy, porque tinha ansiado por isso à muito tempo.

O mais velho rapidamente te puxou para o colo dele, fazendo com que você se sentasse com as pernas em cada lado, e assim ele pudesse te tocar melhor. Suas mãos estavam na nuca dele, o deixando arrepiado com seu toque a medida em que te beijava ardentemente. As mãos do mais velho foram até sua bunda, levantando o tecido fino da camisola e tocando em sua pele, apertando sua carne com vigor, aquele toque inesperado te fez gemer contra os lábios dele, e ele mordeu seu lábio inferior levemente como uma provocação.

— Eu estou louco pra te foder nessa camisola desde mais cedo, e eu nem mesmo preciso tirá-la... — aquele tom animalesco e repleto de desejo deixava evidente que realmente estava enlouquecendo por sua causa.

Os beijos estavam frenéticos e afoitos, ambos desejavam isso à um bom tempo. Você o enlouquecia, ele te enlouquecia. A faísca entre vocês era perigosa, como brincar com fogo em um posto de gasolina, poderiam se queimar a qualquer instante. Só que para falar a verdade, não estavam se importando com nada no momento que não fosse o calor do corpo um do outro.

— Eu poderia te chupar bem aqui se soubesse que ninguém iria aparecer — você sussurrou no ouvido do irlandês, o deixando mais louco do que já estava.

A ereção proeminente debaixo do short de cetim do mais velho deixava isso bem claro.

— Vamos para o meu quarto. Agora... — ele disse "pausadamente", entre beijos.

Levantaram-se da espreguiçadeira rapidamente, pegou o script para ele, pois o mesmo estava no mundo da lua. Subiram as escadas enquanto ele segurava sua mão, a cada degrau pisado, você sentia uma corrente elétrica percorrer seu corpo, era a excitação misturada com a adrenalina. Por sorte o cansaço misturado com o relaxante muscular fariam Miranda dormir plenamente a noite inteira.

Cillian te levou até o quarto dele, fazendo com que você entrasse primeiro e ele pudesse trancar a porta. No momento em que você deixou o script encima da mesinha de cabeceira, o mais velho foi ao seu encontro ansiosamente e de forma autoritária disse:

— De joelhos.

Prontamente retirou a regata que vestia e jogou para algum canto do quarto, fazendo você se deslumbrar com aquela pele macia que ele tinha. Obedeceu sua ordem sem questionar, se ajoelhando no chão de madeira. A ereção dele estava totalmente marcada pelo short de cetim, e no momento ele levou a mão até os shorts, abaixando junto com a cueca, deixando o membro exposto.

O pau dele estava pulsando com as veias bem aparentes, e a glande rosada totalmente melada de pré-gozo. Sua buceta estava totalmente encharcada, a calcinha deveria até mesmo pesar com a umidade. O mais velho levou a mão esquerda até seu rosto, segurando em seu queixo, apoiando o dedo polegar no mesmo, fazendo com que você olhasse para cima.

Aqueles malditos olhos de safira estavam fixos aos seus, te fazendo ficar vulnerável. O polegar dele deslizou perigosamente até seu lábio inferior, acariciando o mesmo enquanto te fitava atentamente, da mesma forma que um predador analisa cada traço de sua presa antes de atacar.

— Você parece estar salivando, docinho — o mais velho apertou levemente suas bochechas. — É a sua hora de provar que pode ser a femme fatale...

Atendendo ao pedido do mesmo, se aproximou mais, pegando em seu membro de uma forma confortável e começou a masturbá-lo devagar. Sua mão ia da base até sua glande, que melava um pouco sua pele. Cillian gemeu, um gemido rouco carregado com o desejo que estava sentindo. Sentia que cada mínimo som que aquele homem fizesse seria esplêndido. Ficou o masturbando por mais alguns minutos, no mesmo ritmo lento e tortuoso para que mostrasse a ele que poderia ser má se desejasse.

A mão forte dele, foi até seus cabelos, agarrando-os de maneira que facilitasse seu trabalho. Até que então lambeu toda a extensão de seu membro num ritmo ameno, para que ele acabasse enlouquecendo. Os gemidos dele deixavam bem claro que você estava atingindo seu objetivo. Por conta de ter um pau grande, você teve uma leve dificuldade em fazer oral, então teve que masturbar o que não cabia em sua boca.

Não era bem um trabalho difícil, mas fazia você ficar lacrimejando pelo esforço, deixando com que sua língua explorasse melhor todo o tesão que ele tinha. Sentiu o pau dele bem próximo de sua garganta, se engasgando inúmeras vezes, enquanto ele gemia e jogava a cabeça para trás a medida que seu ritmo ficava alternando.

— Para, para... — ele pediu, recuperando o fôlego. — Está na minha vez... não espere bondade vinda de mim depois disso aqui, querida.

Você se levantou do chão para que ele te colocasse sentada na cama, com as costas encostando nos travesseiros com a fronha macia. O mais velho ficou à sua frente, começando a beijar seu pescoço enquanto deslizava perigosamente a língua por sua pele quente, descendo para seus seios que estavam cobertos pela camisola. Imediatamente os dedos ágeis dele abaixaram as alças, deixando os seios expostos. Seus mamilos estavam rígidos e sua pele tinha se arrepiado por conta do toque ardente.

Vez ou outra Murphy brincava com a língua em seu mamilo enquanto massageava o outro com o dedão e o indicador. Você gemia timidamente, tinha medo de não se controlar e acabar gritando a qualquer momento — coisa que infelizmente não combinava com a ocasião. Enquanto descia os beijos por seu corpo, ele abaixou ainda mais para suas coxas.

Disse que poderia te foder sem precisar tirar sua linda camisola, e ele iria.

Os beijos dele estavam se concentrando no interior de suas coxas, beijos quentes e molhados que ele fazia questão de depositar demoradamente, para que tivesse o máximo de contato com sua pele. Chegando em sua intimidade encharcada, prontamente levantou mais a camisola, deixando na altura de sua barriga, e retirando sua calcinha de renda com facilidade. No momento em que ele viu como você estava molhada, ficou hipnotizado.

— Você parece estar salivando, querido... — disse, de forma debochada, lembrando-se de como ele havia dito essa frase a alguns minutos atrás.

Um sorrisinho cafajeste tomou conta dos lábios dele por breves instantes.

— Tenho ansiado por isso a tempos, querida... — ele disse, se posicionando no meio de suas pernas enquanto você acariciava aqueles cabelos sedosos. — Tenta ficar quietinha...

Foram as últimas palavras que você ouviu antes de sentir a boca quente dele em sua buceta. Reprimiu um gemido com o máximo de esforço que conseguiu ter naquele momento. Cillian apertava suas coxas com gosto enquanto te chupava como se não houvesse amanhã, os olhos fechados em puro deleite deixavam isso bem claro. O misto de sensações eram simplesmente sensacional, tinha uma vontade incessante de gritar.

Nunca pensou que ele fosse tão bom naquilo, mas ele estava ali, dando 100% de si e mostrando que gostava do que fazia, podia passar horas a fio te chupando sem se cansar. Agarrou aqueles cabelos com um pouco mais de força, fazendo ele gemer contra sua intimidade, e você pôde sentir, assim como o sorrisinho de vitória que deveria ter se delineado naqueles lábios sensuais. A língua dele se enrolava e desenrolava em seu interior, se movia de várias formas, atingindo diversos pontos específicos.

E o nariz dele... ah, o nariz dele...

Estava sendo sutilmente esfregado contra seu clitóris enquanto ele mantinha a língua em sua intimidade, de uma forma extremamente prazerosa e espetacular. Não tinham palavras que pudessem descrever o quão bom ele era com aquilo. Mas não demorou muito para que o irlandês dos olhos claros parasse de fazer aquilo.

— Não faça essa carinha... é complemente justo, já que eu também não gozei.

Você estava um pouco ofegante mas foi completamente capaz de deixar seus olhos seguirem cada passo dele, a ponto de vê-lo pegando um pacote de camisinha na gaveta da mesinha de cabeceira. Voltando para a cama, ele abriu o pacote num movimento rápido com os dentes e a mão, podendo se "vestir" tranquilamente.

Por sua vez, gostava de saber que ele estava completamente excitado daquele jeito por sua causa.

Murphy veio se deitar sobre você mais uma vez, selando seus lábios calmamente porém de um jeito sensual que te deixava sem chão de tão bom que era. O homem apoiou uma mão no colchão, bem ao lado de sua cabeça, enquanto a outra foi até sua coxa direita, dobrando sua perna levemente para obter um encaixe melhor. Entendeu rapidamente o recado e passou essa perna ao redor do quadril dele, facilitando os movimentos.

O encaixe foi perfeito, como já era de se esperar. A cada centímetro que você sentia, tinha vontade de gritar, mas felizmente seus gritos eram contidos pelos lábios dele que estavam sobre o seu, te beijando sensualmente. Felizmente não era a única que estava se controlando para fazer o mínimo de barulho, pois conseguia ouvir os gemidos abafados dele também.

Não demorou para que ele começasse a mover os quadris, indo para frente e para trás num ritmo lento e tortuoso, porém extremamente bom. Não iriam negar que na verdade o que queriam era sexo bruto com tapas e gritos, só que como não podiam no momento por razões óbvios. Mesmo que o sexo não estivesse sendo do jeito que queriam, continuava sendo delicioso.

Ao invés de rápido e bruto, era devagar e profundo.

A cada movimento dos quadris do mais velho, sentia que estava atingindo um ponto especial em seu interior. Você segurava aqueles bíceps, como se fosse cair da cama a qualquer momento — ou pior, no abismo do orgasmo.

— Puta merda, você é tão gostosa que vai me deixar viciado nessa buceta — ele dizia, ofegante.

E aquela porra de par de olhos de safira estavam fixos no seu, as pupilas estavam levemente dilatadas e a respiração quente dele estava bem próxima de seu rosto, podendo inclusive sentir o hálito com cheiro de menta e uísque. Sentir a pele dele em constante "atrito" com a sua, estava te levando a loucura, as vezes acabava gemendo alto sem querer, era incontrolável.

— Põe a mãozinha na boca, põe... — ele dizia baixinho, sussurrando.

Você soltou um de seus bíceps e levou a mão até a boca, se controlando o máximo que conseguia para fazer o mínimo de som possível. Daria de tudo para poder ouvir o som de seus quadris indo de encontro agora, rezava para que logo mais tivessem uma oportunidade sem Miranda ou qualquer outra pessoa por perto.

— C-Cillian, para, para... — você sussurrou, com a voz falhando um pouco.

— O que foi? — ele questiona calmamente, depositando beijos em seu pescoço. — Eu estou te machucando?

— Não... — você o puxa mais para perto, podendo sussurrar em seu ouvido. — Eu tenho que exercer o meu papel de femme fatale, lembra? Quero ficar por cima.

Murphy sentiu que poderia gozar só com sua fala e o tom de sua voz, não conseguia negar que havia se animado com isso e rapidamente trocou de posição com você, carregando um sorriso espontâneo naqueles lábios rosados. Agora ele estava deitado na cama, e você estava se ajustando no colo dele.

Usou seus joelhos como apoio e foi descendo devagar até estar completamente sentada, sentindo cada centímetro te preenchendo mais uma vez. Notou a forma como ele havia fechado os olhos em puro deleite, e estava se controlando para não fazer nenhum barulho. As mãos do mais velho foram até sua cintura para obter um certo apoio enquanto algo como um grunhido baixo deixava os lábios dele.

— Gosta assim, hm? — começa a se mover para cima e para baixo, rebolando os quadris levemente de forma que não te machucasse, e obviamente não o machucasse também.

Estavam ali com uma ambiguidade: o prazer.

— Me diga, Sr. Murphy. Gosta da forma como eu cavalgo em você, hm?

Essa pergunta nem mesmo precisava de resposta, o corpo dele falava por si só. Gemia baixo, se controlando ao máximo que podia, e os olhos estavam fechados, escondendo as íris azuis que estavam marcadas com o êxtase. Estava o deixando realmente fascinado por cada detalhe seu, e no sexo deixava isso ainda mais evidente.

— Me diga, Cillian... ou está ocupado demais gemendo que não consegue pensar? — você disse, meio ofegante e gemendo baixinho, enquanto levava uma mão ao pescoço dele.

— Pode apertar com as duas mãos — ele sugere, enquanto geme e respira pesadamente.

— Claro, querido...

Levou sua outra mão até o pescoço do ator, apertando — não de forma bruta, mas também não pegava leve. Suas mãos podiam ser delicadas em certos momentos, mas em outros podia ser bruta e áspera caso fosse o que desejava. Jamais imaginou que estaria cavalgando lentamente no colo de Cillian Murphy, ou que estaria o enforcando na cama. E o pior!

Que ele iria amar, e pedir por isso.

— Puta merda, eu vou gozar... — ele disse com uma certa dificuldade, mas ele indicava os sinais de que logo chegaria ao clímax.

— Eu também vou... — continuava movendo os quadris num ritmo gostoso. — Porra...

— Goza comigo enquanto me beija... — ele pede, numa súplica.

Pensar que era você quem estava implorando por algo a alguns minutos.

— Por favor... — ele reforça.

Imediatamente atendeu a seu pedido, soltando seu pescoço para apoiar as mãos no colchão e beijar seus lábios quentes e rosados, fazendo os gemidos serem abafados um pelo outro. A "ajuda" era mútua e muito necessária num momento tão erótico e delicado. Estando naquele ritmo, não demorou muito para que gozassem.

Obviamente que Cillian lhe ajudou, levando uma mão até sua buceta e estimulando seu clitóris inchado. Atingiram seus ápices juntos, reprimindo gritos de um orgasmo com os lábios uns sobre os outros, respirando pesadamente e sentindo aquele alívio incrível que só o pós-sexo é capaz de proporcionar.

Saiu do colo dele, e o mesmo jogou a camisinha no lixo, vindo se deitar na cama, ao seu lado e te abraçando fortemente, enquanto deixava beijinhos em seu pescoço. Você riu com o ato, era gentil da parte dele.

— Finalmente, que alívio! A tensão sexual estava me matando!

— Acredite, a mim também! — riu, passando a mão nos próprios cabelos bagunçados.

— Um dia eu vou te fazer minha, e você vai poder gritar... um dia vamos contracenar juntos... muita coisa acontecerá!

— Mal posso esperar por isso, Sr. Murphy

— Não, não... para você é "querido", docinho...

[...]

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Vocês são fogo hein, por isso que eu não deixo vocês conhecerem meu pai 😱😱😱