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🔮 𝕭ill 𝕾karsgård ♡⸝⸝

͙͘͡★ 𝗽𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼: DilsSkarsgard
͙͘͡★ 𝗻𝘀𝗳𝘄.
͙͘͡★ 𝗴𝗮𝘁𝗶𝗹𝗵𝗼𝘀: palavras de baixo calão, uso de drogas lícitas, violência, sexo explícito, sexo oral, edging, praise kink, size kink, age gap (bill: 32; leitora: 26).
͙͘͡★ 𝗮𝗺𝗼 𝗲𝘀𝘀𝗲 𝗴𝗶𝗴𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗰𝗮𝗿𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗱𝗲 𝗾𝘂𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗺 𝗼 𝗾𝘂𝗮𝗱𝗿𝗼 𝗽𝘀𝗶𝗾𝘂𝗶𝗮́𝘁𝗿𝗶𝗰𝗼 𝗮𝘃𝗮𝗻𝗰̧𝗮𝗱𝗼.

𝐌𝐘𝐊𝐎𝐍𝐎𝐒, a pérola das Cíclades, emerge do Mar Egeu como uma obra-prima esculpida pelos deuses, com suas ruas de pedra branca que serpenteiam entre casas caiadas de branco, abraçando a autenticidade da arquitetura grega.

Essa ilha era bem apreciada, principalmente por suas praias, que são presentes como joias reluzentes ao longo da costa, e oferecem um refúgio para almas inquietas. O mar cristalino acaricia a areia dourada, convidando todos a se renderem ao abraço caloroso da natureza.

Seria um bom ponto turístico para poder passar as férias, porém o dever falava mais alto. Estava numa missão extremamente importante. Era uma das melhores espiãs da FBI e não poderia falhar em hipótese alguma, já que sua cabeça — e a de muitas outras pessoas estava em jogo naquele momento.

Chegou na madrugada, fretando a lancha que iria a levar até a ilha. O sol estava perto de nascer, e a dona da pousada já estava acordada para lhe receber. Uma senhora já de idade já avançada com cabelos grisalhos e um roupão de seda na tonalidade vinho.

A suíte na pousada tinha conforto e elegância, combinando o charme rústico das construções gregas com toques modernos e luxuosos. As paredes eram pintadas em tons de azul claro e branco. As janelas amplas permitem que a luz natural inunde o ambiente, destacando a decoração minimalista e refinada. O piso de cerâmica fresca sob os pés criava uma atmosfera fresca e relaxante.

A cama tinha lençóis brancos impecáveis.

Nem teve tanto tempo de olhar o banheiro, pois preferiu deixar sua mala de lado e descansar um pouco para finalmente iniciar sua missão. Acordou por volta das oito da manhã, com alguns pássaros cantando e as ondas do mar batendo contra a costa. O sol não adentrava as janelas de seu quarto ao amanhecer, justamente por ser do outro lado da contrução.

Levantou-se, tomou um bom banho e escolheu um bom visual para ir arrancar os segredos de um bilionário. Era verão, estava fazendo bastante calor.

Se vestiu com um vestido amarelo de alças finas, um pouco longo e fluido. Era um vestido de cetim, bem confortável e ao mesmo tempo muito marcante e decidiu pegar também um chapéu, para que não precisasse pegar tanto sol em seu rosto enquanto caminhasse pelas ruas.

No café da manhã, comeu algumas frutas bem refrescantes, entre outras surpresas apetitosas que a Grécia poderia lhe oferecer e foi finalmente para a rua. Um informante, que morava na ilha há uns bons anos, havia dito que Bill — seu alvo — adorava olhar as flores da floricultura pela manhã.

A ilha nunca foi tão grande, mas não era tão pequena quanto parecia. Em decorrência disso, havia apenas uma floricultura.

As ruas pareciam alegres, como se elas por si só, pudessem sorrir. Haviam pessoas para lá e para cá, falando vários idiomas diferentes, era época de alta temporada, então iriam lucrar bastante com o setor turístico.

Caminhando pela calçada, você fingiu estar distraída, olhando casualmente para um lado e para o outro, como se estivesse a procura de algum lugar. E foi questão de tempo até esbarrar nele, aquele sueco maldito.

Olhou para cima, fingindo estar desnorteada e notou a expressão de surpresa no rosto dele pela potência desse esbarrão. Aquela pele clara reluzia a luz do sol, os olhos estavam escondidos pelas lentes escuras dos óculos, mas seus braços estavam expostos por conta da blusa branca de algodão que usava, exibindo também um relógio minimalista no pulso esquerdo e uma pulseira de prata que o acompanhava.

— Você está bem? — ele questiona, segurando seus antebraços.

— Desculpe... não entendi muito bem, parece que você está falando grego — brincou, se reerguendo.

Ele riu nasal e desviou o olhar.

— Engraçadinha. Você fala inglês?

— Sim, sim.

— Tudo bem, então. Você está bem? — agora ele havia perguntado em outro idioma.

— Estou, sim — você riu. — Só quase acabei de passar um baita vexame de estrangeira, mas fora isso... eu realmente preciso olhar por onde ando.

— Não é como se você quase tivesse causado um desastre, princesa — ele dizia aquilo num tom tão casual e tranquilo, nem parecia ser aquele homem podre que você havia lido sobre nas fichas de descrição.

— Me desculpa, eu tô meio...

— Perdida? — supôs, a julgar pela forma como você estava agindo.

— É... perdida... estou tentando ler os nomes nas placas das ruas para me guiar, mas tô me embolando completamente.

— Não acredito! — ele fez uma reação exagerada de choque. — Você é uma turista e não estudou grego antes de vir?

— Me pegou! — você ergueu as mãos, como se estivesse se rendendo. — Perdi a ofensiva no duolingo.

— E aquela coruja verde ainda não te sequestrou?

— Ele não sabe que eu estou na Grécia.

— Faz sentido.

— Bem... se me der licença... eu vou continuar o meu desbravamento turístico.

Quando foi passar por ele novamente, se surpreendeu, pois ele segurou seu braço gentilmente.

— Calma aí... aonde pensa que vai? Não vou deixar você continuar andando por aí sem conseguir se localizar direito.

— É muito gentil da sua parte, mas eu não quero tomar o seu tempo, você aparentemente estava fazendo algo importante.

— Eu sempre venho apreciar as flores, faço isso toda manhã. Mas já as apreciei hoje, estou com os próximos... — ele fez uma pausa e olhou o próprio pulso, checando as horas. — Vinte minutos livres — sorriu. — Então... permita-me te levar aonde você desejar ir.

— Bom... já que está oferecendo, não tenho como negar. Pelo visto você conhece muito bem a ilha.

— Isso é um fato.

— Eu estava procurando a biblioteca, para falar a verdade.

— Eu te levo, não é tão longe — ele lhe ofereceu o braço. — Podemos?

— Podemos.

Pegou, e assim seguiram pelas calçadas coloridas.

Aquele cara não ia conseguir te enganar. Já estava acostumada a lidar com criminosos, eles sempre conseguiam usar de sua aparência e jeitinho meigo para poderem disfarçar a podridão que existia em seus corpos e em suas ações. Só nunca tinha encontrado alguém tão charmoso quanto Bill — quer dizer, até mesmo os mais duvidosos podem ter um estilo de alta classe.

— Inclusive, qual o seu nome? — você perguntou. — Eu tenho que saber quem está me guiando.

— Meu nome é Bill — ele respondeu tranquilamente, com um sotaque notável. — Bill Skarsgård.

— Você é sueco?

— Acertou em cheio. E você?

Ao falar seu nome, ele também conseguiu dar um palpite certeiro sobre sua nacionalidade.

— Como você acertou?

— Dizem que sou bom com palpites.

Quando pararam de andar, você olhou e se deu conta de que estava parada na calçada, bem em frente à biblioteca, que tinha suas portas de vidro abertas para os visitantes. Dizia "Biblioteca Municipal de Mykonos".

— Bem... acho que é aqui que me despeço do meu guia turístico, não é?

— Provavelmente, sim. Vai ficar quanto tempo na ilha?

— Um mês.

— Bastante tempo. Aqui não é tão pequeno, mas também não é tão grande quanto parece. Devemos nos esbarrar por aí de novo... — ele prosseguiu, fitando-a atentamente. — Se você não fizer as atividades do Duolingo, é claro.

— Eu vou voltar a manter minha ofensiva — riu.

— Mesmo que mantenha. Espero muito que a gente se esbarre de novo, além do mais, eu posso te ajudar a praticar.

— Toda ajuda é bem-vinda — você sorriu para o mais velho.

Ele sorriu de volta, já estavam um pouco distantes da calçada. Não segurava mais aquele antebraço com a pele macia, e não sentia mais o perfume amadeirado e com leves notas cítricas que exalavam de cada mínimo átomo que compunha aquela camisa de algodão que ele trajava.

Estavam num silêncio confortável, que foi sutilmente quebrado pela despedida.

— Até logo, Bill.

— Até logo, querida.

Acenou tranquilamente para o mais velho, antes de ver ele acenar de volta e assim você adentrar no estabelecimento.

Seu coração estava um pouco acelerado, tinha acabado de ver o homem que era seu principal alvo. Tinha acabado de estar tão próxima do homem que era o motivo de você estar tirando "férias" no Mar Egeu. De acordo com a ficha descritiva, ele não deveria ser tão alto assim, ou tão cheiroso, tão simpático, tão charmoso e nem ter um sorriso tão bonito.

Aquele homem certamente seria um grande problema; problema esse que você sabia que teria que lidar.

[...]

• 29 DIAS PARA CONCLUIR A MISSÃO.

No dia seguinte, vestiu uma camisa de alças delicadas que se prendiam num nó atrás do pescoço. Era num tom claro, com algumas flores singelas desenhadas no tecido, e um short jeans, para poder caminhar com classe, rumo ao seu destino.

E, lá estava ele, e era um baita destino. Com 1,92 de altura, trajando uma camisa de estampa florida e uma bermuda um pouco mais confortável. Os óculos escuros permaneciam no rosto, escondendo as íris verdes.

— Achei que não viesse — ele riu, olhando você se aproximar.

— Demorei muito?

— Não mais que o suficiente para me deixar ansioso, querida — ele lhe estendeu uma flor.

E não era qualquer flor, era um narciso. Com sua natureza amarela e branca ainda mais charmosa.

— Bill... — você estava realmente surpresa ao pegar o presente. — Meu Deus... não precisava...

— Precisava, sim. É a sua cara, e eu fiquei com aquele vestido amarelo na cabeça.

Ele se referia ao que você vestia ontem, quando se conheceram.

— Muito obrigada — aspirou o aroma sutil da flor.

— Ela é tão bonita quanto você.

— Eu fico sem jeito com elogios — tentou esconder seu próprio rosto, não olhando para ele.

— Percebi pela forma como você brinca com os dedos das mãos.

Pelo visto, ele também era bem detalhista e observador. Esse era um ponto para se manter em alerta, deveria tomar cuidado com qualquer coisa que fizesse agora.

— Bom, agora eu tenho um compromisso, mas... hoje à noite vai ter o festival de Dionísio, você vai?

— Se você for.

Ele sorriu e desviou o olhar para a rua de paralelepípedos.

— Eu vou, sim.

— Então, eu vou.

— Ótimo, pode deixar que dessa vez, eu esbarro em você.

[...]

A noite já tinha chegado, e por Deus, como você havia esperado por aquele momento. Seria crucial que estivesse marcante novamente, tinha que ficar na mente daquele sueco a todo custo. Além do mais, ele havia dito que iria esbarrar em você dessa vez, tinha que ter um jeito de sinalizar que era você ali.

Após um bom banho e se perfumar devidamente, encontrou um vestido branco e um pouco curto que tinha uma saia rodada, com um decote generoso nos seios e um tecido macio. Na cintura, havia um ajuste que fazia parecer um corset, mas não era tão apertado, e serviu como uma luva em seu corpo.

Ao pegar sua bolsa e ajeitar seu cabelo pela última vez, saiu da pousada junto à outros turistas que iriam aproveitar a noite.

O festival de Dionísio seria à beira mar. O que era bem esperado, já que era a paisagem perfeita para poder relaxar e aproveitar os restaurantes e bares que haviam naquela fachada perto da calçada. Era um ambiente realmente boêmio, com bandeirinhas e luzes espalhadas para cá e para lá em pequenos fios que adornavam o lugar, junto a arranjos florais — alguns tinham narcisos.

Haviam palcos ao ar livre, com artistas gregos tocando as mais bonitas melodias.

As pessoas estavam rindo, degustando maravilhosos vinhos e doces, tirando várias fotos e celebrando o deus dos vinhos e das festas. Você andava casualmente, prestando atenção em cada detalhe daquela noite mágica, Mykonos parecia ter saído de um filme.

E, de repente, sentiu alguém esbarrar em você, mas ao invés de você cair, um braço forte segurou sua cintura, passando por suas costas. Ao olhar para cima você o viu.

Realmente, era ele.

Estava vestido com um conjunto preto. Calças e uma camisa social que tinham o mesmo tom, e aquela camisa de botões estava com os dois de cima abertos, expondo um pouco a pele branca e um colar de prata com um pingente que parecia ser um medalhão. Apesar do seu alto conhecimento, não conseguiu identificar do que se tratava.

Agora ele não estava mais usando óculos escuros, e podia ver aquelas íris verdes com clareza. Talvez ele usasse os óculos o tempo todo para que as pessoas não se apaixonassem, já que até mesmo você estava se sentindo ameaçada em prestar atenção naquele tom de verde por muito tempo. O olhar era penetrante, era profundo.

— Parece que o destino quis nos unir novamente.

— Destino ou não, dessa vez me pegou despreparada — riu.

— Não se preocupe, eu estava preparado para te segurar — a ergueu novamente, deixando-a de pé.

Era uma bela noite para colocar o plano ainda mais em prática. Precisava entrar na mente de Skarsgård, permitir que ele pudesse se entregar à você e revelar os segredos sem ao menos perceber. O que não seria muito difícil, já que ele não parecia ter tantas barreiras, como outros alvos que você já teve que lidar.

Seu celular não estava gravando nada, para não levantar suspeitas. Mas havia um pequeno gravador dentro de um dos brincos que usava, aquilo já era o suficiente para capturar tudo o que precisava ouvir. E, depois de algumas taças de vinho, boa música e boa conversa, preferiram ir à um lugar mais "reservado" para poderem conversar sem o alvoroço dos turistas e a música que tocava nos palcos.

A praia à frente não tinha areia, era completamente de pedras. Não eram pedras pontudas que machucariam a sola de seus pés, elas eram arredondadas, a maioria um pouco ovais, chatas e sem pontas cortantes.

— Só um segundo, eu preciso me livrar desses saltos.

— Me permite? — ele se ajoelhou.

Você foi pega desprevenida, já que não esperava tamanho cavalheirismo. Ficou sem voz na hora, e decidiu apenas assentir com a cabeça. O sueco estava de joelhos e levou as mãos até as fivelas de seus saltos, retirando calmamente um por um. Por fim, se levantou, os carregando.

— Obrigada, pode deixar que eu mesma levo — pegou-os em seguida.

— Não há de que — ele sorriu sutilmente, sem mostrar os dentes e retirou os próprios sapatos, para que pudessem caminhar melhor.

A noite era quente, estrelada e enluarada. Apesar da lua estar crescente, podia ver como ela iluminava muito bem ao redor. O mar era tranquilo, as águas realmente eram calmas e não havia ondas. Tinham algumas árvores e coqueiros adornando uma parte mais tranquila e silenciosa. Estavam perto de costas rochosas, e ficou imaginando como seria bom se sentar naquelas pedras e observar o sol beijar o mar.

Apesar de estarem numa parte mais isolada, estava segura. Tinha alguns anos de experiência como espiã, sabia muito bem como se defender e matar silenciosamente.

— Desculpa a intromissão, mas é o medalhão de São Bento no seu colar? — você questiona, curiosamente, apontando para o peito exposto do mais velho.

— Ah, não. É o brasão da minha família — ele pega e deixa mais visível para que você veja.

Você analisou, e se parecia muito com uma de São Bento, mas tinham as letras "SKG" e tinham palavras circulando: "carne", "sangue" e "compromisso" em sueco.

— Nossa, sua família deve ser bem importante. Digo... para ter um medalhão assim.

— Sim, pior que são. Nós trabalhamos na indústria de jóias, somos ourives.

"É, eu sei que a sua família está envolvida num esquema de corrupção com jóias há gerações, li na sua ficha" — pensou.

— Isso parece incrível! São daqui da ilha?

Ele desviou o olhar e revirou os olhos em negação.

Puff! Ainda bem que não somos, Mykonos é meu porto seguro, enquanto Estocolmo é o inferno em que eu vivo anualmente.

— Você não me parece feliz em relação aos parentes. Tem algo que te incomoda, não tem? Alguma obrigação?

— Basicamente, sim. Minha mãe faleceu e meu pai vai se aposentar, agora os negócios da família vão ficar nas minhas mãos e nas dos meus irmãos.

— Poxa... isso é complicado... você é o mais velho? — sabia que não era, mas queria bancar a interessada. Não é como se já não soubesse de 80% da vida dele.

— Graças aos deuses que não! O mais velho é o Alex. Mas, nosso pai sempre gostou muito de mim, apesar de ser o mais novo, sempre fui o mais comunicativo, e no nosso mundo isso é primordial — ele parou e bufou, quando vocês foram se sentar em frente ao mar. — Às vezes... — ele passou a mão na nuca, passeando pelos próprios cabelos curtos. — Eu queria largar o ramo da família.

Aquilo te surpreendeu verdadeiramente. Não tinha nada na ficha dizendo sobre isso, do contrário, só tinham dados falando que ele era como o pai, um tirano como tal.

— Jura? — você franze a testa. — E, por que?

— Ai, querida... eu vejo tantas coisas erradas, e não posso falar nada. Eu já contribuí muito, mas na verdade nunca gostei — ele respirou fundo. — Eu sempre quis trabalhar em algum outro ramo, como arquitetura, por exemplo, que é um hobby mas eu já encabecei diversos projetos de arquitetura pra minha família e pros conhecidos deles.

— Sério? Você tem cara de arquiteto mesmo. E pretende sair de Estocolmo?

— Ah, isso com certeza! Quero morar na Suiça, ou em Bangkok, na Tailândia.

— Um fala predominantemente francês e o outro tailandês.

— Eu mantenho minha ofensiva no Duolingo — ele riu. — Diferente de um certo alguém.

— Não vamos mudar o rumo do assunto! — você riu também, o sorriso dele era realmente muito bonito. — Bom, aceita um conselho?

— Acho que de você eu aceito qualquer coisa.

— Olha, eu sei que eles são a sua família, mas não é só porque são sangue do seu sangue que você deve se submeter à tudo. E ter coragem em assumir isso é o primeiro passo para quebrar as correntes.

Ele inclinou a cabeça para trás e suspirou com um sorrisinho.

— Obrigado, de verdade. Eu precisava disso. Acho que você é a primeira pessoa que concorda comigo.

— Seus amigos não concordam?

— Devem concordar. Eu só não tive coragem de contar à eles ainda — ele se ajeitou ao seu lado. — E você?

— O que tem?

— Fala sobre você. Eu acabei de te dar um resumão da minha vida.

— Hm... tá bom, minha vida não é tão legal quanto a sua — brincou. — Eu faço faculdade de direito e trabalho 25 horas por semana num trabalho que eu gosto, mas às vezes tenho que fazer plantão.

— Plantão? Trabalha num hospital?

— Não, mas eu vejo gente morta com frequência.

— Quer bancar a misteriosa? Saquei, saquei. Eu respeito isso.

Você suspirou e olhou para o céu estrelado. Não podia deixar que ele fizesse mais nenhuma pergunta sobre seu emprego.

— Não sabia que o verão da Grécia era tão quente, até de noite tá assim.

— No início eu também fiquei surpreso, depois de uma semana você se acostuma.

— Será que a água tá boa? — se levantou e deixou sua bolsa e seus saltos no chão.

— Vai mergulhar agora?

— Com certeza. Quero aproveitar essas férias ao máximo!

Ofereceu uma mão à ele.

— Me acompanha, Bill?

— Acho que é difícil negar alguma coisa com um sorriso tão lindo desses.

Ele pegou sua mão e se levantou do chão enquanto, retirando a camisa que usava, expondo o peito pálido porém bonito. A correntinha com o medalhão deixava-o ainda mais atraente, e ele retirou a carteira e o celular do bolso, deixando ao lado de sua bolsa.

Foram correndo até a água como dois adolescentes idiotas, e sentiram como estava refrescante. Talvez fosse um bom momento para tentar esquecer um pouco o estresse que enfrentava no trabalho e se divertir durante a missão, pelo mínimo que fosse. Jogar água um no outro enquanto estavam perto da beira era uma excelente ideia, tão excelente quanto suas risadas sadias que ecoavam pura felicidade. Via nos olhos do sueco como ele estava feliz, e se questionava se tudo o que havia aprendido lendo a ficha dele, era verdade.

A luz da lua e das estrelas reluziam na água, e ficavam ainda melhor, delineando o corpo do mais alto, que estava completamente molhado. Os cabelos perfeitamente ajustados para trás o deixavam ainda mais charmoso, e ver aquelas íris verdes te apreciando, faziam-na sentir nua.

Quando foi se dar conta, estavam se olhando, enquanto você passava a mão pelos cabelos molhados e sentia algo diferente; uma conexão.

Bill sentia o mesmo, e não tentou nem por um instante resistir à vontade avassaladora de te beijar. Chegou bem perto e passou a mão por sua nuca, sentindo os fios de cabelo molhados, apertando levemente enquanto levava a mão até sua cintura e finalmente selavam os lábios. Você se entregou e fechou seus olhos, aproveitando o calor daqueles lábios macios, aqueles lábios sensuais e que diziam as mais belas palavras quando queria.

Apesar de suas línguas serem quentes e o paladar estar ainda marcado pelo sabor dos vinhos que tomaram naquela noite, a água que os molhava era refrescante, e sentiu levemente o salgado da água escorrendo por seus lábios, talvez uma gota ou duas, mas nada que os impedisse de continuar a selar os lábios.

Ao se distanciarem, após alguns minutos trocando essa carícia, nada disseram. Apenas se olharam nos olhos, e ele deslizou o polegar por seu lábio inferior, sorrindo como um idiota num filme de romance — aquele sorriso foi tão inebriante que acabou se formando em sua face do mesmo jeito.

[...]

• 20 DIAS PARA CONCLUIR A MISSÃO.

Bill Skarsgård realmente era capaz de te fazer perder o juízo com pouquíssimo esforço.

Entraram aos beijos no quarto dele, na enorme mansão que ele tinha na ilha, um pouco afastada do perímetro mais urbano. Aquele lugar já era bem conhecido por você, que se aventurou por cada cômodo desde que o beijou na praia, naquela noite do festival de Dionísio.

O sueco segurava suas coxas com firmeza enquanto fazia suas costas irem de encontro à parede fria de madeira. Os lábios dele estavam sobre os seus novamente, e dessa vez, com uma voracidade inigualável. Não era a primeira que iriam transar, mas certamente havia algo diferente dessa vez.

Ele estava sedento pelo seu corpo, sedento pelo seu toque.

— Eu sou tão louco por você — beijava seu pescoço, distribuindo selares afoitos. — Minha musa.

Em dez dias, o sueco já estava completamente extasiado. Completamente entregue a você, totalmente aos seus pés.

Os braços fortes que te seguravam, deram um impulso a mais para poder te levar até a cama em segurança. Sentiu o colchão e os lençóis impecáveis abraçarem seu corpo com o conforto, enquanto ele deslizava as alças delicadas da blusa que você vestia e ia distribuindo beijos por sua pele, que ficava cada vez mais exposta. A única forma de corresponder a todas essas carícias, era gemendo em aprovação a cada vez que ele te tocava.

O mais velho salivou ao observar seus seios expostos, com seus mamilos enrijecidos por receber tantos estímulos e não pôde conter a ânsia em abocanhá-los. Mordendo um pouco, sugando e deslizando a língua afiada pelos mamilos, te deixando completamente maluca.

— Bill... hm- isso...

Certamente, ele sabia muito bem como te enlouquecer, principalmente quando agarrava seu seio que estava livre e brincava com o mamilo, fazendo uma carícia específica com o polegar e o indicador, te deixando mais sensível ao toque.

Os beijos dele foram descendo até sua intimidade, era o ponto mais sensível no momento, e era onde estava mais necessitada, pois mesmo usando o short jeans e a calcinha, sentia que seu interior estava pulsando com a urgência de tê-lo. O sueco rapidamente abaixou seu short junto com a peça íntima, a deixando completamente nua agora.

Viu o mesmo retirando a blusa que vestia, deixando aquele belo torso totalmente exposto. Pelos deuses, ele parecia ter sido realmente esculpido por algum artista da Grécia antiga.

— Mas você já está pingando tanto assim? — ele deslizou dois dedos por seu ponto sensível, quase de um jeito que massageasse. — Isso é uma delícia, meu bem.

E em seguida, deu um tapinha, fazendo você fechar as pernas por impulso.

Um sorriso de escárnio havia se formado no rosto do mais velho naquela hora, passeando a mão novamente por sua coxa, fazendo-a deixar de se inibir novamente.

— Nada disso... mantenha essas pernas bem abertas pra mim, hm... isso, isso mesmo... — a voz estava carregada pelo tesão, isso era notável.

Sentiu os dedos dele irem até sua entrada e se lubrificar com sua excitação, seguindo até seu ponto sensível novamente e estimulando com movimentos circulares. Seu corpo se arrepiou naquele momento, clamando por mais e mais enquanto sentia tais estímulos onde você mais precisava.

— B-Bill... não faça com que eu fique me contorcendo por muito tempo, por favor... — gemeu manhosa.

— Ah, mas essa é a melhor parte, meu amor... — ele se ajoelhou, ficando numa altura mais favorável.

Sentiu a língua delgada do mais velho passear por seu clitóris demoradamente, como se ele quisesse sentir cada mínima parte de você.

— Puta merda... — gemeu baixinho, apertando os lençóis.

A língua do mais velho desceu, imediatamente indo até sua entrada, onde ele finalmente te abocanhou como queria desde o começo. Você imediatamente apertou os cabelos castanhos dele, num sinal de aprovação, enquanto aquelas mãos grandes e fortes foram até suas coxas, apertando com força e jogando suas pernas por cima daqueles ombros largos. Mesmo que não pudesse vê-lo agora, sentiu o sorriso dele em sua buceta.

Ele te invadia e se deliciava com seu interior apertado. Ele gostava de sentir como você se contraía contra ele, e ele mantinha o rosto bem no meio de suas pernas.

O sueco parecia estar mais sedento por sexo do que nunca hoje. Skarsgård nunca mantinha esse ritmo no dia a dia — provavelmente porque nunca havia encontrado uma mulher que despertasse tanto esse desejo em seu íntimo. E ele se sentia extremamente excitado por cada mínimo gesto gracioso que você fazia, cada gemido, cada toque à pele macia, tudo aquilo era exatamente excitante para o magnata.

Ele movia a cabeça num ritmo afoito, te fodendo descaradamente com a língua, enquanto você estava perdida em devaneios orgasmáticos. Nesse ritmo, não iria demorar muito para beirar o abismo de seu ápice. Estava sedenta, querendo mais e mais a cada instante que a língua dele se movia para cima e para baixo em seu interior apertado, e os lábios se moviam com destreza.

— Isso, Bill, isso! — gemia o nome dele descaradamente, enquanto inclinava os quadris para frente em alguns momentos, involuntariamente.

Ele afastou o rosto abruptamente de sua intimidade.

— Essa buceta é um vício, sabia? — ele deu mais um tapinha em seu clitóris, fazendo você se contorcer e em seguida levou dois dedos à boca, chupando-os sem pudor.

E, assim, voltou a te chupar vorazmente, mas dessa vez, com dois dedos em seu interior, fazendo movimentos ritmados, porém rápidos, que faziam o som molhado e erótico ecoar pelo cômodo junto aos estalos que os lábios dele causavam em seu sexo. Você revirava os olhos e ansiava por mais e mais, inconscientemente empurrando os quadris contra o rosto dele.

— N-Não para, não para por favor- hm, isso, isso! — agarrou aqueles cabelos sedosos novamente.

Agora tinha direcionado toda a atenção ao seu clitóris, deixando você em um estado do mais puro êxtase enquanto os dedos dele não paravam de te estimular e deslizar por seu interior molhado. Em poucos segundos, o orgasmo atingiu seu corpo numa enxurrada de emoções, fazendo seus quadris tremerem, assim como suas pernas.

Ele estava olhando diretamente para seu rosto quando você abaixou o olhar, e aquelas íris verdes ficavam atentamente as suas.

— Agora eu preciso tanto... — ele beijou sua coxa lentamente, mantendo os olhos fechados. — Tanto... — suspirou. — Que você cavalgue em mim...

— E-Eu faço... — sua mente parecia estar um pouco confusa depois do ápice.

Ele se levantou e você pôde notar a ereção completamente visível por baixo daquela calça social branca. Desafivelou o cinto com urgência e retirou a calça junto com a cueca. A ereção dele parecia estar na altura do estômago — não dava para esperar um tamanho diferente. Afinal de contas, se tratava de um homem de quase dois metros de altura.

Você chegou para um lado na cama, ficando sentada e observando ele ir até a mesinha de cabeceira para abrir a gaveta, e pegar um pacote de preservativo, se "vestindo" prontamente, e sentando-se na cama.

O mais velho deu tapinhas nas próprias coxas, te chamando.

Você sorriu maliciosamente com tamanha visão, e engatinhou pelo colchão confortável, indo até o colo do sueco. Sentou-se e ele imediatamente passou as mãos ao redor de sua cintura, abraçando e te mantendo perto, enquanto você imediatamente se inclinava para o beijar. Selaram seus lábios com um pouco mais de calma dessa vez, sem tanto alvoroço como quando entraram no quarto.

Uma de suas mãos foi até a ereção dele, para poder guiar para seu interior. Quando estava deslizando por suas paredes apertadas, o mais velho gemeu contra seus lábios e você manteve os mesmos entreabertos, sentindo cada centímetro te preencher devidamente.

Como estava sensível por conta do orgasmo, ficou parada por alguns segundos, apenas apreciando o ato de beijá-lo, e deixou seu corpo se acostumar com cada centímetro.

Logo, começou a mover os quadris lentamente, indo para cima e para baixo, de um jeito que certamente o deixava maluco. Os gemidos roucos dele já diziam o que as palavras não conseguiam expressar, e a forma como ele revirava os olhos e você via o pomo de Adão subir e descer, já dizia tudo o que você precisava saber.

— Você é tão perfeita... — ele sussurrou, pegando uma de suas mãos e levando até os lábios, para que pudesse depositar leves selares em seus dedos.

Sua buceta estava tendo alguns espasmos involuntários, mas aquilo o deixava ainda mais satisfeito, então decidiu usar a seu favor e mover os quadris com mais destreza. Começou a ir para cima e para baixo, fazendo-o gemer sem nenhuma inibição, xingando em sueco e te elogiando em inglês, dizendo como você era incrível e perfeita.

Ouvir elogios dele te deixavam extremamente contente, e até mesmo excitada.

Subia e descia num ritmo agradável, que fazia ele sentir cada centímetro de seu interior, enquanto levava as mãos até sua bunda, apertando sua carne com vontade, sentindo cada parte de sua pele na palma da mão. Estava ficando cada vez mais excitado com seus gemidos e com o calor de seu corpo tão próximo ao dele.

Suas mãos estavam passeando pela nuca do mais velho, e logo desceram para as costas, deslizando as unhas pela pele branca como leite. Ele não se importaria em ficar marcado, pelo menos olharia aqueles arranhões vermelhos com o maior sorriso de satisfação do mundo.

— Puta que pariu, que delícia... — ele jogou a cabeça para trás, fechando os olhos com força.

Os sons de sua bunda indo de encontro aos quadris dele certamente era algo que ficaria em sua mente por um bom tempo.

— Eu tô quase... porra, eu tô quase... — gemeu rouco contra seus lábios.

— Eu também — você mordeu o próprio lábio inferior.

Ele apertou sua cintura com um pouco mais de força, indicando que era para parar, e assim você fez. Abruptamente, o mais velho mudou as posições na cama, e te fez deitar de costas sobre o colchão macio, enquanto ele ficou de pé, próximo a borda da cama.

O moreno pegou um de seus tornozelos e colocou apoiou no ombro dele.

— Eu quero que você goze olhando para mim, ouviu bem? — ele praticamente ordena, depositando um beijo em seu tornozelo.

Você assentiu com a cabeça, logo sentindo mais velho te preencher novamente. Os quadris dele iam de encontro aos seus com uma voracidade, mas um toque de sutileza. Não era bruto, em nenhuma das vezes ultrapassou os limites ou foi um pouco mais selvagem com você — um dia seria, se você pedisse por isso de um jeito bem claro.

O som altamente erótico de seus corpos ecoava pelo quarto, junto com seus gemidos que deixavam o ambiente ainda mais sexual do que já estava. Estavam levemente suados e altamente excitados, clamando pelo orgasmo iminente, que iria chegar em alguns segundos.

Estava se sentindo no paraíso, apertando aqueles lençóis com força, enquanto o mais velho segurava sua perna e seu quadril, intensificando mais o impacto.

— Eu tô gozando, eu tô gozando! — gemeu um pouco mais alto que o normal, olhando diretamente para aquelas íris verdes e sentindo o orgasmo preencher seu corpo novamente.

Em poucos segundos depois, ele também atingiu o ápice, grunhindo e gemendo, olhando em seus olhos, permitindo que você visse as pupilas dilatando, enquanto a serotonina era liberada em seu organismo.

Missão? Você tinha alguma missão a cumprir? Depois dos orgasmos, só pensava num bom banho de banheira com Bill.

[...]

• 07 DIAS PARA CONCLUIR A MISSÃO.

Era época de alta temporada, época do setor turístico se mostrar ainda mais presente. E, como era de se esperar, quase todos os dias na ilha estava tendo festivais.

Dessa vez, o festival começava de tarde, numa enorme casa de cultura próxima a praia. Cores vivas estavam por toda parte, inclusive em seu vestido, que era um pouco longo e delicado, em um tom belíssimo de verde, que se sobressai muito bem com seu tom de pele.

Você e Bill dançavam animadamente entre todas as outras pessoas. Sentia que ele não fazia isso a um tempo — não dançar, mas sim, fazer isso com várias pessoas ao redor. Estava de frente para o mais velho, que sorria alegremente ao olhar para seu rosto e poder desfrutar daquele momento de pura descontração.

Tocava a música "A Little Respect" de Erasure. E você prestou bastante atenção em como o mais alto te fitava atentamente e seus lábios pronunciavam perfeitamente cada sílaba do trecho: "I'm so in love with you".

Pelos deuses, onde você estava se metendo, agente?

Mais tarde naquele dia, ainda estavam na casa de cultura, mas nos jardins, apreciando as estrelas e o som do chafariz, com algumas luzes coloridas que brilhavam no fundo. Ele estava sentado ao seu lado, num silêncio confortável.

— Sabe uma coisa? — ele quebrou o silêncio.

— Hm?

— Durante toda a minha infância eu dormi com a minha mãe lendo contos de fadas. E, eu sempre pensava: "como será que vai ser o meu final feliz?".

— Pra alguém com uma vida tão impressionante quanto a sua, provavelmente vai ser um final feliz e promissor.

— Eu sei que pode parecer besteira, mas, depois de te conhecer e de ouvir seus incríveis conselhos, é claro... — ele deu ênfase nos conselhos. — Eu estou tendo cada vez mais vontade de largar tudo e ir à Bangkok ou Berna.

— Isso é uma excelente ideia, eu sabia que você iria pensar nisso!

— Será que seria muita loucura da minha parte pedir para você ir comigo?

Aquela pergunta te pegou completamente desprevenida. Aquilo era real? O seu alvo, Bill Skarsgård, o caçula que estava envolvido num esquema bilionário de tráfico de jóias com a família dele durante gerações, estava apaixonado por você?

Seu coração estava acelerado, precisava manter a compostura e ele não podia perceber que estava nervosa.

— Eu gostaria muito — riu num tom descontraído. — Mas eu não sou bilionária como você, tenho algumas responsabilidades, como meu emprego e faculdade.

— Eu juro que te dou a vida de princesa que você merece — ele pegou sua mão e depositou vários beijos no dorso. — Faculdade você pode continuar fazendo, só que em outro país, e pode continuar trabalhando, mas só por hobby.

— Essa é uma oferta muito audaciosa para se fazer a uma pessoa que você esbarrou nesse verão.

— Pode me prometer que vai pensar nisso até o final da viagem, pelo menos? — aquelas íris verdes agora estavam com um olhar mais ameno, mais tranquilo, como se ele estivesse pedindo por sua compreensão e paciência.

— Eu prometo, Bill — respondeu, acariciando a bochecha do sueco.

[...]

• UMA HORA PARA CONCLUIR A MISSÃO.

Apesar daquele dia ser ensolarado e quente, como todos os outros dias tem sido, desde que você chegou à Mykonos, definitivamente não seria um dos melhores. Mas estava chegando a hora de se despedir daquela ilha tão linda, se despedir das memórias tão marcantes, e se despedir do homem que teve seu coração na palma da mão por um mês inteiro, desde o primeiro momento em que se esbarraram na frente da floricultura. Não acordou feliz e radiante como tinha acordado durante as férias inteiras.

O dia foi completamente tedioso, e as horas pareciam estar passando tão devagar quando o deslizar de um caracol. Bill disse que teria que passar boa parte do tempo resolvendo algumas pendências familiares, mas que amaria ver o pôr do sol com você na praia, na parte mais afastada e com mais privacidade, para onde foram durante o festival de Dionísio.

A decisão que tinha que tomar ficava martelando sua cabeça incessantemente, nada iria melhorar isso. Infelizmente tinha ido longe demais, tinha se deixado levar por muito tempo, e estava ficando cada vez mais difícil concluir essa missão.

Mas a hora do pôr do sol tinha chegado, e o desfecho estava logo ali.

Pegou uma regata branca e um short azul claro, vestindo-os rapidamente. Calçou seus tênis e pegou sua bolsa, aproveitou para retirar de sua mala a arma, afinal de contas, infelizmente seria necessário. Com um pesar em sua respiração, você verificou o cartucho e a travou antes de guardar.

O caminho até o local de encontro tinha sido desleixado. Olhava para todas aquelas flores, pessoas e sabores, mas não conseguia sentir a felicidade que sentiu inicialmente ao andar por aquelas ruas coloridas. Sentia como se uma bigorna estivesse sendo colocada sobre seus ombros, cada vez mais pesada.

Ao chegar no local, lá estava ele, debaixo de uma palmeira, com uma canga estendida sobre as pedras.

— Se você se atrasasse mais, iria perder o momento exato do pôr do sol, querida — ele brincou, dando tapinhas na própria canga, para que você se sentasse.

— Eu não poderia perder esse momento por nada! — conseguia disfarçar muito bem quando queria.

Estavam lado a lado, observando o sol beijar o mar, observando como aquele belo círculo dourado desaparecia sob o horizonte de águas cristalinas e tranquilas. Logo mais, a lua surgiria, a lua cheia que iria iluminar a noite na ilha mais uma vez.

Agora só restava um silêncio confortável, o suave farfalhar das folhas das árvores e o som da água salgada com suas ondas praticamente inexistentes, de tão tranquilas.

— Quando pretendia me contar?

Ao ouvir ele dizer isso, você paralisou. Não estava num tom sério, soava mais como a voz de alguém decepcionado.

— Contar o que?

— Que você é do FBI.

E, mais uma vez, o mundo pareceu parar.

— Como você descobriu?

— Eu tenho muitos contatos... eu só... queria que você tivesse sido honesta comigo — ele suspira pesadamente. — Eu fui honesto com você, te falei sobre a minha vida, até sobre os meus sonhos.

— Eu fui mandada pra uma missão, mas eu não esperava que você fosse tornar as coisas mais difíceis! — bufou, passando a mão na própria nuca.

— E, deixa eu adivinhar, no final da missão você precisa eliminar seu alvo, não é?

— É...

O mais velho pegou sua bolsa e a abriu, retirando a arma que estava lá dentro e entregando em suas mãos. De início você não entendeu o que ele queria dizer, mas no momento em que ele se ajoelhou a sua frente, tudo ficou bem claro.

Aquilo era um pedido de execução?

— Bill, mas o que...?

— Pode ir em frente e terminar o serviço, eu sei que é a minha cabeça ou a sua demissão.

— Eu queria que isso fosse mais fácil... — destravou a pistola.

— Eu não vou tentar resistir, e vou morrer feliz se for pelas mãos da mulher pela qual eu estou perdidamente apaixonado.

O que sobrava da luz diurna, iluminava aquele rosto pálido e as íris verdes tão marcantes. Podia notar que ele estava com um semblante nem um pouco agradável, e seus olhos estavam marejados. Apesar de você estar ciente da sua missão, e ser muito bem preparada para esse tipo de situação, seu dedo já estava no gatilho, sua arma já estava destravada e o cano estava encostado na testa dele.

Só um tiro seria o suficiente, o necessário.

E, por que não conseguia? Por que aquilo estava sendo tão difícil naquela hora? Por que esse sueco desgraçado tinha conseguido alugar um espaço em seu coração, e não pretendia deixá-lo nem tão cedo. Nessa hora, se arrependeu amargamente de ter aceitado essa missão tão difícil, era só dar a porra de um tiro, e seu cérebro até te dizia para ser racional e cumprir seu objetivo sem remorso, mas seu coração ficava apertado só em pensar nessa hipótese.

Lembrou-se de Sócrates, que dizia que o amor não é um deus, nem um mortal, e sim um grande demônio.

Sua mão estava trêmula, seu semblante triste e mordia o lábio inferior com força para evitar que lágrimas rolassem por seu rosto, mas tinha sido impossível. Não iria conseguir, infelizmente, teria que falhar.

— Porra, eu não consigo! — retirou a arma da testa do mais velho.

Agora estava de costas para ele, com a pistola ainda em uma mão, enquanto a outra deslizava por sua face, secando as lágrimas que escorreram por suas bochechas sem aviso prévio.

— Não precisa ter pena de mim! — ele reclamou.

— Não é pena, é impotência! Eu não vou conseguir matar alguém por quem eu estou apaixonada! — assumir aquilo em voz alta foi bem menos difícil do que imaginou.

— Se você não vai me matar agora, em algum momento vão tentar matar você.

— Sinceramente, eu não me importo. Eu tive as melhores férias da minha vida e conheci o cara mais incrível do mundo! — lamentou-se. — Não quero acabar com tudo isso... — desviou o olhar para o chão, prestando atenção nas pedras. — Queria ter te conhecido em outras circunstâncias...

— Eu não me importo que você seja do FBI — ele se levantou do chão. — Acho charmoso que você banque a durona — ele brincou, fazendo-a rir, ainda que estivesse enxugando as lágrimas.

— É, mas você vai ser preso... — revirou os olhos. — E aí sua família vai entrar numa guerra eterna com as autoridades... — bufou, travando a arma novamente. — A não ser que...

— Que...?

— Você odeia seu ramo familiar, não odeia?

— E põe ódio nisso.

— Se você realmente estiver arrependido como disse, e confessar tudo ao FBI, pode sair livre dessa e viver a vida dos seus sonhos — era uma ideia brilhante. — Você só vai precisar entregar toda a sua família.

— Eu não me importo, faço o que você me mandar fazer!

Você guardou a arma em sua bolsa novamente.

— Mas, tem uma condição.

— Qual seria? — questionou, olhando no rosto do mais alto.

Ele segurou suas mãos e entrelaçou seus dedos calmamente, enquanto olhava em seus olhos com ternura. Aquele maldito olhar era capaz de desestruturar até a pessoa mais resistente do mundo.

— Que você não desista de nós.

— Nós?

— Tudo o que nós tivemos aqui em Mykonos, eu não quero que seja passageiro ou só um romance de verão — a tranquilidade e a transparência em cada palavra estava te deixando desnorteada. — Eu quero ter o meu final feliz, e quero que ele seja com você.

Instintivamente se inclinou na direção do mais velho e selou seus lábios novamente. Lágrimas começaram a rolar por seu rosto sem sua permissão, mas aquilo não era importante agora, apesar de que no momento em que ele deslizou uma mão por sua bochecha, sentiu o líquido salgado e enxugou carinhosamente. Bill abraçou seu corpo com ternura enquanto seus lábios estalaram conectivamente.

Era ele, sempre seria ele a pessoa certa, não importa quantos anos passassem.

Ao se distanciarem um pouco, ele a abraçou ainda mais forte, assim como você que pôde deslizar as mãos por aquelas costas largas. Sentiu um beijo delicado ser depositado no topo de sua cabeça enquanto aspirava aquele perfume tão marcante, e que havia se tornado uma de suas fragrâncias favoritas, desde que havia sentido pela primeira vez.

Aquela era a escolha mais certa que estava fazendo em sua vida, sem sombra de dúvidas.

[...]

ESSE É OFICIALMENTE O IMAGINE MAIS LONGO QUE EU FIZ EM TODA A MINHA VIDA 🗣️🗣️🗣️ DEU 7K DE PALAVRAS, MAS FOI MUITO DIVERTIDO DE ESCREVER ❤️‍🩹

Inclusive, final de ano tá aí, e vai ter especial de ano novo sim, vou lançar a braba mais tarde, me aguardem 😎

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