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★˚ ❝ 𝐀𝐃𝐀𝐌 𝐃𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑 « 🔮

𝐍𝐎𝐓𝐀 𝐃𝐀 𝐇𝐀𝐃𝐄𝐒: E não é que o nosso narigudo favorito voltou? Só pra constar, esse imagine não tem nenhuma ligação com o outro imagine do Adam como um padre, esse é diferente, mas com a mesma temática.

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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄: Durante a discussão de término com seu ex namorado, acabam sofrendo um acidente de carro numa noite chuvosa. Você se sente culpada pelo que aconteceu e busca alívio em algo divino. O destino te leva à igreja e te faz conhecer o padre Adam Driver. Ele é um homem confiável e puro... não é?

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✰ nsfw⭑.ᐟ
✰ original, a pedido de muitos⭑.ᐟ
✰ contém palavras de baixo calão, sangue, menções à traumas, sexo explícito, sexo sem camisinha, sexo oral (fem!receiving), hipersensibilidade, size kink, dacrifilia, squirt, creampie, dominação masculina, sexo selvagem, age gap, priest!adam⭑.ᐟ
✰ inspirado na música "christian woman" da banda type o negative⭑.ᐟ

⁽¹⁰⁰⁹⁸ ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ⁾

𝐄𝐑𝐀 uma noite escura, com a chuva torrencial transformando as ruas em rios. Você estava no banco do passageiro e seu corpo estava tenso enquanto as gotas pesadas batiam contra o para-brisa. O limpador de para-brisa mal dava conta, mas isso não era o motivo de seu coração disparar.

O início do outono é sempre assim. Com ventos cortantes e folhas secas espalhadas pelo chão, anunciando a chegada do Halloween e trazendo consigo uma parcela do frio que representava a próxima estação, o inverno.

— Então é isso? Você vai simplesmente jogar tudo fora? — a sua voz tremia, mas não de medo.

Era frustração. Dor.

— Eu não estou jogando nada fora! — respondeu ele, apertando o volante com força. — Você sempre faz parecer que tudo é culpa minha!

As palavras eram afiadas, cortando o ar entre vocês como lâminas. E estavam discutindo há quase meia hora, e parecia que a cada segundo ficavam mais longe de qualquer reconciliação.

— Talvez seja porque você nunca tenta ver o meu lado! — rebateu, cruzando os braços. Sua voz ecoava no pequeno espaço do carro, abafada apenas pelo som da chuva.

Ele soltou uma risada curta, cheia de ironia.

— Claro, até porque eu sou o vilão, como sempre.

Virou seu rosto para a janela, tentando evitar as lágrimas que ameaçavam cair. Odiava chorar em meio a brigas, mas não conseguia evitar.

— Talvez seja melhor terminarmos isso de uma vez, então.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Ele desviou o olhar da estrada por um segundo, apenas um segundo, para encará-la com uma mistura de choque e raiva.

— É isso que você quer?

— Você não me trata bem mas não aceita que eu termine com você? Se decida!

— Boa sorte em encontrar alguém melhor...

Foi nesse instante que tudo aconteceu. Um farol surgiu do nada, ofuscando a visão dos dois. O som do pneu deslizando na pista molhada foi seguido por um impacto brutal. Você sentiu o mundo girar com os gritos presos em sua garganta enquanto o carro rodopiava como uma marionete desgovernada.

O som do metal se retorcendo e vidro estilhaçando foi a última coisa que conseguiu ouvir antes de tudo escurecer. Quando abriu os olhos, tudo estava quieto. O carro estava tombado de lado, e o cheiro de combustível misturava-se ao da chuva. Ainda tentou se mexer, e notou que o corpo tremendo, mas percebeu que estava inteira.

Machucada, sim, mas viva.

— Jonathan? — sua voz saiu rouca, quase um sussurro.

Foi então que olhou para o lado e o viu inconsciente, com a cabeça pendendo para frente, com um fio de sangue escorrendo pela testa. O pânico a atingiu como uma onda, e você tentou soltá-lo do cinto de segurança enquanto gritava por ajuda.

— Por favor, por favor, acorde! — implorava, com as lágrimas caindo sem controle.

As luzes vermelhas e azuis do socorro chegaram rápido, mas para você, cada segundo parecia uma eternidade. Os paramédicos a tiraram do carro com cuidado, surpresos por estar praticamente ilesa. Mas quando olharam para Jake, o semblante deles ficou grave.

— Ele está com pulso, mas é fraco. Vamos levá-lo agora.

Dentro da ambulância, você ouvia o som abafado das ruas e dos pneus do automóvel deslizando pelo asfalto molhado, mas parecia que tudo tinha desacelerado. A culpa começou a se arrastar por sua pele como serpentes invisíveis. A discussão, as palavras duras, tudo parecia tão insignificante agora.

Por que se sentia tão culpada?

Ele era um idiota, e estavam prestes a terminar — ou já tinham terminado —, não era algo com o que você deveria se preocupar. Não era você quem estava dirigindo, e conseguiu sair praticamente ilesa, com poucos arranhões. Sua mente se embaralhava como um jogo de cartas, como quando o mágico pega um baralho e suas mãos ágeis fazem uma mistura em frente à seus olhos.

A vida humana é tão frágil, não é?

Agora estava sentada em uma cadeira dura, na sala de espera do hospital, após ter recebido seu atendimento. Os olhos vagando sem foco por um corredor vazio, enquanto sua mente parecia um mar revolto. A chuva lá fora tamborilava contra as janelas, e o som era constante e insuportável, como um eco de suas próprias dúvidas. Olhou para suas mãos, pequenas e trêmulas, tentando se agarrar a alguma sensação de realidade.

“Foi minha culpa...” — o pensamento surgiu, feroz e indesejado, como uma maré arrastando-a para o fundo. Até tentou empurrá-lo para longe, mas ele não se afastava.

“Se eu não tivesse brigado com ele, se eu não tivesse dito aquelas palavras... Talvez ele ainda estivesse bem. Talvez eu fosse a última coisa que ele ouvisse.”

A culpa a afogava, um peso insuportável que apertava seu peito, tornando difícil respirar. Fechou os olhos, tentando silenciar a tempestade dentro de sua cabeça, mas tudo o que ouvia eram os gritos silenciosos das escolhas erradas, ecoando no vazio. O acidente, a briga, a separação, tudo isso se entrelaçava como cordas apertadas ao redor de seu pescoço.

As lágrimas ameaçaram cair, mas as engoliu, como se fosse mais uma vergonha a ser carregada. Daí olhou para a janela, vendo as gotas de chuva deslizando pelas vidraças como se fossem suas próprias lágrimas, tentando escapar, mas sempre voltando para o ponto de partida.

De repente, ouviu a porta se abrir com força, ergueu os olhos, quase instintivamente, e a figura de Dona Marta, a mãe de seu — agora ex — namorado, apareceu no corredor. Sentiu seu estômago revirar. A mulher, de expressão endurecida, avançou em sua direção com passos rápidos, cada um deles pesando mais do que o anterior.

Com certeza não haviam boas intenções ali.

— Você! — Dona Marta apontou para seu rosto, com a raiva transbordando dos seus olhos. — Você foi a razão do meu filho estar aqui! Você e essa sua atitude irresponsável!

Ela avançou ainda mais, até parar diante de ti, que ficou paralisada, com seu corpo tenso como se uma lâmina estivesse prestes a cortar sua carne.

— Ele está em coma, e você… você está aqui, viva e bem, sem uma cicatriz sequer. Que irônico, né?

Sentiu o peso daquelas palavras como um golpe direto. A mulher estava ali, com a dor estampada no rosto, e a acusação vinha como uma tempestade furiosa, violenta.

“Ué, o que eu posso fazer?.” — pensou, mas não teve coragem de dizer em voz alta.

Estava incrédula, sem saber como reagir. Aquela dor, aquele veneno em palavras, foi mais pesado do que qualquer lesão física que você tenha sofrido.

— Eu não… eu não queria que isso acontecesse — tentou se defender, com sua voz embargada e trêmula, como se as palavras saíssem com dificuldade, como se seu próprio arrependimento a sufocasse. — Nós só estávamos discutindo... estávamos terminando...

Iria tentar explicar, e seria em vão. Dona Marta não queria ouvir, não queria se dar ao luxo de compreender.

— Você estava discutindo com ele! Você e essa sua frieza! Como pôde ser tão egoísta? Como pôde dar as costas para ele assim, quando ele mais precisava? — Dona Marta se aproximou ainda mais, com um olhar que fazia seu peito doer.

Queria se afastar, mas a dor da acusação a prendeu, como se suas palavras tivessem se tornado correntes que a seguravam no lugar. Você queria gritar, defender-se, mas algo dentro de seu peito a impedia. Talvez fosse a culpa, talvez fosse o medo de que Dona Marta tivesse razão. Talvez fosse o medo de olhar para si mesma e reconhecer que, sim, você também havia falhado, e não poderia apagar o que acontecera.

— Eu pretendia discutir com ele em casa, mas ele disse que queria ouvir o que eu tinha a dizer! Eu não queria que isso acontecesse!

— É claro que você não queria. Você nunca quer nada. Sempre fazendo tudo parecer mais fácil, mais simples, e agora olha o que você fez — a mulher se virou, antes de lançar um olhar final de desprezo. — Meu filho está em coma, e a culpa é sua. Não tente se fazer de vítima aqui.

Sua ex-sogra se virou e se afastou, sua figura raivosa se tornando cada vez mais distante, até desaparecer na esquina do corredor.

Você continuou ali, sozinha, olhando para o vazio. O ar estava denso, como se o peso daquela acusação estivesse sufocando-a de dentro para fora. Fechou os olhos, sentindo o peso da vergonha e da dúvida apertando sua garganta, como se não conseguisse respirar.

Era difícil, tão difícil lidar com a dor dos outros, especialmente quando se sentia tão culpada. E enquanto o silêncio se fazia presente no hospital, não sabia se era a dor da culpa ou a dor das palavras de Dona Marta que era mais difícil de suportar. Você não sabia mais em quem confiar, se na sua própria consciência ou no olhar acusador dos outros.

Cinco longos dias se seguiram depois desse episódio infeliz. Foram noites em claro e crises de ansiedade, mas não tinha nada que pudesse se apegar, só ficava pensando em como tudo havia acontecido e no quão horrendas foram as circunstâncias. Pensou e repensou, e pensou novamente.

Bom, quem sabe a igreja não seja um local acolhedor em momentos como esse?

Sua vida tornou-se um fardo; as noites eram atormentadas por insônia e pesadelos com o acidente, e os dias eram preenchidos por um vazio esmagador. A busca por alívio espiritual a levou até lá, um lugar onde nunca havia procurado refúgio antes, mas que parecia ser sua última esperança.

A igreja ficava num ponto um pouco distante da cidade, cercada por árvores altas que se moviam como sombras vivas sob o vento. Era uma construção antiga, com vitrais coloridos que projetavam luzes difusas e quase etéreas no interior. O cheiro de incenso era forte, misturado ao som de um órgão tocando suavemente ao fundo.

Suas paredes de pedra cinza e envelhecida estavam cobertas por musgo e líquenes, dando-lhe uma aparência antiquada e misteriosa, como se tivesse sido esquecida pelo tempo. A fachada era marcada por altos arcos pontiagudos, repletos de vitrais quebrados e molduras ornamentadas, que contavam histórias de outros tempos, mas cujas cores agora estavam apagadas pela sujeira dos séculos.

Ao entrar, a sensação de claustrofobia era imediata. O interior da igreja era amplo, mas de uma forma que parecia engolir a luz, como se ela não fosse permitida ali. As colunas altas, finas e elegantes se erguiam até o teto abobadado. O chão de pedras irregulares estava coberto por tapetes antigos e desgastados, com bordados apagados, que mal conseguiam esconder as rachaduras e marcas da passagem dos anos.

Nos cantos, figuras de santos e anjos, esculpidas em pedra e madeira, olhavam para baixo com expressões imutáveis. Mas seus rostos, com o tempo, haviam perdido a pureza que possuíam; agora, pareciam mais fantasmas, suas feições deformadas, quase como se estivessem sendo consumidas pela própria igreja.

O altar, localizado no fundo da igreja, era uma obra de arte sombria e detalhada, com velas vermelhas que tremeluziam como olhos que observavam em silêncio. O crucifixo sobre o altar estava coberto por sombras, fazendo com que a figura de Cristo parecesse mais distante, mais irreconhecível, quase como se ele estivesse preso ali, tão imerso na escuridão quanto o próprio templo.

Entrou hesitante, cruzando o corredor central. O som de seus passos ecoava nas paredes de pedra, e notou que apenas algumas pessoas estavam sentadas nos bancos, em oração silenciosa. No altar, o padre estava terminando uma homilia para um pequeno grupo. Ele era alto, com cabelos escuros perfeitamente alinhados, um nariz avantajado e uma presença que parecia tanto acolhedora quanto inquietante.

Você esperou o momento certo e, quando o padre finalmente ficou sozinho, se aproximou.

— Padre, posso falar com o senhor? — sua voz saiu quase como um sussurro.

Ele ergueu os olhos, e você sentiu o peso de seu olhar. Era penetrante, como se ele pudesse enxergar cada segredo enterrado dentro do seu peito.

— Claro, minha filha. O que a trouxe aqui? — sua voz era grave, quase melodiosa, e tinha um tom tranquilizador, mas algo no timbre fazia os seus pelos se arrepiarem.

— Eu estive poucas vezes em uma igreja na minha vida mas... meu ex namorado e eu sofremos um acidente... como pode ver eu estou intacta, só que... — sua garganta deu um nó e lágrimas caíram por suas bochechas. — Ele está em coma. E-Eu queria me livrar um pouco da... culpa...

O padre se inclinou levemente e enxugou suas lágrimas com os polegares, fazendo você estremecer. Ele parecia interessado.

Ele sorriu, mas havia algo estranho na suavidade de seu gesto. Colocou uma mão gentil em seu ombro, e você sentiu o calor percorrer sua pele de um jeito desconfortável.

— A fé pode ser uma luz nas horas mais sombrias — disse ele. — Mas você deve abrir seu coração para o divino e aceitar que o caminho de Deus pode ser misterioso.

Por um momento, sentiu-se acolhida, mas então algo aconteceu. Enquanto ele falava, o canto de seu olho captou um movimento estranho na sombra lançada pelo padre na parede atrás dele. Era como se a sombra não seguisse os movimentos do corpo dele, mas dançasse por conta própria, agitando-se como chamas.

Piscou, tentando ignorar a sensação. Talvez fosse o incenso ou a luz dos vitrais.

— Qual é seu nome, filha?

E você se apresentou.

— Ótimo. Eu sou o padre Adam Driver. Posso rezar por você?

Pensou em hesitar, mas ele estava sendo genuinamente gentil.

— Claro...

Havia algo nele que não fazia sentido, algo que fazia sua alma se retrair, mesmo enquanto sua mente tentava encontrar consolo. Você aceitou sua oração, mas naquele momento, algo começou a mudar dentro de si.

A sensação de alívio que tanto procurava estava lá... mas misturada com algo mais profundo e perturbador. Uma escuridão que parecia crescer cada vez mais ao redor do padre Adam.

[...]

Duas semanas se passaram, e Jonathan não apresentava melhoras significativas. Ousou ir lá algumas vezes para perguntar ao doutor ou à algum enfermeiro responsável por ele por atualizações, mas nada além disso, já que Dona Marta não gostaria de te ver ali nem se fosse uma santa.

Agora era mais uma tarde tranquila, e você estava sentada em um dos bancos da igreja, encarando o altar com um olhar distante. A claridade do céu nublado atravessava os vitrais, criando padrões coloridos no chão de pedra fria, mas parecia alheia à beleza ao seu redor. A culpa e o medo continuavam a pesar em seus ombros, e mal percebeu quando o Padre Adam surgiu silenciosamente ao seu lado.

— Você tem vindo aqui com frequência — ele comentou, com sua voz grave e reconfortante, enquanto se sentava no banco.

Olhou para ele, surpresa, mas não desconfortável. Adam tinha uma habilidade peculiar de fazer com que as pessoas se sentissem à vontade, mesmo em meio à dor.

— É... eu acho que é o único lugar onde me sinto... menos pior.

Adam inclinou a cabeça ligeiramente, estudando-a com uma intensidade que não conseguiu entender. Ele sorriu, mas havia algo quase enigmático naquele gesto.

— O peso que você carrega... é algo que ninguém deveria carregar sozinho.

Você suspirou, com os olhos caindo para as mãos cruzadas no colo, que seguravam um terço novinho.

— Não é tão simples. Eu me sinto culpada, mas também... estou com raiva. De mim, dele, de tudo. Como se nada fizesse sentido.

Adam permaneceu em silêncio por um momento, permitindo que você desabafasse. Quando finalmente falou, sua voz era suave, mas havia uma profundidade quase hipnótica em suas palavras.

— Querida, é normal sentir raiva. Até mesmo daqueles que amamos ou deixamos de amar. A vida é imperfeita, cheia de contradições, mas é nas imperfeições que encontramos nossas respostas.

Estava surpreendida pela compreensão em suas palavras.

— Você realmente acha isso?

Adam deu de ombros, um gesto tão humano, até mesmo para ele.

— Acho que todos somos criaturas imperfeitas, tentando encontrar o caminho em meio a busca pela luz. E, às vezes, precisamos de alguém para nos guiar.

Ele se levantou, caminhando até o altar e pegando uma vela. Ele a acendeu e a trouxe de volta para ti, entregando-a com cuidado.

— Talvez hoje você precise de um símbolo, algo que lembre que você não está sozinha.

Segurou a vela, sentindo o calor leve contra os dedos.

— Obrigada, Padre.

— Adam — ele corrigiu, sorrindo de maneira quase carinhosa. — Aqui, você não precisa de formalidades.

Você sorriu timidamente, sentindo-se mais confortável do que deveria.

— Você tem uma força que talvez ainda não conheça. Um dia, verá o que quero dizer.

— Você sempre diz o que eu preciso ouvir.

Adam apoiou o queixo na mão, observando-a como quem estuda uma peça rara.

— E você sempre vem aqui procurando mais do que palavras. Talvez um amigo?

Riu, embora nervosa.

— Acho que é isso mesmo. Não é exatamente fácil encontrar alguém que entenda...

— Eu entendo mais do que imagina — interrompeu Adam, sua voz ficando um pouco mais baixa, quase um sussurro. — A dor, a culpa, a luta interna para encontrar propósito... é algo com o qual estou muito familiarizado.

Você sentiu um calafrio. Por mais reconfortantes que fossem suas palavras, havia algo enigmático na forma como ele falava, como se carregasse segredos antigos demais para serem compreendidos.

— Você parece tão... calmo. Como consegue lidar com isso? — perguntou, genuinamente curiosa.

Adam deu um sorriso que parecia tanto sincero quanto dissimulado.

— Minha filha, há muito mais sobre mim do que aparento. Mas, por agora, digamos que minha calma vem de saber que toda dor tem um propósito. E, também, eu sou padre há alguns anos — ele riu baixinho. — Não que não seja meio óbvio que meus tempos de juventude foram há alguns anos.

Ele aparentava estar na casa dos 40.

Houve um momento de silêncio, apenas o som da chuva batendo nas janelas preenchendo o espaço. Adam estendeu uma mão, tocando a sua para lhe oferecer um conforto.

— Você não está sozinha. E enquanto estiver aqui, sempre terá a mim para ajudá-la a carregar esse fardo.

— Obrigada, padre — sorriu, sentindo o conforto.

— Não precisa me agradecer. Agora, por que não coloca essa vela ali no altar e vai descansar, hm? Está tarde e frio.

Você fez um sinal de afirmativo com a cabeça e fez exatamente o que ele sugeriu.

Quando se dirigiu às grandes portas para sair, Adam a acompanhou, observando enquanto desaparecia sob a rua de pedra. Um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios enquanto ele murmurava para si mesmo:

— O que uma alma tão brilhante faz neste mundo tão escuro?

[...]

Era uma noite silenciosa, e a igreja estava quase vazia. Sentava-se no segundo banco, com as mãos entrelaçadas e a cabeça baixa, murmurando uma oração em voz baixa. As luzes do altar iluminavam fracamente o interior do lugar sagrado, lançando sombras longas e dançantes que pareciam se mover por vontade própria.

Você levantou o olhar para o altar, observando as velas que ardiam tranquilas; quase hipnotizada pelas chamas. Foi quando um som peculiar ecoou pelo local — um estalo seco, como madeira rangendo. Franziu a testa e olhou para trás, mas não viu nada além das fileiras de bancos vazios.

Deve ser o vento, a igreja precisa de reformas” — pensou, tentando ignorar o desconforto que começava a crescer.

Mas o som veio novamente, dessa vez mais próximo. Você se levantou lentamente, com os olhos percorrendo o interior da igreja. Algo parecia errado. O ar estava mais pesado, e a tranquilidade habitual daquele lugar parecia ter se dissolvido em algo mais sombrio.

— Adam? — chamou, com a voz ecoando pela igreja.

Nenhuma resposta.

Deu alguns passos hesitantes em direção ao altar, com os pés ecoando contra o chão de mármore. Foi então que viu algo. No canto mais escuro, perto da porta que levava ao confessionário, uma figura indistinta parecia se mover. Você apertou os olhos, tentando distinguir o que era, mas a figura parecia envolta em sombras que não pertenciam à iluminação da igreja.

— Tem alguém aí? — perguntou, tentando soar firme, mas sua voz tremeu.

A figura moveu-se de novo, desta vez um pouco mais para a luz, revelando algo que fez o seu coração disparar. Era humanoide, mas algo estava terrivelmente errado. Seus olhos brilhavam num vermelho opaco, como carvões incandescentes, e seu rosto estava parcialmente oculto pelas sombras, mas podia sentir o peso daquele olhar.

Deu um passo para trás, com o corpo congelado pelo medo. Quando finalmente encontrou forças para correr, uma mão firme e familiar segurou seu ombro. Você soltou um grito abafado e se virou bruscamente.

— Querida... — disse Padre Adam; a voz profunda e tranquila como sempre. Ele estava ali, parado, observando-a com os olhos estreitos. — Está tudo bem?

Você respirou com dificuldade, tentando organizar seus pensamentos.

— Eu... eu vi alguém ali. Uma sombra...

Adam inclinou a cabeça levemente, como se estivesse intrigado, mas seus olhos pareciam mais intensos do que o normal. Ele olhou na direção que apontava, e quando voltou a encará-la, o sorriso habitual estava em seu rosto, mas agora parecia levemente forçado.

— Talvez tenha sido apenas um reflexo ou a sua imaginação — disse ele, com a voz suave. — Mas vou verificar, se isso te faz sentir mais segura.

Ele caminhou calmamente até o canto onde vira a figura. Observou enquanto ele desaparecia nas sombras, ao som de seus passos ressoando. Por um momento, o silêncio foi absoluto. Então, ele reapareceu, com as mãos vazias e o rosto sereno.

— Não há nada aqui — afirmou. — Está tudo sob controle.

— M-Me desculpa, e-eu...

— Tudo bem, tudo bem. Vá para casa e reze antes de dormir, sua mente ainda está atormentada e isso está te fazendo delirar. Vou acender uma vela por você.

Antes tinha que lidar com a culpa, agora tinha que lidar com aquela figura estranha que a observava pelos cantos. Isso era no mínimo bizarro, mas não conseguia pensar em outra coisa que não pudesse ser simplesmente sua cabeça delirando. Afinal de contas, estava indo à igreja, então deveria estar segura, certo?

Mantinha um crucifixo de prata ao redor do seu pescoço desde aquele episódio estranho, mas você rezou antes de dormir como o padre havia aconselhado, e não vira mais aquela sombra. Então estava tudo bem, pelo visto tinha sido só uma situação inoportuna, só algo muito esquisito.

O padre disse que você poderia buscar por ele caso visse essa sombra novamente, a qualquer hora, literalmente qualquer hora. Aquilo certamente te deixava mais tranquila, saber que tinha em quem contar depois de ter passado por tanta coisa e ter adquirido um novo trauma, certamente era bom tê-lo por perto.

E, nessa noite, iria buscar por ele.

Estava no calor de suas cobertas, em mais uma noite fria, num camisão surrado, e com a cabeça no travesseiro mais confortável que tinha. Seus sonhos estavam tranquilos, quando de repente, foram substituídos por um pesadelo horrendo.

Se viu em um campo de sombras, um lugar que parecia ter sido arrancado de seus medos mais obscuros. O ar estava pesado, carregado com a umidade de algo que não conseguia nomear. As árvores ao redor eram altas e negras, suas silhuetas torcidas em formas grotescas, como se tivessem sido distorcidas pela própria escuridão que as cercava. O chão era úmido, coberto por uma neblina espessa que rastejava como um monstro invisível.

Estava sozinha, mas a sensação de ser observada era palpável. Cada passo que dava parecia ecoar na quietude sombria, e o medo apertava seu peito como se algo invisível estivesse à espreita, esperando para atacá-la. As sombras pareciam se mover, mas, quando olhava, nada estava lá — exceto a sensação crescente de que algo estava se aproximando. Não conseguia acordar, por mais que quisesse, e seu corpo estava afoito, virando-se para lá e para cá na cama.

De repente, ouviu um som, baixo e arrastado, vindo de trás de seu corpo. O estalo de folhas secas sendo esmagadas. Se virou rapidamente, com seu coração batendo forte no peito, mas não havia nada. Apenas a escuridão, espessa e impenetrável. Tentou andar mais rápido, mas o medo parecia colá-la ao chão, seus pés estavam pesados, como se a própria terra estivesse tentando segurá-la.

Foi então que ela ouviu uma voz. Baixa e distorcida, como se estivesse vindo de algum lugar profundo e sombrio, onde a luz nunca chegava. Você congelou, sua respiração acelerou, e o terror se espalhou por suas veias.

— O medo está com você, sempre esteve.

Sentiu seu sangue congelar. A frase parecia ter sido dita em seu ouvido, mas quando olhou ao redor, não havia ninguém. Até tentou correr, mas os passos se arrastavam como se a gravidade estivesse contra você. A escuridão parecia se apertar em torno dela, fechando-se como uma prisão. Seus olhos procuravam uma saída, mas tudo o que via eram sombras se esticando e distorcendo, cada uma delas formando formas de rostos torturados e mãos espectrais que se estendiam em sua direção.

Olhando para a frente, viu novamente aquela forma humanóide com os olhos vermelhos que queimavam como brasa. O mesmo que vira na igreja. O problema então era você.

— Você não pode fugir — a voz murmurou de novo, mais próxima, mais clara, como se estivesse dentro de sua mente. — Você nunca pode.

Acordou logo em seguida, com seu corpo dando um sobressalto pelo susto que havia tomado e pelo medo que corria por suas veias junto com seu sangue agora. Sua respiração estava afoita, descompassada. Seu peito subia e descia, e seus olhos vagavam pelo quarto com a luz baixa do abajur. Precisava rezar, agora.

Levantou-se e vestiu um sobretudo antes de sair andando pelas ruas vazias em direção a igreja. Os pesadelos que haviam interrompido seu sono ainda pareciam latejar em sua mente. Eram visões perturbadoras: sombras encarnando formas humanas, sussurros indecifráveis que ecoavam como se fossem palavras proibidas, e a sensação sufocante de ser observada.

Sua respiração estava entrecortada quando chegou à igreja. O grande edifício parecia ainda mais importante sob a luz pálida da lua, com suas portas pesadas de madeira fechadas, mas, para sua surpresa, destrancadas. Até hesitou por um momento; o coração batia forte. O que a empurrava para dentro não era apenas a busca por conforto; era algo mais profundo, quase instintivo.

Empurrando a porta, você entrou. O interior da igreja estava mergulhado na penumbra, com apenas algumas velas acesas no altar, lançando sombras que dançavam nas paredes. O silêncio era quase ensurdecedor, interrompido apenas pelo som de seus passos ecoando no chão de mármore.

— Adam? — chamou, com sua voz baixa, mas quebrando o silêncio com um peso quase palpável.

Nenhuma resposta. Caminhou mais para dentro, com o olhar varrendo cada canto à procura dele. A igreja, tão familiar, parecia agora um lugar estranho, quase hostil.

Sentia o mesmo ar pesado de um cemitério.

Aproximou-se do altar, sentindo uma necessidade quase desesperada de rezar, de buscar algum alívio para a inquietação que tomava conta de seu peito. Quando se ajoelhou, uma sensação gelada percorreu sua espinha, como se alguém estivesse observando-a.

— O que te traz aqui à essa hora, querida?

A voz profunda e calma veio de trás de ti, fazendo-a soltar um suspiro aliviado e se virar. Padre Adam estava lá, emergindo das sombras, com o semblante sério, mas sem traços de cansaço, apesar da madrugada.

Ele usava uma calça de moletom preta e uma camisa branca de manga longa, mas que não era larga. Deixava seus músculos proeminentes, marcando bem seus bíceps.

— Eu... tive pesadelos — explicou, tentando conter a tremedeira na voz. — Não consegui ficar em casa.

Ele a observou por um momento, como se estudasse cada palavra que dizia. Então, com um gesto gentil, indicou que se sentasse em um dos bancos próximos.

— Conte-me — disse ele, sentando-se ao seu lado, os olhos intensos fixos nos seus, mas com uma calma quase hipnotizante.

Hesitou. Como poderia explicar? Os pesadelos não eram apenas sonhos; eram fragmentos, flashes de algo muito mais real e assustador.

— Eram sombras... elas me observavam, me perseguiam. E havia... havia uma sensação, como se algo ou alguém estivesse comigo, mas não de um jeito bom.

Padre Adam inclinou a cabeça, seus olhos escurecendo levemente, embora um sorriso quase imperceptível curvasse seus lábios.

— Pesadelos podem ser reflexos de nossas angústias — disse ele; a voz baixa e tranquilizadora. — Mas eles não têm poder sobre você aqui.

Ele se levantou e caminhou até o altar, acendendo mais algumas velas. A luz aumentou, mas não dissipou completamente as sombras da igreja, que pareciam mais densas do que o normal.

— Você veio ao lugar certo, querida — disse ele, olhando para ti por cima do ombro. — Aqui, você está protegida.

Mas, enquanto ele falava, algo no tom de sua voz te fez estremecer. Era gentil, sim, mas havia uma profundidade ali que você não conseguia entender, como se houvesse um peso oculto por trás de cada palavra. E, de novo, aquela sensação de ser observada voltou. Olhou ao redor, mas não viu nada além das sombras que pareciam se mover ligeiramente, como se estivessem vivas.

Tentou afastar a sensação, focando na figura do padre à sua frente. Ele era o único em quem podia confiar agora, certo?

Permaneceu sentada no banco, com o coração batendo forte demais no peito enquanto observava o Padre Adam acender mais velas. Ele parecia tão tranquilo, como se a madrugada não fosse um horário incomum para conversas no interior de uma igreja. Mas algo estava errado.

— Você sente isso, não sente? — disse ele de repente, sem se virar. Sua voz era calma, mas havia uma ressonância ali que parecia ecoar na sua alma.

Você franziu a testa, tentando entender.

— Sentir o quê?

Padre Adam virou-se lentamente, com velas projetando sombras alongadas em seu rosto. Seus olhos a fixaram, e você sentiu um arrepio na espinha.

— O medo. Ele está com você, sempre esteve.

As palavras dele a congelaram no lugar. Não eram apenas palavras; eram as mesmas que ecoaram em seus pesadelos, como sussurros macabros nas profundezas da escuridão. A mesma coisa que a criatura humanóide dos olhos vermelhos havia dito.

— Como... como você sabe disso? — perguntou ela, a voz vacilante.

O padre sorriu, mas o sorriso era errado. Não havia conforto ali, apenas uma sensação avassaladora de poder e ameaça. Ele deu um passo na sua direção, e foi então que você viu.

Os olhos dele.

Por um breve instante, o brilho vermelho e opaco tomou conta deles, um brilho que era inconfundível. Eram os mesmos olhos da sombra que a perseguiam nos sonhos. O mesmo olhar que a aterrorizava e que parecia penetrar sua alma.

Os mesmos olhos da criatura.

— Você acha que veio aqui por acaso? — perguntou ele, e sua voz agora era carregada de algo inumano, algo que não pertencia a este mundo. — Ah, querida... você foi escolhida.

Você se levantou tão rápido que quase tropeçou no banco, com o coração disparado e o sangue gelado.

— O que você é? — balbuciou, recuando instintivamente, sentindo seus olhos ficarem marejados pelo pânico.

Adam inclinou a cabeça, como se estivesse se divertindo com o seu medo. Ele deu mais um passo em sua direção, mas sem pressa, como um predador que sabe que a presa não tem para onde correr.

— Você sabe o que eu sou — respondeu ele, e o tom baixo de sua voz era um golpe contra sua coragem. — Sempre soube. Desde o momento em que entrou nesta igreja, algo dentro de você já sabia.

As sombras na igreja pareciam crescer, se mover ao redor de seu corpo como serpentes vivas, bloqueando qualquer fuga.

— Por que está fazendo isso? — perguntou, tentando parecer firme, mas sua voz era um sussurro trêmulo.

Adam riu, uma risada baixa que parecia ressoar por todo o espaço.

— Estou aqui para te ajudar. Te ajudar a se livrar da culpa... — ele deu outro passo, agora perto o suficiente para que você pudesse sentir o calor opressor que emanava dele. — Mas você precisa entender... nada disso é gratuito...

O encarou, o olhar fixo naquele brilho vermelho e opaco que parecia prometer algo terrível. Algo que não sabia se conseguiria enfrentar.

E foi nesse momento que finalmente compreendeu: o Padre Adam não era um homem de Deus. Ele era a escuridão, o pesadelo que tomava forma. Ele era o demônio que havia entrado em sua vida — e quem sabe ele não estivesse ali o tempo todo.

Engoliu em seco, com o terror aumentando.

— Então o que está fazendo aqui? Como consegue entrar numa igreja? Como consegue usar um título sagrado?

Adam cruzou os braços, assumindo uma postura quase casual, como se estivesse explicando algo trivial.

— Ah, minha querida, você acha que essas paredes santificadas realmente têm o poder de me afastar? — ele deu um passo para o lado, andando lentamente em círculos enquanto falava. — Não é o prédio que me impede, mas a fé das pessoas dentro dele. Uma igreja é tão forte quanto as pessoas que a sustentam. E, ultimamente, a fé anda... fraca.

Piscou, perplexa.

— Mas você... você é um padre. Você reza, batiza pessoas, conduz missas. Como isso é possível?

O demônio riu, e o som era baixo, reverberante, como se viesse de algum abismo.

— Você ficaria surpresa com o que um pouco de teatro pode fazer. Acredite, vestir a batina foi mais fácil do que parece — ele parou de andar e olhou para você, seus olhos voltando ao brilho humano, mas ainda assim desconfortavelmente intensos. — O que é um título sagrado senão um papel a ser desempenhado?

Balançou a cabeça, tentando entender.

— E os objetos religiosos? Os crucifixos, a água benta? Como não te afetam?

Adam riu de novo, mas dessa vez havia algo quase arrogante em sua expressão.

— Ah... a água benta só tem poder se for abençoada com fé verdadeira. E você não tem ideia de quantos padres têm dúvidas em seus corações — ele estendeu a mão, sem se aproximar. — Quanto aos crucifixos... eles são apenas símbolos. Não se trata do objeto, mas da convicção de quem o carrega.

O encarou, incrédula.

— Então você usa isso... esse disfarce... para quê?

O moreno sorriu novamente, mas dessa vez havia algo sombrio em sua expressão, como se ele estivesse compartilhando um segredo proibido.

— Eu estou aqui para observar. Para compreender. Humanos são fascinantes, especialmente quando acreditam que estão seguros — ele inclinou a cabeça. — E, às vezes, eu ofereço... assistência.

— Assistência? — repetiu, incrédula.

— Sim — ele piscou. — Nem todo mundo vem à igreja buscando redenção. Alguns só querem aquilo que não podem alcançar sozinhos. E eu... bem, eu sou generoso.

Antes que pudesse tentar dizer alguma coisa, ele disse:

— Pactos. Isso mesmo que você está pensando.

Engoliu em seco, ainda sem saber se estava mais assustada ou fascinada. Adam parecia gostar de exibir sua natureza, como se estivesse se divertindo com as perguntas que fazia. E você, por mais que quisesse sair dali, não conseguia. As palavras dele pareciam prender sua atenção, como um feitiço que a mantinha atada àquele lugar.

Ele sorriu, e dessa vez o sorriso parecia menos ameaçador e mais... curioso, quase afetuoso. Era um contraste perturbador. Você sentiu o arrepio percorrer sua espinha, mas não conseguiu desviar o olhar. Ele deu um passo em sua direção, ainda mantendo uma distância respeitável, mas o suficiente para que sua presença a engolisse como uma sombra viva.

— Você sabe que eu tenho uma certa... afeição por você... — a voz dele era suave, como se estivesse confessando um segredo. — É fascinante, realmente. A sua inocência, a forma como você tenta ver o bem em todos. Até mesmo nos que já te feriram.

— Isso não é uma fraqueza.

Adam ergueu uma sobrancelha, rindo baixinho.

— Ah, eu não disse que era. Na verdade, é o oposto. É encantador. Tão humana. Tão... fofa.

— Fofa? — repetiu, sentindo a palavra sair como uma afronta.

Ele inclinou a cabeça, avaliando-a.

— Sim, fofa. A maneira como você tropeça em suas próprias palavras, tentando sempre ser gentil, mesmo quando está apavorada. Como agora.

Respirou fundo, tentando ignorar o calor que subiu ao rosto.

— Por que você está dizendo essas coisas?

Adam sorriu mais largamente, e dessa vez havia algo inegavelmente predatório na expressão.

— Porque eu gosto de você, querida. E você gosta de mim também — ele disse isso com uma convicção assustadora, como se fosse uma verdade inegável.

Balançou a cabeça com veemência.

— Isso não é verdade.

Ele deu mais um passo, seus olhos reluzindo com o brilho vermelho opaco que a assombrava nos sonhos. Agora ele estava bem em frente à você e começou a te rodear.

— Ah, não seja tão rápida em negar, minha pequena herege. Você veio aqui na calada da noite, buscando... o quê? Respostas? Proteção? Alívio? — ele inclinou-se levemente para perto, o tom de voz mais baixo, os dedos dele deslizaram por seu pescoço nu, fazendo você se arrepiar — Você veio a mim. E não porque é o certo a fazer, mas porque algo em você quer.

— Não! — recuou, sentindo-se encurralada pela intensidade de suas palavras.

Adam riu, mas não de forma cruel. Era uma risada baixa. Como quem acha algo fofo.

— Você pode mentir para si mesma, mas não pode mentir para mim. Eu vejo você. Eu vejo a sua alma — ele inclinou a cabeça, quase carinhosamente. — Tão pura... e, ao mesmo tempo, tão curiosa pela escuridão.

Não sabia o que dizer. Seu coração batia tão rápido que parecia prestes a explodir. Adam ficou em silêncio por um momento, deixando aquelas palavras ecoarem em sua mente, antes de adicionar, num sussurro:

— É isso que torna você especial, sabia?

Ele pegou uma de suas mãos e trouxe até a dele. Sua mão praticamente desaparecia, mas ele entrelaçou seus dedos, olhando no fundo dos seus olhos.

— Não é só a sua luz, mas o fato de que, no fundo, você sabe que eu também faço parte de você.

As lágrimas que estava segurando em seus olhos, finalmente caíram, escorrendo por suas bochechas quentes.

— Você fica linda quando chora, sabia? — ele enxugou suas lágrimas novamente, com os polegares.

— O-O que você quer comigo?— a voz trêmula devido ao choro te fazia sentir mais incapaz.

Ele umedeceu os lábios rapidamente, e olhou em seus olhos, falando sério:

— Eu quero você.

Um calafrio percorreu sua espinha, tendo aquele homem segurando suas bochechas e olhando em seus olhos.

— M-Mas eu...

— Olha, se você realmente não quiser, a porta está aberta. Você pode ir embora e nunca mais voltar... — ele apontou para as enormes portas da igreja. — Ou... — prosseguiu. — Pode se entregar a mim e confiar que eu vou tomar conta de você...

— E-Eu não entendo... é difícil...

— Não precisa entender agora — ele inclinou sua cabeça para trás e beijou seu pescoço exposto. — É só dizer sim para mim, e eu tiro toda essa culpa dos seus ombros...

Você já sentia aquela sensação subindo por seu corpo, vindo de seu baixo ventre. Os beijos dele em sua pele te deixavam assim.

— Seja minha... — ele sussurrou em seu ouvido.

Sua mente estava muito confusa agora, embaralhada com tudo o que aconteceu nos últimos tempos. Mas, de fato, era inegável o magnetismo que ele tinha. Você poderia se arrepender depois, porém agora só precisava de alguém que te protegesse. Algum peito para você poder chorar, e se aquele demônio estava se oferecendo você estava mais do que satisfeita com isso.

— Sim... — disse timidamente, num sussurro choroso.

Sentiu ele sorrir maliciosamente contra sua pele sensível, ele olhou em seus olhos.

— Como disse?

— Sim... e-eu aceito... — suspirou, com o coração palpitando. — Eu aceito ser sua...

Os olhos intensos admiravam seu rosto.

— Você não vai se arrepender...

Ele disse, antes de uma mão ir até a sua cintura e te puxar para perto, praticamente colando seus corpos e selando seus lábios intensamente. Os lábios dele eram macios e quentes, como um bolo de baunilha que acabara de sair do forno. A língua dele deslizava sobre a sua de um jeito que te tirava o ar.

Apesar de ser um beijo lento, aquilo era muito intenso e os estalos baixos estavam ecoando entre os dois, junto aos sutis gemidos que saíam da boca de Adam e dos gemidos chorosos que saíam de sua boca. Você continuava chorando, algumas lágrimas escorriam por suas bochechas e pingavam em seu sobretudo. Porém não eram lágrimas de tristeza, eram lágrimas de prazer.

Aquele beijo era tão reconfortante e prazeroso que você não conseguia se conter.

Num movimento rápido, Adam levou a outra mão até sua cintura e deu um impulso, te pegando no colo e fazendo você manter as mãos nos ombros dele enquanto ele te levava para dentro. O mais velho te levou para uma porta do corredor que ficava ao lado do altar, indo para o interior do local.

O corredor era iluminado por algumas luminárias que ficavam nas paredes vermelhas. Tinham várias portas de madeira que davam acesso às diferentes salas. Mas ele parou em frente à uma muito específica no final do corredor, com um crucifixo pendurado no centro.

Ao entrarem, no cômodo você percebeu que se tratava do que seria o quarto dele. Uma janela grande coberta por cortinas brancas finas, tapeçaria escura nas paredes de pedra e no chão, abajur com um tom amarelado no ambiente já que a luz estava apagada, uma estante de livros com grimórios e similares, um guarda-roupa de madeira envernizada ao lado da janela. Mas é claro que o ponto mais alto do quarto era a cama de casal com um jogo de cama vermelho e travesseiros perfeitamente alinhados e macios.

Adam te deitou na cama, abrindo seu sobretudo e tirando de seu corpo, expondo apenas o camisão que usava. Ele notou como seus mamilos estavam enrijecidos por baixo do tecido surrado do pijama.

— Oh, mas já está assim? — ele provocou, tirando a própria blusa.

Você viu ele expôr aquele peito forte, com a pele leitosa e alguns sinais de nascença que a marcavam, deixando-o ainda mais atraente. Seus olhos te traíram e desceram um pouco mais pela visão que tinha, notando como ele tinha pelos perto da virilha, que faziam uma trilha por seu umbigo até descer um pouco mais.

— Gosta do que vê? — ele questiona, a meia-luz.

Você assente com a cabeça timidamente.

— Pode tocar então... — ele se sentou na cama, de joelhos, fazendo você se sentar também, na frente dele. — É seu...

O moreno pega sua mão e guia até o peito desnudo dele, fazendo sua palma sentir a maciez de sua pele.

— Eu sou quente, não sou?

É verdade, ele era quente. Quente como o fogo do inferno.

— Vai me deixar retribuir? — ele colocou as mãos grandes em suas coxas, subindo por sua cintura, passando por debaixo do tecido para sentir a maciez de sua pele. — Sem calcinha...

Ele sorriu malicioso, notando que você estava sem nada por baixo. Bom, geralmente não dormia com roupa íntima, então não era uma surpresa.

— Sim... — disse, timidamente, se ajeitando ainda de joelhos.

As mãos grandes dele foram até a barra de sua camisa e foram levantando lentamente para cima, revelando seu corpo que se arrepiava com o toque dele. Ouviu Adam ofegar quando seus seios ficaram expostos e então a camisa foi finalmente jogada para algum canto do quarto.

Com um pouco de vergonha — e também por não fazer isso há um tempo — você cobriu seus seios com as mãos, que rapidamente foram tiradas pelas dele, fazendo-a ficar exposta novamente.

— Nem pense em cobrir essa obra de arte...

Você se inclinou um pouco para trás, mantendo seu suporte nas palmas de suas mãos e mantendo seu peito mais exposto. Adam beijou seus lábios mais uma vez, dessa vez um pouco mais necessitado do que havia na igreja — ele queria sentir muito bem os seus lábios, queria deixar o seu sabor doce registrado. Gemia timidamente contra os lábios dele, sentindo ele praticamente grunhir contra os seus — e morder levemente seu lábio inferior, puxando-o um pouco.

Enquanto isso, as enormes mãos de Driver estavam em seus seios, apalpando e massageando tranquilamente, pois ele não queria te assustar. Afinal de contas, você estava transando com um demônio, tinha que ficar à vontade para que ele pudesse mostrar a verdadeira voracidade que escondia por trás dessa faceta. Foi descendo os beijos por seu pescoço, passando a língua em sua pele sensível e chegando em seu colo, antes de finalmente chegar em seus seios.

Ele preferiu massagear um enquanto chupava o outro. E ele aproveitava cada segundo daquilo, mantendo os olhos fechados e a boca bem ocupada, enrolando a língua em seus mamilos, fazendo movimentos para lá e para cá, chupando-os com vontade, causando alguns estalos. Talvez fosse ficar com algumas marquinhas, mas isso iria sair com o tempo, em alguns dias, é claro.

Os beijos foram descendo e ele foi te deitando no colchão enorme enquanto você ficava mais confortável. Os lábios de Adam deslizavam por seu baixo ventre até chegarem em seu ponto mais sensível. Ele levou uma das mãos até seu sexo encharcado, deslizando pelo exterior e sentindo melar os dígitos.

— A-Adam... — gemeu timidamente.

O moreno deu tapinhas em seu clitóris, fazendo você ouvir o som altamente erótico disso.

— Hm... que delícia... — ele já estava salivando somente em ver. — Não se preocupe... — ele deu uma lambida demorada em seu clitóris, fazendo suas costas se arquearem. — Eu sou cuidadoso.

Ele depositou vários beijinhos em sua virilha, fazendo com que você sentisse sua intimidade praticamente pulsando de tanto desejo que sentia. Era uma ânsia absurda para ter Adam em seu interior.

— Você veio à procura de um ombro amigo do bom padre para poder chorar pelos pesadelos... — ele deixou um beijo em cima de seu sexo encharcado. — Mas encontrou os ombros do demônio pra poder apoiar suas pernas...

E sem dizer mais nada, ele te abocanhou vorazmente, fazendo você reprimir um grito com o dorso de sua mão.

— Não, não. Tira essa mãozinha daí, eu quero escutar você gritando o meu nome...

Assim o fez.

— Boa garota.

Ele voltou ao que estava fazendo e você sentiu que era incrível. Você era jovem, tinha somente 20 anos, então só teve um parceiro durante toda a sua vida, que tinha sido Jonathan — então não sabia o quão bom outro cara poderia fazer. Os lábios de Adam estavam em uma perfeita sincronia enquanto a língua dele se movia para lá e para cá, sentindo cada pedacinho do seu interior e a forma como você contraia na língua dele.

A língua delgada se movia para cima e para baixo, fazendo-a gemer mais do que seria capaz de suportar, e estava apertando os lençóis macios daquela cama, mas decidiu apertar aqueles belos cabelos castanhos escuros. Seus dedos se enrolaram nas mechas sedosas de Adam enquanto ele continuava a te satisfazer sem pudor algum, movendo os lábios de um jeito que te fazia revirar os olhos. Ele apertava suas coxas com vigor, e com certeza aqueles dígitos daquela mãos grandes deixariam sua pele marcada por dias e você realmente não se importava.

Afinal de contas, disse sim para ele.

Ele retirou a atenção de onde estava e passou para seu clitóris enquanto olhava para cima e via seus lábios entreabertos junto aos gemidos e a forma como você fechava seus olhos com força. Olhou para baixo e viu aquele olhar intenso, como os de um tigre que está prestes a avançar em sua presa, brilhando com aquela intensidade um rubi, como antes. Dessa vez era o desejo, tão forte que ele não conseguia controlar sua verdadeira natureza.

O demônio estava tão entretido no que fazia, que sentia que poderia te chupar até você ficar dormente e ele não iria se cansar nem um pouco, pois o seu sabor era viciante, você era doce e ele amava sentir como você se contorcia na língua dele. Ele não parou por um segundo sequer, e quanto mais você gemia o nome dele, mais sedento ele ficava — aumentando completamente o ritmo do que fazia, te deixando num beco sem saída, beirando o orgasmo iminente.

— A-Adam- ugh! Eu vou gozar... e-eu...

— Hmm... continua assim, vai.... — ele dizia num tom tão sedento, mal parando o que fazia, grunhindo. — Aperta a minha cabeça com essas coxas enquanto você goza na minha boca...

Aquilo foi simplesmente o estopim, você estava a poucos segundos do ápice e sentiu Adam esfregar o rosto contra seu sexo encharcado, fazendo com que o nariz avantajado dele estimulasse o seu clitóris enquanto você fazia o que podia para apertar a cabeça dele — por mais que suas pernas estivessem tremendo — e ele levou uma mão até seu seio, apertando um enquanto apertava a outra coxa.

Seu ápice te atingiu violentamente, fazendo seus quadris tremerem como suas pernas tremeram. Você revirou os olhos e um grito de satisfação saiu de seus lábios quando sentiu-se desmanchando na boca dele. Seu coração estava acelerado e sua respiração estava ofegante, como se todo o ar de seus pulmões tivesse sido roubado. O moreno fez questão de lamber cada mínima gota de sua satisfação e sentir o quão quente estava.

— Que espetáculo... — ele disse, subindo os beijos para seu ventre novamente antes de ficar de pé no chão.

Viu que Adam baixou e retirou a calça. Sua ereção praticamente saltou. E, ele realmente era grande, não bastasse a altura ele também tinha uma ereção nada modesta ali. Alguns pelos estavam presentes na virilha, e o pau dele pulsava. Estava com a glande rosada completamente molhada pelo pré-gozo, até parecia que em algum momento iria pingar e as veias proeminentes estavam te fazendo praticamente salivar.

Ele se estimulou um pouco na sua frente, como um tipo de provocação. E funcionou porque havia acabado de experimentar o ápice e já estava sentindo aquele calor em seu íntimo novamente.

— Vem cá, vem, querida... — ele se sentou na cama, perto dos travesseiros e deu tapinhas sutis nas coxas, te chamando para o colo dele.

Você prontamente foi, com as poucas forças que te restavam.

Sentou-se sem encaixar, mantendo sua mãos no pescoço de Adam enquanto ele levava os lábios até os seus como se fosse uma forma te de acalmar e garantir que estivesse relaxada para que ele pudesse te penetrar novamente. O beijo era altamente erótico, mas bem mais bagunçado do que antes, com muitos gemidos e uma respiração pesada.

O moreno levou as mãos grandes até a parte de trás de suas coxas e segurou para dar um certo apoio, fazendo você sustentar seu peso previamente em seus joelhos. Então ele levou uma mão até a ereção e encaixou sutilmente. Você sentiu a glande pulsante dele em sua entrada, mas ele não queria que ele fizesse movimento algum, ele queria que você deslizasse por conta própria, para que pudesse escolher o ritmo que melhor se adequasse e que se acostumasse com os centímetros dele aos poucos.

Assim fez, deslizou devagar e paciente enquanto seus rostos estavam bem próximos. Seus lábios praticamente colados enquanto os mantinham entreabertos como se estivessem compartilhando aquele ar quente da respiração, olhando nos olhos e ele pôde ver como suas pupilas ficaram dilatadas. As íris dele já não estavam mais vermelhas como brasas, e sim no tom chocolate belga intenso de sempre.

— Isso, isso... muito bem, muito bem... quase lá... — você continuava deslizando os quadris lentamente. — Foi. Isso aí. Boa garota.

Após alguns segundos se acostumando ao comprimento dele, você começou a mover os quadris timidamente para cima e para baixo, rebolando um pouco enquanto fazia. Isso o deixou surpreso pois ele soltou uma risada cafajeste ao sentir o quão necessitada você também estava e como seus corpos tinham o encaixe perfeito. Até mesmo parecia que tinham sido feitos um para o outro.

As mãos grandes de Adam foram até sua bunda, ajudando você a fazer o que fazia, e você segurava nos ombros dele para obter o apoio desejado para que continuasse fazendo aquilo. O moreno te olhava com uma luxúria insustentável nos olhos, e você sentia que esse desejo era praticamente palpável entre vocês dois, como se estivesse praticamente se materializando.

— Oh, olha só... você está movendo os quadris com tanta vontade, hmm... — ele disse com aquele tom rasgado entre os gemidos. — Movendo os quadris como se não houvesse amanhã, hm? Cavalgando no meu pau como uma ninfomaníaca...

— Puta que pariu... hmmm — você gemeu timidamente, mantendo seus olhos fechados e o pescoço para trás. — Isso parece o paraíso...

Aquela risada cafajeste saiu dos lábios dele novamente.

— Palavras tão sujas na boca de um ser tão celestial como você... — aquele demônio estava impressionado, ainda mais vendo você revirando os olhos assim. — Você fica ainda mais gostosa assim, sabia?

O som de sua bunda indo de encontro aos quadris dele estava ecoando pelo quarto, assim como os gemidos de ambos. Ele gemia sem pudor algum e xingava, te elogiava, fazia você se sentir ainda mais motivada a buscar o próprio prazer com aqueles movimentos frenéticos. Nunca pensou que fosse cavalgar em um padre, muito menos em um demônio, ou um demônio disfarçado de padre, mas aquela madrugada estava ali para te provar que tudo era possível.

Mais um ápice estava se aproximando, ficando cada vez mais difícil de suportar. E ele notou, então levou uma mão até o seu clitóris, estimulando com o polegar.

— E-Ei... m-mas...

— Deixa vir, amor. Deixa vir que eu te seguro. Goza no meu pau, goza.

Os estímulos eram muitos, seu corpo estava começando a fraquejar mais a cada instante que se passava. E assim, obteve mais um ápice naquela noite, junto com maravilhoso squirt. O nó que havia se formado em seu ventre se rompeu, liberando toda aquela satisfação, fazendo você esguichar no pau dele perfeitamente enquanto molhava um pouco de seu abdômen e contraia a buceta involuntariamente. Fechou seus olhos com força e abraçou os ombros largos dele, escondendo seu rosto no pescoço dele, sentindo o aroma amadeirado refrescante do perfume.

— Que linda, querida... isso foi um espetáculo — ele te beijou daquele jeito meio desconcertado e lento enquanto você estava recuperando o fôlego. — Minha vez agora.

Num movimento rápido, Adam segurou sua cintura e te virou na cama, saindo de seu interior e te deixando deitada. Você estava ansiosa para saber o que viria a seguir, e nem precisava comentar sobre como estava sendo o melhor sexo da sua vida.

— Se aquela posição te fazia sentir no paraíso... — ele segurou suas coxas. — Essa vai te fazer sentir no inferno...

Aquele maldito sorriso cafajeste com o olhar sedento. Maldito seja Adam Driver, o demônio mais traiçoeiro possível.

— O que é isso? — você comentou, curiosa, vendo ele te sobrar como um pretzel.

Suas pernas estavam uma de cada lado da cintura dele, mas um pouco mais elevadas, deixando sua buceta sensível mais exposta, e ele via como estava melada, molhando os lençóis.

— O nome disso é mating press — ele umedeceu os lábios, encostando a glande pulsante em sua buceta sensível. — Não sei se você já experimentou, mas te garanto que é um caminho sem volta.

— E-Eu nunca... p-porra... — sentiu ele empurrar os quadris para baixo, te penetrando lentamente mais uma vez.

Se o pau do Adam já era grande, agora parecia muito maior por conta da posição. E com certeza aquilo iria acertar seu cérvix perfeitamente.

Ugh... meu Deus... — suspirou, em êxtase.

— Não, não, meu amor — ele gemeu rouco. — Deus não está aqui.

Aquela posição te deixava ainda mais sensível do que antes, e Adam fazia isso de um jeito que não te machucava, pois o peso dele não estava em você. A gravidade era muito útil agora, e a única preocupação dele era segurar suas coxas com força para te manter assim, completamente exposta. Ele movia os quadris para baixo num ritmo tortuoso, que te fazia perder o juízo.

É verdade, aquela fazia você sentir que estava há um passo mais perto do inferno, como se pudesse chegar lá em poucos segundos. Seu corpo estava mais quente, você estava mais sensível após dois orgasmos e mesmo assim sentia que só ficaria completamente satisfeita depois disso. Estar assim, completamente entregue à ele te fazia sentir estranhamente segura.

Era tão bom ver ele assim em cima de você, com aqueles cabelos sedosos e aquele olhar predatório. O pomo de Adão subindo e descendo, os lábios entreabertos enquanto ele mantinha o contato visual a todo instante, ele fazia questão de não quebrar a cada movimento dos quadris, tornando tudo isso cada vez mais intenso e prazeroso.

Se perguntava se iriam quebrar a cama devido a intensidade dos movimentos dos quadris de Adam e o som que vinha da cabeceira batendo contra a parede de pedra, mas isso não era uma preocupação para agora. O pau dele pulsava dentro de você de forma mais descoordenada agora, e você sabia que isso significava que o ápice dele estava se formando — assim como seu, que não estava longe.

— I-Isso- ngh! Aí... — você gemeu de um jeito mais necessitado.

— Achei... — ele olhou para você, com um sorriso vitorioso nos lábios.

Ele tinha achado seu ponto g, e não poupou esforços para continuar atingindo de novo e de novo, várias e várias vezes até que você estivesse beirando o orgasmo novamente. Gemendo o nome dele, imobilizada por aquele corpo grande e forte que fazia questão de te corromper do jeito mais prazeroso possível.

O som molhado estava ecoando pelo quarto, assim com o som de seus corpos.

— Adam, Adam! — gritava, desesperadamente. — Eu tô gozando, eu tô- ahhh!

Fechou seus olhos com força e gritou, anunciando seu terceiro ápice da noite enquanto se desmanchava no pau dele pela segunda vez, sentindo a lubrificação triplicar. Adam sorriu vitorioso ao saber que havia conseguido te deixar fraca de tanto gozar; de tanta satisfação.

— Isso, isso mesmo! Porra, você fica tão linda gritando o meu nome... hmmm — ele estava mais intenso, mais animalesco perto do ápice. — Agora sou eu que vou gozar nessa buceta, hm? Eu quero ver a minha porra escorrendo.

E em questão de mais alguns viu ele fechar os olhos com força e gemer seu nome do jeito mais erótico que um homem poderia gemer, sentindo ele te preencher com os jatos de porra quente que estavam escorrendo por seu interior, te preenchendo perfeitamente. E mesmo enquanto estava gozando, Adam não parou de mexer os quadris, prolongando aquela sensação incrível da qual você podia desfrutar mesmo após o orgasmo.

Enquanto estava se recompondo, ele saiu de dentro de você, e deitou-se ao seu lado, te puxando para o peito quente dele. Era mais confortável do que qualquer travesseiro que você já tenha colocado a cabeça na sua vida. Estavam suados, completamente desgastados e esgotados. Você nunca havia gozado tanto assim na vida, e nunca tinha tido uma experiência tão prazerosa.

Ele acariciava suas costas nuas com uma mão suavemente, deslizando as pontas dos dedos. Para ele, você estava ainda mais linda do que já era.

— Estou feliz que você aceitou ser minha — ele sorriu, e era perceptível a felicidade no tom de voz do homem.

— Eu teria algum motivo para negar? — você riu baixinho.

— Não só um, você teria vários, e mesmo assim quis.

— Você é um demônio, e já me tratou melhor do que 90% das pessoas que fizeram parte da minha vida. Não acha isso um motivo válido o suficiente?

— Quer saber? Eu acho bem complacente.

Ele pegou sua mão, que estava no peito dele, e levou até os lábios dele, depositando um beijo terno. Era estranho pensar que estava tão segura ao lado de um demônio.

Mas Adam havia se provado bom o suficiente para você.

[...]

PENÚLTIMO IMAGINE DO ANO COM 10K DE PALAVRAS PAIZINHO, VAI TOMANDOOOOO 🗣️🗣️🗣️

━━ O especial de ano novo só vai vir no dia 31 de tarde, e se preparem que vai ser com dois dilfs de uma vez, não vou dar spoiler de quem é.

━━ Espero que tenham gostado do Adam Driver padre demoníaco aparecendo nesse livrinho mais uma vez. Um beijo, morceguinhos, até o próximo capítulo! ❤️‍🩹

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