🔮 ꧑ᥲd᥉ ꧑ιkkᥱᥣ᥉ᥱᥒ.
⤿ 𝗢𝗿𝗶𝗴𝗶𝗻𝗮𝗹.
⤿ 𝗡𝗦𝗙𝗪.
⤿ 𝗚𝗮𝘁𝗶𝗹𝗵𝗼𝘀: ρᥲᥣᥲ᥎rᥲ᥉ dᥱ bᥲι᥊᥆ ᥴᥲᥣᥲ̃᥆, ᥙ᥉᥆ dᥱ dr᥆gᥲ᥉ ᥣίᥴιtᥲ᥉, ᥉ᥱ᥊᥆ ᥱ᥊ρᥣίᥴιt᥆, ᥉ᥱ᥊᥆ brᥙt᥆, ᥉ᥱ᥊᥆ ᥉ᥱ꧑ ᥴᥲ꧑ι᥉ιᥒhᥲ, ᥆᥎ᥱr᥉tι꧑ᥙᥣᥲtι᥆ᥒ, d᥆꧑ιᥒᥲᥴ̧ᥲ̃᥆ ꧑ᥲ᥉ᥴᥙᥣιᥒᥲ, ᥲgᥱ gᥲρ (꧑ᥲd᥉: 56; ᥣᥱιt᥆rᥲ: 22).
⤿ 𝗘𝘀𝗰𝘂𝘁𝗲 𝗮𝘀 𝗺𝘂́𝘀𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗰𝗶𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀 𝗮𝗼 𝗹𝗼𝗻𝗴𝗼 𝗱𝗼 𝗰𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘂𝗺𝗮 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿 𝗲𝘅𝗽𝗲𝗿𝗶𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮.
𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄-𝐒𝐄 𝐀𝐐𝐔𝐈, 𝐌𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀
• 𝗦/𝗡 𝗣.𝗢.𝗩 •
𝐄𝐑𝐀 𝐓𝐀𝐑𝐃𝐄 𝐃𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄, estação tropical, o amado verão. Apesar do céu estar escuro e aquele astro rei não se fazer mais presente e brilhante, o calor continuava, apesar de ter diminuído. Eu estava um pouco nervosa, era a primeira vez que eu ficaria totalmente sozinha com Mads por um final de semana inteiro.
Mikkelsen era um cara simpático, charmoso e culto, que eu conheci por pura coincidência do destino numa festa de alguns amigos em comum. Apesar da diferença de idade, nossos gostos eram compatíveis, e as conversas eram longas e com uma riqueza de detalhes imprescindíveis. Nós já havíamos nos beijado algumas vezes, mas nunca havíamos passado desse ponto, até que de repente ele me convida à passar um final de semana com ele em sua casa de praia, na Califórnia.
Aceitei, não era maluca em negar uma oportunidade dessas.
Entretanto, eu sentia um frio na barriga por estar assim com ele, sozinha. Tendo a plena certeza de que muitas coisas poderiam acontecer enquanto não tivesse ninguém para nos interromper. Eu fiquei com uma certa vergonha, porque nunca fiquei com um cara tão mais velho assim; tão experiente. Sejamos honestos, eu tenho somente 22 anos e sou uma pessoa sem tanta vivência quanto ele, Mikkelsen tem anos luz de vivência.
Escutei notas suaves de um piano enquanto terminava de tomar minha ducha, e fui me perfumar em seguida, antes de vestir minha camisola branca de cetim. Minha pele agora estava fresca, e eu sentia a brisa marítima invadir algumas janelas, brincando com o ambiente e causando aquela sensação boa. Decidi ir até o som do piano, permitindo que meus pés descalços me guiassem pelo chão frio de madeira, seguindo meu caminho até lá. Cheguei na sala de estar da casa boêmia, aproveitando o aconchego do ambiente.
A sala de estar desta casa de praia é um refúgio de tranquilidade e criatividade. As cores suaves e naturais dominam o espaço, criando uma atmosfera acolhedora e relaxante. As paredes são pintadas em tons de azul claro e branco, lembrando o oceano e o céu, enquanto o piso de madeira rústica acrescenta calor à sala. No centro, há um piano de cauda vintage, com acabamento em madeira escura e teclas de marfim envelhecido. O piano é colocado estrategicamente sob uma grande janela de vidro, permitindo que a luz natural do dia ilumine as teclas e proporcionando uma vista deslumbrante do oceano — apesar de que agora as cortinas brancas e finas estavam fechadas.
Ao redor do piano, há uma variedade de almofadas e pufes coloridos e macios, perfeitos para aconchegar-se enquanto alguém toca uma música ou simplesmente para relaxar e apreciar a vista. A decoração é eclética e cheia de personalidade. Prateleiras flutuantes exibem conchas e objetos marinhos colecionados ao longo dos anos, juntamente com velas aromáticas e plantas tropicais em vasos de cerâmica artesanal.
Uma grande tapeçaria tecida à mão adorna uma das paredes, adicionando textura e padrão à sala. Além disso, algumas cadeiras de vime e um sofá confortável com almofadas coloridas convidam qualquer um a se sentar e relaxar. As portas de vidro deslizantes se abrem para um espaçoso terraço de madeira com vista para a praia.
Ele estava lá, com as mãos sobre as teclas do piano, tocando com maestria enquanto estava sentado num banco largo e estofado. Vestia uma camisa social branca e uma calça social preta. A camisa tinha suas mangas um pouco levantadas, até acima de seus cotovelos e ele se deliciava com uma taça de vinho branco que estava em cima do piano, junto à garrafa. Parei no alisar da porta e permaneci em silêncio, prestando atenção em como ele estava focado em acertar todas as notas com maestria.
Reconheci a música no momento em que ouvi as primeiras notas, era o solo de piano de Victor, do filme A Noiva Cadáver. Mikkelsen fechava os olhos e tocava com uma facilidade impressionante, como se estivesse sentindo a música, como se conhecesse aquele piano até antes de nascer.
—— Pode vir, não vou te morder — ele disse, tranquilamente, soltando seu dedo da última tecla, após soar a última nota.
Uma risada de vergonha deixou meus lábios na hora, de um jeito automático.
— Eu adoro essa música — sorri, sentando-me ao lado dele.
— Eu sei. Foi minha pequena armadilha para te fazer sair da toca, coelhinha — ele disse com um sorriso sútil nos lábios, sem mostrar os dentes e deslizou o dedo indicador no topo do meu nariz. — E, pelo visto, funcionou.
— Funcionou, eu gosto de piano.
Ele se levantou e caminhou até a pequena cristaleira que havia num canto do cômodo, abrindo-a e pegando uma taça de cristal — era para que eu pudesse desfrutar do vinho junto à ele.
— Jura? Não fazia ideia que você gostava, mas eu sei bem que você gosta de A Noiva Cadáver — ele se sentou ao meu lado novamente e pegou a garrafa, servindo o vinho e me entregando a taça em seguida. — Gostou?
— Eu definitivamente amei — segurei a taça, antes de brindar com ele e finalmente dar um gole.
Fiz uma expressão sutil de surpresa ao sentir o sabor do vinho, não sou muito acostumada a tomar vinho branco.
— Pois é, a safra é boa — ele riu levemente, antes de dar mais um gole de sua taça de cristal.
— Você está mudando coisas em mim, sabia? Considera-se sortudo, pois é o único que me fez tomar vinho branco de bom grado.
— Sinto-me lisonjeado, princesa — uma de suas mãos foi até a minha, pegando e depositando um beijo sútil no dorso, foi um pouco demorado porque pude notar que ele aproveitou esse pretexto para sentir melhor meu cheiro. — Você tem um perfume inconfundível.
— Obrigada, esses cremes são meio difíceis de achar, mas são os melhores que tem.
— Faço questão de comprar sempre para você — ele brincou, me fazendo corar enquanto eu dava mais um gole. — Gostou da casa?
— Eu amei. É um ambiente calmo, exala paz... — comentei, olhando os arredores novamente, sentindo a luz levemente alaranjada do abajur que iluminava bastante o cômodo.
— Isso é ótimo, porque eu tive medo de você ficar com medo de mim.
— Medo de você? Por que eu teria? Só porque você é o Hannibal Lecter? — brinquei.
— Engraçadinha — ele riu genuinamente dessa vez, incrível como ele sempre ria de forma tão espontânea comigo. — É que eu sei que você nunca se envolveu com alguém da minha idade, e eu não quero forçar nada, entende?
— Você não está forçando nada, querido — eu sabia como ele gostava que eu o chamasse de "querido", sabia muito bem como deixá-lo sem jeito. — Eu estou muito confortável, nunca estive tão confortável com alguém desse jeito — aproveitei para poder depositar um selinho em seus lábios, sentindo o gosto dos resquícios do vinho branco que havia permanecido em seus lábios.
— Bom, já que você está me dizendo isso, vou acreditar... — ele ficou aparentemente contente.
[...]
Depois de mais algumas horas de conversa e taças de vinho branco, estávamos mais à vontade do que antes. Eu já estava sentada um pouco de lado, com minhas pernas sobre o colo dele enquanto ele acariciava minha coxa nua levemente com a mão livre. O toque dele em minha coxa estava começando a me deixar excitada, eu não sabia dizer se era efeito colateral da bebida alcoólica ou se era porque o Mads era extremamente gostoso — talvez fosse a junção desses elementos cruciais.
Nós estávamos rindo, e ríamos genuinamente, compartilhando memórias e discutindo gostos em comum.
— Eu toco piano também, sabia? — comentei.
— Meu Deus! E você só me conta agora? — ele exclamou. — Quer tocar um dueto comigo?
— Qual seria?
— O dueto de piano da Emily e do Victor. Aceita?
— Claro que sim! — me ajeitei no banco, retirando minhas pernas de seu colo, e ele sentou-se de forma mais ajeitada também.
Respirei fundo e permiti que meus dedos encontrassem as teclas frias do instrumento, fazendo as primeiras notas da canção soarem no cômodo. Mikkelsen fez o mesmo quando chegou a parte dele, e quando me dei conta, nós dois estávamos tocando juntos, desfrutando daquela melodia tão imersiva.
Um calafrio percorreu minha espinha quando a canção começou a se intensificar, e nossos dedos deslizavam de um jeito praticamente sincronizado pelas teclas do piano, fazendo as notas flutuarem entre nós, preenchendo o cômodo com aquela sensação esplêndida, nos proporcionando uma atmosfera incrível e jamais vivida antes; pelo menos por mim. Eu sorria feito uma idiota, aproveitando cada segundo daquela experiência única.
Apesar da música ser curta, foram uns dos melhores minutos da minha vida, que me permitiram sentir aquela melodia melancólica e vívida ao mesmo tempo, uma melodia tão especial para mim.
— Perdoe o entusiasmo — eu ri, citando a fala de Emily.
— Gosto do seu entusiasmo — ele citou a resposta de Victor, pegando em minha mão sutilmente e depositando mais um beijo terno em seu dorso.
Minhas bochechas ficaram coradas no mesmo instante, fiquei sentindo um certo calor em meu corpo, e seu beijo pareceu queimar minha pele no lugar onde seus lábios tocaram.
— Por que você me parece com vergonha?
— Não é vergonha... é... bem... — como eu iria falar aquilo?
Eu nunca tinha transado com Mikkelsen na vida, apesar de termos bastante intimidade.
— Nervosismo? — ele depositou mais um beijo no dorso de minha mão e foi subindo para depositar mais um, agora perto de meu pulso. — Calor? — agora depositou um beijo em meu antebraço. — Ansiedade? — o beijo estava mais próximo de meu ombro, até que ele pudesse depositar mais um beijo em minha pele e por mim pudesse sussurrar em meu ouvido. — Desejo?
Um arrepio percorreu meu corpo, me deixando ainda mais desconcertada ao ouvi-lo dizer aquilo, num sussurro que era no tom mais erótico possível.
— É exatamente isso... — eu concordei, falando do jeito mais calmo que pude, apesar de estar sem ar.
— Então, por que não fazemos algo para cessar esses seus pensamentos e quebrar a tensão, hm? — o mais velho sugeriu, com seus olhos castanhos percorrendo meu rosto.
— O que sugere? — no estado em que eu me encontrava, faria qualquer coisa que aquele homem mandasse.
— Você senta no meu colo, e toca uma música... — ele diz, levando uma mão até meu rosto, acariciando levemente a bochecha com o polegar. — Enquanto eu toco em você.
Meu corpo poderia ter um pane agora, como se aquela simples fala afetasse meu sistema nervoso e eu ficasse uma pilha de nervos ambulante. Só dele fazer aquela proposta inusitada, senti algo mudar, aquele calor crescente estava ainda maior no meio de minhas pernas.
— Acho uma excelente ideia.
— Sente-se aqui, minha princesa — ele disse, dando um tapinha suave em uma coxa.
E, assim, sentei-me no colo de Mads. Ficando de costas para ele e ficando completamente confortável ali, sentindo ele depositar um beijo em meu ombro nu.
— Qual música quer que eu toque, Sr. Mikkelsen? — sugeri.
— Você sabe The Guilty Party do Matt Elliott? — ele questionou.
— Sei sim.
— Pois toque-a, enquanto eu te proporciono prazer — ao dizer isso, senti uma de suas mãos ir até o laço que prendia uma das alças de minha camisola e puxá-lo, o desfazendo.
Foquei em relembrar algumas partes da música em alguns segundos e poder finalmente começar a tocar aquelas notas que faziam a música ter um ar místico, algo que parecia te teletransportar para outra dimensão. Outra mão desfez o outro laço, fazendo com que o tecido caísse, deixando meu peito completamente nu e meus mamilos enrijecidos, completamente à vista.
Continuei tocando as notas suaves, deslizando meus dedos sem pressa e sem perder o ritmo. A música tinha sete minutos, pelo que bem me lembro, então esses seriam sete longos minutos em que eu teria que permanecer focada, enquanto tinha aquele homem me tocando de um jeito tão ávido.
Suas mãos foram até meus seios nus, apertando sem pudor algum, e eu podia sentir sua respiração quente contra minha pele, junto com a ereção crescente dentro de suas calças escuras; até porque eu estava sentada em cima. Os dedos de Mads focaram em meus mamilos, brincando com os dedos, massageando e apertando com um pouco de força, que me fazia gemer baixinho.
— Isso, minha princesa, isso mesmo — ele depositou um beijo quente em meu pescoço.
Apesar de fazer muito tempo que eu não toco essa música, lembro-me muito bem de como ela é. E agora, deslizando as notas desse piano, sinto saudades do vocal e dos outros instrumentos que a tornam tão marcante e única.
— Continue concentrada — ele desceu as mãos até minhas coxas, levantando um pouco o tecido fino da camisola, e deslizando agora aqueles dedos grossos das mãos repletas de veias, por cima do tecido fino da calcinha; que já denunciava o estado em que eu me encontrava.
Extremamente excitada, completamente entregue.
— Estou amando ouvir a música, será que fica melhor com os seus gemidos? — os dedos de Mads estavam me estimulando por cima da peça íntima, como se ele já soubesse o ponto exato de prazer sem nem precisar abaixar o tecido.
Gemi baixinho ao sentir aquele prazer viajar por meu corpo.
Continue focada na música, sentindo os estímulos dele. E senti ele colocando a peça íntima de lado para poder deslizar agora seus dedos diretamente em minha excitação que o melava. Ele deslizou os dedos para cima e para baixo, sem me penetrar, pelo visto só queria mesmo tirar minha concentração.
E sem mais delongas, me penetrou com dois dedos, enquanto a outra mão apertava meu seio, e eu sentia meu líquido em seus dedos, encostando em minha pele quente, enquanto seus dedos se moviam para cima e para baixo em meu interior, com movimentos de vai e vem. Dessa vez não consegui me conter, acabei gemendo seu nome de um jeito sedento:
— Mads...
As notas ainda soavam perfeitamente, estava tendo um autocontrole que nem eu reconhecia agora.
— Hm... isso sim é música para os meus ouvidos...
Aquelas sensações estavam me fazendo transcender enquanto tocava aquela música, sentada em seu colo. Era uma experiência que eu nunca seria capaz de ter com outra pessoa. A cara nota que eu tocava no instrumento, sentia a palma de sua mão um pouco áspera deslizar por meu clitóris enquanto seus dedos se moviam em meu interior, deslizando por minha carne. Minhas coxas apertaram um pouco contra sua mão enquanto eu gemia sem pudor algum, plenamente necessitada.
— Shh... pare com isso, princesa — ele depositou um beijo suave em meu pescoço enquanto apertava meu seio. — Mantenha essas pernas bem abertas para mim.
A música continuava, eu foquei na melodia, sentindo cada nota e sentindo o jeito que ele me proporcionava prazer. Permanecia em silêncio, somente se deliciando com os meus gemidos manhosos juntos ao instrumento que soava num tom levemente fúnebre e fantasioso. Eu sentia seus lábios em minha pele quente, lambendo e chupando levemente, não queria me deixar marcada sem meu consentimento — e, puta merda! Aquilo era sexy pra caralho!
Me sentia num abismo infinito, transitando entre camadas de um desejo inexplorado.
Enquanto a música chegava aos minutos finais, meu ápice parecia cada vez mais próximo. Ele alternava o ritmo dos estímulos, como se quisesse que eu gozasse num minuto exato, até porque ele conhecia bem essa música. As últimas notas estavam se aproximando e meu orgasmo crescente fazia minhas pernas ter pequenos espasmos, e eu estava praticamente me contorcendo em seu colo, querendo apertar seu corpo, apesar de me manter focada em continuar tocando.
As últimas notas soaram de forma sincronizada com meu orgasmo que arrebatou meu corpo, fazendo-me fechar minhas coxas em sua mão, enquanto ele apertava meu seio com força e eu deixava um gemido altamente pornográfico sair por meus lábios, sentindo-o continuar esfregando a palma da mão no ponto sensível. Eu estava ofegante e com o coração acelerado, sentindo a forma como molhei sua mão.
— Isso é o que eu chamo de espetáculo — Mads levou a mão até a boca, chupando os dedos vorazmente. — Essa melodia foi inesquecível, mas o melhor ainda está por vir.
Mikkelsen me segurou e levantou do banquinho, me pegando no colo e colocando no divã. O mais velho aproveitou para poder retirar a camisola de vez do meu corpo, me deixando somente com a peça íntima, completamente encharcada que cobria meu sexo. Pude beijá-lo verdadeiramente pela primeira vez naquela noite, pois não resisti à ânsia de puxá-lo para perto e poder selar nossos lábios, sentindo o sabor suave do vinho branco misturando em nossas línguas. Os estalos ecoavam pelo cômodo, fundidos com o som das ondas quebrando na costa.
O beijo dele era mágico, todas as vezes em que nos beijamos eu me sentia mais perto do paraíso, como se isso fosse um universo tão próximo.
Os beijos dele começaram a deslizar para meu pescoço, deixando sua língua deslizar por minha pele, causando-me arrepios, antes de chegar em meus seios e se divertir, rodeando a língua por meus mamilos e abocanhar com vontade, me fazendo gemer sem o mínimo esforço. Os lábios continuaram traçando um caminho por meu corpo, até chegar em minha calcinha. Olhei para baixo e vi o mais velho retirar a peça íntima com a boca, passando a arcada dentária pela borda e abaixando, em seguida puxando com uma mão pelo restante de minhas pernas.
— Não se segure, princesa — sua língua delgada deslizou por meu clitóris inchado e sensível em dobro por conta do orgasmo anterior. — Quero ouvir você gemer.
E em seguida abocanhou meu sexo, me fazendo gemer inesperadamente, fazendo-me levar uma de minhas mãos à seus cabelos levemente grisalhos. Meus dedos se enlaçaram entre as mechas macias e eu apertei consideravelmente, o fazendo grunhir contra a pele sensível. Senti sua língua deslizar para meu interior, indo para cima e para baixo num ritmo lento, porém intenso o suficiente para me deixar sem ar e me fazer até mesmo esquecer meu próprio nome.
— Mads, por favor-
Eu mal conseguia completar uma frase, receber aquilo estando já bastante sensível era ainda melhor do que eu poderia imaginar. Suas mãos fortes e repletas de veias, agarravam minhas coxas com força, me fazendo permanecer no mesmo lugar enquanto ele podia enterrar seu rosto em meu núcleo, com seu nariz sendo levemente esfregado contra meu clitóris. É, eu já estava totalmente entregue.
Os lábios se moviam de um jeito basicamente sincronizado, e ele grunhia contra mim, me fazendo imaginar como deve ser ainda melhor ouvi-lo gemendo enquanto me fode sem pudor — algo que não estava longe de chegar. Cruzei minhas pernas ao redor de seus ombros, mantendo sua cabeça naquele ponto específico; o que aparentemente o satisfaz bastante.
Meu orgasmo crescente era iminente, e ficava ainda maior a cada vez que seus lábios se moviam e sua língua subia e descia em meu interior. Mikkelsen me devorava com tanta vontade, como se tivesse morrendo de vontade de fazer isso há muito tempo.
Estava sedento por mim, sedento por mais.
— E-Eu vou gozar, não pare, por favor! — minha voz falhava levemente, minhas cordas vocais pareciam ter me abandonado num momento importante como aquele, e para falar a verdade, meus pensamentos estavam num estado líquido, eu já nem conseguia mais raciocinar.
Seus dedos faziam pressão contra minha carne, apertando com vigor enquanto ele se permitia desfrutar de cada mínima gota de minha satisfação no momento que atingi meu segundo ápice da noite. Gozei com vontade mais uma vez, e senti que poderia chorar naquele momento, de tão intenso que havia sido. Minhas pernas tremeram, e minha respiração falhou levemente, enquanto meus batimentos cardíacos estavam acelerados.
— Puta merda, princesa — ele distanciou o rosto de meu sexo. — Você é tão doce... vai acabar me viciando no seu gosto.
Ele se levantou e desabotoou a camisa rapidamente, expondo o peito pálido. As mãos fortes foram até a calça, desabotoando e abrindo o zíper. Antes de prosseguir, o vi pegar um pacotinho dentro de alguma bolsinha em cima de uma pequena mesa no cômodo, com um abajur — aquilo com certeza era um preservativo. A única coisa que pude fazer foi me deliciar com sua ereção marcando por baixo da calça antes dele finalmente abaixar a peça, junto com a cueca.
Eu estava sentada em cima há alguns minutos, e já havia sentido a forma como era grande, e mesmo assim consegui me surpreender quando não tinha mais nenhum tecido o inibindo. Toda a extensão tinha veias devidamente aparentes, e sua glande rosada pulsava e estava melada pelo pré-gozo, eu o deixei daquele jeito, ele estava cego de desejo por mim desde o piano.
— Diga, princesa... você quer que eu continue? — sua voz saía de seus lábios no tom mais suave possível, quase que aveludado.
— Por favor... — eu não sabia dizer se era minha educação ou excesso de tesão, mas a todo instante eu dizia "por favor".
Um sorriso malicioso naqueles lábios foi o suficiente para deixar claro que ele havia ficado satisfeito com a resposta obtida. E assim o vi rasgar o pacote do preservativo com os dentes, num movimento rápido, para poder "se vestir" em seguida.
— De quatro, meu bem.
Imediatamente o obedeci, apoiando meus joelhos no estofamento do divã, e apoiando meus cotovelos nas "costas" do sofá, para poder proporcionar à ele a plena visão da minha bunda; apesar de minhas pernas estarem vacilando eu conseguia me manter daquele jeito, principalmente com o móvel como apoio. Senti aquelas mãos levemente calejadas e até um pouco ásperas deslizarem por minhas nádegas, algo num misto entre toque de curiosidade e carícia, que subia gentilmente até minha cintura.
Sentir o calor das mãos dele em meu corpo era uma sensação celestial.
Em seguida, senti seus lábios encostarem em minha pele, traçando um caminho por minhas costas, subindo delicadamente até meu pescoço, fazendo seu corpo encostar no meu. Pude senti-lo me penetrar lentamente, e um gemido de surpresa deixou meus lábios enquanto um gemido arrastado e sutil deixou os lábios dele, que estavam bem próximos de meu ouvido. Me fazendo ouvir aquele tom suave e excitante tão de perto.
— Estou fazendo devagar para não causar um incômodo — uma das mãos dele agarrou meu seio e apertou.
— Você não precisa se controlar comigo...
— Tem certeza? — uma risada num misto de erotismo e desafio deixou seus lábios, naquele tom rouco e inconfundível. — Eu vou te machucar...
— Absoluta...
Aquela foi minha última palavra, antes dele levar as mãos até minha cintura, apertando com força e me mantendo parada para que ele pudesse ser mais preciso com os movimentos. No primeiro "solavanco" que seu corpo causou no meu, já senti a forma como ele seria capaz de me destruir do melhor jeito possível naquela noite. Seus quadris se moviam para frente e para trás num ritmo que era extremamente agradável para mim, me deixando a cada minuto mais excitada.
Minha excitação já escorria levemente por minhas coxas, enquanto ele ia e vinha, me fazendo gemer manhosa. Definitivamente era a melhor foda da minha vida, e nunca estive tão feliz por ter dito "sim" aquele cara mais velho. Mads não poupava seus gemidos — e palavrões —, que eram altamente eróticos.
— Puta merda, como você é gostosa — até mesmo a forma como ele xingava era pornográfica o suficiente para fazer meu corpo colapsar.
É, lá estava eu. Sendo fodida com vontade enquanto gemia sem pudor algum, e meu interior estava uma completa bagunça, ainda mais pelo fato de eu estar recebendo tudo aquilo de um jeito tão intenso, depois de dois orgasmos seguidos. Me perguntava como minhas pernas ainda estavam conseguindo me manter naquela posição, porque a qualquer momento eu sentia que poderia cair.
Uma das mãos dele saiu de minha cintura, e foi até meus cabelos, passando os dedos e puxando levemente para poder depositar beijos em meu pescoço enquanto continuava a mover os quadris no ritmo bruto. Meus olhos estavam revirando.
— Você é uma boa garota, sabia? — merda, Mads. Eu vou acabar gozando desse jeito. — Aguentando tão comportada, só gemendo e pedindo por mais.
— Eu sou tudo o que você imaginou?
— Até mais — e assim me beijou, um beijo afoito e luxurioso, onde nossas línguas estavam praticamente lutando por espaço em nossas bocas.
Ele continuava atingindo aquele ponto sensível dentro de mim repetidas vezes, fazendo-me sentir que poderia cair novamente, mas fiz o meu melhor para me manter daquele jeito. Só que ele é um homem experiente, já tinha percebido o estado no qual eu me encontrava.
— Ah, que linda... — sua voz era dominante e num tom meramente predatório. — Quer gozar, não é? Está desesperada por isso.
— Você também está... — eu estava sem ar, tentando falar do jeito que me era viável.
— Adoro sua sagacidade.
Pude senti-lo retirar o membro de dentro de mim e já me causar um sentimento de estranheza, era bom senti-lo me preenchendo. O mais velho acabou me virando e me pegando no colo, levando até o piano, me colocando deitada sobre o instrumento — na parte lisa, distante das teclas.
— Foi aqui que começou, acho justo acabar aqui também — a proposta era tentadora e o tom de voz era ainda mais.
Eu estava com as costas encostadas na parte de material frio, enquanto ele se ajeitava no meio de minhas pernas, segurando minhas coxas com força. E pude senti-lo me preencher mais uma vez, enquanto eu revirava os olhos e levava uma mão à boca, por força do hábito, para que pudesse morder levemente minha pele.
Os quadris dele voltaram a fazer o típico movimento de vai e vem, naquele ritmo rápido; feroz. O som de nossos corpos ecoava pelo cômodo, junto aos nossos gemidos e os palavrões proferidos no calor do momento. A sensação de tê-lo tão perto assim iria se tornar algo crucial para o meu dia-a-dia, ele fodia bem pra caralho.
Fodia tão bem que eu estava quase esquecendo meu próprio nome.
Minhas pernas tremiam levemente e minhas coxas apertavam seus quadris, eu estava próxima de chegar ao meu limite e obter o terceiro ápice da noite enquanto estava perdida, observando sua beleza. Seus olhos castanhos fixos nos meus, seus lábios entreabertos que falavam coisas tão profanas, sua pele já curtida pela idade, porém charmosa, seu cabelo que caía levemente sobre o rosto: tudo era perfeito quando se tratava de Mads Mikkelsen.
— Goza comigo, princesa? — ele retirou uma das mãos de minha coxa e levou até meu clitóris inchado e molhado, estimulando com movimentos circulares enquanto permanecia com o ritmo feroz dos quadris. — Goza pra mim.
— Mads- porra! — eu fechava meus olhos com força e sentia que estava me contorcendo, por dentro eu era a definição de bagunça.
— Quase lá, hm? Quase lá, goza no meu pau — seu sorrisinho malicioso provavelmente estava estampado na face, e eu daria de tudo para ver agora, se eu não estivesse ocupada demais gritando e fechando meus olhos pela carga forte de sensações crescentes — Eu vou gozar, caralho, eu vou gozar!
Alcançamos nossos orgasmos quase que de forma sincronizada.
Senti-me desmanchar no pau dele — era o que faltava para ficar perfeito, já que eu havia me desmanchado em seus dedos e sua língua há alguns minutos atrás. Apertei minhas coxas ao redor de seu quadril e apertei as bordas do piano enquanto gritava seu nome e meu quadril tremia levemente. Já ele gemeu do jeito mais sujo e erótico possível, enquanto preenchia o látex da camisinha com a porra quente.
Eu faria loucuras para ouvi-lo gemer meu nome todos os dias, principalmente daquele jeito quando atingiu o ápice.
— Maldita armadilha para me fazer sair do quarto — brinquei, rindo levemente enquanto tentava normalizar minha respiração.
— Não negue que amou, coelhinha.
[...]
Cheguei meio cansada do curso mas postei essa benção aqui porque vocês merecem, agora graças a Deus vou dormir de consciência tranquila 🫶🏼
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