Acordei e logo fui para o banheiro, abri a torneira e joguei água fria em meu rosto. Não queria ter de ir ao escritório, o problema não era trabalhar, mas ver ele.

Olhar o homem que me usou e roubou todas as minhas ideias de possíveis sucessos profissionais, ter ganhado todos os créditos e ainda ser o pai da minha filha, é bastante pertubador.

Toda vez que entro naquele prédio, logo na porta vem um sentimento desgraçado de tristeza, como se aquilo fosse me matar, ou arruinar minha vida novamente.

Antes de tomar meu caminho, vi Yoona sentada no sofá, é uma amiga minha. Morávamos juntas e ela fazia questão de me lembrar a minha responsabilidade de mãe. Mesmo de longe.

-Taeyeon, ligou para a pequenina hoje ? Era assim que ela chamava a Minjeong.

-Acho que hoje não vai dá, vou ficar até tarde.

-Até quando você vai evitar ela ? Ela não tem culpa Taeyeon, a tutora dela ligou, e não é bom. Ela está brigando com todas as crianças, fazendo birra e chorando toda hora.

-Mais tarde eu vejo isto. E saí.

A Minjeongie.. Eu não sei falar dela, mas toda vez que escuto essas notícias da França fico pior do que já estava, não sou uma boa mãe para ela. Por isso optei que estudasse em outro país.

Ou talvez seja apenas uma desculpa para não ter que olhar para ela e sentir um aperto no peito, porque sempre carregarei aquele dia comigo.