⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀CHAPTER SIX
⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ❝ what the hell is that ?!❞

❝Quando você sente um forte ódio por alguém, geralmente há um motivo subjacente, seja ele qual for. Esse motivo pode variar desde diferenças de ideias até tentativas frustradas de reconciliação de sentimentos intensos.❞

CLARISSE LA RUE certamente é conhecida por ser temida pelos campistas do Acampamento Meio-Sangue. Sua reputação de agressividade e comportamento intimidador faz com que muitos a vejam como uma figura imponente e até mesmo ameaçadora. Independentemente do poder ou da linhagem divina de um semideus, se Clarisse não gosta de alguém, essa pessoa se torna alvo de sua atenção e possíveis confrontos. Essa dinâmica já foi observada em várias ocasiões, envolvendo diferentes semideuses ao longo do tempo no acampamento.

É EVIDENTE QUE Clarisse La Rue tinha uma aversão especial por pessoas que desafiavam diretamente sua autoridade ou personalidade forte. Poucas eram as que se atreviam a confrontá-la dessa forma, e entre elas estavam Phaetra Mystikos, sua melhor amiga, e Callista Papandreou, uma figura que despertava intensa antipatia na filha de Ares. Essas duas pessoas, ao se colocarem em posição de desafio contra Clarisse, demonstravam coragem e determinação, características que apenas intensificavam o conflito entre elas.

A DINÂMICA ENTRE Clarisse e Phaetra era diferente, já que os confrontos com Phaetra a contrariavam, mas não a irritavam tanto quanto os embates com Callista. Quando Papandreou iniciava ou respondia a um confronto, especialmente quando estava errada, era capaz de levar La Rue à beira do limite, despertando uma irritação intensa na filha de Ares. O simples fato de Callista estar envolvida já era suficiente para provocar uma reação mais exasperada de Clarisse.

AINDA QUE ESTIVESSE seguindo com seu dia normalmente, Clarisse continuava na busca por Callista. Desde pequena, ela tinha uma teoria de que quando você procura algo, a coisa ou pessoa não irá aparecer, mas quando não estiver procurando, ela vai surgir. E sua teoria sempre dava certo, até mesmo naquele dia. De longe, avistou Papandreou conversando com Luke Castellan, provavelmente tentando escapar dos treinos, enquanto o garoto tentava convencê-la a participar.

De maneira discreta e silenciosa, Clarisse deu passos lentos em direção à dupla. Além de provocar Papandreou, ela também estava curiosa para saber sobre o que estavam conversando. Não é que ela se importasse, era apenas por pura curiosidade.

Clarisse estava ouvindo a conversa de Luke e Callista sem todo o contexto, mas mesmo assim, ela pôde captar a frase de Luke: "Você sabe como os Deuses são."

Clarisse achou estranho a frase de Luke, o que a fez continuar disfarçando para ouvir a conversa.

Luke continuava a expressar sua opinião sobre os deuses, afirmando que eles nunca se importaram com os semideuses, enquanto Callista ouvia em silêncio, com uma expressão de julgamento em seu rosto. ────── Nem me olhe assim, você sabe que é verdade. — O garoto afirmou.

Clarisse achou o discurso de Luke um tanto exagerado e pensou: ❝Que papo do cacete...❞, lutando para manter uma expressão neutra enquanto ouvia a conversa.

────── Não vou dizer que você está errado, até por que não está. Mas por que está me falando isso? — Papandreou indagou, arqueando a sobrancelha.

────── Depois eu te falo. — Ele finalizou o assunto, encarando os lados. ────── Mas enfim, vai pro treino hoje?

────── Dispenso. — Callista abriu um sorriso singelo no rosto, deixando de lado todo o assunto que seu amigo tinha falado.

Clarisse observou enquanto Luke e Callista se separavam após a breve conversa. Ela ainda se perguntava sobre o contexto daquela troca de palavras. As palavras de Luke eram certeiras, mas o que poderia ter levado a essa conversa inesperada?

LA RUE ESTAVA determinada a seguir com seu plano de tornar o dia de Callista tão desagradável quanto possível e decidiu ignorar o que Papandreou estaria conversando com o amigo por um tempo.

CALLISTA PERAMBULAVA pelo acampamento Meio-Sangue sem um destino específico, apenas buscando um momento de descanso. Sua semana fora agitada, sem um dia sequer de tranquilidade, sempre sendo perturbada ou ouvindo coisas estranhas.

Enquanto Papandreou caminhava pelo acampamento Meio-Sangue, uma sensação estranha a envolveu, como se estivesse sendo observada por olhos invisíveis. A ambientação sombria, combinada com o clima instável do acampamento, não ajudava em nada. As árvores ao redor exibiam suas folhas em tons mais escuros, absorvendo qualquer resquício de luz que tentasse penetrar na densa floresta. O ar gélido envolvia seu corpo, recordando a chuva do dia anterior, que deixara poças de lama e água espalhadas pelo chão. Os pingos remanescentes da chuva acumulados nas folhas caíam lentamente, criando uma trilha sonora de gotas ecoando pela floresta. O silêncio era quase tangível, quebrado apenas pelo som da própria respiração de Callista, amplificado pelo vazio ao seu redor.

Em meio a essa atmosfera sombria e misteriosa, Callista não pôde deixar de questionar sua decisão de caminhar por um dos locais mais temidos pelos campistas. O clima sinistro que permeava aquele lugar parecia afetar a todos que se aventuravam por ali, envolvendo-os em uma aura de desconforto e inquietação.

A respiração de Papandreou era desregulada, saindo apenas por uma das narinas devido ao resfriado que contraíra devido ao clima instável da semana. A cada passo dado, ela se assustava consigo mesma, especialmente ao pisar em galhos e folhas secas quebradiças, cujo som ecoava pela floresta sombria.

Quando Callista estava prestes a terminar o caminho tão temido, ela começou a ouvir passos, surpreendentemente não os dela. O dono desses passos, ao perceber que a garota os notou, parou de caminhar tão apressadamente, o que aumentou ainda mais o medo da filha de Athena.

Faltavam poucos minutos para que ela saísse do caminho com a atmosfera tão sombria, mas quando estava a poucos passos de terminar, os passos voltaram e agora estavam correndo. Callista se perguntou se deveria correr, como uma pessoa sensata, ou caminhar, como uma personagem birrenta de filmes de terror.

Claro que ela escolheu a primeira opção.

Então, ela começou a correr, embora não fosse a melhor corredora, muito pelo contrário, poderia ser considerada a pior. Além de correr de forma desajeitada, as poças de água e lama quase fizeram com que a garota caísse mais de uma vez.

Mas como nos filmes slasher de terror, não adiantava correr; seja lá o que estivesse a seguindo sempre acabaria alcançando. Para o alívio e também o azar de Callista, não era nenhuma onça, tigre, zumbi ou até mesmo múmia; era apenas Clarisse. Embora o terror psicológico causado por La Rue durante aqueles vinte minutos em que Papandreou esteve correndo ou se sentindo observada fosse intenso, no final das contas, não era nada além de La Rue, uma presença com a qual a garota já estava acostumada, mesmo que não fosse uma das melhores.

────── Mas que porra é essa?! — Exclamou Papandreou assim que seu corpo se chocou com uma das árvores próximas. Por alguns momentos, Callista chegou a cogitar realizar um exorcismo em Clarisse, cujo olhar estava mais furioso do que nunca, mas logo se lembrou que esse era o olhar mais comum de La Rue.

Clarisse riu, sem dizer mais nada. ──────  Sabe, às vezes me pergunto se você realmente é filha de Athena. Burra desse jeito, é difícil te ver como filha da Deusa da inteligência. — provocou.

──────  Sua vagabunda, me assustou desse jeito só para me provocar dizendo que sou burra?! Eu sou burra sim, mas me atacar desse jeito do nada? Se manca, garota! — respondeu Callista indignada, enquanto se desgrudava da árvore.

──────  A filha da Deusa da inteligência saindo com o cara mais mulherengo dos meus irmãos? Que grande piada. — provocou Clarisse.

────── E o que você tem a ver com isso?! Se eu não te conhecesse, eu diria que está além de apaixonada, eu diria que está me stalkeando. Não é possível que eu não possa andar por esse acampamento sem te encontrar sete segundos depois. — retrucou Callista, visivelmente irritada pela perseguição.

──────  Eu te stalkeando? Não me faça rir. —respondeu Clarisse, se aproximando um pouco mais. ────── Só faço isso porque te irrita, não porque gosto de você.

────── Isso é o que um apaixonado diria. — disse Callista em tom sarcástico.

𝐎𝟏 ) NÃO SEI VOCÊS,
mas quando eu crescer
eu quero ter a coragem
da Callista falando super
tranquila com a pessoa
que literalmente enfiou
uma lança na barriga dela

𝐎𝟐 ) ESSE CAPÍTULO
foi um pouco narrado pela
visão de Clarisse, gostaram?

𝐎𝟑 ) O CAPÍTULO DE
hoje conseguiu se superar!
1390 mil palavras, o que
vocês acham de capítulos
grandes?

𝐎𝟒 ) CENA:

𝐎𝟓 ) MARCAÇÃO
mielnoell ๑ xxx_Amber
wndgrimes_ ๑ sadiewife
katnissevrdden ๑ starsolll
strawberrykkkjk