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III . . 𝗖𝗮𝗺𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀 𝗰𝗿𝘂𝘇𝗮𝗱𝗼𝘀

‼️ AVISO DE GATILHO ‼️
Este capítulo contém temas de
sequestro, tensão emocional e
conflitos internos. Leitores sensíveis
a essas questões são aconselhados
a prosseguir com cautela.

𝙴𝚗𝚝𝚊̃𝚘 𝚊𝚐𝚘𝚛𝚊, 𝚎𝚜𝚝𝚘𝚞
𝚜𝚎𝚐𝚞𝚛𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚎𝚜𝚜𝚊 𝚍𝚘𝚛
𝙲𝚘𝚖𝚘 𝚗𝚘 𝚍𝚒𝚊 𝚎𝚖 𝚚𝚞𝚎
𝚊𝚋𝚊𝚗𝚍𝚘𝚗𝚎𝚒 𝚝𝚞𝚍𝚘

𝙰 𝚌𝚊𝚍𝚊 𝚍𝚒𝚊, 𝚖𝚎 𝚜𝚒𝚗𝚝𝚘
𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚊𝚗𝚐𝚞𝚜𝚝𝚒𝚊𝚍𝚘
𝙸𝚗𝚏𝚒𝚗𝚒𝚝𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎 𝚊̀ 𝚖𝚒𝚗𝚑𝚊
𝚏𝚛𝚎𝚗𝚝𝚎, 𝚊𝚑, 𝚍𝚎́𝚓𝚊̀ 𝚟𝚞

3722 palavras

O tique-taque do relógio ecoa pelo ambiente, preenchendo o silêncio tenso. Nadine cruza os braços, observando Atsushi se remexer na cadeira. Ele está mais calmo do que ela espera, sem o habitual desespero que costuma ver nos rostos de suas vítimas. Isso deveria tornar seu trabalho mais fácil, mas, curiosamente, só complica ainda mais a situação.

Como ela se deixa envolver nesse caos? Sequestrar o detetive, entregá-lo ao chefe... Parecia tão simples no início.

Atsushi lança um olhar hesitante em direção a Nadine, a mulher sentada à sua frente. Sua mente é uma tempestade de pensamentos, que tentam desesperadamente entender a situação e encontrar uma saída. Contudo, tudo está turvo demais, e ele não consegue processar as coisas com clareza.

— Por que você está fazendo isso? — pergunta ele, a voz trêmula.

Nadine endireita-se na cadeira, os ombros tensionados enquanto tenta ignorar a ansiedade que se acumula em seu peito como uma tempestade prestes a estourar. O batimento acelerado de seu coração ecoa em seus ouvidos. Ela respira fundo, buscando clareza em meio ao turbilhão de pensamentos. Seus dedos brincam nervosamente com a barra da jaqueta, enquanto os olhos vagam pela sala, tentando se fixar em algo que a distraia daquela inquietação sufocante.

— É apenas um trabalho, Atsushi. — diz ela, com uma firmeza que não reflete o que sente. Ainda assim, enquanto fala, nota o jeito como ele a observa, como se estivesse à procura de uma fraqueza. Isso a incomoda, despertando uma inquietação que ela não pode se permitir sentir.

O olhar de Atsushi percorre o rosto de Nadine, analisando cada detalhe. Ele percebe como ela tenta se mostrar forte, mas também nota a ansiedade que ela se esforça para esconder. Um leve franzir de sobrancelhas surge em seu rosto enquanto ele se pergunta quantas outras pessoas ela conseguiu enganar dessa forma.

— Isso não parece apenas um trabalho. — diz ele, a voz baixa, mas firme, carregada de intensidade.

— Você não entende, Atsushi. — responde Nadine, deixando a irritação mascarar seu desconforto. — Algumas coisas na vida são inevitáveis. Nem tudo é uma escolha fácil. — Ela cruza os braços, tentando manter a postura firme, mas a dúvida começa a infiltrar-se em seus pensamentos, corroendo a fachada que tenta sustentar.

Atsushi não se deixa abalar pela irritação de Nadine. Seus olhos permanecem fixos nela, buscando respostas. O som dos ponteiros do relógio ecoa no silêncio, intensificando a tensão entre os dois. Ele respira fundo, tentando se manter calmo enquanto pondera se ela realmente acredita no que diz.

— Você realmente pensa assim? — ele questiona, a voz carregada de curiosidade. — Ou está apenas tentando se convencer disso?

— Não preciso me convencer de nada, Atsushi. — O tom de sua voz é cortante, mas, por dentro, ela sente uma fissura na armadura que constrói. — A vida não é feita de escolhas fáceis, e você deveria saber disso.

Nadine tenta ignorar a dúvida crescente em sua mente, mas a incerteza se espalha como uma sombra, obscurecendo seus pensamentos. Cada ideia que surge é rapidamente envolta por questionamentos que a fazem hesitar. Ela morde o lábio, concentrando-se em cada respiração, enquanto o olhar se perde na distância, como se esperasse que as respostas apareçam magicamente.

Sua mente parece um labirinto, repleto de caminhos que se entrelaçam e a conduzem a um abismo de insegurança. Ainda assim, ela se força a manter a compostura, sufocando a tempestade interna que ameaça descontrolar seus sentimentos.

“Estou apenas cumprindo ordens. Isso é o que realmente importa.”

Mas, por que, então, cada palavra de Atsushi a faz sentir como se estivesse sendo desnudada?

Atsushi observa enquanto Nadine luta para manter a fachada de controle. Ele percebe a fissura em sua armadura, o conflito interno que atravessa seu olhar. Cada palavra que ela profere soa mais como uma tentativa de autoafirmação do que como uma crença genuína.

— Não é assim que funciona, sabe? — ele diz, a voz suave, mas carregada de peso. — Eu também já passei por coisas horríveis. A vida é, de fato, repleta de escolhas difíceis, mas isso não justifica o que você está fazendo.

— Você não sabe nada sobre mim. — Nadine retruca, o tom desafiador reverberando pela sala. — Não tem a menor ideia do que eu já enfrentei.

Ela se esforça para ignorar a dor que sua própria história provoca, um peso familiar que a acompanha em cada passo. Memórias sombrias emergem como fantasmas do passado, tentando tomar conta de sua mente. Ela respira fundo, determinada a manter a compostura.

No entanto, as palavras de Atsushi a atingem em cheio, como uma flecha envenenada, penetrando suas defesas e desvelando feridas que ela tenta esconder. Um frio percorre sua espinha, e uma hesitação involuntária a domina, como se suas pernas estivessem paralisadas, incapazes de seguir em frente. O olhar de Atsushi, cheio de compreensão, a faz questionar se realmente pode escapar da dor que tanto teme.

Atsushi vê a dor e a incerteza refletidas no rosto de Nadine, e seu coração se aperta ao vislumbrar sua vulnerabilidade. Ele deseja abraçá-la, confortá-la, dizer que ela não está sozinha. Mas, antes que consiga pronunciar qualquer palavra, ela se recompõe, colocando uma nova camada de armadura sobre si mesma.

— Talvez eu não saiba tudo... — ele diz, a voz ainda suave, mas agora tingida de tristeza. — Mas sei como é viver sob o peso do passado...

— Não venha com esse tipo de conversa. — Nadine interrompe, endurecendo a voz. — O passado não pode ser mudado, e isso não altera o que preciso fazer agora.

Ela tenta desviar o olhar, buscando abrigo em qualquer outro lugar da sala. Mas os olhos de Atsushi permanecem fixos nela, como se fossem magnéticos. A intensidade de seu olhar a envolve, desafiando sua resistência e penetrando as barreiras que ela cuidadosamente construiu.

A pressão em seu peito aumenta, transformando-se em uma sensação quase opressiva, como se um peso invisível a esmagasse. Cada batida de seu coração parece ecoar em meio ao silêncio, um lembrete inquietante da vulnerabilidade que ela tenta esconder. Ela morde o lábio inferior, lutando contra a vontade de ceder àquela conexão, enquanto a ansiedade se mistura a uma curiosidade proibida.

Atsushi continua a observá-la, percebendo como ela tenta, em vão, manter a fachada de profissionalismo. Cada gesto dela carrega uma ansiedade mal disfarçada, e suas mãos, agora entrelaçadas com força, tremem levemente. A tensão no ar é densa, quase sufocante, como se qualquer palavra pudesse desmoronar o frágil equilíbrio entre eles.

— Não precisa ser assim. — Atsushi rompe o silêncio com a voz baixa, mas firme. — Você não precisa fazer essa escolha.

O olhar de Atsushi encontra o de Nadine, desafiando-a a reconsiderar tudo. Mas ele não sabe que o destino dela já está traçado há muito tempo, naquela noite fria, quando alguém tão importante foi brutalmente arrancado de sua vida.

A lembrança invade sua mente sem aviso, trazendo de volta o som de risadas inocentes e promessas que nunca puderam ser cumpridas. O presente começa a desvanecer, e Nadine é puxada de volta para o passado, revivendo o exato momento em que tudo desmorona, como se estivesse presa naquele instante trágico.

Marselha, França
18 anos atrás

Nadine observa sua irmã mais nova à sua frente, os olhos brilhando de esperança enquanto segura uma pequena boneca de pano que improvisa como "prisioneiro" em sua brincadeira de detetive. A menina sempre repete o mesmo sonho.

— Um dia, eu vou ser uma detetive de verdade, você vai ver. Vou prender todos os bandidos e nos salvar!

Mesmo tão jovem, Nadine já sente o peso de uma realidade muito mais sombria do que sua irmã pode entender. O mundo ao seu redor está repleto de sombras e segredos que a criança inocente não pode imaginar. Mas, apesar de tudo, ela nunca tem coragem de destruir aquele brilho nos olhos da irmã. Nadine quer proteger essa alegria, mesmo sabendo, no fundo, que o caminho para a verdade nem sempre é iluminado.

Nadine se agacha lentamente, tomando cuidado para não parecer ameaçadora, e se coloca na altura da irmã, seus olhos refletindo uma mistura de carinho e preocupação. Com um toque suave, ela envolve os pequenos ombros da menina com as mãos, sentindo a leveza de sua fragilidade sob os dedos.

A suavidade da pele infantil traz à memória a inocência que ainda brilha nos olhos da irmã. Nadine tenta transmitir segurança por meio daquele gesto, como se pudesse protegê-la de todas as inquietações do mundo.

— E quem vai me proteger se você se tornar uma detetive? — sua voz soa mais como uma defesa do que um desafio, carregada de preocupação.

A menina, no entanto, sorri com uma alegria contagiante, sua confiança irradiando como um raio de sol em um dia nublado. O sorriso não é apenas um gesto, mas uma expressão vibrante de determinação e esperança que parece transformar o ambiente ao redor. Seus olhos brilham com uma luz especial, refletindo uma inocência destemida e uma crença inabalável em si mesma.

— Você sempre será minha parceira, mana. Juntas, somos invencíveis! — a determinação em seu olhar aquece o coração de Nadine, mesmo em meio à incerteza.

Nadine ajusta a boneca nas mãos da irmã, sentindo uma pontada de dor ao notar como Noelle a segura com tanto carinho.

— Um dia, vamos viver longe daqui, em um lugar seguro. — a promessa paira no ar, uma esperança delicada que Nadine luta para acreditar. As palavras soam como um eco distante de um futuro incerto, um desejo que contrasta com a realidade opressora que as cerca.

Enquanto compartilham aquele momento de ternura, um som distante interrompe a tranquilidade da casa. O riso de Noelle se apaga ao ouvir passos pesados se aproximando pelo corredor. Nadine se levanta, seu corpo tenso como uma corda esticada. Ela já reconhece os ecos dos problemas antes mesmo de ver quem está se aproximando.

— Fique aqui, maninha. — ordena, a voz carregada de urgência.

A sensação sombria que permeia o ar avisa Nadine de que algo terrível está prestes a acontecer. Ela sabe que precisa proteger sua irmã a qualquer custo.
A porta se abre com um rangido, ecoando como um aviso sombrio. A mãe aparece, o olhar frio e distante fazendo o estômago de Nadine se contorcer. Ao ver a expressão impassível da mulher, um nó se forma em seu peito.

— É hora de você vir comigo, Noelle. — diz a senhora Delacroix, ignorando completamente a presença da filha mais velha. O coração de Nadine dispara, e ela se coloca imediatamente entre as duas.

— Não, você não pode levá-la! — grita, mas sua voz falha diante da força avassaladora daquela figura. A mãe cruza os braços, observando a cena com um olhar crítico, como se estivesse avaliando um mero objeto.

— Ela não tem potencial, Nadine. Você sabe que fracassos não têm lugar aqui. — declara, como se a vida de Noelle fosse uma simples equação que ela já resolveu. A raiva de Nadine cresce, uma chama de determinação se acendendo dentro dela.

— Ela não é um fracasso! — grita, mas suas palavras parecem se dissipar no ar, sem alcançar o coração endurecido da mãe, que apenas responde com um olhar indiferente.

Noelle, percebendo a tensão, dá um passo hesitante em direção à mãe, a inocência ainda brilhando em seus olhos.

— Mamãe, eu quero ser uma detetive! Eu posso ajudar! — diz, a voz trêmula e cheia de esperança.

O coração de Nadine despedaça ao ver essa luz vacilar, como uma vela prestes a se apagar. Ela tenta puxar Noelle de volta, mas a mãe avança, implacável. A pequena segura a boneca de pano como se fosse uma âncora em meio à tempestade, mas o olhar da mãe a faz hesitar, criando uma fissura entre a fé inabalável da criança e a dura realidade que se aproxima.

Nadine se inclina para frente, quase em um gesto de súplica.

— Somos invencíveis juntas! Por favor, não a leve! — A voz de Nadine se quebra, e lágrimas ameaçam escorregar por seu rosto. Mas a mãe apenas ri, um som cruel e vazio que ressoa pelo ambiente.

— Você não pode protegê-la, Nadine. Ninguém pode. Noelle precisa entender isso — responde a senhora Delacroix, o desdém em suas palavras atingindo Nadine como um golpe devastador. Um grito silencioso ecoa na mente dela, implorando por uma saída que parece inatingível.

Determinada a não desistir, Nadine se aproxima, segurando os braços de Noelle com firmeza.

— Lembre-se da nossa promessa, maninha! — diz, a voz firme, apesar do medo que a consome. — Juntas, vamos encontrar um lugar seguro!

Mas a mãe balança a cabeça, sua expressão inabalável como pedra.

— Isso é apenas uma ilusão, Nadine. A vida não é um conto de fadas. Noelle precisa ser realista. — As palavras cortam como lâminas afiadas, despedaçando o coração de Nadine em mil pedaços.

A senhora Delacroix se move para puxar Noelle, e a pequena recua, confusa e assustada.

— Maninha? — pergunta Noelle, a inocência em sua voz partindo o coração de Nadine.

— Não, você não precisa ir! — grita Nadine, mas a mãe já começa a arrastá-la. O olhar de Noelle se transforma em um misto de medo e incompreensão, e a sensação de perda invade Nadine de forma avassaladora, quase insuportável.

Quando a senhora Delacroix finalmente puxa Noelle, a pequena vira uma última vez, os olhos repletos de lágrimas.

— Eu vou voltar, maninha! — promete Noelle, mas suas palavras soam como um eco distante em meio à tempestade de emoções que envolve Nadine.

Ela deseja gritar e implorar para que Noelle lute, mas a força da mãe é implacável. Enquanto vê sua irmã sendo levada, Nadine sente como se uma parte vital de si estivesse sendo arrancada. A culpa começa a se infiltrar em seu coração, um veneno que lentamente a consome.

Yokohama, Japão
Presente

— Você acha que é fácil ser quem sou? — Atsushi pergunta, a frustração transbordando em sua voz. Nadine sente a dor pulsar nas palavras dele, e a memória de sua irmã mais nova a envolve como uma sombra, fazendo-a questionar se, assim como ela, Atsushi está preso em um ciclo do qual não consegue escapar.

— Eu também não tive escolha, sabe? — a voz dele vacila, carregada de uma vulnerabilidade crua e inescapável. — Desde criança, eu estive sozinho, correndo, me escondendo... tentando sobreviver. — Atsushi abaixa a cabeça, como se cada palavra fosse um peso insuportável, o tom suave, quase um sussurro.

Nadine sente algo se partir dentro de si. Pela primeira vez, ela enxerga além do detetive, do alvo. Ela vê a criança que ele foi, frágil e assustada, e, por um instante, a imagem de sua irmã surge em sua mente, como um reflexo distante.

— Não me faça sentir pena de você... — ela rosna, dando um passo brusco para trás, como se a distância física pudesse conter as rachaduras em suas defesas. Mas o olhar de Atsushi, intenso e penetrante, atravessa suas barreiras com uma facilidade que a desconcerta.

Ela tenta se manter firme, mas as palavras dele a atingem como uma lâmina invisível. Uma parte dela — aquela que ainda se agarra ao passado, lutando desesperadamente contra as sombras — começa a vacilar, tremer nas fundações de sua armadura cuidadosamente construída.

Num movimento súbito, Nadine avança como uma sombra rápida, seus olhos brilhando com uma determinação feroz. Em um instante, sua mão se fecha firmemente ao redor da gola da camisa de Atsushi, puxando-o para mais perto com uma força inesperada. O tecido se amassa sob a pressão de seus dedos, enquanto o som abafado da respiração de Atsushi preenche o silêncio tenso.

A proximidade entre eles aumenta a eletricidade no ar, e Nadine encara-o de perto, seus olhos cravados nos dele, desafiando qualquer resistência. Sua mão treme levemente, não de fraqueza, mas por causa do turbilhão de emoções que correm por seu corpo — raiva, frustração e algo mais profundo que ela tenta desesperadamente ignorar. O calor do momento parece congelar o tempo, cada segundo se arrastando sob a intensidade do confronto.

— Você não sabe nada sobre mim! — a fúria em suas palavras soa convincente, mas suas mãos, que deveriam transmitir força, tremem levemente.

O coração dela dispara, cada batida ecoando como um aviso silencioso. O calor que percorre seu corpo não é apenas raiva... É medo. Medo de que, no fundo, ele esteja certo. E isso a aterroriza mais do que qualquer inimigo.

Nadine tenta segurar sua raiva, sua força, mas algo dentro dela começa a ruir. As memórias, a dor, tudo retorna com uma força avassaladora. Seus dedos perdem a firmeza e ela solta a camisa de Atsushi, dando um passo para trás, enquanto seu corpo treme com a tensão acumulada. Sua mente é um redemoinho, um caos. Como poderia manter o controle, quando o mundo ao redor parece desmoronar?

“Por que estou fazendo isso?”, a pergunta ressoa em sua mente, repetindo-se como um mantra angustiante.

Ao olhar para Atsushi, um aperto se forma em seu peito. É medo? Culpa? Ou algo mais profundo, algo que ela reluta em reconhecer? Suas mãos tremem, mas não é apenas a pressão da missão... É por causa dele. A vulnerabilidade que ele desperta a faz questionar tudo o que acredita, e isso a assusta mais do que qualquer situação em que já se encontrou.

A cada batida de seu coração, Nadine se vê mergulhada em uma tempestade de dúvidas. Estaria realmente fazendo a coisa certa? As memórias de sua irmã entrelaçam-se com a presença de Atsushi, criando um conflito interno que a faz questionar se a missão ainda é sua única razão para estar ali.

“O que eu realmente desejo?”

A incerteza a consome, e a linha entre dever e desejo se torna cada vez mais tênue, desafiando suas convicções e empurrando-a para um abismo emocional.

De repente, um estrondo ecoa do lado de fora, arrancando Nadine de seus pensamentos e trazendo a dura realidade à tona. Ela se vira abruptamente, a adrenalina pulsando em suas veias.

— O que foi isso? — pergunta, a voz carregada de urgência, rompendo a tensão e restabelecendo uma conexão entre eles.

No instante seguinte, a porta se abre com um estrondo, como se a urgência do momento a tivesse forçado. Chuuya surge no limiar, sua figura imponente projetada contra a luz do corredor. Sua expressão está marcada pela preocupação; os olhos arregalados e a mandíbula tensa denunciam que ele vem de uma situação delicada.

O coração de Nadine acelera ao notar a intensidade do olhar de Chuuya, que rapidamente avalia a situação. Ele hesita por um instante, mas a preocupação logo dá lugar à determinação, e ele avança para dentro, pronto para confrontar o que quer que esteja por vir.

— Nadine! — ele grita, os olhos fixos nela, transbordando urgência. — Eles estão chegando! A Agência de Detetives Armados. Você precisa sair daqui, agora! Não deixe que eles levem o Atsushi de volta!

Um frio percorre a espinha de Nadine ao ouvir Chuuya, mas, ao mesmo tempo, a determinação em proteger Atsushi a impulsiona para frente. Ela se vira para ele, buscando um sinal de esperança em seus olhos, enquanto sua mente é tomada por um turbilhão de emoções. A lealdade à máfia e o desejo crescente de ajudá-lo colidem dentro dela. A batalha interna a consome, e cada batida de seu coração ecoa a urgência de sua decisão.

Além disso, Nadine não está pronta para o inesperado reencontro com Osamu Dazai, cujo nome ainda ressoa em sua mente como uma lembrança que ela preferiria manter enterrada. A possibilidade de vê-lo novamente reacende memórias dolorosas, enquanto a situação ao seu redor se intensifica.

Lyon, França

— Mestra, a Jeanne avisou que a Máfia do Porto e a Agência de Detetives Armados estão prestes a se enfrentar! — Tristan alerta, a expressão transparecendo desespero.

— Oh, então a Nadi não está de brincadeira! — Noelle ri, uma gargalhada embriagada escapando de seus lábios enquanto levanta a taça de champanhe, a euforia obscurecendo a tensão do momento. Com um sorriso resoluto, ela coloca a taça sobre a mesa. — Bom… vamos descobrir o que minha irmãzona está aprontando!

— O que você quer dizer? Nós vamos para o Japão?! — grita Tristan, surpreso e confuso. Ele balança a cabeça, tentando processar a ideia. — Você não pode estar falando sério! Isso é perigoso, senhorita Noelle! E se algo acontecer com você ou com ela?

— Você sabe que não consigo ficar parada, certo? Se há uma chance de ajudá-la, eu não vou hesitar! — Noelle dá um tapinha no braço dele, um sorriso confiante no rosto. — E, além disso, quero ver aquele rostinho lindo de novo! — Ela coloca as mãos nas bochechas, os olhos brilhando com corações, já perdida em suas fantasias cômicas.

— Rostinho... Lindo? — Tristan murmura, sentindo a vergonha alheia tomar conta ao ouvir o apelido que Noelle dá ao crush, um membro da Agência de Detetives Armados. — O que você tem em mente, mestra? Não se esqueça de que sua irmã pode estar em uma situação muito perigosa! O que você realmente vai fazer ao encontrá-lo?

— Ah, nada, só uma ideia que tive! — diz Noelle, com um sorriso enigmático. — Mas primeiro, precisamos pensar em como chegar lá! — O desvio faz Tristan franzir a testa, mas ele apenas suspira, percebendo que Noelle não revelaria facilmente seu segredo.

— Vamos focar na missão! — diz Tristan, balançando a cabeça e tentando ignorar a animação dela. — Depois, você pode sonhar acordada com o seu “rostinho lindo”, certo?

Noelle ri, mas o mistério permanece no ar, deixando Tristan intrigado.

— É só um amigo! — ela responde com uma piscadela, mas o sorriso entrega que há algo mais.

Tristan a observa, cético.

— O que quer que seja, tenho certeza de que você terá a chance de vê-lo em breve. Primeiro, precisamos salvar sua irmã! Rostinho lindo ou não, espero que você não se esqueça de que temos uma missão aqui! — Tristan tenta manter um semblante sério, mas a imagem de Noelle sonhando acordada o faz rir. — Vamos, antes que você perca a chance!

— Chame os outros para uma reunião de urgência.

— É para já, mestra!

Assim que Tristan sai da sala para alertar os outros membros da Ordem dos Mistérios, Noelle toma um gole de champanhe, seus pensamentos rapidamente se voltando para Nadine.

Como ela estará agora?

Essa pergunta a persegue desde aquele dia fatídico em que sua mãe a abandonou no meio de uma floresta escura e perigosa, sem nenhum recurso. Por algum milagre, um senhor bondoso a encontrou e a acolheu em sua casa, tornando-se um pai para ela. Infelizmente, ele partiu para o céu, incapaz de suportar uma doença grave.
Noelle deseja, do fundo do coração, que sua irmã mais velha saiba que ela sobreviveu e que está tudo bem.

— Nadi, eu consegui… Me tornar uma detetive.

Continua...

Oie, meus amores!
Como vocês estão? 💗✨

Se fiz alguém derrubar uma ou várias lágrimas, já peço desculpas KKKKKKKKKKKK é o roteiro, não tem o que fazer 😭😭 ( na verdade tem, pq eu que escrevi

Mas... O que vocês estão achando do desenvolvimento da história? Estão curtindo? Eu adoraria o feedback de vocês.

Já vimos que a Nadine realmente tem uma irmã mais nova que conseguiu sobreviver ao impossível e realizar o seu sonho. Nos tempos atuais ela tem 22 anos, está bem?

Inclusive, o que vocês acharam da Noelle? Eu particularmente tenho muito apego por ela! Pensem numa cachaceira 😂😂

E quem será esse “rostinho lindo” da Noelle? 🤔 Será que conseguem acertar? As opções são: Dazai, Kunikida, Ranpo, Tanizaki e o presidente Fukuzawa. Não é o Atsushi não HAUHSUHAUHA
A resposta só será revelada quando ela encontrá-lo cara a cara 🙊

Para quem tá doido pro Dazai aparecer, ele dará as caras no próximo capítulo, hein 👀

Antes de eu me despedir, quero compartilhar as faceclaims dos personagens da Ordem dos Mistérios que foram apresentados até então!

Noelle Delacroix — 22y

×

Tristan Chevalier — 19y

×

Jeanne Lennox — 20y

Por fim é isso! Vou me despedindo por aqui. Não se esqueçam da ★ e do comentário para me motivar, está bem?

Beijinhos de luz e até a próxima! 💗✨

Betagem feita por @LadySon-, WonderfulDesigns

© kazzwtora 2024

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