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I . . 𝗠𝗶𝘀𝘀𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝗮𝗰𝗿𝗶𝗳𝗶́𝗰𝗶𝗼

𝕰𝖚 𝖙𝖊𝖓𝖍𝖔 𝖚𝖒𝖆 𝖓𝖔́ 𝖓𝖆 𝖌𝖆𝖗𝖌𝖆𝖓𝖙𝖆
𝕹𝖆̃𝖔 𝖘𝖊𝖎 𝖕𝖆𝖗𝖆 𝖔𝖓𝖉𝖊 𝖎𝖗
𝕰𝖚 𝖈𝖔𝖓𝖙𝖎𝖓𝖚𝖔 𝖒𝖚𝖉𝖆𝖓𝖉𝖔, 𝖊𝖚 𝖘𝖊𝖎
𝕻𝖗𝖊𝖈𝖎𝖘𝖔 𝖉𝖊 𝖚𝖒𝖆 𝖆𝖇𝖔𝖗𝖉𝖆𝖌𝖊𝖒 𝖉𝖎𝖋𝖊𝖗𝖊𝖓𝖙𝖊
𝕰́ 𝖙𝖚𝖉𝖔 𝖕𝖔𝖗𝖖𝖚𝖊 𝖊𝖚 𝖖𝖚𝖊𝖗𝖔
𝕿𝖊 𝖒𝖔𝖘𝖙𝖗𝖆𝖗 𝖖𝖚𝖊 𝖘𝖔𝖚 𝖙𝖆̃𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖆𝖟

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3172 palavras

Yokohama, Japão

A rotina na Máfia do Porto começa antes do amanhecer, quando o céu ainda mergulha na escuridão. O ambiente ao redor de Nadine é frio e impessoal, carregado por uma tensão invisível, como se a presença de Ogai Mori pairasse sobre cada canto.

A sensação de estar constantemente vigiada torna cada passo calculado, cada decisão cuidadosamente pensada. Ela segue sua rotina com precisão, consciente de que qualquer deslize, por menor que seja, pode selar seu destino.

A cada amanhecer, Nadine se vê cercada por subordinados que agem com temor e superiores prontos para eliminar qualquer um que falhe. Embora sua posição na máfia seja respeitada por ser a mulher mais habilidosa, ela sabe que qualquer erro pode ser fatal.

Entre relatórios detalhados e reuniões tensas, o olhar penetrante de Mori paira sobre ela, carregado de expectativas não ditas. Era como se ele aguardasse algo mais dela, que nem mesmo Nadine sabe se consegue entregar.

O chefe sempre está por perto, com seus comentários precisos e olhos que parecem atravessar as defesas da mulher. Ela sabe que sua posição depende de mantê-lo satisfeito, mas a sensação de estar sendo ajustada para algo que não quer ser a deixa inquieta. Esconder o repúdio é uma tarefa difícil, especialmente quando ele sorri daquele jeito enigmático, como se soubesse de um segredo que ela ainda não descobriu.

Ela sabe que, apesar de sua dívida com Mori, que a salvou de um passado sombrio, o ressentimento ainda persiste, complicando sua lealdade e sentimentos.

Enquanto revisa relatórios e supervisiona as operações, Nadine reflete sobre as mudanças em sua vida desde que ingressou na Máfia do Porto. O que antes parecia uma chance de escapar das sombras do passado agora se revela uma prisão disfarçada de ouro, com correntes invisíveis que a mantém cativa da mesma forma que antes.

Nadine nota as constantes interações dos colegas principais da máfia. Ryunosuke, sempre reservado, mantém seu olhar afiado sobre a situação, com uma presença inquietante que se opõe ao estilo mais descontraído de sua irmã mais nova, Gin, que frequentemente faz comentários sutis para aliviar o ambiente tenso. Higuchi, com sua postura imponente, faz questão de demonstrar a eficiência e a precisão em cada tarefa.

Cada um desempenha um papel crucial na Máfia do Porto, enquanto Nadine luta para encontrar seu próprio lugar e equilíbrio naquele cenário sufocante.
Cada missão que realiza e ordem que obedece reforça a sensação de que sua vida como mafiosa é um ciclo sem fim. O peso das expectativas e a tensão constante começam a cobrar seu preço.

Nadine percebe que está se transformando exatamente no que sempre temeu — alguém insensível às atrocidades diárias, uma ferramenta afiada em um mecanismo perverso que jamais quis controlar. E, ainda assim, ela continua, movida por uma necessidade quase desesperada de provar seu valor, mesmo que isso signifique perder, pouco a pouco, a essência de quem realmente é.

Apesar da rotina torturante, Nadine encontra breves refúgios em gestos simples, como caminhadas noturnas solitárias ou o ritual de preparar uma xícara de chá-verde, que raramente termina. Esses pequenos momentos de fuga lhe oferecem uma miragem de normalidade, embora, no fundo, ela saiba que cada dia que passa a afasta um pouco mais de si mesma.

Enquanto percorre as ruas escuras ou se envolve no aroma reconfortante do chá, Nadine não consegue evitar que lembranças de quem costumava ser voltem à tona. Esses momentos de nostalgia surgem como clarões repentinos, revelando um passado onde seus sonhos eram mais puros, livres da escuridão e segredos que a máfia impôs. Cada recordação a faz questionar se ainda é possível recuperar a parte de si que parece perdida no caos de sua nova vida.

Nos momentos de silêncio, Nadine se vê imersa em uma reflexão profunda sobre o verdadeiro significado por trás de suas ações. Ela se pergunta se seu ciclo de seguir ordens e manter a fachada é tudo o que resta de seu propósito. Essa busca incessante por um significado mais profundo se torna um ponto de apoio, mantendo-a fixada à esperança de que ainda pode se conectar com algo maior do que a mera execução de tarefas, um vislumbre de sentido em meio ao mar de conformidade.

À medida que se esforça para encontrar significado nas pequenas coisas — como a precisão nas suas tarefas e os breves momentos de paz após um dia agitado — Nadine compreende que a resposta para sua busca por propósito pode surgir de formas inesperadas. Talvez em um gesto delicado, em uma palavra de encorajamento, ou em um raro momento de conexão sincera com alguém ao seu redor.

Pode estar escondido em um sorriso discreto de um colega, em uma conversa simples durante o almoço, ou na sensação breve de realização ao concluir uma tarefa desafiadora.

Essas pequenas brechas na rotina entediante fazem Nadine questionar se é realmente constante ou se ainda há espaço para algo mais significativo, que a conecte com uma vida além da escuridão da máfia. Ela procura essas chamas de esperança, mantendo a convicção de que, eventualmente, encontrará algo que ressoe com seus antigos sonhos e aspirações.

Enquanto Nadine busca significado em meio ao ciclo esmagador da máfia, a presença de Chuuya Nakahara se destaca como uma das poucas fontes de verdadeiro alívio. A amizade deles não é apenas um escape momentâneo das pressões diárias, mas um vislumbre de algo mais profundo e autêntico. Em meio ao caos, Chuuya oferece a Nadine uma conexão real, um lembrete de que ainda há esperança e humanidade por trás das paredes frias da máfia.

Em um raro dia de folga, Nadine e Chuuya decidem explorar a cidade juntos, longe da pressão constante da máfia. Passeando por ruas tranquilas e visitando cafés aconchegantes, eles podem se conhecer melhor fora do ambiente carregado de tensão que geralmente os cerca.

— É bom estar fora de tudo isso por um tempo. — Chuuya finalmente diz, quebrando o silêncio confortável entre eles.

— Absolutamente. Quem diria que caminhar sem se preocupar com possíveis tiroteios seria tão revigorante?

— Você tem razão! Parece que até mesmo o ar fresco se torna mais delicioso quando não precisamos nos preocupar em cada esquina. — Nadine ri suavemente, concordando com Chuuya. Eles continuam a caminhar lado a lado, apreciando a tranquilidade de Yokohama. — Como você está se sentindo, senhorita Nadine? Ainda se recuperando das batalhas recentes?

— Melhor do que antes, espero. E quanto a você?

— Ah, eu estou ótimo. Um pouco cansado, mas nada que algumas horas de sono não possam consertar. — Chuuya sorri levemente enquanto olha para o horizonte. — Mas, falando sério, é bom saber que você está se recuperando bem.

Embora Chuuya seja conhecido por seu temperamento explosivo, há momentos em que sua preocupação se revela claramente, especialmente em relação a Nadine. Desde que se conheceram, quando ele tinha 15 anos e ela 18, Nakahara conheceu o passado conturbado dela e, apesar de sua fachada dura, ele a observa com uma atenção e cuidado sinceros, preocupando-se profundamente com seu bem-estar.

Em um gesto inesperado, Chuuya para em frente a uma pequena cafeteria que Nadine nunca havia notado antes. Ele percebe que ela está precisando de um respiro e quer proporcionar um momento de normalidade e conforto.

No ambiente acolhedor e descontraído, eles se sentam em uma mesa perto da janela, e o aroma do café e das sobremesas frescas enche o ar. Enquanto desfrutam de uma refeição simples, a conversa flui naturalmente. O gesto atencioso de Chuuya, ao pensar em algo que pudesse trazer um pouco de normalidade à rotina angustiante dela, revela o quanto ele valoriza a amizade e a compreensão mútua entre eles.

Chuuya observa com atenção enquanto Nadine se entrega à tranquilidade da cafeteria. Ver a mulher que ele admira finalmente relaxando, longe das sombras da máfia, aquece seu coração. Ele sorri suavemente ao saborear seu café, refletindo sobre o quanto eles evoluíram juntos e como sua amizade se tornou sólida ao longo dos anos.

— Achei que você iria gostar daqui — ele diz, quebrando o silêncio confortável entre eles. — É tranquilo, não é?

— Sim, é exatamente o que eu precisava. Às vezes, um pouco de tranquilidade pode fazer maravilhas. Agradeço por me trazer aqui, Chuuya. Significa muito para mim — ela responde com um sorriso sincero.

— De nada, senhorita. Sei o quanto sua vida pode ser complicada às vezes. Eu queria proporcionar um alívio para você. Um lugar onde você possa se sentir à vontade e relaxar um pouco. — Ele observa a paisagem lá fora, antes de voltar seu olhar para Nadine novamente. — Sabe, você não precisa lidar com tudo sozinha. Estou sempre aqui para você.

— Eu realmente aprecio isso, Chuuya. Às vezes, é fácil esquecer que não estamos sozinhos neste caminho. — Ela faz uma pausa. — E saiba que também estarei aqui para você, sempre que precisar.

Chuuya acena com a cabeça, um sorriso genuíno se formando em seu rosto ao ouvir as palavras de Nadine.

— Sei que você estará. E eu agradeço realmente por isso. Somos uma equipe, não é mesmo? — Ele a observa com um olhar gentil, lembrando-se dos desafios e das vitórias que compartilharam ao longo dos anos.

— É verdade. Não sei o que faria sem seu apoio, Chuuya. É bom saber que posso contar com você, mesmo nas situações mais difíceis.

No entanto, a equipe não está completa. Desde que Osamu Dazai deixou a Máfia do Porto para se tornar um detetive, Nadine sente falta daquele equilíbrio que ele trouxe. Quando estavam juntos, formavam um trio imparável. No entanto, ela não mencionaria isso a Chuuya. Ele insiste tanto que odeia Dazai que seria inútil trazer o assunto à tona.

Mesmo assim, Nadine não consegue deixar de achar que Chuuya tem um pouco de “tsundere” em seu comportamento. As provocações constantes de Dazai e os apelidos como “baixinho” sempre divertem Nadine, arrancando risadas genuínas dela. Ela frequentemente se pega pensando em como Dazai estaria agora, especialmente porque já faz anos desde a última vez que o viu. A curiosidade sobre seu antigo companheiro e a saudade dos momentos compartilhados ainda a acompanham.

— Infelizmente, tenho uma reunião com o Mori em breve, mesmo sendo dia de folga. Não posso me atrasar — Ele diz, após dar uma olhada no relógio. Chuuya se levanta, lançando um olhar caloroso para Nadine. — Mas foi ótimo passar um tempo com você, senhorita.

— Entendo, é importante manter as coisas em ordem. Agradeço muito por esse tempo relaxante, Chuuya. Aproveitarei um pouco mais por aqui. — Ela sorri, apreciando o momento de descontração.

— Fico feliz que tenha gostado. Aproveite o resto do dia e não hesite em me chamar se precisar de algo. — Ele dá um aceno de cabeça e se prepara para sair.

Nadine acena de volta para Chuuya enquanto ele se afasta, sua expressão refletindo um agradecimento honesto. Após terminar sua bebida, ela decide aproveitar a tarde, dando uma volta pela cidade para prolongar a sensação de leveza.

Enquanto passeia pela feira, admirando as barracas de doces e o movimento agitado ao seu redor, seus pensamentos vagam para Dazai. Ela se perde em reflexões sobre como ele estaria, se ainda seria aquele homem enigmático que sempre demonstrou uma atração perturbadora por suicídio.

A possibilidade de reencontrar Dazai continua a rondar seus pensamentos, mas Nadine sabe que isso representa quase uma traição à Máfia do Porto. A ideia de se encontrar com ele carrega um peso emocional e moral, pois significa confrontar velhas lealdades e encarar escolhas difíceis. Atravessar essa linha invisível a faz refletir sobre as complexidades dos vínculos que definem sua vida e as consequências de qualquer ação precipitada pode trazer para sua posição atual.

De repente, uma garota baixa, com cabelos pretos presos em duas caudas baixas e grampos de flores, passa apressada na frente de Nadine. Seus olhos azuis brilham de excitação ao avistar uma barraca de crepes que claramente a encanta. Ela veste um quimono vermelho com um delicado padrão de brotos e um datejime amarelo bem amarrado ao redor da cintura. Sem perceber a direção que estava tomando, a garota puxa um rapaz ao seu lado em direção à barraca, ambos distraídos pela comida à frente.

A garota está tão absorvida pelos crepes que não nota a aproximação repentina. O rapaz, tentando acompanhar o ritmo dela, quase não percebe Nadine à frente. O choque inesperado a pega de surpresa.

— Pe-peço desculpas por isso! Ela estava tão empolgada com o que viu que não percebeu onde estava indo! — O jovem se vira para a pequena garota, com uma expressão de desespero. — Kyoka-chan, você poderia pelo menos ter me avisado!

À medida que Nadine observa o rapaz com mais atenção, um calor inesperado toma conta de seu rosto, tingindo suas bochechas de um tom rosado. Seus olhos são tão brilhantes quanto joias, e sua presença exala uma beleza cativante.

Nadine, que sempre teve uma preferência por rapazes com um ar mais jovem e inocente, não pode deixar de se sentir atraída por sua aparência adorável.

— Oh, me desculpe, moça! Eu estava tão empolgada com aqueles crepes que acabei puxando o Atsushi sem querer! — Kyoka pede desculpas, com um olhar constrangido.

“Então, o nome dele é Atsushi…”, pensa Nadine, sentindo um tremor leve em seu peito. O coração dela acelera, como se cada batida estivesse marcando o início de algo inesperado.

— Se-sem problemas. — A voz de Nadine mal sai, sufocada pelo impacto da fofura irresistível de Atsushi.
Kyoka, visivelmente envergonhada, tenta amenizar a situação com um sorriso nervoso.

— Eu realmente sinto muito por isso. Não consegui resistir aos crepes.
Nadine, ainda um pouco atordoada pela presença encantadora de Atsushi, se esforça para se recompor.

— Não se preocupe. Foi uma surpresa, mas nada de mais. — Ela sorri para Kyoka, tentando esconder o quanto está encantada com Atsushi.

— Vamos até a barraca de crepes, Atsushi? Estou tão animada! — Os olhos de Kyoka brilham novamente com empolgação.

— Está bem... — Atsushi solta um suspiro, já prevendo que seu bolso vai sofrer com a paixão por doces da pequena garota. — Mais uma vez, peço desculpas pelo transtorno, moça.

Os dois se afastam em direção à barraca desejada por Kyoka, com a garota quase pulando de alegria. Nadine os observa com um leve suspiro, sentindo uma pontinha de tristeza por provavelmente não ter a chance de ver Atsushi novamente. No entanto, ela se reconforta ao pensar que a vida às vezes reserva surpresas e sorri ao ver a animação de Kyoka e a paciência de Atsushi.

Nadine nota um detalhe peculiar no rapaz: uma das mechas de seu cabelo é visivelmente mais longa que a outra. Isso a faz se perguntar se é uma tendência de moda que ela desconhece ou se há uma história por trás desse corte desproporcional. Apesar de ser uma característica um tanto incomum, Nadine acha esse detalhe estranhamente encantador e intrigante.

Além disso, ela percebe a heterocromia segmentar em seus olhos: a metade superior da íris é de um roxo profundo, enquanto a parte inferior apresenta um amarelo suave que contrasta de maneira fascinante. São os olhos mais belos que Nadine já viu em toda a sua vida, e esse detalhe só intensifica a atração que ela sente por Atsushi.

Decidindo continuar seu passeio, Nadine mantém a esperança de que, de alguma forma, o destino possa lhe dar uma nova oportunidade de encontrar Atsushi.

O silêncio na sala de Mori é sufocante, quase perceptível. Nadine sente o peso dos olhares nervosos dos outros membros da máfia enquanto caminha até seu lugar. Ao lado dela, Chuuya mantém uma postura rígida, a tensão visível em sua expressão, mesmo sem dizer uma única palavra. Ela sabe que ele também estava preocupado.

Mori raramente convoca todos os seus subordinados de uma vez, e quando o faz, é sinal de que algo grande e potencialmente perigoso está prestes a ser revelado.

— Imagino que todos estejam curiosos sobre o motivo desta reunião — Mori começa, sua voz calma, mas carregada de autoridade e propósito. — Há uma missão crucial que precisamos executar para fortalecer o poder da Máfia do Porto.

Com um movimento preciso, ele desliza uma pasta de documentos sobre a mesa. As imagens revelam um jovem da Agência de Detetives Armados.

— Nosso alvo é Atsushi Nakajima, um novato com uma habilidade sobrenatural fora da compreensão humana: ele pode se transformar em um tigre. A missão é simples: trazê-lo para nós, a qualquer custo.

O nome de Atsushi provoca murmúrios entre os membros reunidos. Nadine sente um arrepio percorrer sua espinha ao ver a foto dele. Jamais imaginaria que o rapaz adorável com quem havia cruzado era um detetive assim como Dazai. A atração instantânea que sentiu por ele agora se transforma em uma mistura confusa de sentimentos. As lembranças do encontro recente surgem em sua mente, mas ela se esforça para manter a compostura.

Ao seu lado, Chuuya cerra os punhos, pronto para aceitar a missão, embora sua expressão revele a intenção de questionar Mori sobre os detalhes.

— Nadine Delacroix. — O chefe chama pelo nome com uma firmeza espalhada na sala.

— Sim, chefe. — Nadine responde, sua voz carregada de uma mistura de determinação e apreensão.

— Você será responsável por sequestrar Atsushi Nakajima. É uma missão crucial para nossos objetivos, e confio plenamente em suas habilidades para executá-la com precisão.

Nadine sente seu coração acelerar ao perceber que agora é responsável pelo sequestro do jovem por quem, inesperadamente, desenvolve uma estranha atração. A tensão entre seu dever e os sentimentos conflitantes que surgiram após seu encontro recente com Atsushi começa a pesar sobre ela. A responsabilidade de cumprir a missão, sabendo que pode comprometer os próprios sentimentos, torna a situação ainda mais complexa e desafiadora.

Enquanto Mori expõe os detalhes do plano e os recursos disponíveis, Nadine sente um crescente conflito interno, vendo-se dividida entre a lealdade à máfia e os sentimentos pessoais que ainda não consegue entender completamente. O peso da responsabilidade de realizar a missão e a dúvida sobre como conciliar suas emoções com o dever a angustiam. Nadine se pergunta se conseguirá cumprir o sequestro de Atsushi sem deixar que seus princípios ou seus sentimentos interfiram na execução da missão.

— Chefe, com todo respeito, talvez seja melhor considerar outro membro para essa missão.

— Por que diz isso, senhorita Delacroix? — Ele pergunta, curioso.

— Eu... — Nadine hesita, buscando as palavras. — Eu temo que minha capacidade possa não ser a melhor para essa tarefa específica.

— Eu a escolhi justamente porque confio em suas habilidades, senhorita Delacroix.

— Mas, chefe…

— Sem “mas”, senhorita Delacroix. A decisão está tomada.

Infelizmente, Nadine não consegue convencer o chefe. A realidade de que terá que sequestrar Atsushi a deixa profundamente angustiada. Ela se pergunta como ele reagirá ao descobrir que a pessoa por trás do sequestro é ela. O medo de ser mal interpretada por alguém que mal conhece a atormenta. Nadine anseia por alguém que realmente veja o seu verdadeiro eu, uma pessoa além das camadas de sua fachada de máfia.

Embora Chuuya seja um amigo querido, ele não conhece as aflições internas que a atormentam, nem que ela se tornou algo que nunca quis ser. Nadine só deseja ser ela mesma, alguém que escreve poemas sobre a vida e sonha em ver as estrelas ao lado de um amor verdadeiro.

— Entendido, chefe.

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Continua...

Betagem foi feita por
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