'⍟𓈒 : quando estou aqui ⁰²
ᝰ Obra de consumo +18 por seu conteúdo maduro. Os capítulos possuem cenas de sexo implicito, palavreado baixo e vivencias reais da época, portanto peço que tomem cuidado ao consumi-la por seus possiveis gatilhos, atentem-se aos seus limites.
Caso se identifique com a vivência de algum personagem da obra, sendo você maior de dezoito anos ou não! Eu peço encarecidamente que busque por ajuda profissional.
⌇☆ gothvnuz
྅ narrador pov's - january, 1973
𓇼𓈒𖦹 ࣪˖☆⭑ࣶ ✷⸼ ७ ★
D:e pés descalços e vestido molhado, Christopher ouvia de uma canção recente. Tomava sol com cuidado e respirava o ar fresco de seu jardim, o esposo dormia ainda nu sobre a cama do casal e Anelitta o acompanhava. Batucava com os dedos no ritmo da música e mantinha um sorriso leve nos lábios, sentia-se observado. Do jardim ao lado, Changbin se encontrava hipnotizado pela figura até então desconhecida por si, o pouco que sabia do outro eram apenas achismos diante das poucas vezes havia o visto.
A esposa havia saído com os filhos para comprar roupas e o moreno se mantinha em casa, seu pensamento estava longe, em Josué. Era impossível explicar os sentimentos que o bronzeado causava em si, seus olhos se arregalaram ao aparentemente encontrar os de Chris, pensou ter sido pego e apenas virou-se para entrar em casa.
Murmurou para si mesmo o quanto o homem vizinho era intimidante, sentia-se quente por algum motivo e se amaldiçoava por isso, mais uma vez, um banho gelado e xingamentos baixos. O sol começava a se tornar ardido quando o de cãs¹ se pôs para dentro sendo recebido pelo marido que lhe deu um beijo singelo, os lábios de Josué eram macios e aconchegantes, faziam qualquer pessoa delirar diante de seu gosto.
ㅡ B-Bom di-dia, b..bem. ㅡ Disse calmo, mais um selar e se moveu para o sofá, em seu corpo, uma camisola curta e de renda transparente, com as alças caidas.
ㅡ Bom dia, querido. ㅡ O marido disse com sua voz rouca e se sentou em suas coxas após um tempinho escutando os passos alheio. ㅡ Hoje não precisa de ir ao trabalho?
ㅡ A c-clini..nica não a-abre ho-hoje. ㅡ Acariciou os cabelos rebeldes de seu amante, que sorriu besta, gostava do carinho. Passeava as mãos pelo rosto bonito, sentindo cada mínima linha de expressão antes de beija-lo mais uma vez.
Chris costumava dizer que sua mente estava a frente de seu tempo desde o dia em que abandonou a casa dos pais alegando estar apaixonado por um homem. Não sabia o que era e rótulos não lhe cabiam, gostava de se vestir como uma figura feminina e gostava de ser chamado de "princesa", porém pronomes masculinos sempre lhe couberam. A experiência de ter abandonado tudo pelo esposo era algo que com certeza nunca se arrependeria, o amava e não seria homens brancos de uma religião que ao menos seguia que lhe diria que o seu amor era errado.
Não entendia porque tanto ódio em pessoas diferentes, não faziam nada demais além de amar e querer ser feliz, tudo que faziam era as escondidas. Ninguém sabia sobre seu relacionamento, fora de casa seu esposo era um amigo, não se beijavam e nem faziam amor com frequência. Odiava o fato de os homens terem o direito de maltratar suas esposas, se sentir superior e todos acharem algo extremamente normal, mas quando se tem um amor entre ambos sexos, era abominável. Gostava de xingar pessoas assim e nessas já foi preso, espancado e quase morto.
Os pais do albino diziam que contanto que ele fosse feliz, a menina de sua escolha não seria um problema. Conheceram Josué por outro nome, com outro corpo, como uma moça de bem. Quando o ruivo se destoou do destino imposto por si e saiu clandestinamente de seu país natal para morar no leste de Londres onde conseguiu de hormônios de qualidade extremamente duvidosa, falsificou de seus documentos e casou-se com Chris na presença de seus amigos, passou bons anos de sua nova vida ali, e isso era choque para os familiares. Era uma abominação, mas aos olhos de Christopher era mágico. Suas mãos passeavam pelo corpo bonito do esposo, sentindo cada mínimo detalhe, se deleitando com o quão especial era seu Josué. O rapaz tinha seus olhos fechados, recebia o carinho alheio, sentia o sol beijar sua pele e seu corpo se desmanchar em amor.
Já sabia namorar, já sabia beijar de língua, só lhe restava sonhar. Não era de ninguem, era de todo mundo e todos eram seus também.
No imóvel ao lado, Bin ouvia em som baixo um álbum recente de algum artista conhecido, havia comprado com comerciantes baratos a alguns dias, pensamento disperso e seus pés descalços, sua destra vagava pelo gato cinza que ao menos soubera de onde veio, mas que se deitou em seu colo, os pés se mantinham inquietos e o corpo se colando à poltrona cor-de-rosa. De frente para si a janela, via brevemente as silhuetas dentro da casa se movendo para lá e para cá, ouvia latidos e risadas. O casal vizinho estavam fazendo uma algazarra em sua mente, seus pensamentos não tinham outro rumo e isso lhe incomodava.
ㅡ De onde veio esse gato?! ㅡ A mulher loura perguntou sorrindo e o companheiro sorriu junto, alegando não saber. Os filhos vieram para perto ao ouvir a mãe e se alegraram com o bixano, era pequenino e dormia calmamente sobre as coxas do moreno. Era realmente fofo.
ㅡ Papai, posso fazer carinho? Meu Deus, eu nunca tinha visto um tão pequeno! ㅡ Lix sorriu e o irmão seguiu o mesmo em sua animação, Changbin apenas assentiu em afirmação, o sorriso se mantinha nos lábios que a tempos não se curvavam.
ㅡ Que nome daremos a ele? Ou é ela? ㅡ In sorriu fazendo os olhos se fecharem e se aproximou do pai que estando com o pequeno animal a algum tempo soube ser fêmea, afirmando para o adolescente enquanto fazia um carinho nos cabelos cumpridos de seu mais novo. ㅡ Hmm, eu gosto de Clara! O que acha, mamãe?
ㅡ É um bom nome, filhote.
ㅡ Posso considerar ela como um presente de aniversário?? ㅡ O garoto comentou com um sorriso, no dia seguinte completaria quinze primaveras, haviam saído exatamente para comprar um presente para si. Seo mais velho sorriu e mais uma vez assentiu, o gatinho abriu os olhos devagar e os garotos se derreterem com a fofura.
Changbin não diria que seu casamento com Loênia era de um todo ruim, haviam se juntado por conta de seus pais quando tinham apenas quatorze e quinze anos, fora quando tiveram o primeiro filho a pedido (mando) dos pais da esposa, tendo vindo assim mais um no ano seguinte. Em seu relacionamento nunca ouve amor romântico e jamais haveria a chance, afinal em certo período Lô admitiu ser homossexual, sendo um momento no qual chorou e pediu perdão muitas e muitas vezes ao cônjuge que à aceitou de braços abertos.
ㅡ Clara precisa ser alimentada.. Filho, pegue-a com calma em seu colo e cuide dela com seu irmão! Eu e sua mãe vamos se informar de como cuidar de um filhote, logo voltamos. Não abram a porta para estranhos e nem saiam, tudo bem?
: ⭑ࣶ ✷⸼⭑ :
M:anilla se mantinha inquieta, estava no quarto da amante diante do esposo alheio que a olhava inexpressivo. A moça de pele retinta, corpo forte e rosto marcado desviava o olhar, Changbin nunca havia lhe visto montada. Os filhos mais uma vez haviam ido dormir na casa de colegas, e Loênia quis trazer de seu amor para o melhor amigo vê-la além da máscara que carregava.
ㅡ Manilla, certo? ㅡ Seu olhar era julgador, não pela expressão de gênero alheia, definitivamente não era isso, apenas queria ter certeza de que a loura estava em boas mãos. ㅡ Sou Seo Changbin, é um prazer lhe conhecer. Eu não lhe conheço e quem me conhecia era Michel e neste momento ele não existe mais. Quero ter certeza de que Lô está em boas mãos, compreende?
ㅡ Changbin, você está intimidando ela! ㅡ A mulher riu com a forma séria como o moreno falava e agia.
ㅡ Tudo bem, tudo bem. Manilla, estou lhe entregando a minha companheira de vida, por favor cuide bem dela, ok? ㅡ Beijou as costas da mão da atual namorada de sua esposa e disse para que tomassem cuidado.
A casa se fez mais uma vez vazia, o homem se mantinha andando para la e para cá com Clara dormindo em seus braços. Cantarolava algo como as óperas que gostava enquanto observava por mais uma vez a janela, na verdade, a pessoa que lhe intrigava. Josué estava ali, lhe olhava nos olhos e surpreendentemente não desviou, um silêncio gostoso era presente e o sorriso do homem era inegavelmente chamativo, seus dentes eram separados, alguns com ajustes em prata, seu rosto repleto por pintinhas aleatórias que tanto chamavam a atenção, seus lábios perfeitamente desenhados os quais Changbin sentia coisas estranhas ao ver. O corpo se aproximava mais da janela grande, ficando mais próximo, podendo ver do cigarro entre os dedos finos e um sorriso, um sorriso deixou os lábios de Changbin, era suave, era leve.
ㅡ Boa noite, bê.
𓇼༚.°ִ
• Christopher :☆
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Cãs¹ : Adjetivo para cabelo branco.
Olá, estrelinhas! Como estão?
Me digam o que estão achando até o momento, apontem erros, digam aonde devo melhorar ou mudar algo, ok? Me digam, também, o que mais gostam na obra e qual seu personagem favorito até o momento!
Não se esqueçam de dar uma passadinha na playlist da obra que conta com músicas incríveis e de muita importância dentro da obra. Você encontra facilmente no Spotify pelo código na imagem ou pelo link que está na bio do meu perfil!
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