O meu nome é Rose Phillips mas todos me tratavam por Rosie, a minha mãe costumava dizer que eu era a Rosa da sua vida, a minha historia teve um fim quando fui assassinada friamente no inverno de 1985, tinha apenas 15 anos 

Eu era uma rapariga normal, com uma rotina normal, vivia com os meus pais e com o meu irmão e irmã, não existia nada peculiar em mim mas o meu assassino achou o contrario 

Nunca reparei que era seguida, até ao dia que vi o meu assassino na loja de Vinil que eu frequentava depois das aulas, eu adorava ouvir musica deixava me calma e dava me um prazer imenso, nesse dia tinha combinado ir lá com a minha amiga Lauren mas ela acabou por faltar deixando me sozinha como quase todas as vezes que combinávamos algo

Eu fui inocente,continuei na loja porque o facto de estar dois olhos postos em mim não me assustava mas no fundo da minha espinha eu tinha medo, mas porque fiquei na loja? apenas um nome e um rosto, me vêm em mente  George Lewis o rapaz por quem eu era apaixonada, George era o rapaz mais inteligente e bonito que alguma vez eu tivera encontrado, ele era o melhor amigo do namorado da minha amiga Lauren e foi através dela que nós nos conhecemos 

Mas a minha historia com o George era totalmente recíproca

ambos nos amávamos mas nunca demos o passo certo, agora arrependo me de ter sido medrosa, eu e ele tínhamos muito em comum, ambos adorávamos poesia e arte, tínhamos o mesmo gosto musical, não existia nada que aquele rapaz tivesse que não me fizesse suspirar 

Ele entrou na loja naquele dia, eu estava lá quase a ir embora pois estava sozinha, mas ele viu me e foi até mim, eu ainda tentei esconder me mas acho que o Vinil não me tapou totalmente o rosto corado, o meu assassino viu tudo, ele sempre me observava, nunca notei, apenas neste dia mas não liguei muito até porque era meu vizinho e amigo dos meus pais.. continuando o George de certa forma salvou me naquele dia, salvou me das mãos de um psicopata e de um grande aborrecimento

Ficamos a falar por umas 2 horas e depois levou me a casa, ele era um cavalheiro entrei em casa perto das 7 horas da noite, fui recebida pela minha irmã com umas questões sobre moda 

" Rosie e este vestido da mãe fica-me bem?" eu sempre no lugar de irmã mais velha respondia

 " Sasha mete isso no sitio" eu entendia nos 13 anos começa existir outros interesses, a nossa puberdade chega mas a Sasha já ia muito além, aos 13 anos ela era a rapariga mais desenvolvida que podia existir, e com desenvolvida estou a falar em termos de moda e beleza mas ela era muito mais que isso, ela fazia tudo o que tinha em mente era dona de uma personalidade forte e independente mas ao mesmo tempo carente e preocupada, sinto falta dela 

Após quase um questionário de meia hora feito pela Sasha, fui para o meu quarto tirei o livro de história e comecei a folhear uns apontamentos que tinha feito na aula,o Professor Harvey era muito rigoroso então em todas as aulas eu escrevia tudo o que ele dizia, para o caso de sair na prova coisas surpresa a minha turma era dividida entre os que dormiam nas aulas e os que podiam ficar dias inteiros acordados a estudar. Eu estava no meio disso, era nem muito esperta nem muito burra, burra não é a palavra certa porque ninguém é burro, apenas não me esforçava tanto para certas coisas como para outras, sempre tentava manter as médias e orgulho me disso

Enquanto dava uma vista de olhos no manual encontrei um pequeno papel com um poema, era do George naquele momento, dei uma pequeno grito interno e talvez externo porque o rapaz mais perfeito me tinha feito um poema, li e reli vezes sem conta já me tinha perdido nos estudos, de repente a minha mãe bateu á porta do meu quarto e exclamou que já era hora de jantar e aí a minha fantasia com o George tinha de esperar, tinha de ter a barriga cheia para continuar a ler a poesia encantadora que o meu amado me tinha escrito 

Ajudei a minha mãe a pôr a mesa, depois sentei-me e comi a especialidade da minha mãe, frango frito com repolho, feijão e milho cozido, todos nós achávamos a comida da minha mãe a melhor do mundo, uma das coisas que me deixa mais saudades era o sorriso dela enquanto servia a comida, o cheiro da minha casa faz me falta, mas eu sei que estão felizes sem mim.. seguiram em frente não os posso culpar 

O meu pai chegava sempre 10 minutos atrasado, trabalhava longe e era difícil chegar á hora em ponto o que deixava a minha mãe preocupada 

- Querida cheguei! gritava ele 

Lembro me sempre como a nossa casa ficava vazia sem ele mas depois que ele chegava era uma alegria o meu irmão Luke saltava para o colo dele sempre á espera do rebuçado que o meu pai trazia para ele 

- Pai! Dizia a Sasha dando lhe um abraço

- Olá fofinha, respondia o meu pai

em seguida era a minha vez de estar com o meu pai, dava lhe um abraço e ele retribuía, dava me um beijo na bochecha e sempre a olhar para mim dizia

- saudades de ti fofinha

O meu pai era o melhor que podia existir, não existia nada que ele não fizesse pela família, alias não existia nada que ele não fazia por mim, eu era tão feliz.